Depois de dois anos longe da avenida, os desfiles das escolas de samba de São Paulo saíram na Anhembi. O destaque foi para as críticas ao governo de Jair Bolsonaro (PL), que apareceram entre as alegorias, com destaque para a Rosas de Ouro, que na manhã deste domingo (24), transformou um personagem que representava o presidente em um jacaré após ele receber uma dose de vacina.
A alegoria fez menção à citação do presidente, ainda em dezembro de 2020, quando Bolsonaro afirmou que não iria se vacinar contra a Covid-19 e que aqueles que optassem tomar o imunizante e virassem jacaré, o problema seria delas. O presidente havia se referido a uma cláusula de um dos fabricantes das vacinas que seriam disponibilziadas no brasil, a Pfizer, que dizia não se responsabilizar por eventuais efeitos colaterais.
Carnaval de rua no Rio de Janeiro. Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil
Os blocos de rua também desfilaram por São Paulo, mas diferente de outros anos, o público foi menor e a estrutura do Carnaval não controu com apoio do poder público e de grandes padrocinados. Os festejos de abril não tiveram cadastramento de ambulantes, banheiros químos e agentes de trânsito e segurança. No último carnaval realizado em 2020, São Paulo registrou mais de 600 desfiles de blocos de rua que contaram com apoio oficial.
Durante os desfiles do carnaval fora de época, vários blocos incentivaram a regularização do título de eleitor. O coletivo Arrastão dos Blocos, que reúne cerca de cem grupos independentes, articulou algumas campanhas durante os desfiles.