PF indicia ex-diretores da PRF por bloqueios nas eleições de 2022

Nesta quarta-feira (22), a Polícia Federal indiciou quatro ex-diretores e coordenadores da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Eles são acusados de tentar impedir eleitores do então candidato à presidência, Lula, de votar, dificultando o acesso aos locais.

Os indiciados na PF são:

Luis Carlos Reischak Junior, ex-diretor de Inteligência e ex-superintendente da PRF no Rio Grande do Sul;

Rodrigo Cardozo Hoppe, ex-diretor de Inteligência Substituto;

Djairlon Henrique Moura, ex-diretor de Operações;

Adiel Pereira Alcântara, ex-coordenador de Análise de Inteligência da PRF.

Além deles, a PF também indiciou Bruno Nonato dos Santos Pereira, ex-coordenador-geral de Inteligência e Contrainteligência da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).

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Em 2023, o blog de Valdo Cruz revelou mensagens obtidas pela Polícia Federal. Nessas mensagens, Adiel Alcântara acusava Silvinei Vasques, diretor-geral da PRF no governo Jair Bolsonaro, de fazer declarações impróprias e promover “policiamento direcionado” antes do segundo turno das eleições.

Tentativa de frear votos de eleitores do Lula

No inquérito, a Polícia Federal destacou que os cinco envolvidos cometeram crimes no dia do segundo turno das eleições de 2022, em 30 de outubro. A maioria das ações ocorreu no Nordeste, onde o presidente Lula obteve ampla vantagem sobre Bolsonaro. Os crimes incluem:

Desobediência;

Prevaricação, quando um agente público desrespeita a lei ao agir ou se omitir;

Restrição ao exercício do direito de voto;

Participação, por omissão, na tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito.

Por fim, o blog de Andréia Sadi revelou dados que reforçam as acusações. Entre os dias 28 e 30 de outubro, a PRF fiscalizou 2.185 ônibus no Nordeste, onde Lula liderava, mas apenas 571 no Sudeste. Isso ocorreu nas vésperas e no dia do 2º turno das eleições de 2022.

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