Arquivos Cidades - Canal MyNews – Jornalismo Independente https://canalmynews.com.br/category/cidades/ Nosso papel como veículo de jornalismo é ampliar o debate, dar contexto e informação de qualidade para você tomar sempre a melhor decisão. MyNews, jornalismo independente. Tue, 18 Feb 2025 23:13:41 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.7.2 CPI da Transparência investiga meio ambiente, IRM e água/esgoto https://canalmynews.com.br/noticias/cpi-da-transparencia-mira-no-meio-ambiente-irm-e-concessionaria-de-agua-e-esgoto/ Tue, 18 Feb 2025 21:06:27 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=52046 A CPI da Transparência retomou os trabalhos nesta terça-feira (18) na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) e vai mirar as fiscalizações, inicialmente, na Secretaria de Estado do Meio Ambiente, no Instituto Rio Metrópole (IRM) e no serviço de água e esgoto prestado pela Águas do Rio e Cedae. Os deputados irão convocar representantes desses órgãos […]

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A CPI da Transparência retomou os trabalhos nesta terça-feira (18) na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) e vai mirar as fiscalizações, inicialmente, na Secretaria de Estado do Meio Ambiente, no Instituto Rio Metrópole (IRM) e no serviço de água e esgoto prestado pela Águas do Rio e Cedae. Os deputados irão convocar representantes desses órgãos para esclarecimentos, além de enviarem requerimentos de informações.

“Infelizmente, o Rio de Janeiro é um estado com problema crônico de corrupção. Diversas são as denúncias, e irregularidades já verificadas. Iremos avançar para cobrar respostas e buscar consertar o que está errado”, anunciou o presidente da CPI, deputado Alan Lopes (PL).

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Vice-presidente da comissão, o deputado Filippe Poubel (PL) lembrou que a atuação da CPI fortalece os mandatos pautados por fiscalizações, enumerou publicações milionárias do IRM, cuja atuação com obras de infraestrutura em municípios está sendo questionada por suspeita de favorecimento político.

Além da falta de transparência, o relator do colegiado, Rodrigo Amorim (União), reiterou a importância de cobrarem das autoridades competentes as respostas aos ofícios e requerimentos da CPI.

Os deputados também aprovaram a prorrogação dos trabalhos por mais 60 dias, assim como a realização de audiência em conjunto com a CPI dos Serviços Delegados, comissões de Saneamento e Minas e Energia, no qual serão convocados a prestar esclarecimentos representantes da Cedae, Águas do Rio e Aegea, diante da ineficiência na prestação dos serviços.

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O presidente da CPI, deputado Alan Lopes (PL), agradeceu ainda a participação de parlamentares que não são membros efetivos, ressaltando a importância de somarem forças. Também participaram da reunião os deputados Val Ceasa (PRD), Giovani Ratinho (SDD), Marcelo Dino (União), Alexandre Knoploch (PL) e Renan Jordy (PL), além do vereador Poubel (PL).

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Assista abaixo ao Segunda Chamada de segunda-feira (17):

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Avião bate em carro durante decolagem no Galeão https://canalmynews.com.br/noticias/aviao-bate-em-carro-durante-decolagem-no-galeao/ Wed, 12 Feb 2025 17:45:52 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=50838 Aeronave operada pela Gol iria para Fortaleza quando atingiu o veículo que estava em manutenção na pista do aeroporto; não houve feridos

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Um avião operado pela Gol Linhas Aéreas colidiu com um carro de manutenção durante o procedimento de decolagem no Aeroporto Internacional Tom Jobim, o Galeão, no Rio de Janeiro, na noite de terça-feira (11). Segundo a concessionária responsável pelo aeroporto, a RIOgaleão, não houve feridos e o terminal continuou operando normalmente após o incidente.

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O piloto da aeronave, um Boeing 737 Max 8, abortou a decolagem imediatamente ao perceber uma caminhonete Chevrolet S10 da manutenção parada no meio da pista. Para evitar um acidente mais grave, ele acionou os freios, mas acabou “atropelando” o veículo.

Segundo áudio divulgado pelo G1, o piloto comunicou à torre de comando sobre o acidente. “Galeão, Gol 1674 abortou a decolagem. Tinha um carro no meio da pista”, informou.

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Após o incidente, os passageiros foram retirados do avião e a companhia aérea providenciou um voo extra para Fortaleza, destino original do Boeing. O carro de manutenção ficou completamente destruído e a aeronave foi levada para o pátio de manutenção da United Airlines.

Carro atingido por avião da Gol no Galeão na noite de terça-feira (11) | Foto: Reprodução

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Assista abaixo ao Segunda Chamada de terça-feira (11):

*Sob supervisão de Leonardo Cardoso

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Rio de Janeiro é cidade em que usuário gasta mais tempo para deslocamento https://canalmynews.com.br/noticias/rio-de-janeiro-e-cidade-em-que-usuario-gasta-mais-tempo-para-deslocamento/ Tue, 28 Jan 2025 20:39:32 +0000 https://localhost:8000/?p=50431 De acordo com relatório divulgado pelo Moovit, a capital carioca ficou entre as dez cidades com maior tempo médio de deslocamento, com 58 minutos

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O Moovit, aplicativo de mobilidade urbana mais usado no mundo, lançou neste ano o Relatório Global sobre Transporte Público de 2024. O estudo reúne dados e uma pesquisa com 76 mil usuários para mostrar as tendências de mobilidade urbana. Entre todas as cidades analisadas no relatório, o Rio de Janeiro ficou entre as dez com maior tempo médio de deslocamento, com 58 minutos.

Na pesquisa, usuários do Moovit foram perguntados sobre o que os faria usar mais o transporte público. Para 36%, mais veículos é fundamental, 23% pedem horários confiáveis e 14% querem passagens mais baratas.

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De acordo com o documento, dez regiões metropolitanas brasileiras fazem parte do relatório: Belo Horizonte, Brasília, Campinas, Curitiba, Fortaleza, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo. A pesquisa foi realizada em novembro de 2024 e todos os dados são anônimos.

O cartão de transporte é a forma preferida de pagar da maioria dos brasileiros: 71%. Já 15% dos curitibanos preferem pagar com cartão de débito ou crédito. Para 14% dos passageiros do Recife e de Porto Alegre, dinheiro é a forma preferencial de pagamento, maior índice no país.

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O vice-presidente de produto do Moovit, Ziv Kabaretti, disse que “à medida que as cidades continuam a se desenvolver, compreender as experiências diárias dos passageiros de transporte público é crucial para melhorar o futuro da mobilidade”, Segundo o executivo, “o relatório Global de Transporte Público do Moovit 2024 não apenas destaca os desafios que ainda existem, mas mostra os avanços positivos que estão sendo feitos ao redor do mundo para tornar deslocamentos mais convenientes, eficientes e acessível”, observou.

Expansão

A Secretaria Municipal de Transporte do Rio informou, em nota, que é preciso lembrar que, ao longo dos anos, a cidade se expandiu para fora de seu eixo central, onde está concentrada a maioria das oportunidades de emprego. Citou a implementação de políticas públicas para promover a reocupação da região central, além da recuperação de todo o modal de transporte. A situação foi agravada com o consequente declínio do centro, por causa da crise econômica vivida pelo país a partir de 2014”, afirmou, em nota, a secretaria.

Entre essas políticas lembrou a revitalização da região, como alterações no Plano Diretor, o Reviver Centro e o Reviver Cultural, além de viabilizar construções como o Porto Maravalley, o Terminal de Integração Intermodal Gentileza e a transformação da Estação Leopoldina em local com moradias do Minha Casa, Minha Vida, Clínica da Família e a Cidade do Samba 2.

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O corredor Transbrasil foi inaugurado com dois terminais de integração, Deodoro e Gentileza, que integram ônibus, trem e VLT. Só a entrada em funcionamento da Transbrasil permitiu uma redução média de 50 minutos ou 32% do tempo total de viagem para quem fazia o trajeto entre Campo Grande e Candelária.

Deslocamento

No Sistema de Transporte Público por Ônibus, também houve avanço no sentido de melhorar o deslocamento da população. Desde junho de 2022, 194 linhas de ônibus foram retomadas ou criadas na cidade (aumento de mais de 70%) e mais de 800 pontos de ônibus foram reativados. O número de quilômetros percorridos por dia útil dobrou, passando de 677 mil para cerca de 1,2 milhão de quilômetros por dia.

Essas medidas melhoraram a integração entre regiões da cidade e reduziram o tempo de deslocamento dos passageiros. O BRT, que transportava cerca de 150 mil pessoas em 2021, hoje atende a mais de 500 mil pessoas.

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Assista abaixo ao Segunda Chamada de terça-feira (28):

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Ricardo Nunes tem até sexta-feira (17) para explicar muro na Cracolândia https://canalmynews.com.br/noticias/ricardo-nunes-tem-ate-sexta-feira-17-para-explicar-muro-na-cracolandia/ Fri, 17 Jan 2025 19:13:21 +0000 https://localhost:8000/?p=50225 Prazo de 24 horas para a manifestação do prefeito foi determinado pelo ministro Alexandre de Moraes do STF, na quinta-feira (16), em caráter de urgência

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O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, tem até esta sexta-feira (17) para se manifestar, junto ao Supremo Tribunal Federal (STF), sobre os motivos que levaram a prefeitura a construir um muro na Cracolândia, confinando, no local, pessoas em situação de vulnerabilidade.

A intimação, dando prazo de 24 horas para a manifestação do prefeito, foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, na quinta-feira (16), em caráter de urgência.

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Com cerca de 40 metros de extensão e gradis de metal, o muro foi construído entre maio e junho do ano passado na Rua General Couto Magalhães, localizada no bairro de Santa Ifigênia, em uma área triangular.

A determinação do STF tem como origem uma ação impetrada por parlamentares do PSOL, tendo por base diretrizes da Política Nacional para a População em Situação de Rua.

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A prefeitura se manifestou publicamente por meio de nota, argumentando que o muro foi instalado em 2024, em área na qual já existiam tapumes de metal para fechamento de uma área pública. Segundo a prefeitura, a troca foi feita para “proteger as pessoas em situação de vulnerabilidade, além de moradores e pedestres, e não para confinamento”.

Cracolândia é a denominação dada a uma área ocupada por pessoas em situação de vulnerabilidade, composta, na sua maioria, por dependentes químicos e traficantes, geralmente de crack, no centro da cidade de São Paulo.

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Assista abaixo ao Segunda Chamada de quinta-feira (16):

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Denúncia: muro construído pela prefeitura confina pessoas na Cracolândia https://canalmynews.com.br/noticias/denuncia-muro-construido-pela-prefeitura-confina-pessoas-na-cracolandia/ Wed, 15 Jan 2025 20:58:23 +0000 https://localhost:8000/?p=50142 Segundo movimento Craco Resiste, quando são feitas supostas operações, as pessoas são obrigadas a ficar sentadas no chão, imóveis por horas

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Um muro construído pela prefeitura de São Paulo, cercando trecho da Cracolândia, está levando ao confinamento a população em situação de vulnerabilidade que circula pelas ruas da região. A área, que forma um triângulo, é cercada por um muro de aproximadamente de 40 metros de extensão e gradis de metal.

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O movimento Craco Resiste divulgou nesta quarta-feira (15) nota em que denuncia o estabelecimento de um “campo de tortura” no local. Segundo o coletivo, quando são feitas supostas operações pela Guarda Civil Metropolitana ou pela Polícia Civil, as pessoas são obrigadas a ficar sentadas no chão, imóveis por horas, sem abrigo contra sol ou chuva.

“Caso as pessoas não fiquem no espaço delimitado pelo muro e pelas grades, guardas usam spray de pimenta sem aviso prévio. Viaturas circulam pela região em busca de pessoas ou grupos que estejam em outros lugares para coagi-los a ir para o espaço cercado. Caso alguém se indigne com esse tratamento, é preso e acusado de forma irregular de desacato”, diz a denúncia do coletivo.

O muro fica na Rua General Couto Magalhães, no bairro Santa Ifigênia. Pelo outro lado, as pessoas são cercadas por gradis na Rua dos Protestantes – as estruturas vão até a Rua dos Gusmões. O muro foi construído de maio a junho do ano passado – antes tapumes de metal eram usados para o fechamento da área, mas, segundo a prefeitura, eram quebrados com frequência.

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A advogada Lydia Gama, da organização Teto, Trampo e Tratamento (TTT), relatou que o muro, que tem 2,5 metros de altura, dificulta a defesa das pessoas que estão ali quando ocorrem casos de truculência do poder público.

“Quando havia as limpezas ou as operações [na época dos tapumes], ainda as pessoas que estavam ali conseguiam sair e se proteger da ação truculenta do Estado. Esse muro tem a finalidade de impedir que as pessoas se movimentem, já impede o direito constitucional de ir e vir, mas impede o direito de se defender. E impede também que as pessoas no entorno consigam ver o que está acontecendo ali e todas as violações de direitos humanos ali”, disse.

A Craco Resiste afirma que é possível, como foi feito em outras cidades, criar condições melhores de vida para toda a população, atendendo prioritariamente necessidades básicas, como acesso à moradia e saúde. “O policiamento e câmeras com inteligência artificial não substituem direitos básicos, apenas abastecem de dinheiro público empresas que conseguem abocanhar os generosos contratos envolvidos”, acrescenta.

Lydia Gama afirma que há um impedimento também de acesso da sociedade civil e dos movimentos que promovem assistência à área cercada pela prefeitura. Ela citou dificuldades para entrar com objetos e estrutura para promoção de serviços e eventos culturais, por exemplo, além da obrigatoriedade de revista vexatória para essas pessoas.

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No fim do ano passado, em uma articulação que envolveu mais de 60 organizações, foi preparada uma ação de Natal para oferecer diversas atividades às pessoas da Cracolândia, com alimentação, jazz, capoeira, yoga, palhaçaria, oficina de dança, corte de cabelo, futebol, distribuição de camisetas e instalação de banheiros químicos. No entanto, a prefeitura impediu a montagem da infraestrutura e o desenvolvimento de atividades pelos militantes dentro do perímetro cercado.

Em nota, a prefeitura informou que o muro mencionado foi instalado em 2024, em área na qual já existiam tapumes de metal para fechamento de uma área pública. Segundo a prefeitura, a troca foi feita para “proteger as pessoas em situação de vulnerabilidade, além de moradores e pedestres, e não para ‘confinamento’”.

“Além da substituição dos tapumes pelo muro, a prefeitura também fez melhorias no piso da área ocupada para as pessoas em situação de vulnerabilidade. Portanto, não são verdadeiras as afirmações de que a administração municipal atuou na região com outros interesses que não sejam a assistência e acolhimento às pessoas em vulnerabilidade na Cena Aberta de Uso”, diz a nota.

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Assista abaixo ao Segunda Chamada de terça-feira (14):

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99 impetra mandado de segurança para manter serviço de mototaxi https://canalmynews.com.br/noticias/empresa-99-impetra-mandado-de-seguranca-para-manter-servico-de-mototaxi/ Wed, 15 Jan 2025 20:12:44 +0000 https://localhost:8000/?p=50132 Empresa afirma que quer proteger os direitos da empresa e de seus passageiros e motociclistas diante das ameaças de Ricardo Nunes, prefeito de SP

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A empresa de transporte por aplicativo 99 impetrou um mandado de segurança para garantir a continuidade do transporte de passageiros em motocicletas na capital paulista. Justiça foi acionada depois que o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), enfatizar que a empresa não tem autorização para realizar este tipo de serviço. Em nota, a 99 diz que quer “proteger os direitos da empresa e de seus passageiros e motociclistas diante das ameaças da Prefeitura de São Paulo contra o funcionamento, legal, do serviço”.

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O Comitê Municipal de Uso do Viário de São Paulo notificou a 99 ainda na terça-feira (14), quando a empresa começou a oferecer o serviço, inicialmente fora do centro expandido. No documento, “determina-se a imediata suspensão/interrupção de qualquer atividade relativa ao clandestino serviço de utilização de motociclistas para o transporte individual remunerado de passageiros por meio de aplicativos nesta cidade”.

O prefeito Ricardo Nunes alegou que o funcionamento do serviço descumpre decreto assinado por ele em janeiro de 2023, que suspende essa modalidade de transporte. A 99 insiste em dizer que o decreto é inconstitucional e que o serviço de transporte individual privado de passageiros mediado por aplicativos é permitido em todo o Brasil, tanto para carros quanto para motocicletas, de acordo com a Política Nacional de Mobilidade Urbana.

“A legislação federal estabelece que as prefeituras podem regulamentar e fiscalizar a atividade com exigências específicas, mas não têm o poder de proibi-la. Já existem 20 decisões judiciais confirmando esse entendimento sobre a legalidade da categoria. O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu em 2019 pela impossibilidade de proibição, por se tratar de atividade legítima, exercida de livre iniciativa e autorizada pela Constituição”.

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A 99 informou que a 99Moto opera desde 2022, tendo realizado mais de 1 bilhão de viagens em cerca de 3,3 mil municípios. “A 99 esclarece que a prefeitura pode regulamentar a atividade com regras específicas para a localidade, mas não pode proibir uma categoria que é permitida por uma legislação federal”. Segundo a empresa, esse entendimento é corroborado por 20 decisões judiciais em todo o Brasil.

Diante das críticas de Nunes sobre a segurança do serviço, a 99 afirmou que seu modelo de transporte de passageiros em motos é seguro e que a empresa tem o compromisso de aprimorar suas ferramentas e promover viagens seguras. Segundo as informações, todas as corridas realizadas pelo aplicativo estão protegidas por seguro e, em caso de acidentes, a 99 segue um protocolo rígido de atendimento, que inclui suporte financeiro.

“Em 2024, apenas 0,0003% das corridas tiveram algum acidente de trânsito. Isso foi possível graças às 50 funcionalidades de segurança, incluindo: alerta de velocidade, que emite avisos em casos de excesso; governança contra direção perigosa no trânsito, que promove a conscientização e, se necessário, também bloqueios a motociclistas imprudentes; cursos e orientações preventivas sobre direção; além de checagem de dados, monitoramento das corridas; entre outros”, ressalta.

O prefeito argumenta que a cidade tem 1 ,3 milhão de motos e que houve aumento do número de óbitos no trânsito puxado por acidentes com moto. Para Nunes, a 99 está apenas buscando lucro sem analisar os riscos de um serviço como esse em uma capital como São Paulo.

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Dados fornecidos pela administração municipal mostram que a frota de motocicletas na capital paulista teve um aumento de 10% nos últimos dez anos. O número de acidentes totalizou 43.608 entre 2020 e 2024. O pico foi o ano de 2023, com 11.573 ocorrências. Em 2024 foram 9.126, pouco menos do que os 9.527 de 2022. Segundo as informações, o número de óbitos causados por esses acidentes aumentou 22% entre 2023 e 2024, passando de 350 a 427.

“Não é possível que uma empresa venha para a cidade de São Paulo e queira, sem nenhuma autorização, achar que aqui ela vai fazer o que deseja. Ela não vai fazer. Nós não vamos permitir que essa empresa venha para cá e faça uma carnificina. São assassinos. Essas empresas são empresas assassinas e irresponsáveis. Elas não vão fazer na cidade de São Paulo aquilo que elas pretendem, só buscando lucro”, enfatizou. “Elas já ganham tanto dinheiro, não chega? Querem levar a vida das pessoas? Elas já levam muito dinheiro para fora da cidade. As vidas, não”, acrescentou.

Nunes prometeu que entraria na Justiça contra a empresa e determinou a fiscalização em todas as motos que estiverem prestando o serviço. “Todas as motos que estiverem cadastradas para fazer esse tipo de serviço na cidade serão paradas e vistoriadas”, disse o prefeito.

Grupo de trabalho

Segundo nota da prefeitura, um grupo de trabalho instituído em 2023 com especialistas da Companhia de Engenharia Tráfego (CET), Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Corpo de Bombeiros, SPTrans, Abraciclo e representantes das empresas de aplicativos, incluindo a 99 e a Uber, analisou a possibilidade de utilização de motocicletas no transporte individual de passageiros e concluiu que a implantação seria um grande risco para a saúde pública.

“Foram realizadas 13 reuniões, durante as quais foram discutidos dados e cenários que apontaram os riscos de se implantar a modalidade na capital. Foram consideradas, por exemplo, a quantidade de sinistros fatais envolvendo motocicletas, e dados da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) que apontam os motociclistas como aqueles que mais são internados em ocorrências de trânsito”, diz a nota do grupo.

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De acordo com as conclusões, as várias corridas do motociclista aumentariam os riscos para a integridade física do profissional, dos passageiros e de terceiros. Também foi considerado um risco o fato de passageiros diversos utilizarem o condutor como seu apoio na motocicleta, o que altera o ponto de equilíbrio do condutor a cada viagem, gerando perigo de acidentes.

Posição SindimotoSP

Para o SindimotoSP (Sindicato dos Mensageiros, Motociclistas, Ciclistas e Mototaxisistas Intermunicipal do Estado e São Paulo), a 99 erra ao oferecer o serviço sem autorização da prefeitura e sem respeitar o decreto de Nunes. Além disso, ressalta que a empresa também está desrespeitando a Lei Federal 12.009 que determina, entre uma série de fatores, que o profissional tenha curso obrigatório de 30 horas do Conselho Nacional de Trânsito.

“Para o SindimotoSP, a insistência da 99 com esse serviço de transportes de passageiros com moto só aumentará o número de vítimas, além de, no caso dos acidentes, deixar os motociclistas e passageiros na mão, tendo que os mesmos arcarem com os custos e muitas vezes, com a própria vida. O SindimotoSP repudia essa atitude da 99 e se coloca contra a empresa denunciando tal arbitrariedade, ressaltando que esta atitude coloca vidas em risco bem como aumenta a precarização do setor de motofrete”.

A 99 disse que a companhia segue aberta ao diálogo com a prefeitura para colaborar com uma futura regulamentação que esteja dentro da competência do poder municipal.

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Assista abaixo ao Não É Bem Assim, programa especial do MyNews, desta quarta-feira (15):

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Auxílio Reconstrução: 162 prefeituras não cadastraram famílias no RS https://canalmynews.com.br/noticias/auxilio-reconstrucao-162-prefeituras-nao-cadastraram-familias-no-rs/ Wed, 03 Jul 2024 19:37:36 +0000 https://localhost:8000/?p=44394 Prazo prorrogado pelo governo federal terminará no dia 12

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O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) informa que, até a tarde desta terça-feira (2), 162 prefeituras do Rio Grande do Sul ainda não cadastraram famílias desabrigadas ou desalojadas pelas enchentes, para receberem o Auxílio Reconstrução do governo federal.

Este cadastramento feito pelas prefeituras é o primeiro passo para solicitar o benefício de R$ 5,1 mil, em parcela única, para ajudar os moradores na recuperação de bens perdidos no desastre climático.

O poder público municipal deve cadastrar pelo site oficial os dados das famílias residentes em áreas efetivamente atingidas pelas enchentes, que abandonaram suas casas, de forma temporária ou definitiva, nos municípios com reconhecimento da situação de calamidade ou emergência, devidamente reconhecido em portaria do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR).

Os moradores do Rio Grande do Sul podem conferir, neste link se o município onde reside está na lista das 444 cidades aptas a fazerem os cadastros.

O prazo final para cadastro de novas famílias para receberem benefício foi prorrogado pelo governo federal e terminará no próximo dia 12.

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Famílias confirmadas

Até terça-feira (2), 274,7 mil famílias de 117 municípios foram aprovadas para receber o benefício. Desse total, os responsáveis por 250,2 mil famílias confirmaram seus dados cadastrados pelas prefeituras gaúchas no site oficial do Auxílio Reconstrução e estão aptas a receber o benefício de R$ 5,1 mil.

De acordo com a Caixa Econômica Federal, das 250,2 mil famílias, 249,2 já estão com o dinheiro na conta, o que equivale a R$ 1,2 bilhão. Não há critério definido para uso do recurso federal. O valor pode ser usado da maneira que as vítimas acharem melhor.

Até o momento, foram cadastradas 597.746 famílias. Há, porém, 253.486 casos em análise, seja por algum problema no Cadastro de Pessoa Física (CPF), no endereço informado ou porque demandam uma verificação em campo, que será feita pela Defesa Civil.

O Auxílio Reconstrução foi criado pela Medida Provisória nº 1.219. A portaria nº 1.774 regulamenta a MP.

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Desastre

Os fortes temporais que atingiram o Rio Grande do Sul entre o fim de abril e o mês de maio mataram 180 pessoas no estado. Ao todo, 806 pessoas estão feridas e 32 seguem desaparecidas. O número de municípios atingidos chegou a 478, do total de 497 do estado. E mais de 2,39 milhões de pessoas foram afetadas de alguma maneira pelas enchentes.

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Apartheid e hipocrisia no Rio https://canalmynews.com.br/cidades/apartheid-e-hipocrisia-no-rio/ Sun, 17 Dec 2023 19:11:32 +0000 https://localhost:8000/?p=41804 Governador Cláudio Castro e o prefeito Eduardo Paes protestaram contra a decisão da juíza que proibiu detenção de adolescentes se flagrante

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É verdade que, nos últimos tempos, o mundo parece estar ficando de ponta cabeça. E no Rio de Janeiro, as coisas ficam também cada vez mais estranhas. Há o ensaio de um verdadeiro apartheid, em meio a um festival de hipocrisia, no qual despontam o governador Cláudio Castro e o prefeito Eduardo Paes.

No Oriente Médio, Israel imita métodos dos nazistas numa prática genocida de extermínio dos palestinos, transformando Gaza numa nova Guernica. E diz que chacina de crianças e bombardeio de hospitais são autodefesa…

Mais perto de nós, a Argentina, que tem um povo politizado e admirável, elege um presidente que promete se consultar por telepatia com seu cachorro morto, para buscar orientações no comando do país.

É de lascar. Mesmo para nós, brasileiros, que estamos vindo de quatro anos de um mandato de Bolsonaro e seus amigos milicianos…

Enquanto isso, o Rio começa a conhecer dias dignos da África do Sul do apartheid, onde os negros não tinham direitos de cidadania e sequer podiam frequentar as mesmas praias dos brancos.

Diante de ações da polícia, que, nos dias 25 e 26 de novembro, retirou de ônibus 47 adolescentes que se dirigiam a praias da Zona Sul, conduzindo-os a delegacias, a juíza Lysia Maria da Rocha Mesquita, da 1ª Vara da Infância, agiu de forma correta. Proibiu detenção de adolescentes sem flagrante delito e sem acusação específica. Afinal, não pesava nada contra os jovens alvos da ação policial, salvo, talvez, o fato de serem pobres e, em sua maioria, negros.

A doutora não fez mais do que garantir o direito constitucional de ir e vir dessas pessoas. Algo elementar.

Incrivelmente, porém, tanto o governador Cláudio Castro, como o prefeito Eduardo Paes, protestaram contra a decisão da juíza. Defenderam a discriminação.

O primeiro é um bolsonarista convicto, com pouco mais de duas moléculas de cérebro. Mas o segundo é integrante da “direita que toma banho”, para usar uma expressão cara aos franceses. Os dois usaram argumentos parecidos: a decisão tinha o objetivo de prevenir delitos. Como se pobres fossem, por antecipação, criminosos…

Paes disse: “Se eles (os jovens) estiverem acompanhados dos pais e com documentos, não serão incomodados”. Castro vai na mesma linha: “Quem quiser ir à praia, leve seu documento e vá com seu responsável”.
Maior hipocrisia, impossível.

Os filhos das duas autoridades e seus amigos adolescentes cumprem esses requisitos? Estão sempre acompanhados dos pais e levam documentos de identidade quando vão à praia? As exigências se aplicam a eles?

Qual o critério para a seleção dos jovens que serão recolhidos? A cor da pele?

É preciso que a parcela sadia da sociedade proteste contra essa discriminação inaceitável.

O Rio não pode ser palco de um apartheid.

Com a palavra o Ministério Público e as instâncias do Judiciário.

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Pesquisa traça perfil de moradores de Heliópolis e Paraisópolis https://canalmynews.com.br/cidades/pesquisa-traca-perfil/ Sun, 06 Nov 2022 22:17:52 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=34554 Estudo entrevistou 400 pessoas

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Trabalhadores, negros, solteiros, nascidos em São Paulo, baixa renda e conectados. Essas são algumas das características de moradores de duas das maiores comunidades da capital paulista: Paraisópolis e Heliópolis. O perfil foi traçado por meio da pesquisa Instituto Favela Diz, realizada em julho deste ano.

O estudo, baseado em 400 entrevistas, revela dados sociodemográficos e apresenta informações sobre mercado de trabalho e consumo de produtos.

Nas duas comunidades, verificou-se uma concentração maior na faixa etária de 18 a 44 anos de idade, a qual representa mais de 60% dos entrevistados. A maioria dos participantes (57%) se declara solteiro, sendo que, em Paraisópolis, o percentual é de 59,3% e 55% em Heliópolis.

Sobre a origem, 53% disseram ter nascido em São Paulo, sendo 50,1% em Paraisópolis e 56% em Heliópolis. Em seguida, estão os estados da Bahia (14,6%), Pernambuco (9,4%) e Ceará (5,5%) como as principais localidades de nascimento.

Na divisão por classe social, 64,2% fazem parte da classe C e 32,3% da classe D/E. Em Heliópolis, há maior concentração de pessoas na classe C (73%). Já em Paraisópolis, a classe C alcança 55,6% da população e a classe D/E chega a 40%.

Dos moradores de Paraisópolis, 37% declaram ganhar entre R$ 900 e R$ 1,8 mil. Para quase 40% dos que vivem em Heliópolis, a renda vai de R$ 1,2 mil a R$ 2,5 mil. Na média das duas comunidades, 34,3% têm ensino médio completo ou superior incompleto.

A maioria se declarou pardo (48,8%) e 18,7% se declararam pretos (18,7%). Um quarto dos moradores (26%) se declarou como branco. Sobre as características do imóvel, 55,3% disseram ter casa própria e 37,3% moram de aluguel. Nas duas comunidades, cada residência tem aproximadamente de três a quatro pessoas.

Sobre a empregabilidade, 60,4% disseram trabalhar atualmente, sendo que 46,5% estão no regime CLT, com carteira assinada, e 27,6% são autônomos. Os que fazem bicos e trabalhos por acordos informais são 14% e 6,5% são microempreendedores individuais (MEI).

No âmbito da religião, as comunidades se dividem quase que igualmente entre católicos (32,6%) e evangélicos (36,2%). Pouco mais de 6% disseram ser espíritas e 18,9% informaram não ter religião.

Na média das comunidades, 83% dos entrevistados acessam a internet, 67% assistem TV aberta e o terceiro meio mais acessado é a TV a cabo. O WhatsApp é utilizado por mais de 93% dos moradores para se comunicarem. E 91,4% dos entrevistados possuem um smartphone.

Sobre o consumo de álcool, 53,9% disseram não fazer uso desse tipo de bebida. Entre os que bebem, 33,4% optam pela cerveja. Entre os alimentos mais consumidos, estão água (97,2%), pão (87,2%), café (78,6%) e leite (64%).

Na avaliação dos serviços públicos, água e esgoto, educação, transporte público, coleta de lixo e iniciativas dentro da comunidade são avaliados como ótimo ou bom. O item segurança pública é o que tem pior avaliação, com ruim ou péssimo.

O atendimento de emergência (Bombeiros e Samu) também é mal avaliado. A saúde e os serviços de infraestrutura, por sua vez, têm cerca de 50% de avaliações boas, mas o ruim e o péssimo também se destacam.

Edição: Fernando Fraga

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Comunidade em Mariana toma forma, mas se distancia do aspecto rural https://canalmynews.com.br/cidades/comunidade-em-mariana/ Sat, 05 Nov 2022 18:21:25 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=34532 Nova Bento Rodrigues tem ares de condomínio urbano

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Casinhas simples de um pavimento, horta no quintal, galinheiro no fundo da casa, poucos muros e muito verde: na plataforma Google Street View, ainda é possível passear virtualmente pelas ruas do distrito de Bento Rodrigues, em Mariana (MG). As imagens disponíveis são de 2012, pouco mais de três anos antes de a comunidade ser soterrada pela avalanche de rejeitos liberada no rompimento da barragem da mineradora Samarco.

Passados exatos sete anos da tragédia que deixou 19 mortos e impactou dezenas de cidades mineiras e capixabas na bacia do Rio Doce, os moradores do distrito mais arrasado ainda esperam a conclusão das obras de reconstrução de suas casas.

Casas construidas no novo distrito de Bento Rodrigues, Mariana, Minas Gerais.
Casas construidas no novo distrito de Bento Rodrigues, Mariana, Minas Gerais. – Tânia Rêgo/Agência Brasil

Com 78 edificações concluídas, a comunidade que vai tomando forma pouco lembra aquela que ficou embaixo da lama. Os imóveis maiores e de padrão construtivo mais elevado, cercados por muros, alguns com churrasqueiras e piscinas, dão ares de um condomínio urbano e se distanciam da paisagem de uma comunidade rural.

Além das edificações concluídas, há 76 com obras em andamento. Outras 30 estão prestes a começar a construção ou permanecem em fase de elaboração de projeto. Há ainda 25 casos que foram judicializados, por falta de entendimento entre as famílias e a Fundação Renova, entidade que administra as medidas de reparação da tragédia. Ela foi criada por meio de um termo de transação e ajustamento de conduta (TTAC) firmado em março de 2016 pelo governo federal, pelos governos de Minas Gerais e do Espírito Santo, pela Samarco e por suas acionistas Vale e BHP Billiton.

O acordo previa que as mineradoras repassassem recursos para a Fundação Renova, que ficou responsável por gerir todas as medidas de 42 programas pactuados, entre eles, o de reassentamento. A entidade, no entanto, tem sido alvo de diversos questionamentos judiciais por parte dos atingidos e do Poder Público. O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) chegou a pedir a extinção da fundação por considerar que ela não possui a devida autonomia frente às três empresas. Houve recentemente uma tentativa de repactuação do processo reparatório: conduzido pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), as negociações fracassaram e foram encerradas em agosto.

Diante das divergências, há muitas questões relacionadas a indenizações, reparação ambiental e outros temas sendo tratadas judicialmente. O atraso das obras de reassentamento é assunto de um processo movido pelo MPMG: a instituição cobra uma multa de R$ 1 milhão por dia, contado a partir de 27 de fevereiro de 2021, último prazo fixado pela Justiça para conclusão do reassentamento.

“As empresas fizeram uma proposta para extinguir a ação e eles iam pagar 40% ou 60% da multa. Mas eles têm que pagar a multa integral. A proposta deles é pagar menos pra extinguir a ação e ainda parar de contar o tempo. Desse jeito, eles continuam atrasando sem sofrer novas punições”, diz Mônica dos Santos, 36 anos, integrante da Comissão de Atingidos de Bento Rodrigues.

A Samarco diz que discute a questão em juízo. Por sua vez, a Fundação Renova afirma que aguarda o julgamento definitivo da questão e que apresentou fatos novos que comprovariam que os atrasos foram influenciados por questões que extrapolam os esforços da entidade, tais como mudanças na legislação municipal, obtenção de alvarás e aprovação das famílias.

Bento Rodrigues está sendo reconstruído em um terreno escolhido pela própria comunidade, em votação realizada em 2016, e posteriormente adquirido pela Fundação Renova. O cronograma original das obras previa a entrega das casas em 2018. Mas foi somente em 2018 que a entidade aprovou o projeto urbanístico junto aos atingidos e os trabalhos tiveram início. Dessa forma, as estimativas mudaram algumas vezes até que a Fundação Renova parou de divulgar datas e o MPMG decidiu judicializar a questão.

André Giacine de Freitas, diretor-presidente da Fundação Renova, na cerimônia  de assinatura do plano de ação para entrega do novo distrito de Bento Rodrigues, Mariana, Minas Gerais.
André Giacine de Freitas, diretor-presidente da Fundação Renova, na cerimônia de assinatura do plano de ação para entrega do novo distrito de Bento Rodrigues, em Mariana. – Tânia Rêgo/Agência Brasil

O presidente da Fundação Renova, André de Freitas, considera que o caráter participativo e o desenvolvimento de projetos exclusivos torna o processo mais lento. Ele também afirma que a pandemia de covid-19 causou desaceleração dos trabalhos, embora reconheça que a situação é emocionalmente difícil para as famílias.

“Realmente já é muito tempo. Do ponto de vista racional, quando eu vejo a linha do tempo, eu entendo que todas as etapas que o processo teve que cumprir não privilegiaram uma lógica de celeridade. Eram outras lógicas. O processo construtivo é extremamente customizado, ele traz um uma complexidade maior e que demanda mais tempo”, acrescentou.

A situação se repete nas obras de Paracatu de Baixo, outra comunidade de Mariana que foi devastada na tragédia. Serão atendidas 80 famílias. Até o momento, nenhuma casa está concluída. Há 56 em construção, com a expectativa de entrega de pelo menos 47 ainda este ano.

Os planos de reconstrução de uma terceira comunidade devastada, até agora, pouco avançaram. Diante de diversos desentendimentos com os atingidos de Gesteira, distrito da cidade de Barra Mansa (MG), as obras não saíram do papel e o caso acabou na Justiça em 2019.

Segundo a Fundação Renova, das 37 famílias que viviam no local, 29 aceitaram um acordo para compra de uma casa em outra localidade ou para receber valores em dinheiro. Uma audiência judicial agendada para a próxima quinta-feira (8) poderá trazer respostas para as demais.

Modos de vida

A equipe que realizou o atendimento junto às famílias chegou a contar, no pico, com 47 arquitetos. Segundo a Fundação Renova, a disposição das casas levou em conta as relações de vizinhança na comunidade destruída e cada projeto individual foi desenvolvido considerando tanto características do antigo imóvel como desejos da família, que passaram a projetar o futuro.

Algumas regras foram pactuadas judicialmente com o MPMG: as casas devem ter 20 metros quadrados a mais do que tinha na origem e no mínimo 95 metros quadrados ao todo, enquanto os lotes não podem ter menos que 250 metros quadrados. Além disso, a Fundação Renova instalou tecnologias que não existiam para a maioria dos moradores no distrito devastado. Todos os imóveis contam, por exemplo, com aquecedor solar para o chuveiro e garagens com portões eletrônicos.

Segundo o arquiteto Alfredo Zanon, especialista em obras e projetos da Fundação Renova, as famílias listaram tanto aquilo que elas queriam de volta como o que elas não queriam.

“É um processo que não é só de reassentamento. É também o resgate do modo de vida. E é aliar esse resgate do modo de vida no antigo distrito ao modo de vida que as famílias adquiriram ao longo desses sete anos. Então a gente pensa sempre que o reassentamento está olhando para o passado, mas ele olha muito para o futuro”, diz Zanon.

Novo distrito de Bento Rodrigues, Mariana, Minas Gerais.
Novo distrito de Bento Rodrigues, Mariana, Minas Gerais. – Tânia Rêgo/Agência Brasil

A religiosidade é algo que remete ao antigo distrito. Foi mantida uma distância similar entre a Igreja de São Bento e a Igreja das Mercês, bem como a posição das casas em relação a elas. No entanto, os projetos arquitetônicos de ambas, desenvolvidos pela Arquidiocese de Mariana, não lembram os antigos templos.

Missas já foram celebradas, bem como procissões que tradicionalmente mobilizavam os moradores pelas ruas. Segundo a Fundação Renova, é uma forma de estimular a manutenção dos laços comunitários e promover ambientação no novo distrito.

Outros eventos têm sido realizados aproveitando as obras já concluídas. Jovens puderam participar, por exemplo, de atividades esportivas na quadra da escola. Na praça central, rodas de viola são organizadas e, no Dia das Crianças, um telão foi montado para uma sessão de cinema.

Mônica, no entanto, não considera que os modos de vida estão sendo respeitados. Segundo a representante da Comissão de Atingidos, o projeto não é do atingido e sim dos arquitetos e da Fundação Renova.

“A gente só participa de uma fase. Nem nós nem a Cáritas, que é a responsável pela nossa assessoria técnica, foi ouvida para o projeto estrutural, para o projeto de eletricidade, para o projeto hidráulico. E a grande maioria das famílias cansou de ficar questionando, de ficar brigando e aceitou do jeito que a fundação quis. Temos dificuldade até com coisas simples como o fogão a lenha, que é muito importante para nós. Eles querem colocar fogão a lenha pré-moldado e ele não aguenta o nosso uso”, critica.

Horta e animais

Embora o verde apareça no horizonte, ele está ausente no interior das ruas da nova Bento Rodrigues, o que deixa o visual ainda mais distinto daquela comunidade rural soterrada pelos rejeitos de mineração. Não há árvores nas vias. A Fundação Renova promete que elas ainda serão plantadas. Além disso, com altos muros de concreto, nem os gramados dos quintais das casas estão visíveis aos olhos de quem caminha pela comunidade.

Apesar do aspecto mais urbano, a retomada do cultivo de hortas ainda é um desejo de muitos atingidos. Por outro lado, a maioria já decidiu que não irá criar animais.

“Quase todos querem lá um pé de jabuticaba, um pé de mexerica, uma hortinha, mas o galinheiro não. Tinha muito cavalo criado solto e o pessoal decidiu que não quer mais porque traz carrapato. Há uma autorregulação que as próprias famílias estão trazendo pra gente”, diz Alfredo Zanon.

Diante da situação, ainda não há uma definição sobre o destino dos animais que foram resgatados e que hoje se encontram em uma fazenda sobre a guarda da Fundação Renova. Alguns atingidos avaliam que ficaram sem saída. Apesar dos terrenos serem maiores, eles seriam menos aproveitados porque possuem uma maior inclinação, diferente do antigo distrito que ficava em uma área plana. Essa característica dificultaria tanto o cultivo de horta como a criação de animais.

Casa de Antônio Fernando da Silva pronta no novo distrito de Bento Rodrigues, Mariana, Minas Gerais.
Casa de Antônio Fernando da Silva pronta no novo distrito de Bento Rodrigues, Mariana, Minas Gerais. – Tânia Rêgo/Agência Brasil

Com a casa pronta, o operador de máquinas Antônio Fernando da Silva, de 52 anos, não crê que terá espaço para sua horta. Ele explica que o terreno foi dividido com uma de suas irmãs e o quintal ficou bem menor do que era na casa onde vivia. “Não vai poder criar galinha nem mais nada do que tinha na roça. Tinha horta. Aqui não vai ter esse espaço. Não vai ter não”.

Mas o espaço não é o único fator. Mônica explica que, no antigo Bento Rodrigues, eles faziam captação de água bruta. Agora todo o abastecimento será canalizado e administrado pelo Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Mariana (SAAE), o que aumentaria muito os custos da criação de animais.

“Precisaremos pagar para irrigar as plantações, criar uma vaca, um porco, fazer limpeza de curral, do chiqueiro. A água bruta não vai ser restituída”.

Um possível aumento dos custos mensais vem gerando preocupações para as famílias segundo a integrante da Comissão de Atingidos, pois acredita-se que as novas casas demandarão maior investimento em manutenção. Além disso, há o receio de que o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) seja bem superior.

José do Nascimento de Jesus, outro integrante da Comissão de Atingidos, corrobora com a visão de Mônica. Aos 76 anos, Zezinho do Bento, como é conhecido, não crê na retomada do modo de vida que havia no antigo distrito. “A gente morava em um paraíso, sabe? E o que é paraíso? Eu tirava leite, eu fazia queijo, eu vendia leite, eu vendia queijo e eu comia. Hoje a gente tem que comprar tudo”, lamenta.

Plano de mudança

Novo distrito de Bento Rodrigues, Mariana, Minas Gerais.
Novo distrito de Bento Rodrigues, Mariana, Minas Gerais. – Tânia Rêgo/Agência Brasil

O número de imóveis previstos sofreu alterações ao longo do tempo por motivos variados. Algumas famílias que viviam no distrito acabaram desistindo de esperar e aderiram a outra modalidade de reassentamento: escolheram um imóvel em uma localidade diferente ou receberam indenização em dinheiro. Restaram 196 famílias, incluindo novos arranjos que se formaram ao longo desses sete anos. São casos que envolvem, por exemplo, filhos que se emanciparam e saíram de casa ou casais que se separaram. Em 2020, uma decisão judicial assegurou o direito a moradia para os núcleos familiares constituídos após a tragédia.

Há pouco mais de duas semanas, a Fundação Renova anunciou a conclusão de todos os equipamentos públicos em uma cerimônia com a presença do prefeito de Mariana, Ronaldo Alves Bento. A última estrutura finalizada foi a Estação de Tratamento de Esgoto, que é tratada como um modelo moderno de sustentabilidade, de alta tecnologia e de baixa manutenção. O sistema não usa bombeamento e todo o escoamento ocorre por meio de gravidade. Além disso, não será necessário uso de produtos químicos e o tratamento ocorre com a decomposição da matéria orgânica através de bactérias e raios solares.

Segundo a Fundação Renova, a expectativa é ter cerca de 120 casas concluídas até dezembro e, a partir de janeiro, a entidade estará pronta para realizar a mudança dos primeiros moradores. Empresas que realizarão a mudança e a montagem de armários já estão contratadas. A Fundação Renova já divulga até previsão para o início das aulas na escola: fevereiro de 2023. “A mudança depende de cada um. Da nossa parte, estaremos aptos”, diz Carlos Eduardo Tannus, diretor de infraestrutura da entidade.

No entanto, os moradores têm, desde 2016, um pacto coletivo para que todos se mudem juntos, apenas quando as obras estiverem 100% concluídas. Embora esteja com sua casa pronta, Antônio Fernando da Silva reitera a existência do acordo, mas também se diz ansioso para mudar.

“Já são sete anos. A gente pensava que ia sair mais rápido. Nesse tempo, a gente perdeu colegas e parentes. Não puderam nem conhecer a casa nova”, acrescenta ele, que perdeu uma irmã recentemente.

Embora a Fundação Renova informe que cada atingido poderá definir sua data de mudança, a Comissão de Atingidos considera que há pressão e assédio sobre as famílias.

“Temos muitas casas ainda para serem construídas. As obras ficam expostas. E querem trazer as famílias para morar em um canteiro de obras. Onde fica a preocupação com a segurança? Sabemos que acidentes de trabalho podem ocorrer em obras. Como que você vai conseguir controlar as crianças? Como que você vai conseguir controlar trabalhadores? A gente vê tanta coisa ruim acontecer. Quem que vai garantir a segurança dessas pessoas?”, questiona Mônica.

Sandra Dometirdes Quintão, moradora atingida pela tragédia de Mariana, protesta na cerimônia de assinatura do plano de ação pra a entrega do novo distrito de Bento Rodrigues, Mariana, Minas Gerais.
Sandra Dometirdes Quintão, moradora atingida pela tragédia de Mariana, protesta na cerimônia de assinatura do plano de ação pra a entrega do novo distrito de Bento Rodrigues, Mariana, Minas Gerais. – Tânia Rêgo/Agência Brasil

Para Sandra Quintão, de 50 anos, a Fundação Renova tenta dividir os atingidos. Ela cobra a construção do seu bar e diz que sequer recebeu um projeto.

“Fundei ele em 2000 e, depois de 15 anos, ele foi embora debaixo da lama. Já me ofereceram dinheiro, mas a gente quer voltar para as nossas origens. Saí de casa com uma menina de dois anos e meio. Minha menina hoje tem nove anos, está me passando no tamanho, e pergunta: ‘mamãe, nós vamos voltar?’. Estou vendendo minhas coxinhas em uma pequena lanchonete que eu aluguei. Quero voltar. Bento Rodrigues não existe sem o bar da Sandra”.

Para a Comissão de Atingidos, não é possível pensar em mudança sem que o comércio também seja instalado para atender às famílias.

A Fundação Renova afirma que apoia mais de 50 planos de negócio. “São comércios diversos. Padaria, mercearia, restaurante, bar, doceria, sorveteria”, lista Luiz Ferraro, que atua na entidade como gerente geral de reparação integrada dos reassentamentos.

 

*O repórter e a fotógrafa viajaram a convite da Fundação Renova

Edição: Lílian Beraldo

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Festival Madureira abre, no Rio, mês da Consciência Negra https://canalmynews.com.br/cidades/consciencia-negra/ Fri, 04 Nov 2022 15:28:31 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=34515 Serão três dias de música na quadra da Império Serrano

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A primeira edição do Festival Madureira abre hoje (4) as comemorações do mês da Consciência Negra no Rio de Janeiro. Serão três dias de música na quadra da Escola de Samba Império Serrano, a preços populares, no valor de R$ 10 no local e de R$ 12,50 pelo Sympla.

O festival começa às 19h. No sábado (5) e domingo (6), as atrações serão a partir das 15h. A iniciativa é dos agentes culturais locais da Rede Madureira, com patrocínio da Secretaria de Cultura Municipal do Rio de Janeiro, Fundação Anita Mantuano de Artes do Estado do Rio de Janeiro (Funarj) e concessionária RioGaleão. A classificação etária é livre.

O festival é produzido 100% por artistas locais que se uniram em uma rede e estão trabalhando para transformar Madureira em um circuito turístico da zona norte, um circuito afro, informou à Agência Brasil o produtor Marcos André Carvalho.

“O turismo fica muito concentrado na zona sul e centro e Madureira é um bairro negro, de turismo étnico, com muito potencial. Mas o turismo não chega lá”, observou.

Ele disse que o objetivo é ter um festival “feito de baixo para cima, nós por nós”. Todos os produtores são do bairro e negros, e a programação é totalmente de artistas locais “para ser uma plataforma de visibilidade também para esses artistas”.

Programa

A programação começa hoje com o renascimento do  concurso Noite da Beleza Negra e homenagem ao bloco afro mais antigo do Rio, o Agbara Dudu, que está completando 40 anos de existência.

A Noite da Beleza Negra nasceu na quadra da escola de samba Império Serrano e não acontecia há mais de duas décadas. O concurso elege não só o rei e a rainha da beleza negra em termos estéticos, mas também na parte da elegância e coreografia, entre outros critérios, afirmou Marcos André.

Está prevista também apresentação da Bateria da Escola de Samba da Portela. Fechando a noite, o público assistirá a um show da compositora e cantora Leci Brandão, nascida em Madureira, numa grande celebração afro suburbana em homenagem aos tambores e à música preta carioca.

No sábado, a partir das 15h, haverá a Feira Crespa, envolvendo empreendedoras negras que oferecerão ao público seus produtos em barracas de moda, gastronomia e artesanato. Em seguida, haverá a roda de samba Quintal da Magia, que vem arrastando multidões para as ruas do subúrbio carioca com muito tambor e pontos de macumba, reunindo entre cinco mil e seis mil pessoas por edição. A noite promete ser de emoção, com uma homenagem a Arlindo Cruz feita por seu filho Arlindinho, na sede da Império Serrano que, este ano, retornou ao Grupo Especial, justamente com o enredo sobre o mestre Arlindo.

Crianças

A programação prevê ainda apresentação de crianças das escolas de samba mirins da Império Serrano e da Portela, que são Império do Futuro e Águias do Amanhã, representantes do futuro do samba carioca.

No domingo começará a Feira Crespa, às 15h, seguida da Roda de Samba do Quintal da Portela, liderada por membros da velha guarda da azul e branco, que promete repetir o sucesso que essa roda vem tendo aos sábados na Quadra da Portela. Uma atração também aguardada é a Roda de Jongo do Morro da Serrinha, com a Companhia de Aruanda, formada por pessoas que praticam o jongo, considerado o pai do samba do Rio.

A Companhia de Aruanda ficou famosa por realizar, há 15 anos, sua roda todos os meses debaixo do Viaduto de Madureira, formando milhares de novos jongueiros.

O encerramento do festival ficará a cargo do Grupo Awurê, criado em 2018 em Madureira, que canta sambas em homenagem aos orixás e entidades da umbanda e tem feito sucesso.

Calendário

Um piloto do festival foi realizado em maio, coincidindo com o aniversário de Madureira. Marcos André adiantou, porém, que a ideia é promover o festival duas vezes por ano.

“A ideia, realmente, é demonstrar esse circuito turístico, que reúne uma série de pontos turísticos, como as escolas de samba Portela e Império Serrano, o Mercadão de Madureira, de onde sai o cortejo da tradicional festa de Yemanjá, e o Baile Charme do Viaduto. A gente quer que a Riotur e a prefeitura incluam Madureira no circuito turístico da cidade, porque há muito interesse no turismo étnico”, disse Marcos. Ele acredita que o turismo poderá gerar renda para os grupos que participam do festival.

Edição: Kleber Sampaio

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Parque Nacional do Iguaçu reabre atrações https://canalmynews.com.br/cidades/parque-nacional-do-iguacu-reabre-atracoes/ Tue, 18 Oct 2022 01:42:11 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=34325 Acesso foi liberado após diminuição no fluxo de água no Rio Iguaçu

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O Parque Nacional do Iguaçu, que abriga as Cataratas do Iguaçu, no oeste do Paraná, fronteira com a Argentina, continua hoje (17) recebendo turistas, inclusive com o acesso liberado ao mirante da Garganta do Diabo. A passarela tinha sido fechada na última semana, devido ao forte volume de água na vazão das Cataratas do Iguaçu.

A vazão registrada na última quinta-feira (13) foi de 16 milhões e 500 mil litros d’água por segundo, 11 vezes acima da média, que é de 1 milhão e 500 mil litros.

Com a diminuição da vazão, a passarela foi reaberta no sábado. Hoje, a atração continua recebendo turistas. “A vazão da Patrimônio Mundial Natural continua alta, registrando 4 milhões e 800 mil litros por segundo. O maior conjunto de quedas d’água do planeta está deslumbrante e preparado para receber os visitantes”, afirmou a administração do parque, em nota.

Além da passarela que dá acesso ao mirante, todos os atrativos estão liberados ao público. Entre eles, o Macuco Safari – Passeio de barco e selva, o restaurante Porto Canoas e o sobrevoo de helicóptero com a Helisul.

Para visitar o Parque Nacional do Iguaçu é necessário adquirir o ingresso pelo site oficial, com escolha do dia e horário para o passeio. Os ingressos são limitados.

Edição: Maria Claudia

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Impa completa 70 anos com construção de campus e novo curso https://canalmynews.com.br/cidades/impa-completa-70-anos-com-construcao-de-campus-e-novo-curso/ Sat, 15 Oct 2022 18:58:10 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=34285 Nova área fica em terreno adjacente ao campus atual

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O Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa) completa hoje (15) 70 anos de existência com novos projetos, como a construção de um novo campus e o oferecimento de um curso de graduação em matemática. A nova área do instituto ficará em um terreno adjacente ao campus atual, no bairro do Jardim Botânico, na zona sul da cidade do Rio de Janeiro, e buscará integração com a mata nativa do local.

“A construção está começando e não tenho dúvida de que a existência de um novo campus irá elevar a contribuição científica e social do Impa a um patamar completamente novo”, afirma o diretor-geral do Impa, Marcelo Viana.

campus atual continuará funcionando. O novo espaço anexo, cujas obras devem ser concluídas até 2025, receberá gabinetes para pesquisadores, salas de aula, auditório com capacidade de 213 lugares, salas de estudo, laboratórios computacionais, centro de processamento de dados e salão de leitura, além de unidades de habitação estudantil.

Já o curso de bacharelado será oferecido em parceria com a prefeitura, na zona portuária, e permitirá o acesso de 100 a 120 alunos por ano, com previsão de início no segundo semestre de 2023. Hoje, o Impa oferece cursos de pós-graduação (mestrado e doutorado) e cursos livres.

“Vamos oferecer um programa de bacharelado em matemática aplicada em um ambiente de inovação, que a prefeitura está promovendo no centro da cidade”, explica Viana.

Outro projeto do Impa é aumentar sua colaboração e transferência de tecnologia matemática ao setor produtivo, através do Centro Pi, o Centro de Projetos e Inovação do instituto.

Outro desafio importante é a universalização da olimpíada de matemática no universo escolar. Queremos estender os benefícios da olimpíada a todas as crianças na nossa educação básica. Isso prenuncia uma presença cada vez maior do Impa no ambiente da educação básica. Não é exagero dizer que, aos 70 anos de idade, o Impa é um jovem cheio de energia, que olha com muita vontade e entusiasmo, para os próximos 70 anos de sua existência”, diz Viana.

História

O Impa foi criado em 15 de outubro de 1952 e se tornou a primeira unidade de pesquisa do Conselho Nacional de Pesquisas (CNPq), que havia sido criado um ano antes. De início, funcionava em uma sala da sede do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas, na Praia Vermelha.

Mudou de sede algumas vezes até que, em 1981, se instalou em seu campus atual, no Jardim Botânico. Hoje, o Impa é uma organização social vinculado aos ministérios da Educação (MEC) e da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI).

Entre as missões do instituto estão o estímulo à pesquisa científica, formação de pesquisadores e difusão da cultura matemática no Brasil. Entre seus projetos mais populares está a Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep), criada em 2005 e realizada em parceria com a Sociedade Brasileira de Matemática (SBM).

Em seu corpo de pesquisadores, estão cientistas de áreas como probabilidade, geometria complexa, álgebra, dinâmica dos fluidos, economia matemática, computação gráfica e sistemas dinâmicos.

Artur Ávila, ex-aluno e atual pesquisador na área de sistemas dinâmicos e ergódica, conquistou a Medalha Fields, considerada o Nobel da matemática, em 2014.

Edição: Maria Claudia

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Santuário do Cristo Redentor comemora 91 anos de criação https://canalmynews.com.br/cidades/santuario-do-cristo-redentor-comemora-91-anos-de-criacao/ Wed, 12 Oct 2022 18:51:09 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=34220 Data foi celebrada com Missão em Ação de Graças

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O Santuário doo Cristo Redentor está completando hoje (12), 91 anos de inauguração. Para marcar a data, às 7h, foi celebrada a missa em Ação de Graças presidida pelo arcebispo do Rio, cardeal Orani João Tempesta.

Em seguida, às 8h30, foi distribuído o tradicional bolo comemorativo, preparado pela tradicional organização Sociedade Amigos da Rua da Carioca e Adjacências (Sarca). Em seguida, ao meio-dia, será rezado o Ângelus seguido de missa, presidido pelo padre João Damasceno. Às 15h, será rezado o Terço da Misericórdia e em seguida missa solene transmitida pela Rádio Catedral, da Arquidiocese do Rio.

Dando sequência à programação, no próximo domingo, (16), às 19h30, o Santuário terá uma cerimônia pelo Dia Mundial da Alimentação, com o objetivo de alertar para a importância do acesso à alimentação adequada e saudável, que é um direito de todo ser humano. Ao final, o monumento ao Cristo Redentor terá uma iluminação especial na cor azul clara.

Na semana seguinte, no dia 20, às 20h, será realizado o show “Nossa Voz”, com o padre Omar e o Grupo Dó Ré Mi, na casa de shows Qualistage, na Barra da Tijuca. O espetáculo, que terá renda revertida para os projetos sociais atendidos pelo Santuário do Cristo Redentor, é um grande agradecimento à vida através das canções do Rei Roberto Carlos.

Encerrando as festividades, o Setor Cristo Sustentável promoverá a Ação de Amor do Cristo Redentor de 20 a 22 de outubro, na Basílica Santuário Arquidiocesano Mariano de Nossa Senhora da Penha de França, no bairro da Penha, com início todos os dias às 9h e encerramento às 15h.

A Ação de Amor do Cristo Redentor é um projeto itinerante, que leva serviços de saúde, habitação, trabalho, educação e cidadania à população em situação de vulnerabilidade social.

Edição: Maria Claudia

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Prefeitura do Rio autoriza criptomoedas para pagamento do IPTU 2023 https://canalmynews.com.br/cidades/prefeitura-do-rio-autoriza-criptomoedas-para-pagamento-do-iptu-2023/ Tue, 11 Oct 2022 16:58:19 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=34213 Decreto foi publicado no Diário Oficial do Município

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A Prefeitura do Rio de Janeiro autorizou o credenciamento de empresas que utilizarão criptomoedas para realizar operações de pagamento do IPTU 2023. Segundo a administração municipal, o Rio passa a ser a primeira cidade do Brasil a oferecer aos contribuintes este meio de pagamento de um tributo, que não será limitado apenas a uma moeda digital.

O decreto publicado hoje (11) no Diário Oficial do Município, indica que a prefeitura vai contratar empresas especializadas em realizar a conversão dos ativos cripto em reais. Com a medida, o município receberá 100% do valor na moeda corrente, sem nenhum custo adicional para a capital.

Para o prefeito do Rio, Eduardo Paes, a iniciativa coloca a cidade na vanguarda do mercado cripto ao estimular a circulação destas moedas na economia. “O Rio de Janeiro é uma cidade global. Por isso, estamos acompanhando os avanços tecnológicos e econômicos do universo dos ativos financeiros digitais. Temos um olhar para o futuro e queremos contribuir para que se torne a capital da inovação e tecnologia do país. E já saímos na frente. Somos a primeira cidade do Brasil a oferecer este tipo de pagamento ao contribuinte”.

O decreto define ainda que as empresas interessadas em oferecer este tipo de pagamento aos seus clientes, entre outras obrigações, deverão estar credenciadas junto ao município, possuir CNPJ, manter o cadastro de seus clientes atualizados de forma similar às determinações do Banco Central do Brasil para as instituições financeiras e possuir contrato de prestação de serviço junto a um dos bancos arrecadadores da prefeitura. A lista com as empresas credenciadas ficará disponível na página virtual do Tesouro Municipal, no site da Secretaria Municipal de Fazenda e Planejamento.

Para analisar o que está sendo o uso das criptomoedas, a prefeitura vai acompanhar as informações do ritmo dos pagamentos por meio de um relatório diário. A secretária de Fazenda e Planejamento, Andrea Senko, disse que inicialmente, o uso das criptomoedas como forma de pagamento será apenas para IPTU, mas a intenção é estender a outros tributos. “Queremos avaliar como a cidade irá se comportar com essa nova modalidade de pagamento para futuramente incluirmos em outros tributos”, revelou.

Edição: Valéria Aguiar

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Após furto, estátua de Carlos Drummond tem óculos recolocados https://canalmynews.com.br/cidades/apos-furto-estatua-de-carlos-drummond-tem-oculos-recolocados/ Tue, 11 Oct 2022 02:18:40 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=34204 É a décima quarta vez que a peça de bronze é reposta

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A estátua do poeta Carlos Drummond de Andrade, em Copacabana, está de óculos novos. A prefeitura do Rio de Janeiro, por meio da Secretaria Municipal de Conservação recuperou mais uma vez o monumento, que teve a peça furtada no final de abril. Esta é, segundo a secretaria, a 14º vez que os óculos são repostos. 

Os óculos foram recolocados na última sexta-feira (7). A prefeitura informou ainda que, além de recolocar os óculos, feitos em bronze, a equipe da Gerência de Monumentos e Chafarizes, vinculada à Conservação, instalou uma nova placa de identificação, na qual se lê o nome do poeta e o ano de inauguração da estátua. Drummond é também um dos monumentos da cidade monitorados por câmeras, a fim de evitar furtos e depredações.

Localizada na Avenida Atlântica, em frente à Avenida Rainha Elizabeth, em Copacabana, a estátua de Carlos Drummond de Andrade foi instalada em 2002, em comemoração ao centenário do poeta. Confeccionada por Leo Santana, é inspirada em uma foto tirada no mesmo local pelo fotógrafo Rogério Reis. O escritor está sentado em um banco, de frente para o calçadão. No banco está inscrito um verso de seu poema Mas viveremos: No mar estava escrita uma cidade. O local é atualmente um dos importantes pontos turísticos da orla carioca.

Estátua de Carlos Drummond de Andrade no calçadão de Copacabana tem óculos recolocados após serem roubados.
Estátua de Carlos Drummond de Andrade no calçadão de Copacabana tem óculos recolocados após serem roubados. – Fernando Frazão/Agência Brasil

Nesta segunda-feira, foram raros os momento que Drummond ficou sozinho, sempre tinha alguém perto para sentar no banco, compartilhar a vista com ele e tirar uma foto. A professora Jane Pereira, de São Paulo, foi uma das turistas que fizeram questão de homenagear o poeta.

“Para mim é uma emoção estar aqui diante da estátua dele. É algo importante para mim”, disse, após tirar uma série de fotos ao lado da estátua. Quando soube dos vários furtos, ela ficou impressionada. “Fico bem triste com isso de as pessoas danificarem os monumentos públicos. A estátua é algo que está ai para prestigiarmos. Não se deve fazer isso, é algo que está aí para as gerações futuras, tem toda uma história que devemos preservar”.

Estátua de Carlos Drummond de Andrade no calçadão de Copacabana tem óculos recolocados após serem roubados.
Turistas tiram foto com estátua do poeta Drummond no calçadão de Copacabana – Fernando Frazão/Agência Brasil

Carlos Drummond de Andrade viveu entre 1902 e 1987 e é considerado um dos maiores nomes da poesia brasileira. Mineiro, nasceu em Itabira de Mato Dentro e viveu no Rio de Janeiro, entre os anos 1934 e 1987. O seu estilo poético era permeado por traços de ironia, observações do cotidiano, de pessimismo diante da vida e de humor. Um dos poemas mais famosos é No Meio do Caminho.

Edição: Maria Claudia

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SP: exposição mostra réplica do maior dinossauro do mundo https://canalmynews.com.br/cidades/sp-exposicao-mostra-replica-do-maior-dinossauro-do-mundo/ Sun, 09 Oct 2022 14:40:09 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=34171 Descoberta é recente, de 2014, na província argentina de Chubut

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Mais de 38 metros de comprimento e cerca de 77 toneladas, o equivalente a três caminhões-cegonha enfileirados e 18 elefantes em relação ao peso. Os números impressionam, e fica ainda mais interessante quando dizemos que se trata de um animal. Mas não é qualquer bicho. O Patagotitan é o maior animal terrestre conhecido e habitou o planeta há 101 milhões de anos.

A descoberta é recente, de 2014, e foi feita na província argentina de Chubut, no meio da Patagônia. O fêmur desse gigante e uma réplica em tamanho real podem ser vistos até o dia 27 de novembro em uma exposição no Pavilhão das Culturas Brasileiras, no Parque Ibirapuera.

Os olhos do pequeno Mateus, de 4 anos, brilharam já no início da exposição, mas a curiosidade mesmo era para conhecer o maior de todos. Talvez o dinossauro preferido, o T-Rex, perca espaço para o tiranossauro vindo da Patagônia. “Ele adora. Ele tem muito interesse”, conta a avó Stela Vilela, de 65 anos, que trouxe o neto apaixonado pelos dinos. Na exposição Dinossauros Patagotitan – O Maior do Mundo também é possível conhecer o brasileiro Buriolestes schultzi, que viveu há 233 milhões de anos, o mais antigo do mundo.

“[De] dinossauro todo mundo gosta. E é muito importante chamar atenção para isso por muitas razões, uma delas é que os dinossauros nos ajudam a entender o mundo. Esse mundo moderno que nós vivemos, com seis continentes, os oceanos, com essa diversidade, foi um mundo semeado no tempo dos dinossauros, foi no tempo dos dinossauros que os mamíferos nasceram”, conta o paleontólogo Luiz Anelli, responsável pela exposição no Brasil. Professor da Universidade de São Paulo (USP), ele é escritor de livros como Brasil dos Dinossauros.

Exposição Dinossauros: Patagotitan, o Maior do Mundo, com curadoria científica do paleontólogo Luiz Eduardo Anelli, no Pavilhão das Culturas Brasileiras do Parque Ibirapuera.
Exposição Dinossauros: Patagotitan, o Maior do Mundo, com curadoria científica do paleontólogo Luiz Eduardo Anelli – Rovena Rosa/Agência Brasil

E todo mundo gosta mesmo. Viviane Kamiya, de 39 anos, está de férias e trouxe a mãe Sachie, de 71 anos. “Sempre tive muita curiosidade de ver. O tamanho impressiona muito. A gente sabe que eles são grandes, mas quando chegamos perto, a gente vê como a gente é pequeno em relação a eles”.  Anelli destaca que os dinossauros são importantes também para mobilizar as pessoas a ir à exposições. “[Eles] levam as pessoas para os museus no mundo inteiro. Os dinossauros colocam um livro no colo de uma criança e a criança pede para o pai ler para ela. Os dinossauros aproximam as crianças da ciência”, comemora.

Descobertas

O paleontólogo destaca que a Argentina se tornou um dos principais polos de exploração e preservação do patrimônio pré-histórico. Devido à localização, tipo de rochas e clima, os fósseis encontrados na Patagônia se destacam pelo grande nível de preservação e acessibilidade. “O Brasil estava numa zona mais árida, mais seca, com diversidade um pouco mais baixa. Então, apesar da gente ter o dobro do tamanho da Argentina e ter cinco vezes mais área de rochas do tempo dos dinossauros aparentes, a Argentina tem cinco vezes mais espécies de dinossauros conhecidas”, explica.

E ainda há muito o que descobrir. “O Patagotitan é um grão de poeira num campo de futebol. Tem muita coisa a ser descoberta, muita, porque a gente só encontra o que está na superfície. O paleontólogo não enxerga um centímetro abaixo da rocha”, aponta. O primeiro osso do Patagotitan, por exemplo, foi encontrado por um pastor que buscava ovelhas perdidas.

Exposição Dinossauros: Patagotitan, o Maior do Mundo, com curadoria científica do paleontólogo Luiz Eduardo Anelli, no Pavilhão das Culturas Brasileiras do Parque Ibirapuera.
Exposição apresenta 16 réplicas de esqueletos de dinossauros completos e 20 fósseis originais – Rovena Rosa/Agência Brasil

A exposição apresenta, ao todo, 16 réplicas de esqueletos de dinossauros completos e 20 fósseis originais. Também está exposto o crânio do Giganotossauro, um dinossauro que se tornou popular depois de derrotar o T-Rex no último filme da franquia Jurassic Park.

Os ingressos custam até R$ 50 e podem ser adquiridos pela internet. Gratuitamente, é possível visitar a Praça DINOS que, além de café e loja, traz um espaço especial para as crianças brincarem em caixas de areia como paleontólogos.

Edição: Valéria Aguiar

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Frente fria chega ao Rio de Janeiro com ressaca https://canalmynews.com.br/cidades/frente-fria-chega-ao-rio-de-janeiro-com-ressaca/ Mon, 12 Sep 2022 02:25:33 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=33645 Alerta da Marinha é para ondas de até 2,5 metros

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Depois de uma sexta-feira (9) e sábado (10) de calor intenso no Rio de Janeiro, a temperatura começou a cair na noite de ontem, devido à chegada de uma frente fria no estado. A previsão do Alerta Rio é que a temperatura neste domingo (11) não passe de 24ºC, tendo registrado mínima de 14ºC durante a madrugada.

O tempo hoje permanece nublado a encoberto, com possibilidade de chuvisco e chuva fraca no período da tarde e ventos de fracos a moderados, entre 18,5 km/h a 51,9 km/h.

Para o início da semana, o Alerta Rio informa que não deve chover até quarta-feira (14), com elevação da temperatura na terça-feira (13), podendo chegar a 30ºC, mas mantendo as mínimas na faixa dos 15ºC.

Ressaca

A Marinha emitiu alerta de ressaca com início previsto para as 21h de hoje e validade até as 9h de terça-feira, com a previsão de ondas de 2,5 metros a 3 metros na orla da cidade.

O Centro de Operações da prefeitura recomenda evitar o banho de mar e outras práticas esportivas nas águas durante o período de ressaca, além de não permanecer em mirantes na orla ou em locais próximos ao mar, incluindo as ciclovias se elas forem atingidas pelas ondas.

Edição: Fernando Fraga

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Em dois dias, Comlurb recolhe 110 toneladas de resíduos no Rock in Rio https://canalmynews.com.br/sem-categoria/rock-in-rio/ Sun, 04 Sep 2022 22:06:03 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=33492 Todo material reciclável será encaminhado à cooperativas de catadores

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A Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb) recolheu 110,5 toneladas de resíduos nos dois primeiros dias da nona edição do festival de música Rock in Rio, que começou na última sexta-feira (2) no Parque Olímpico, na Barra da Tijuca, zona oeste da cidade do Rio de Janeiro, reunindo grandes nomes da música nacional e internacional.

A companhia trabalha diariamente no local com cerca de mil garis, na parte interna, na gestão de resíduos do evento com a varrição das áreas de circulação do público, gramados, praças de alimentação, área VIP, bastidores, arenas e velódromo. Outros 181 garis atuam na parte externa, incluindo as vias de acesso à Cidade do Rock.

A Comlurb responde ainda pela destinação correta do lixo gerado, com os resíduos potencialmente recicláveis sendo direcionados a cooperativas de catadores escolhidas pelos organizadores do festival e credenciadas junto à empresa, que fazem a comercialização com empresas recicladoras, gerando emprego e renda.

Os resíduos orgânicos são levados para o EcoPonto do Caju da Comlurb, onde são utilizados para compostagem e transformados em biogás para geração de energia, biocombustível ou condicionador de solos, na unidade de biometanização, a primeira da América Latina. Para facilitar o descarte correto de resíduos, cerca de dois mil contêineres foram distribuídos, tanto na parte interna quanto na parte externa da Cidade do Rock.

Sustentabilidade

Das 110,5 toneladas de resíduos recolhidas pela Comlurb até agora, 37,98 toneladas de recicláveis foram encaminhados à startup Reutiliza Já e à Associação Nacional de Catadores e Catadoras de Materiais Recicláveis (Ancat), que vão garantir a rastreabilidade dos resíduos durante o Rock in Rio 2022 e a sustentabilidade do evento.

Para isso, será usada a tecnologia blockchain (mecanismo de banco de dados avançado que permite o compartilhamento transparente de informações). Integrada à prestação de serviços das cooperativas de catadores de materiais recicláveis, essa tecnologia permite que cada material descartado no lixo possa ser acompanhado, medido, separado, pesado e encaminhado para o destino certo.

O objetivo é garantir a rastreabilidade dos resíduos, desde o momento do consumo no festival até as cooperativas de reciclagem e, destas, posteriormente, até as indústrias, para transformá-los em matéria-prima novamente para produção de embalagens de novos produtos, garantindo a circularidade dos materiais. Do total de 37,98 toneladas de resíduos recicláveis encaminhadas aos catadores, a maior parte (20,94 toneladas) é plástico, seguida de alumínio (5 toneladas).

O fundador e diretor executivo da Reutiliza Já, Humberto Bahia, disse hoje (4) à Agência Brasil que não basta encaminhar os resíduos para a reciclagem. “Tem que informar e educar e, depois da comunicação mais humanizada, a gente tem que medir isso, tornar essa medição cada vez mais eficiente através de tecnologia”.

A tecnologia blockchain ajuda a certificar que os números obtidos são reais e que não houve desvios de materiais até as indústrias. “Depois da medição, a gente vai reaproveitar e encaminhar para os transformadores que chegam na indústria. Depois, isso retorna para a sociedade”, destacou Bahia.

O diretor da Reutiliza Já afirmou que ao final do processo, será possível saber quantas árvores foram preservadas e quanto foi a economia em termos de água e de energia, por exemplo. A ideia é, sem utilizar termos muito técnicos, conseguir passar para a população os resultados alcançados.

Para Humberto Bahia, o nível de rastreabilidade e transparência da gestão de resíduos desta edição do Rock in Rio é inédito no mundo: “Não tem coisa mais atual do que a gente tratar do que é nosso, do planeta. Acho que o Rock in Rio está sempre uns passinhos na frente”.

Placar

A Ancat opera o maior programa de logística reversa do país, o Reciclar pelo Brasil, em colaboração com 17 grandes empresas do país. O presidente da entidade, Roberto Rocha, afirmou que a maior diferença do atual projeto do Rock in Rio é que agora a tecnologia da operação permite o acompanhamento de cada etapa, garantindo a circularidade do material.

“A nova tecnologia insere um novo serviço prestado pela categoria em uma era digital, sendo um momento inovador, uma solução única e pioneira em todo o mundo, promovendo protagonismo dos catadores dentro da economia circular e das exigências do ESG (governança ambiental, social e corporativa), e contribuindo para a geração de renda e valorização profissional”. Rocha concluiu que esse é um grande legado social não apenas para futuros eventos, mas para o planeta.

Ao fim do 9º Rock in Rio, será implementado o Placar da Reciclagem. Trata-se de uma calculadora socioambiental que dimensiona o impacto da iniciativa a partir da divulgação indicadores de desempenho e métricas socioambientais cientificamente validadas.

Após as atrações deste domingo (4), o Rock in Rio retorna na próxima quinta-feira (8) até domingo (11) que vem.

Edição: Denise Griesinger

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Museu Light da Energia reabre as portas com exposição educativa https://canalmynews.com.br/cidades/museu-light-da-energia-reabre-as-portas-com-exposicao-educativa/ Sun, 04 Sep 2022 16:34:11 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=33477 Museu oferece transporte gratuito para escolas públicas

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Localizado na região central do Rio de Janeiro, o Museu Light da Energia reabre as portas para o público amanhã (5), depois de mais de dois anos fechado, com uma nova exposição interativa. O espaço é reconhecido por seu trabalho educativo na conscientização sobre o uso eficiente da energia elétrica, estimulando os visitantes a refletir sobre hábitos de consumo e redução dos desperdícios.

Indicado para estudantes da educação infantil, ensino fundamental I e II, ensino médio e educação de jovens e adultos (EJA), o museu oferece transporte gratuito para escolas públicas. A entrada é gratuita, mas é preciso agendar a visita pelo site.

O novo espaço esclarece os mistérios que envolvem a eletricidade, contribuindo para a conscientização sobre a eficiência energética, informa a especialista em marketing e responsabilidade social da light, Estela Alves. “Energia é um tema amplo e complexo. Ela está totalmente inserida no nosso dia a dia e a gente nem percebe. O museu traz essa consciência de forma divertida e interativa”. Para Estela, quem entra no museu sai com uma nova percepção de seu papel como consumidor e a importância de mudar hábitos e contribuir com a eficiência energética.

O espaço foi reformado nos últimos anos com o objetivo de oferecer aos visitantes uma exposição inovadora, que ensina o que é energia com experiências interativas digitais, eletrônicas e mecânicas. A exposição conta com 11 experiências distribuídas em três ambientes: Sala Clara, Túnel da Energia e Sala Escura.

Itinerário

O passeio começa pela Sala Clara, que tem jogos, painéis interativos e uma maquete que mostra como é a geração de energia. Ainda neste pavimento, o público inicia a descoberta sobre a energia e suas diferentes formas, suas transformações e fontes.

Em seguida, os visitantes entram no Túnel da Energia e percebem, por meio de seus movimentos com imagens e sons, que seu corpo também produz energia. Saindo do túnel, a Sala Escura revela o movimento do elétron e os conceitos mais básicos, como eletricidade, magnetismo e eletromagnetismo. Um dos novos experimentos promove uma brincadeira coletiva, em que pessoas conseguem mover energia para acender as luzes de um prédio.

Localizado no Centro Cultural Light, na Avenida Marechal Floriano, 168, o Museu Light da Energia recebeu cerca de quatro mil instituições de ensino e mais de 160 mil visitantes, entre 2012 e 2020. O museu conta com recursos do Programa de Eficiência Energética da Agência Nacional de Energia Elétrica (PEE Aneel).

Edição: Denise Griesinger

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Rio inicia campanha de vacinação antirrábica https://canalmynews.com.br/cidades/rio-inicia-campanha-de-vacinacao-antirrabica/ Sat, 27 Aug 2022 23:09:09 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=33362 “Raiva é uma doença que não tem cura”, diz especialista

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A Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro (SMS), por meio do Instituto Municipal de Vigilância Sanitária, Vigilância de Zoonoses e de Inspeção Agropecuária (Ivisa), iniciou hoje (27) a primeira etapa da campanha de vacinação antirrábica para cães e gatos.

São mais de 135 postos de vacinação neste primeiro dia da campanha em bairros da zona sul, centro, zona norte e na Ilha do Governador. Outras regiões do Rio serão atendidas nas etapas seguintes.

“Leve seu animal, filhote, a partir de três meses, e os [animais] adultos, se estiverem saudáveis. A raiva é uma doença que não tem cura. A vacinação é a prevenção”, disse a presidente do Ivisa, Aline Borges.

Causa e efeito

Causada por um vírus, a raiva é uma zoonose que pode acometer diversos mamíferos, mas as principais espécies envolvidas no ciclo da doença são cães, gatos, morcegos, raposa, cachorro-do-mato e saguis. Ela é transmitida ao homem por meio da saliva de animais infectados, principalmente por mordida, arranhão ou lambida. A doença é quase sempre fatal e se caracteriza por uma encefalite progressiva, levando à inflamação do cérebro.

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Serviços no Rio ainda não foram normalizados após ataque de hacker https://canalmynews.com.br/cidades/servicos-no-rio-ainda-nao-foram-normalizados-apos-ataque-de-hacker/ Thu, 18 Aug 2022 15:29:06 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=33084 Informação é do prefeito Eduardo Paes

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Em comunicado divulgado nas redes sociais, o prefeito do Rio, Eduardo Paes, informou que equipes trabalham 24 horas para normalizar os serviços prestados pelo município, vítima de ataque de hacker na madrugada de segunda-feira (15). O ataque criminoso tentou furtar dados sigilosos do governo municipal. “Logo que a gente percebeu a ameaça, as equipes técnicas tiveram que retirar do ar, preventivamente, todo o sistema, para proteger a população, de 6,8 milhões de pessoas, afirmou.

O prefeito não falou, no entanto, em prazo para que os serviços essenciais da prefeitura sejam normalizados. “O crime foi registrado na Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática para que o responsável seja identificado e punido”.

Mesmo recuperados, os sistemas permanecerão fora do ar até que o ambiente digital esteja totalmente seguro. “Tenho a exata noção dos transtornos que essa ação criminosa está provocando na vida das pessoas. Eu queria tranquilizar os contribuintes e informar que esses dias em que o sistema estiver fora do ar não vão ser considerados como dias úteis para fins de vencimento de tributos e contas”.

Paes disse ainda que vai seguir trabalhando firme para normalizar os serviços. “É uma situação absolutamente nova para nós. Ela infelizmente tem acontecido, como no STJ (Superior Tribunal de Justiça), na ANP (Agência Nacional de Petróleo), em grandes empresas. Estamos trabalhando para resolver o problema e devolver a tranquilidade aos cariocas. Pedimos compreensão”.

Apesar de o sistema da prefeitura estar offline, alguns serviços continuam funcionando, como o Sistema de Regulação (Sisreg), que fica hospedado no datacenter do Ministério da Saúde, além do Centro de Operações (que monitora o funcionamento da cidade), o 1746 (central de atendimento ao cidadão) e o Táxi.Rio (aplicativo de táxis da prefeitura).

Outros serviços importantes, como licenciamento sanitário online, emissão de nota fiscal, arrecadação de IPTU, atendimento do CadÚnico, no entanto, seguem interrompidos.

*Matéria alterada hoje (18), às 9h26, para acréscimo de informações.

Edição: Graça Adjuto

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Fim de semana de vacinação contra a covid-19 e gripe na cidade de SP https://canalmynews.com.br/cidades/fim-de-semana-de-vacinacao-contra-a-covid-19-e-gripe-na-cidade-de-sp/ Sat, 13 Aug 2022 16:50:00 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=32860 Os postos de vacinação vão funcionar até as 19h

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Diversos postos de saúde estarão abertos neste fim de semana para que moradores da cidade de São Paulo possam se vacinar contra a covid-19, gripe e outras doenças incluídas na Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite e multivacinação.

Neste sábado, a vacinação ocorre nas Assistências Médicas Ambulatoriais (AMAs)/Unidades Básicas de Saúde (UBSs) Integradas, que estarão abertas até as 19h.

Já amanhã (14), o serviço estará disponível em cinco parques da capital paulista: Buenos Aires, Severo Gomes, do Carmo, da Juventude e Ceret. Essa vacinação está sendo feita das 8h às 17h. Também estarão abertos dois postos na Avenida Paulista: uma tenda, localizada na altura do número 52, e uma farmácia parceira, localizada no número 995. Nesses dois locais, o horário é das 8h às 16h.

A campanha nacional de vacinação contra a poliomielite está para crianças de 1 ano a 5 anos. Também ocorre a multivacinação para atualização de caderneta de crianças e adolescentes com até 15 anos.

Na multivacinação, são disponibilizados imunizantes como: tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola), tetraviral (sarampo, caxumba, rubéola e varicela), BCG, pentavalente, vacina inativada poliomielite (VIP), vacina oral poliomielite (VOP), pneumo 10, rotavírus, meningo C, meningo ACWY, varicela, hepatites A e B, febre amarela, DTP (difteria, tétano e coqueluche), dupla adulto, HPV e pneumo 23.

A vacina contra a covid-19 está disponível para crianças de 3 e 4 anos de idade com deficiência permanente, comorbidade e indígenas, além de crianças de 5 a 11 anos, adolescentes e adultos. Já a segunda dose adicional [ou quarta dose] está disponível para pessoas acima dos 18 anos que tenham tomado a primeira dose adicional [ou terceira dose] há pelo menos quatro meses. Adolescentes de 12 a 17 anos com imunossupressão também poderão tomar a dose adicional.

A secretaria municipal da saúde informa que também está disponível a terceira dose adicional [ou quinta dose] contra a covid-19 para pessoas com alto grau de imunossupressão acima de 40 anos.

Mais informações e a lista dos postos de vacinação que estarão abertos neste final de semana na capital paulista podem ser encontradas no site Vacina Sampa.

Edição: Aécio Amado

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São Paulo registra recordes de baixa temperatura https://canalmynews.com.br/cidades/sao-paulo-registra-recordes-de-baixa-temperatura/ Fri, 12 Aug 2022 14:50:31 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=32803 O Dia dos Pais, no domingo (14), será de tempo estável e sem previsão de chuva.

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O Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas de São Paulo (CGE) registrou ontem (11) a menor máxima média do inverno paulistano desde o início das medições em 2004, com a temperatura de 16,6°C. Desde o início da semana, a Defesa Civil mantém o estado de alerta para as baixas temperaturas.

São Paulo também alcançou ontem a menor temperatura mínima média do inverno, com 9,7°C, com destaque para a região de Parelheiros, na zona sul, onde a média chegou a 8,6°C.

Segundo o CGE, o ciclone extratropical, que provocou as mudanças climáticas e ventania durante a semana, distanciou-se do litoral paulista, fazendo com que a temperatura suba gradativamente durante as tardes, embora as madrugadas continuem geladas até o final de semana.

No decorrer do sábado, o sol predomina entre poucas nuvens, e a temperatura chega aos 23°C. Ao longo da noite, com céu nublado, a temperatura deve registrar 10°C.

O Dia dos Pais, no domingo (14), será de tempo estável e sem previsão de chuva.

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Cidade de São Paulo tem mês de julho mais quente desde 1943 https://canalmynews.com.br/cidades/cidade-de-sao-paulo-tem-mes-de-julho-mais-quente-desde-1943/ Tue, 26 Jul 2022 20:43:56 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=32139 Temperatura mais alta tinha sido registrada em julho de 1977

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O calor que vem fazendo neste mês na cidade de São Paulo já pode ser considerado histórico. Desde 1984, é o mês de julho mais quente registrado na capital paulista, com média mensal de 25,9º C de temperatura máxima na série histórica. A informação foi divulgada hoje (26) pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

Até então, a temperatura mais alta para um mês de julho havia sido registrada em 1977, com média mensal de 25,3º C. Normalmente, a média máxima de temperatura para o mês gira em torno de 23º C.

Segundo o Inmet, nesta semana, a cidade de São Paulo pode registrar temperatura ainda mais alta, com a máxima chegando a 29º C na quinta-feira (28), tornando esse um dos dias mais quentes do mês. A mínima na quinta-feira pode chegar a 15º C. Já no sábado (30), a máxima não deve ultrapassar os 19º C, enquanto a mínima pode registrar até 7º C.

De acordo com o instituto, a umidade relativa do ar continua baixa e um forte bloqueio atmosférico de alta pressão, que impede a entrada de frentes frias, tem favorecido a elevação das temperaturas na capital. O calor será amenizado com a chegada de uma frente fria a São Paulo na próxima sexta-feira (29), que trará rajadas de vento, chuvas esparsas e queda acentuada na temperatura.

A cidade de São Paulo não tem chuvas significativas desde o dia 10 do mês passado, informou o Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas (CGE). Até o momento, julho registrou apenas chuviscos isolados em dias alternados, acumulando apenas 0,6mm.

Em entrevista hoje (26) ao programa Repórter São Paulo, da TV Brasil, o técnico em meteorologia do CGE Adilson Nazário disse que o fim de semana deve ser mais frio em São Paulo.

Segundo Nazário, a previsão é que sábado (30) e domingo (31) sejam os dias mais frios, com temperaturas em torno de 10º C ou 11º C, ou até mais baixas, de cerca de 10º C. “Não é uma sequência de dias muito longa, mas já vai servir para melhorar a qualidade do ar temporariamente”, afirmou.

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Hazenclever Lopes Cançado assume presidência da Loterj https://canalmynews.com.br/cidades/hazenclever-lopes-cancado-assume-presidencia-da-loterj/ Fri, 22 Jul 2022 12:17:01 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=31974 A decisão foi tomada pelo governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, em meio a um processo de licitação onde a Loterj pretende implementar novos produtos online.

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Na sexta-feira (15), o mercado foi pego de surpresa com a demissão do presidente da Loteria do Estado do Rio de Janeiro, Otávio Cunha, e a nomeação do advogado Hazenclever Lopes Cançado. A decisão foi tomada pelo governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, em meio a um processo de licitação onde a Loterj pretende implementar novos produtos online.

O recém-nomeado presidente da Loterj, Hazenclever Lopes Cançado, é sócio de um escritório de advocacia que leva o seu nome em Brasília. Ele é formado em Direito pela Universidade de Brasília e cursa mestrado em Direito Constitucional pela Universidade de São Paulo.

loterj

Hazenclever Lopes Cançado é o novo presidente da Loterj. Foto: Divulgação

Produtos online

Como mencionado, a Loterj vem buscando implementar novos produtos online através de um processo de licitação já em andamento. Entre eles, estão as modalidades instantânea e de prognósticos. Além disso, a loteria já vem se preparando para dar atenção à criação de apostas esportivas logo depois do certame que lançaria os jogos no Rio de Janeiro.

O mercado vem se mantendo atento às decisões que a Loterj tomará em relação à política de ampliação dos produtos lotéricos no Rio de Janeiro. Assim, representantes do setor aguardam pela conclusão da licitação em andamento e pelo futuro certame para as apostas esportivas.

O setor de palpites esportivos online vem se mostrando promissor, demonstrando resultados positivos nos últimos anos. Atualmente, é comum no dia-a-dia do brasileiro acessar um  site de aposta que dá bônus e fazer a sua fezinha sem custo algum. Isso porque plataformas como as citadas no sitedeapostasonline.net permitem ao usuário dar o seu pitaco e testar diversas possibilidades antes de arriscar o próprio dinheiro. Além do futebol, esses sites incluem outros esportes tradicionais, como o vôlei e o basquete, e esportes eletrônicos.

Recordes mensais

No início deste mês, Otávio Cunha revelou, em uma entrevista à Games Magazine Brasil, que a Loterj vem retornando à sua posição de destaque no cenário nacional e que “o mercado lotérico vem conseguindo, no Rio de Janeiro, bater recordes mensais de vendas”.

De acordo com ele, a loteria estadual já tem mais de dez mil pontos de venda, mesmo depois de ter passado por muitas dificuldades com o advento da pandemia, exatamente por trabalhar apenas com produtos físicos. “Agora, as coisas estão melhorando e permanecemos muito empolgados com nossa licitação para a loteria online. Isso vai colocar a Loterj em um patamar de maior destaque com relação ao mercado como um todo”, expressou Cunha.

A licitação anterior para novas modalidades foi interrompida por determinação do Tribunal de Contas do Estado. Após correções de rumo feitas em parceria com o próprio setor, a licitação em questão está sendo retomada. O mercado foi ouvido durante audiência pública e trouxe sugestões. Assim, o edital está praticamente pronto e, segundo Cunha, “em breve o mercado terá novidades”.

Como mencionado, a nova licitação prevê as modalidades instantânea e de prognósticos, mas a Loterj não quer parar por aí. Entendendo sobre a operação de loterias nos diferentes estados e a sua abrangência, Otávio Cunha disse que “enquanto loteria estadual, sabemos que podemos operar e não ficaremos parados. A Loterj irá propor a criação da modalidade de apostas esportivas sob nossa bandeira”. O executivo ainda reforçou: “estamos nos preparando para isso. Está em nosso radar de curtíssimo prazo e não perderemos essa oportunidade”.

Vale lembrar que, recentemente, a legislação brasileira através do Supremo Tribunal Federal eliminou o  fim do monopólio da União para a exploração de loterias. Dessa forma, todos os vinte e seis estados e o Distrito Federal já podem explorar a modalidade, fomentando iniciativas que já querem modernizar os produtos e criar um novo cenário lotérico. Antes, havia inúmeras restrições legais para o setor, mas o governo começou a flexibilizar algumas mudanças com a iminente aprovação do projeto de lei que regulamenta os jogos de azar.

 

 

 

 

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Desastres naturais: mais 11 cidades entram em situação de emergência https://canalmynews.com.br/cidades/desastres-naturais-mais-11-cidades-entram-em-situacao-de-emergencia/ Thu, 21 Jul 2022 22:17:23 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=31955 As cidades foram atingidas por uma série de desastres naturais: chuvas intensas, inundações e deslizamentos.

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Mais 11 cidades atingidas por desastres naturais tiveram a situação de emergência reconhecida pela Defesa Civil Nacional. A portaria com a medida está publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta quinta-feira (21).

Desse total, sete municípios foram atingidos por chuvas intensas: Paulo Jacinto, em Alagoas; Ribeira do Pombal, na Bahia; Ielmo Marinho, no Rio Grande do Norte; Xexéu e Itaíba, em Pernambuco; e Santa Rosa de Lima e Santa Rosa do Sul, em Santa Catarina.

No Amazonas, a cidade de Anori sofreu com inundações, enquanto Muquém do São Francisco, na Bahia, e Monsenhor Tabosa, no Ceará, passam por um período de estiagem. Por fim, Paulistana Seca, no Piauí, enfrenta uma longa seca.

A situação de emergência ou de estado de calamidade pública reconhecida pela Defesa Civil Nacional, possibilita aos municípios solicitar recursos do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) para atender à população afetada. De acordo com o ministério, as ações devem estar voltadas para o restabelecimento de serviços essenciais e reconstrução de equipamentos de infraestrutura danificados.

“‌A solicitação deve ser feita por meio do Sistema Integrado de Informações sobre Desastres (S2iD). Com base nas informações enviadas, a equipe técnica da Defesa Civil Nacional avalia as metas e os valores solicitados. Com a aprovação, a portaria é publicada no DOU com a especificação do montante a ser liberado”, informa o MDR.

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São Paulo: Edifício que pegou fogo na 25 de março será demolido https://canalmynews.com.br/cidades/sao-paulo-edificio-que-pegou-fogo-na-25-de-marco-sera-demolido/ Thu, 14 Jul 2022 17:18:30 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=31549 Incêndio levou três dias para ser extinto pelos Bombeiros.

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O prédio de dez andares que foi atingido por incêndio na região da 25 de Março, no centro da capital paulista, será demolido pela prefeitura. O condomínio Edifício Comércio e Indústria, localizado na Rua Comendador Abdo Schahin, 78, região central da cidade, aprovou na noite desta quarta-feira (13), em assembleia geral, a proposta apresentada pela gestão municipal e aceitou amigavelmente a demolição do edifício atingido pelo incêndio iniciado no domingo (10).

Com decisão, não haverá mais a necessidade de ação judicial para obter a autorização para a demolição e “o problema poderá ser resolvido de forma mais rápida”, informou em nota a prefeitura da capital.

Na manhã desta quinta-feira, o Corpo de Bombeiros informou, em sua página no Twitter, que as operações no edifício Comércio e Indústria, bem como no entorno da região 25 de março já foram finalizadas. “Eventualmente algum foco de incêndio pode ter sua reignição, entretanto, até o momento, sem risco de se tornar um incêndio de grandes proporções que possa afetar as edificações adjacentes ou colocar em risco a  população que frequenta a região. Nós estamos monitorando e enviando uma viatura para reavaliação”, informou a publicação.

Risco de colapso

A Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras (Siurb) já recebeu o projeto arquitetônico original do prédio e todos documentos e materiais existentes, como plantas, imagens de drone e relatórios, estão sendo analisado na busca de alternativas que reduzam o risco e agilizem a liberação da área.

Como o edifício apresenta risco de colapso, não é possível que técnicos acessem seu interior. Vistorias complementares com drones serão realizadas para captação de imagens que irão mostrar o real estado dos elementos estruturais (vigas, pilares e lajes) de todos os andares do edifício.

A partir dessas informações complementares será possível determinar se o edifício terá de ser demolido parcialmente ou em sua totalidade. Em vistoria realizada na terça-feira (12), o engenheiro da Subprefeitura da Sé, Álvaro de Godoy Filho, identificou risco às estruturas e, por medida de segurança, nove edifícios foram interditados de maneira parcial ou total, conforme o risco que apresentam como consta do laudo técnico. Os imóveis não são residenciais e não há desabrigados.

Os endereços são os seguintes:

*R Cavalheiro Basílio Jafet, 115

* R Br de Duprat, 41

* R Br de Duprat, 39

* R Cav Basilio Jafet, 127

* R 25 de março, 734

* R Cav Basílio Jafet, 107

* R 25 de março, 702

* R Com Abdo Schahin, 94

* R Com Abdo Schahin, 78

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30 mil crianças sem vagas em creches no Rio https://canalmynews.com.br/cidades/30-mil-criancas-sem-vagas-em-creches-no-rio/ Wed, 13 Jul 2022 15:15:06 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=31441 Vereador Pedro Duarte, do Partido Novo do Rio, diz que a população tem que cobrar educação também das prefeituras porque são elas as responsáveis pela fase mais importante da formação de qualquer pessoa

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A primeira grande pauta que a população do Rio de janeiro deveria cobrar mais da Câmara Municipal é educação infantil. “A gente fala muito de educação e até cobra do governo federal, mas a educação mais importante é responsabilidade das prefeituras”, diz o vereador Pedro Duarte, do Novo do Rio. Ele explica que os especialistas no tema dizem que a fase mais importante da vida de uma pessoa para sua formação intelectual é até os seis anos de idade. E o Rio, ele diz, tem 30 mil crianças sem vagas em creche. “Então esta é a primeira cobrança que a população tem que fazer, vaga em creche e ensino universalizado”, diz ele.

E este tema está sendo discutido na Câmara Municipal do Rio? “Menos do que eu gostaria”, diz Duarte. Ele diz que essa fila de 30 mil crianças não surgiu de um dia para outro. “É uma fila que existe há muitos anos”. Daí, ele diz, a importância de trazer esta pauta para que os vereadores do Rio ajudem a buscar uma solução. “Se a Câmara de fato tivesse isso como prioridade não tinha fila, tem orçamento para isso, só que gastamos com outros problemas”, acrescenta.

O segundo tema importante para a Câmara é, na opinião dele, a pauta das reformas. Mas neste item houve avanços. “A gente ouve falar nas reformas federais, mas aqui também tem reformas para fazer e fizemos por exemplo a reforma da previdência municipal, porque o Rio de Janeiro estava quebrado”.

A íntegra da entrevista você pode conferir no vídeo abaixo.

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Projeto Interparques: capital paulista terá trilha de 170 km ligando áreas de conservação https://canalmynews.com.br/cidades/projeto-interparques-capital-paulista-tera-trilha-de-170-km-ligando-areas-de-conservacao/ Sun, 10 Jul 2022 13:33:34 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=31330 O primeiro trecho deve ser inaugurado ainda este ano. Trilhas vão ligar parques da zona Sul e áreas de proteção ambiental.

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A capital paulista terá uma trilha de aproximadamente 170 quilômetros (km), interligando unidades de conservação municipais e outras áreas protegidas da zona sul. O projeto Interparques inclui parques naturais municipais, parques estaduais, represas, reservas particulares e áreas próximas a terras indígenas na região do Polo de Ecoturismo de Parelheiros, Marsilac e Ilha do Bororé, ainda pouco conhecida e visitada. 

“Nosso intuito é sensibilizar as pessoas para a existência desses parques e para conservação, porque eles possuem fragmentos muito significativos de Mata Atlântica do município de São Paulo, mapeados em 2017 pelo Plano Municipal de Mata Atlântica. Temos ali uma concentração de 70% da vegetação nativa do município”, ressaltou Anita Martins, diretora de Gestão de Unidades de Conservação (DGUC) da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente, órgão que encabeça a iniciativa.

O projeto, que está em fase de planejamento, envolve também a Secretaria Municipal do Desenvolvimento Econômico e Trabalho e Turismo, a Secretaria Municipal de Esportes, a Secretaria Municipal de Mobilidade e Trânsito, a Secretaria Municipal de Subprefeituras, a Secretaria Municipal de Segurança Urbana e a SPTuris.

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Trilhas Interparques

Foram feitos estudos que determinaram uma rota de orientação que ainda não é definitiva. Ela foi feita a partir da indicação de moradores, turistas e ciclistas, além de levantamentos pelo Google Earth e pesquisa de campo.

“A ideia é que a rota do Interparques possa ser feita tanto de bicicleta como a pé. É uma trilha de longa distância nos moldes do que é internacionalmente conhecido, tanto nos Estados Unidos como na Europa e aqui no Brasil”, aponta Anita. Ela cita trilhas do interior de São Paulo, como a que liga municípios a Aparecida e percursos na Serra da Mantiqueira.

A proposta é que comece na Balsa da Ilha do Bororé – Grajaú, passando pelos Parques Naturais Municipais Bororé, Varginha, Itaim e Jaceguava, em seguida pelo Parque Estadual Várzeas do Embu-Guaçu, Parque Cratera de Colônia, Parque Estadual da Serra do Mar Curucutu e, por fim, a Reserva Particular do Patrimônio Natural Curucutu, retornando para onde começou.

De acordo com a secretaria, a implementação do trajeto é complexa, pois exige estudos ambientais, treinamentos de funcionários e capacitação de comerciantes, licitações, sinalização, entre outros aspectos. A ideia é que o percurso seja entregue gradualmente. Anita destaca, por exemplo, ações em parceria com a secretaria de Transportes, tendo em vista as sinalizações que serão necessárias na via.

“Existe uma série de aparatos que têm que ser implementados, desde placas de redução de velocidade até as lombadas, para que a gente não tenha acidentes, porque as pessoas vão compartilhar essas vias com veículos”, explicou a diretora. A expectativa é começar um primeiro trecho de 14 km neste ano. “Você acessa um lugar muito peculiar com características paisagísticas muito interessantes, muito prazeroso. É muito interessante. Você nem acredita que está ainda São Paulo”, descreve.

Os levantamentos iniciais estão sendo feitos por grupos técnicos formados para tratar das diversas estruturas de apoio necessárias, como comércio, capacitação de pessoal, acesso viário, construção e manutenção, sinalização/comunicação e mobilização/gestão compartilhada.

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Alagoas: chuvas deixam mais de 56 mil desabrigados e desalojados https://canalmynews.com.br/cidades/alagoas-chuvas-deixam-mais-de-56-mil-desabrigados-e-desalojados/ Tue, 05 Jul 2022 17:14:54 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=31179 Estado tem mais da metade dos municípios em situação de emergência.

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As fortes chuvas que voltaram a atingir parte do estado de Alagoas nos últimos dias já deixaram cerca de 56 mil pessoas desabrigadas ou desalojadas. No primeiro caso, são famílias inteiras cujas residências foram afetadas pela força das águas e que, sem ter para onde ir, viram-se forçadas a buscar abrigo em locais improvisados pelo Poder Público. Desalojadas são as pessoas que se hospedaram com amigos, parentes, vizinhos ou em estabelecimentos pagos com seus próprios recursos.

Nesta tarde, o governador Paulo Dantas informou em sua conta no Twitter que mais da metade das 102 cidades alagoanas está em situação de emergência. “Me reuni com os 56 municípios que entraram no Decreto de Emergência para falar sobre as ações prioritárias”, escreveu Dantas.

Parte dessas cidades decretou situação de emergência antes mesmo das chuvas dos últimos dias, pois o estado já tinha sido atingid0oa por fortes chuvas em maio e junho. Nesta segunda-feira (4), o governo federal, que já havia reconhecido a condição de emergência em 23 municípios anteriormente afetados, reconheceu os decretos de mais 15 localidades que, com isso, poderão pedir recursos federais para ações de socorro e assistência humanitária.

Os ministros do Desenvolvimento Regional, Daniel Ferreira, e da Cidadania, Ronaldo Bento, visitaram Alagoas nesta segunda-feira. Acompanhados de integrantes da Defesa Civil nacional, os ministros recomendaram atenção aos sinais de perigo, como alta do nível de rios; movimentações do solo encharcado e trincas ou estalos em paredes de imóveis e muros.

“As medidas de autoproteção têm que ser mantidas e as pessoas têm que estar alertas aos comunicados das autoridades locais”, disse Ferreira. “As fortes chuvas [dos últimos dias] arrefeceram, mas ainda há previsão de mais chuvas para as próximas horas. Todos os mananciais estão cheios e ainda há riscos tanto de deslizamentos, quanto de transbordamento de mananciais”, acrescentou o ministro.

De acordo com Ferreira, não faltarão recursos orçamentários para a Defesa Civil nacional auxiliar os municípios que pedirem ajuda. De acordo com o Ministério do Desenvolvimento Regional, só para Alagoas, já foram liberados neste ano R$ 20,4 milhões para investimentos em ações de resposta a desastres naturais.

Já o ministro da Cidadania, Ronaldo Bento, anunciou que o governo federal vai antecipar o pagamento do benefício de prestação continuada (BPC) a 112 mil famílias alagoanas.

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Servidores do Ministério da Saúde e membros das Forças Armadas e da Polícia Rodoviária Federal (PRF) foram mobilizados para auxiliar os órgãos estaduais a prestar socorro e assistência humanitária às pessoas afetadas. Uma equipe técnica do Ministério da Cidadania, responsável pela coordenação do Sistema Único de Assistência Social, também foi enviada ao estado para ajudar na gestão de alojamentos provisórios para as famílias desabrigadas e na compra de insumos básicos.

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Falta de informação e preconceito são as maiores dificuldades de quem vive com HIV/AIDS; campanha quer discutir estigma https://canalmynews.com.br/cidades/falta-de-informacao-e-preconceito-sao-as-maiores-dificuldades-de-quem-vive-com-hiv-aids-campanha-quer-discutir-estigma/ Thu, 30 Jun 2022 12:56:50 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=30973 Brasileiros que convivem com o vírus HIV relatam as adversidades que enfrentam no seu cotidiano por pura falta de informação alheia

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“Do jeito que as pessoas vinham falar comigo, eu me sentia com uma semana de vida.” Este foi o primeiro contato do jovem Victor Bebiano com a falta de informação e o preconceito sobre HIV/AIDS, depois de revelar à família o contágio. Convivendo com o vírus há sete anos, ele conta que a discriminação aparece muito por meio de gestos, “sempre muito ligada à ignorância das pessoas sobre o assunto”.

A experiência de Victor não é a exceção: dados confirmam que o estigma do contágio com HIV ainda é forte entre os brasileiros. O mais recente Índice de Estigma em relação às pessoas vivendo com HIV/AIDS BRASIL, divulgado em 2019, apontou que 46,3% dos entrevistados sabiam que outras pessoas estavam fazendo comentários discriminatórios ou especulativos, associados ao fato de ser alguém vivendo com HIV/AIDS. Além disso, são comuns as situações de assédio verbal (25,3%), agressão física (6%) e até mesmo perda de emprego (19%).

“Fazendo seu tratamento, você não apresenta risco a você mesmo ou a outras pessoas. E não é algo de que se deve ter vergonha”, argumenta Victor, desmistificando a ideia ultrapassada de que o HIV é uma “sentença de morte”. “Mesmo depois de esclarecer minha família a respeito dos avanços no tratamento, demorou bastante para que relaxassem. Durante um bom período, minha mãe viveu muito preocupada com minha saúde.”

Para trazer o tema de volta à discussão pública, o Fórum da ONG/Aids do Estado de São Paulo (FOAESP), em parceria com os diretores de criação Cassio Filho e André Vidigal, a diretora Lekka Glam, a produtora audiovisual Veludo e o estúdio criativo @faccion.cc, desenvolveram uma campanha que aborda o dia a dia de quem sofre discriminação por conta da soropositividade. Não à toa, o conceito escolhido foi “A cura da AIDS começa em um mundo sem preconceito”.

HIV

Em pé: Cassio Filho e André Vidigal. Sentados: Lekka Glam, Victor Bebiano e Lara Domingues. Foto: Lara Domingues/Divulgação

Os diretores contam que foram registradas histórias de quatro pessoas que convivem com HIV. Diferentes idades, raças e orientações sexuais marcam a escolha dos entrevistados, como forma de confirmar que não há grupos mais suscetíveis. “Nossa preocupação foi criar no set um ambiente de acolhimento e intimidade, o que deixou as pessoas à vontade para contar suas histórias”, relata Vidigal. Para Bebiano, que já participou de outras iniciativas sobre HIV/AIDS, não foi apenas o acolhimento que fez a diferença. “É visível que houve uma preparação para as entrevistas, um cuidado em acertar os termos e entender as situações, e em fazer perguntas pertinentes e bem construídas. Nem sempre é assim, infelizmente.”

A opção estética do uso de luz e sombras, aliada ao resultado do ambiente acolhedor, entrega vídeos emocionantes, contrastando o relato cru com visual poético e permitindo ao espectador entender a profundidade de cada fala. “Queríamos nos afastar da estética dos filmes sobre o assunto, que é a mesma desde os anos 1980 e tem um teor mais agressivo. Viver com HIV/AIDS não precisa ser assustador”, ressaltam os diretores. A partir disso, a diretora de fotografia, Lara Domingues optou por metaforizar sentimentos, com a escuridão representando a ignorância, o preconceito e estigma enquanto a iluminação entra como uma representação da quebra desse paradigma.

Segundo os diretores de criação Cassio Filho e André Vidigal, a expectativa da campanha é provocar o debate sobre o estigma que a sociedade ainda impõe sobre a doença, e comprovar quão prejudicial ele é. Suas falas são corroboradas pela infectologista Denize Lotufo, que atua no atendimento de pessoas com HIV há mais de 30 anos. “Hoje, esta é considerada uma infecção crônica que, com tratamento correto, fica totalmente estabilizada. Quem toma os medicamentos corretamente pode e deve fazer planos de vida.”

Para ela, o estigma é o fator que mais atrapalha não apenas o tratamento, como também a qualidade de vida de seus pacientes. “Tem gente que ainda precisa tomar os remédios escondido no trabalho, ou dizer que são vitaminas. Isso é lamentável. O preconceito também afasta as pessoas da informação: muitos não sabem, por exemplo, que não transmitem o vírus com ele indetectável no organismo.” O presidente do FOAESP, Rodrigo Pinheiro, concorda com a infectologista, lembrando que o enfrentamento do preconceito também auxilia no trabalho de prevenção. “Em mais de 40 anos de epidemia de HIV/AIDS, o maior desafio é o combate ao estigma e ao preconceito das pessoas com quem vive com o vírus. Pensando nisso, o FOAESP, junto com a GSK, lançou este projeto para conscientizar a população em geral. Esta luta se faz necessária para a garantia dos Direitos Humanos.”

A campanha do FOAESP, colegiado que reúne organizações com atuação no campo da Aids, direitos humanos e saúde pública, tem apoio da farmacêutica GSK. O lançamento para convidados ocorreu nesta segunda (27), às 10h, no auditório do Centro Formador de Pessoal para Saúde – CEFOR, em São Paulo.

Conheça pesquisa brasileira que busca a cura do HIV no canal MyNews:

 

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Rio recebe competição de ciclismo do Tour de France https://canalmynews.com.br/cidades/rio-recebe-competicao-de-ciclismo-do-tour-de-france/ Fri, 24 Jun 2022 12:47:10 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=30574 Provas serão de 46 e 102 quilômetros. No domingo, às 7h, a competição terá início na Marina da Glória e vai percorrer o Aterro do Flamengo na direção da orla, passando também pelas praias de Copacabana, Ipanema e Leblon. 

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O Rio de Janeiro receberá neste fim de semana evento de ciclismo que vai percorrer pontos turísticos e trechos pedalados por ciclistas olímpicos nos Jogos de 2016. O L’Étape Rio tem a chancela da tradicional competição Tour de France e terá provas de 46 e 102 quilômetros. 

Apesar de as provas serem disputadas só no domingo (26) de manhã, a promoção começa hoje (23) na Marina da Glória, onde haverá exposições de patrocinadores, marcas oficiais e parceiras do esporte.

No domingo, às 7h, a competição terá início na Marina da Glória e vai percorrer o Aterro do Flamengo na direção da orla, passando também pelas praias de Copacabana, Ipanema e Leblon.

Percurso do Tour de France

O trajeto continua em direção ao Jardim Botânico, de onde começará a subir a Floresta da Tijuca pela Vista Chinesa. Os participantes da corrida mais longa ainda precisarão fazer o caminho de volta, enfrentando uma variação total de altitude que passa de mil metros. A premiação dos vencedores está marcada para 13h.

A primeira edição do L’Étape Brasil Santander by Tour de France foi em 2015, na cidade de Cunha (SP). Desde 2018, a prova é realizada em Campos do Jordão (SP), e, no ano passado, chegou também ao Rio de Janeiro.

A oitava edição da prova no interior de São Paulo será realizada entre os dias 23 e 25 de setembro, em Campos do Jordão (SP).

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“Vagões, disciplinas, travessias, salveiros”: como tráfico se estruturou na Cracolândia https://canalmynews.com.br/cidades/vagoes-disciplinas-travessias-salveiros-como-trafico-se-estruturou-na-cracolandia/ Tue, 21 Jun 2022 15:49:47 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=30322 A investigação da Polícia Civil de São Paulo que mapeou a movimentação do fluxo; após quase um ano nas ruas, Operação Caronte prendeu mais de cem pessoas.

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selo agência pública

O barulho dos helicópteros tornou-se corriqueiro na região central de São Paulo, sobretudo nos fins de tarde, desde junho de 2021. Foi quando a Polícia Civil do estado deflagrou a chamada Operação Caronte, uma grande ação policial para combater o tráfico na região conhecida como “Cracolândia”. Batizada em referência ao barqueiro do reino dos mortos da mitologia grega, a operação vem ocorrendo em uma sequência de fases e etapas e já resultou na prisão de 111 pessoas, apreendeu toneladas de drogas e cumpriu 75 mandados de busca e apreensão, em oito inquéritos policiais.

A Caronte gerou episódios de violência, como a morte de Raimundo Nonato Rodrigues Fonseca, pessoa em situação de rua que, em uma noite de operação, foi baleado no tórax por policiais do Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos (Garra). Os policiais já confirmaram ter efetuado disparos na ocasião e estão sob investigação da Corregedoria da Polícia Civil. Houve também a agressão, flagrada pela Ponte Jornalismo, a um imigrante angolano pela Guarda Civil Metropolitana (GCM). Além disso, um relatório da Comissão de Direitos Humanos da OAB registra insultos verbais dos policiais às pessoas em situação de rua, ameaças de morte e prisão e revistas de mulheres por policiais homens. A Defensoria Pública do Estado de São Paulo questionou a prática de manter grandes grupos de pessoas sentadas por horas sob a mira de armas enquanto policiais cumpriam mandados da operação.

A Polícia Civil alega que as ações da Operação Caronte são fruto de um longo período de investigações que mapeou o modo de funcionamento do tráfico no chamado “fluxo” da Cracolândia e vem prendendo traficantes que seriam responsáveis pelo fornecimento das drogas na região.

Relatórios de inteligência da Polícia Civil que constam em denúncias oferecidas pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP) no âmbito da Operação Caronte consultados pela Agência Pública mostram o que a Polícia Civil descreve como o modus operandi do tráfico na Cracolândia. Segundo a investigação, uma organização criminosa movimenta até R$ 200 milhões com a venda de drogas, informação corroborada por um estudo da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). A reportagem consultou também interrogatórios de presos e depoimentos de testemunhas que constam em denúncias já propostas pelo MPSP.

“Vagões”, “disciplinas”, “travessias”, “salveiros”

Os relatórios de investigação e depoimentos apontam que há uma organização criminosa vinculada ao Primeiro Comando da Capital (PCC) que teria organizado o chamado “fluxo” da Cracolândia. Segundo a polícia, haveria no “fluxo” uma estrutura de comercialização de crack e outras drogas, com ocupação de locais específicos, papéis definidos e atuação subordinada ao comando do PCC.

Segundo a investigação, o tráfico no “fluxo” estrutura-se nos chamados “vagões”. Os “vagões”,  chamados também de “feira da droga” por membros da Polícia Civil, são bancas montadas em frente à chamada “feira do rolo”, onde ocorre a venda de produtos como celulares, computadores, roupas e bicicletas, frequentemente oriundos de roubos e furtos. Há uma diferença visual entre os “vagões” e a “feira do rolo”: enquanto “o rolo” ocorre a céu aberto, os “vagões” são cobertos por lonas plásticas, alguns em tendas com armação metálica, e às vezes são utilizados guarda-chuvas. Informações e depoimentos colhidos pela polícia afirmam que só traficantes autorizados pelo PCC podem vender nos “vagões”.

cracolândia

Fluxo do tráfico na região da Cracolândia anexo a relatório de inteligência da Polícia Civil. Foto: Reprodução

Um traficante preso em janeiro deste ano, na quarta fase da Operação Caronte, afirmou em depoimento à Polícia Civil que “arrendava o espaço [uma barraca] para a venda das drogas pagando a quantia de R$ 250,00 por semana”. O pagamento garantia que ele não seria roubado ou agredido. Ele afirmou que comprava uma carga maior de crack no próprio “fluxo” a R$ 24 o grama e revendia a droga a R$ 35, mas não deu mais detalhes por “temer pela própria vida”. Uma mulher ouvida pela polícia em dezembro do ano passado falou em valores semelhantes. A depoente, que assumiu traficar crack no local, disse que “foi abordada por um […] membro do ‘comando’ [PCC], o qual passou a lhe fornecer crack para vender. Informa que costumava adquirir a droga por R$ 25,00 o grama, e vendia por R$ 35,00, ficando com a diferença, cerca de R$ 300,00 a cada 25 g vendida”. Segundo ela, a droga era deixada pelo membro do PCC no começo do dia e ela tinha que pagar um valor fixo a ele. Outros depoimentos também mencionam o pagamento fixo para comercializar drogas nos “vagões”. Outro depoente ouvido pela Polícia Civil diz que “todos os traficantes que têm ‘prato’ na Cracolândia pagam para o comando”. A referência ao “prato” deve-se ao fato de muitos traficantes usarem pratos para porcionar peças maiores de crack nas chamadas “pedras”, porções menores, destinadas ao consumo.

Segundo depoimentos colhidos pela Polícia Civil, o dinheiro devido ao PCC geralmente é pago aos “disciplinas”. A nomenclatura, comum em outros contextos relacionados à atuação da facção criminosa, refere-se aos membros responsáveis por fazer cumprir as determinações da organização (muitas vezes por meio de punições físicas e assassinatos) e solucionar conflitos entre traficantes, usuários e demais participantes do “fluxo”. “Quando um traficante fica devendo valores ao ‘comando’, é colocado no ‘prazo’. Ser colocado no ‘prazo’, é quando os ‘disciplinas’ concedem um prazo para o traficante pagar o que deve, caso contrário, será sentenciado muitas vezes com morte, braço ou pernas quebradas”, diz uma depoente apontada como traficante. Outro depoimento, que também confirma o pagamento regular aos “disciplinas” para que se realize o tráfico de drogas, indica que “os disciplinas, além de receberem o valor das mensalidades, são encarregados de resolver as pendências, realizando reuniões periódicas para tratar dos assuntos relacionados ao ‘código de ética’ da organização no interior de locais denominados ‘QGs’”. Os chamados “QGs” são hotéis localizados na região central de São Paulo onde há reuniões dos “disciplinas”, armazenamento do estoque diário de drogas e até episódios de ocultação de cadáveres, segundo a polícia.

Um relatório aponta que os “disciplinas” e outros membros do PCC utilizam-se de usuários de drogas em situação de rua para cumprir as mortes decretadas pela facção e cometer outros atos de violência. Foi o que ocorreu em 2020, segundo a polícia, com o ex-investigador da instituição Fernando de Paiva Assef, esfaqueado aos 45 anos na região da Cracolândia, e com o policial militar Daniel Alves de Lima, cujo corpo foi encontrado em uma carroça conduzida por quatro pessoas em situação de rua no viaduto Orlando Murgel.

Ouvidos pelas autoridades, os homens disseram que não sabiam que havia um corpo no veículo e que foram contratados para se livrar do conteúdo dele. A morte da pessoa em situação de rua Fábio Luiz de Almeida Júnior, conhecido como “Chocolate”, é outro episódio de violência atribuído pela Polícia Civil de São Paulo à ação de pessoas em situação de rua comandados por membros do tráfico, bem como os disparos sofridos por Reginaldo Silva Santos e Adriano Lopes Oliveira, dependentes químicos baleados durante uma operação em junho de 2021 na região, quando viaturas da GCM e da Polícia Militar (PM) foram alvejadas.

Outros papéis identificados pela Polícia Civil na estrutura do tráfico no “fluxo” são os “salveiros”, os “travessias” e os “barraqueiros”. Os primeiros são os responsáveis por dar a ordem para a movimentação do “fluxo”. Aos “travessias” cabe a função de transitar com celulares, dinheiro e drogas das barracas, ou durante a montagem dos “vagões”, para que os traficantes não andem com nada ilícito. Os “barraqueiros” são os responsáveis por montar e desmontar as barracas dos “vagões” de acordo com a necessidade do “fluxo”. A movimentação dos usuários da Cracolândia se dá quase sempre em decorrência das ações de limpeza da Prefeitura de São Paulo, que em geral ocorrem duas vezes por dia nas áreas onde o “fluxo” se concentra. Essas três funções, mais operacionais, são comumente desempenhadas por usuários de crack cooptados pelo crime organizado, que, segundo a Polícia Civil, são chamados de “lagartos”.

“Cracolândia era dominada pelo PCC a partir da favela do Moinho”, afirma delegado

“Nós vimos [na investigação] que a Cracolândia era dominada pela facção criminosa, pelo PCC. Eles estabeleceram um núcleo na favela do Moinho que comandava a Cracolândia”, afirma Roberto Monteiro Dias, delegado titular da 1ª Delegacia Seccional, responsável pela região central de São Paulo. “Fizemos apreensões expressivas aqui na seccional centro. Apreendemos 600 kg de cocaína que concluímos ser destinadas ao abastecimento da Cracolândia”, completa Monteiro Dias. Para sustentar essa tese, a polícia baseia-se também em algumas prisões feitas nos últimos meses.

Uma delas foi a prisão de Warlas da Silva Santos, em setembro do ano passado. Ele é tido pela Polícia Civil como o gerente noturno do tráfico na favela do Moinho, comunidade localizada sob o viaduto Orlando Murgel, entre dois ramais da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), local próximo às praças Júlio Prestes e Princesa Isabel, onde estava localizado o “fluxo” da Cracolândia antes das ações da Operação Caronte. Warlas terminou preso pela polícia no interior da favela do Moinho, após algumas tentativas frustradas de capturá-lo. Em uma delas, em maio do ano passado, a polícia apreendeu na casa dele um tijolo de aproximadamente 1,2 kg de maconha e cerca de R$ 14 mil em espécie. Warlas já foi denunciado pelo Ministério Público e está preso. No dia da prisão, em um imóvel em frente da sua casa, a polícia encontrou drogas e um vasto material para embalagem e distribuição. Relatórios de inteligência e depoimentos de policiais apontam que as drogas teriam, entre outros destinos, o “fluxo” da Cracolândia. Ouvido em juízo, Warlas negou as acusações imputadas a ele. A reportagem da Pública procurou a sua defesa por telefone, e-mail e WhatsApp. Uma lista de perguntas foi enviada à sua advogada, Fernanda Gabriele Souza, pelo e-mail que consta no processo e por WhatsApp. Ela confirmou o recebimento das perguntas, mas não respondeu aos questionamentos até a publicação.

Outra prisão que chegou a ser utilizada no discurso policial como evidência da ligação entre o tráfico na favela do Moinho e o “fluxo” da Cracolândia foi a de Leonardo Monteiro Moja, apelidado pela polícia de “Léo do Moinho”. Moja tem uma extensa ficha criminal. Foi preso em 2017, em um hotel no centro da cidade, em uma operação do Departamento Estadual de Prevenção e Repressão ao Narcotráfico (Denarc), quando foi apontado pelos policiais como o “número dois” da hierarquia do tráfico na Cracolândia. Nesse processo, ele foi sentenciado em primeira instância a mais de oito anos de prisão. Em outro processo, foi condenado a mais de 16 anos por homicídio. Cumpriu pena até junho de 2021. Nesse mês, estava em progressão de pena na Penitenciária de Valparaíso (SP). Ganhou o direito a saídas temporárias, mas em uma delas deixou de retornar ao presídio. Acabou preso novamente em novembro do ano passado, em uma cobertura na Praia Grande, litoral sul de São Paulo, em uma grande operação policial que buscou foragidos da Justiça na Baixada Santista.

Moja foi citado em relatórios de inteligência da Polícia Civil como “o Comandante absoluto da ORCRIM [sigla policial para organização criminosa] da Comunidade do Moinho, tendo à sua disposição gerentes, transportadores, embaladores, olheiros, seguranças etc., além de dividir a liderança do tráfico na ‘Cracolândia’”. Nos relatórios, são mencionadas informações de inteligência que afirmavam que ele comparecia com frequência a reuniões com uma suposta cúpula do tráfico na favela do Moinho. Em juízo, porém, investigadores deram depoimentos contrários ao que constava nos relatórios de inteligência. Três policiais afirmaram que a investigação não conseguiu atrelar Moja aos fatos apurados na investigação da Operação Caronte. Em maio deste ano, o promotor Fernando Henrique Moraes de Araújo, do MPSP, pediu sua absolvição.

Ouvido em audiência, Moja negou as acusações, afirmou que “a acusação de que comanda o tráfico de drogas na Comunidade do Moinho é uma criação da mídia e da polícia civil” e negou manter qualquer contato com a favela do Moinho.

Procurado pela Pública, o advogado Rodrigo Antunes Benetti, que defende Moja em um processo relacionado à Operação Caronte, afirmou que “Leonardo Monteiro Moja não faz parte de qualquer organização criminosa”, conforme, segundo ele, documentação da Secretaria de Administração Penitenciária (SAP). “Não é a primeira vez que ele [Moja] é acusado de fatos ocorridos na região da ‘Cracolândia’ ou ‘Comunidade do Moinho’, sendo que nas outras oportunidades sempre foi demonstrada sua inocência”, completou Benetti. “Leonardo não é acusado por processos decorrentes da Operação Caronte. Ele está sendo processado sob a acusação de tráfico e associação para o tráfico em um único processo de 2022, ainda em andamento, onde, de fato, após toda a fase de investigação policial, instrução processual, diversas audiências, investigações, perícias e produção de provas, o Ministério Público se posicionou pela sua absolvição.” Moja está preso cumprindo pena por condenações anteriores.

Processos criminais mais antigos consultados pela reportagem já apontam esse vínculo logístico entre o tráfico da favela do Moinho e o “fluxo” da Cracolândia. Em um deles, um homem preso em 2020 com uma carga de 300 gramas de crack e uma balança de precisão admitiu ter buscado a droga no Moinho e disse que estava levando para venda no “fluxo” da Cracolândia.

“É necessário um trabalho de longo prazo”, avalia especialista em segurança pública

“A ação policial mais importante para diminuir o chamado ‘fluxo’ seria diminuir a quantidade de cocaína que entra lá [na cracolândia], mas pra isso você precisa ter investigação. Precisa ter equipe dedicada a isso, várias equipes”, afirma Guaracy Mingardi, analista criminal e membro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. “Você tem que pegar quem está abastecendo [o “fluxo” da Cracolândia]. Isso nunca vai acabar, mas você torna mais difícil, mais caro [o custo do tráfico]. Para isso, você tem que ter bastante gente investigando. É um trabalho de longo prazo. É preciso produzir provas, ir atrás. Principalmente do abastecimento”, completa Mingardi.

Conforme apurou a Folha de S.Paulo, 64 dos 105 alvos da Operação Caronte até a publicação desta reportagem eram os chamados “lagartos”, usuários de drogas cooptados por membros do PCC. Nos processos consultados pela Pública, há um material probatório mais robusto produzido contra os traficantes menores, os donos dos “pratos”, que arrendam um local nos “vagões” para venda de drogas. Pesam contra estes imagens feitas por policiais infiltrados que flagram as ações de tráfico. Contra traficantes maiores, é mais comum a referência a informes de inteligência que vinculam determinados indivíduos ao tráfico, sem mais informações. Já estão ocorrendo absolvições de pessoas imputadas por tráfico em ações da Operação Caronte. Em um processo decorrente de uma ação policial de janeiro deste ano, a Justiça soltou nove de 14 pessoas imputadas por tráfico, conforme revelou o colunista do UOL Josmar Jozino. Quatro réus foram absolvidos por estarem portando pequenas quantidades e não haver provas suficientes, segundo a Justiça, para caracterizar o crime de tráfico.

*Reportagem originalmente publicada na Agência Pública

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Inverno começa hoje e deve sofrer influência do La Niña https://canalmynews.com.br/cidades/inverno-comeca-hoje-e-deve-sofrer-influencia-do-la-nina/ Tue, 21 Jun 2022 11:01:14 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=30300 A expectativa do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) é de três meses com chuvas acima da média nas regiões Norte e Nordeste, devido ao fenômeno La Niña. A estação termina em 22 de setembro.

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Período mais frio do ano, o inverno começa hoje (21) às 6h14 no Hemisfério Sul. A expectativa do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) é de três meses com chuvas acima da média nas regiões Norte e Nordeste, devido ao fenômeno La Niña. A estação termina em 22 de setembro, às 22h04 (horário de Brasília). 

Oposto ao El Niño, o fenômeno La Niña se caracteriza principalmente pelo registro de temperaturas abaixo da média na superfície da parte do Oceano Pacífico que fica próxima à Linha do Equador, o que afeta o clima na América do Sul. No Brasil, entre os efeitos mais comuns está o aumento da precipitação e da vazão dos rios no Norte e a redução das chuvas na Região Sul.

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Além de mais chuvas, o Inmet prevê que a Região Norte terá temperaturas mais elevadas. As exceções são o sul do Pará e de Tocantins, onde o clima mais quente deve ser acompanhado de chuvas abaixo da média, o que aumenta as chances de incêndios florestais no sul da Amazônia.

Na região Centro-Oeste, massas de ar seco e quente também devem favorecer incêndios florestais principalmente nos meses de agosto e setembro. O inverno deve intensificar o período seco, e a tendência é de diminuição da umidade relativa do ar nos próximos meses, com valores diários que podem ficar abaixo de 30%, e picos mínimos abaixo de 20%.

Inverno com tempo seco

O tempo mais seco que a média deve marcar o inverno na Região Sul, além de temperaturas próximas e abaixo da média com a chegada de massas de ar polar, principalmente entre julho e agosto. O oeste desses três estados, porém, pode ter chuvas acima da média, e o norte do Paraná deve ter um inverno mais quente que o de costume.

No Nordeste, as chuvas acima da média devem incidir sobre o litoral, enquanto no oeste da Bahia e no sul do Piauí e do Maranhão as precipitações poderão ser próximas da média. O La Niña também deve forçar as temperaturas a um patamar próximo ou acima da média em grande parte da região.

O Sudeste pode ter chuvas ligeiramente abaixo da média, mas a passagem de frentes frias deve continuar a causar chuvas no litoral. Sobre a temperatura, a previsão é que permaneça acima da média, mas massas de ar polar podem determinar a formação de geadas em regiões de altitudes elevadas.

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Depois de dois anos Parada do Orgulho LGBT+ de SP volta à Paulista https://canalmynews.com.br/cidades/depois-de-dois-anos-parada-do-orgulho-lgbt-de-sp-volta-a-paulista/ Mon, 20 Jun 2022 18:38:02 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=30262 É o primeiro evento de massa em São Paulo depois da pandemia. A Polícia Militar não informou uma estimativa de público.

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Depois de dois anos sendo realizada virtualmente devido à pandemia de covid-19, a Parada do Orgulho LGBT+ de São Paulo, voltou, em sua 26º edição, à Avenida Paulista hoje (19), com o tema Vote com Orgulho – Por uma Política que Representa, em referência às eleições que serão realizadas em outubro. Realizado pela Associação da Parada do Orgulho LGBT de São Paulo (APOLGBT-SP), o evento tem como objetivo reafirmar seu compromisso de luta contra o preconceito e promover a união e a força da comunidade LGBT+.

“Após dois anos sem edições presenciais, é um prazer imenso retornar às ruas e reforçar ao público da sua responsabilidade em apoiar representantes que estejam comprometidos com um Brasil mais justo e igualitário. É por isso que endossamos na nossa campanha a necessidade de atenção com as eleições que se aproximam”, afirmou a presidente da APOLGBT-SP, Claudia Garcia.

O vice-presidente da APOLGBT-SP, Renato Viterbo, destacou que a campanha deste ano traz um tema extremamente importante porque se refere a algo que pode mudar a vida dessas pessoas nos próximos quatro anos, porque as políticas públicas em favor de uma sociedade mais justa e igualitária obrigatoriamente passam pelo voto.

“Eu não falo somente dos votos de pessoas LGBTs, mas de pessoas heterossexuais, da família, de todas as pessoas. Se eu quero pensar em algo diferente para o meu país, eu tenho que falar de política e votar em candidatos que realmente façam as pessoas se sentirem representadas não importa se são de direita ou esquerda, o importante é que as pessoas acompanhem o trabalho desses parlamentares e possam escolher o melhor caminho que entenderem”, afirmou.

Para Viterbo, o retorno da parada presencial é um momento histórico, não só por ser o primeiro evento de massa na cidade de São no pós-pandemia, mas porque ele acredita que o evento terá a força de fazer as pessoas pensarem no voto consciente. “Além disso contribuirá com o crescimento econômico da cidade, gerando oportunidades de trabalho, porque essa também é a função da parada LGBT, trazer recursos necessários para esse novo momento”.

Importância econômica

De acordo com a presidente do Conselho de Turismo da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), Mariana Aldrigui, embora ainda não seja possível prever, essa é uma parada de recuperação. O evento está entre os três maiores da cidade e é o de maior impacto no turismo local. Segundo ela, a grande diferença da parada para outros eventos, como a Corrida de São Silvestre e o carnaval, é que o público da parada tem uma renda um pouco mais elevada, sendo um turista de maior poder aquisitivo que se programa para isso.

“O perfil de quem vem para a a parada é de aproveitar o feriado e consumir, principalmente alimentação em diferentes restaurantes e shopping center. A região da parada fica muito cheia e vibrante com a realização desse evento. O que nós já sabemos é que a ocupação hoteleira já está por volta de 65% a 80%, mas pode se elevar por conta de amigos convidando outros amigos e reservas em cima da hora”, afirmou.

Mariana acredita que este ano é possível que se tenha um número maior de pessoas dispostas a participar, mas com gasto médio um pouco menor por pessoa, que ela considera um efeito da inflação e da situação econômica. Ela diz que as pessoas podem trocar o padrão de serviço que normalmente utilizam para não deixar de participar da parada.

Neste ano desfilaram pela Paulista 19 trios elétricos, sendo o primeiro do grupo Mães Pela Diversidade, que reúne mães de pessoas LGBTQIA+ em apoio à comunidade. Entre os artistas confirmados estão Mariana Munhoz, Ana Dutra, Luana Hassen, Nick Cruz, Ariah, Brunelli, Quebrada Queer, Thaline Karajá, Kauan Russell, Tiago Abravanel, bloco Agrada Gregos, Gretchen, Paullete Pink, JoJo Todinho, Majur e as Pitayas, DJ Heey Cat, Mateus Carrilho, Aretuzza Love, Pocah, Luísa Sonza, Pepita, Lexa, DJ Cris Negrini, Ludmilla, Liniker, MC Rebecca, Minoqueens e Pabllo Vittar.

A Polícia Militar não informou uma estimativa de público.

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A cracolândia e a antipsiquiatria https://canalmynews.com.br/cidades/a-cracolandia-e-a-antipsiquiatria/ Fri, 17 Jun 2022 12:45:21 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=30117 Poucas pessoas se dão conta de que esse cenário tem menos a ver com a economia e muito mais com o ramo da Medicina conhecido como Psiquiatria.

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Cracolândia: A região da cidade de São Paulo abarcada pela Subprefeitura da Sé abriga alguns milhares de moradores de ruas. Os analistas mais superficiais costumam culpar o “modelo econômico”, a “crise econômica” ou o “desemprego” como a causa do aumento desse contingente nos últimos anos. Quem passa pelas ruas daquela região de ônibus ou automóvel fica muitas vezes temeroso pelo cenário apocalíptico: farrapos humanos andando entre os veículos, alguns pedindo esmolas, outros oferecendo limpeza nos para-brisas e muitos simplesmente vagando sem rumo.

Poucas pessoas se dão conta de que esse cenário tem menos a ver com a economia e muito mais com o ramo da Medicina conhecido como Psiquiatria. Resumindo uma longa e intrincada história: A partir dos anos 70 começa a se expandir no Brasil um movimento por uma “nova psiquiatria”, que incluía em sua pauta, entre outras coisas, a extinção dos manicômios e o fim da internação obrigatória de pacientes psiquiátricos (os “loucos de todo o gênero”, como se referia o antigo Código Civil). Na época chegou a surgir até um “Movimento dos Trabalhadores em Saúde Mental” (MTSM), que depois de transmutou em “Movimento por uma Sociedade sem Manicômios”. A ideia de acabar com os hospitais psiquiátricos no Brasil foi ganhando força nos anos 80 e 90, na medida em que casos escabrosos de abusos contra doentes mentais eram divulgados, até que finalmente entrou em vigência a chamada Lei Paulo Delgado (Lei 10.216, de 2001). Essa lei “dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde mental”. Se a lei tivesse “pegado” o Brasil teria feio a sua “revolução psiquiátrica”. Mas não foi isso que aconteceu, infelizmente.

O resultado da Lei Paulo Delgado foi simplesmente o fechamento de quase todos os hospitais psiquiátricos com características de asilo ou manicômio. De fato, alguns deles eram meros depósitos humanos, cenário de horrores indescritíveis, como o Manicômio de Barbacena, o maior do Brasil. Ao invés de reformar ou adaptar esses locais às novas exigências legais, o caminho mais fácil foi o de simplesmente fechá-los. E para onde foram todas essas pessoas portadoras de algum transtorno mental (lembrando que várias correntes do movimento antimanicomial negavam a existência de doenças mentais…)? Elas foram jogadas nas ruas. Assim como todos os novos casos que surgiram desde então e cujas famílias não tem condições de tratá-los.

Por isso a economia semi-falimentar do Brasil não pode ser inteiramente culpada pelo grande número de pessoas que hoje vivem nas ruas dos centros urbanos brasileiros. Uma parte significativa delas são de doentes mentais (que muitas vezes também se tornam dependentes químicos) que precisam de internação. Mas esse recurso não está mais disponível, exceto para um número reduzidíssimo de casos, quando o “louco” representa um perigo óbvio para outras pessoas e seu caso chamou a atenção da imprensa (como o do assassino “Champinha”, por exemplo).

O debate sobre as cracolândias espalhadas pelo Brasil precisa abordar os resultados que esse movimento antipsiquiatria trouxe e rever a questão da utilização de manicômios (de forma humana, obviamente). Certo é que deixar doentes mentais vagando pelas ruas, expostos à criminalidade e ao tráfico de drogas, não é uma solução humanitária.

 

*Cândido Prunes é advogado, pós graduado em Direito Econômico pela Universidade de São Paulo e no programa executivo de Darden – Universidade de Viriginia, é autor de “Hayek no Brasil”.

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Atalaia do Norte vive trauma e discute desaparecimento https://canalmynews.com.br/cidades/atalaia-do-norte-vive-trauma-e-discute-desaparecimento/ Mon, 13 Jun 2022 12:27:45 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=29853 Apreensão domina na pequena cidade amazônica, afetada pela violência da região; prefeito diz temer falar sobre o que ocorre “fora do município”

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agência pública

Impactada pelo desaparecimento de Bruno Pereira e Dom Phillips, que completa hoje uma semana sem solução, Atalaia do Norte (AM) tenta entender os motivos em meio a perspectivas cada vez mais sombrias, à medida em que o tempo passa, sobre o destino do indigenista da Funai e do jornalista inglês.

Nas conversas com moradores nas ruas da cidade, medo e preocupação prevalecem, já que poucos agora acreditam num acidente e muitos mencionam as constantes ameaças contra servidores da Funai e indígenas a partir da fiscalização sobre caçadores e pescadores ilegais que invadem a Terra Indígena Vale do Javari, cujo limite fica a cerca de três horas de barco de Atalaia do Norte.

Tudo acontece apenas seis meses depois que, do outro lado do rio Javari, em Puerto Amelia, um posto da polícia do Peru foi atacado a tiros por supostos 20 “delinquentes”, segundo a polícia peruana. Eles roubaram oito fuzis, uma metralhadora e 3 mil cartuchos de bala. Os tiros foram ouvidos por moradores de Atalaia do Norte. Em fevereiro, policiais militares espancaram moradores e usaram balas de borracha durante um grande tumulto na principal praça de Atalaia. Neste domingo (12) completa um ano a chacina de  Tabatinga , em que sete pessoas foram mortas pela PM, que invadiu casas e aterrorizou os moradores em retaliação ao assassinato de um sargento da PM. De 2008 a 2019, houve pelo menos seis ataques a tiros na base da Funai no rio Ituí (que deságua no Javari em Atalaia do Norte).

O prefeito do município, Denis Linder Roges de Paiva (União Brasil), 47, considera muito seguro caminhar pelas ruas de Atalaia, diz que o município tem baixos índices de violência e reclama de cobertura “da mídia” sobre os desaparecimentos, que estaria fazendo Atalaia parecer um antro de narcotraficantes, o que ele nega com veemência. Por outro lado, admite ter receio quando se refere à região abaixo do Rio Solimões.

“Se é [passagem de droga], aqui não fica. Se passa por aqui, tudo é lá para baixo [Benjamin Constant, Tabatinga]. O que se passou por aqui – já denunciei – tudo é lá para baixo. Aí coloca, ‘prefeito, mas você conhece, você sabe?’ Hoje eu estou falando essas coisas, mas hoje é o Bruno, com o Dom Phillips, amanhã vai ser o Denis, prefeito de Atalaia, e se outro que estiver se expondo da mesma forma, vai ser… Aqui em si [na cidade] não tem esse cuidado para se preocupar, mas você pega uma estrada aqui, a gente vai pelo rio, a gente vai para Tabatinga… E aí quem que vai cuidar da gente? Então essa é a preocupação nossa. Ontem falei isso para o jornal, falei de novo anteontem. Mas eles querem que o cara diga, não estão se importando se amanhã quem vai desaparecer vai ser o prefeito, ou a família dele, ou outra pessoa que está se expondo dessa forma.”

Moradores salientam o conflito entre pescadores e caçadores ilegais e os servidores públicos do governo cuja missão é refrear as invasões e roubo do patrimônio da Terra Indígena Javari e defender os grupos indígenas em isolamento voluntário. A TI Javari é considerada a porção com a maior quantidade de grupos isolados no planeta. A aproximação desses invasores a um grupo de isolados pode representar a extinção dos indígenas, pois uma simples gripe, no organismo de um isolado, pode evoluir rapidamente para uma pneumonia fatal.

A polícia tem como um dos principais suspeitos dos desaparecimentos de Pereira e Dom o pescador e caçador Amarildo Oliveira, conhecido como “Pelado”, que está preso por porte ilegal de munição. Ele foi visto por uma testemunha saindo com seu barco logo depois da passagem da embarcação conduzida por Bruno Pereira na manhã do domingo (6).

Ex-vereador pelo PC do B e empresário do setor turístico, dono de pousada na cidade, Rubeney de Castro Alves, 50, disse que a fiscalização dos servidores da Funai e os pescadores e caçadores é “um jogo de gato e rato” e que o Estado deveria promover uma solução, por exemplo, o estímulo a criadouros de peixes fora do perímetro de Terra Indígena. Alves disse que Bruno Pereira estava justamente apoiando um projeto nesses moldes em conjunto com a comunidade de São Rafael.

Soldados em Atalaia do Norte

Soldados em Atalaia do Norte

“A visão da população é que precisa de políticas públicas. Foi feita a demarcação, que todos concordam, é preciso deixar a terra para os índios, mas se esqueceram do entorno. Oitenta por cento da nossa população vive da pesca. Tem uma demanda de Letícia, Tabatinga, Benjamin Constant [por peixe]. Todo o peixe que chega nessa cidade é oriundo de Atalaia, então tem que alimentar essa população inteira. E aí é quando naturalmente as pessoas vão encontrar peixe onde? Dentro da Terra Indígena. Aí começa esse conflito. A Funai faz a interdição porque tem que proteger a área. As pessoas precisam, não tem emprego, vivem exclusivamente da pesca. E as comunidades muitas das vezes são cooptadas para entrar na terra indígena.”

O empresário disse que há mais de três anos “ninguém vê a presença do Ibama, o Ibama nem existe mais” em Atalaia.  Hoje o escritório mais próximo do órgão ambiental é o de Manaus, já que o de Tabatinga foi fechado há mais de cinco anos. Assim, funcionários da Funai (Fundação Nacional do Índio) como Bruno Pereira e indígenas da Univaja viraram alvos por exercer o papel de repressão aos crimes ambientais. A fiscalização “se torna um obstáculo para o interesse de algumas pessoas”.

Na mesma linha, o prefeito Paiva disse considerar que os desaparecimentos podem estar ligados a “alguma rixa pessoal por causa da pesca. [Rixa gerada] na fiscalização, na forma da abordagem das pessoas”. Paiva disse que é defensor da demarcação da Terra Indígena Vale do Javari e que no seu mandato “abriu pela primeira vez” a prefeitura para nomear indígenas em diversos postos na administração municipal. Ele reclamou que a prefeitura tem sido instada a cobrir gastos que seriam da responsabilidade do governo federal, como apoio à saúde indígena, hoje sob responsabilidade da Sesai, a secretaria especializada de Saúde Indígena vinculada ao Ministério da Saúde.

atalaia do norte

O comerciante Natalino Brasil de Souza: “O Bruno se mostrava para a gente como um cara muito bom”. Foto: Agência Pública/ Rubens Valente

O assunto dos desaparecimentos domina as rodas de conversa e casas de comércio em Atalaia do Norte. “A gente se preocupou porque a gente não tem o costume de ver essas coisas. Quando acontece um fato desses, todo mundo está estranhando, ninguém sabe [o que houve]. Não é eu, é todo mundo”, disse o comerciante Natalino Brasil de Souza, 67, que tem uma lanchonete na frente da prefeitura. Sua história simboliza um tipo de convivência comum na região: ex-seringueiro, hoje seu filho é casado com uma indígena Marubo, que até os anos 70 era um povo indígena isolado.

“A Funai aqui é a mesma história que minha avó dizia, não é carne nem é peixe. A Funai faz o trabalho dela e o povo faz o dele, é isso aí. O Bruno é uma pessoa de Atalaia, praticamente. Ele se mostrava para a gente como um cara muito bom, conversava com a gente como você está conversando. Ele era praticamente uma pessoa da família. Se você passar aqui em Atalaia um ano, dois anos, vai ser pessoa da família”, disse Natalino.

O empresário Castro Alves e o prefeito concordam que as falas do presidente da República, Jair Bolsonaro, contra terras indígenas têm estimulado discurso de ódio e o aumento da sensação de insegurança na Terra Indígena. “Aqui tem, tem também [esse discurso]. Muita gente que acha errada essa demarcação, gente que é contra, isso aí a gente não pode negar.”

“Há um preconceito natural de uma parte da população [contra indígenas], mas é pequena. A maioria da população – senão aqui já tinha virado uma guerra – aqui tem boa relação com os indígenas. Tanto que índios e não índios têm famílias, são casados, então isso é uma prova de que há uma harmonia.”

Já o líder indígena Beux Matís diz que a relação dos indígenas com os moradores da região “é negativa”. “Tanto moradores de Tabatinga quanto ribeirinhos sempre vê nós indígenas com preconceito, assim é muito ruim. Sempre negativo, não dá exemplo, não valoriza indígena, não respeita indígenas. Não tenho amigos aqui [na cidade], a gente não tem amigo. Grande preconceito. Nós somos ameaçados de violência.”

Matís disse que ouve, na rua, “que indígena não pode viver na cidade, tem que ir para a comunidade, ‘aí é território de vocês, o que vocês estão fazendo aqui na cidade?’”. “Sempre, diariamente, a gente ouve essas falas, preconceitos. Eu sou morador daqui há muitos anos, desde 2002, 2001.”

*Reportagem originalmente publicada na Agência Pública

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São Paulo tem fim de semana de vacinação contra Covid-19 e gripe https://canalmynews.com.br/cidades/sao-paulo-tem-fim-de-semana-de-vacinacao-contra-covid-19-e-gripe/ Sat, 11 Jun 2022 10:48:11 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=29687 A Secretaria Municipal de Saúde também vai promover a multivanicação infantil com doses contra sarampo, caxumba, rubéola, varicela, poliomielite e outras doenças.

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A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) abrirá todas as unidades de saúde neste fim de semana para imunizar a população contra Covid-19 e gripe, além de promover a vacinação infantil. No sábado (11), estarão abertas as Unidades Básicas de Saúde (UBSs), das 8h às 17h, e as Assistências Médicas Ambulatoriais (AMAs)/UBSs Integradas, das 7h às 19h, exclusivamente para a vacinação. Também será intensificada a imunização dos acamados.

Todas as unidades realizam a aplicação da primeira dose (D1), segunda dose (D2), primeira dose adicional (DA1) e segunda dose adicional (DA2) contra a Covid-19. Também estarão disponíveis vacinas contra o vírus influenza, causador da gripe, para o público elegível, além de imunizantes da campanha de multivacinação para as crianças a partir de seis meses de idade.

No domingo (12), os parques Buenos Aires, Severo Gomes, do Carmo e da Juventude aplicarão vacinas das 8h às 17h. A vacinação também ocorre das 8h às 16h na avenida Paulista, em uma tenda localizada no número 52, e em uma farmácia parceira, no número 995. A farmácia aplicará somente a vacina contra a Covid-19. A partir deste domingo (12), a vacinação no parque da Independência está suspensa.

“É fundamental que as pessoas se conscientizem da importância de manter as suas carteiras de vacinação atualizadas. Isso vale tanto para a Covid-19 como para a gripe e as demais vacinas obrigatórias”, diz o secretário municipal da Saúde, Luiz Carlos Zamarco.

Para receber as vacinas contra Covid-19, é necessário um intervalo de quatro meses entre as doses. Atualmente, pessoas com mais de 50 anos de idade e profissionais da área da saúde com mais de 18 anos podem receber a DA2. No caso de cidadãos, acima de 50 anos, com alto grau de imunossupressão, está liberada a terceira dose adicional (DA3) para aqueles que receberam a DA2 há pelo menos quatro meses.

Na multivacinação voltada ao público infantil, são disponibilizados imunizantes como: tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola), tetraviral (sarampo, caxumba, rubéola e varicela), BCG, pentavalente, vacina inativada poliomielite (VIP), vacina oral poliomielite (VOP), pneumo 10, rotavírus, meningo C, meningo ACWY, varicela, hepatites A e B, febre amarela, DTP (difteria, tétano e coqueluche), dupla adulto, HPV e pneumo 23.

É válido destacar que, para crianças entre 5 e 11 anos de idade, as vacinas de sarampo e Covid-19 não devem ser aplicadas simultaneamente. Deve ser priorizada a imunização contra a Covid-19. Depois de 15 dias pode ser aplicada a vacina contra o sarampo. Para a população em geral, acima de 12 anos e trabalhadores de saúde, pode ser feita a imunização simultânea entre as vacinas de sarampo, gripe e Covid-19.

Para mais informações e a lista completa dos postos podem ser encontradas na página do Vacina Sampa.

Para ter acesso ao grupos prioritários para a vacina contra a gripe, clique aqui.

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Pernambuco contabiliza 128 vítimas das chuvas e governo anuncia auxílio https://canalmynews.com.br/cidades/pernambuco-contabiliza-128-vitimas-das-chuvas-e-governo-anuncia-auxilio-para-pessoas-atingidas/ Fri, 03 Jun 2022 18:36:12 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=29033 Última vítima foi localizada pelo corpo de bombeiros nesta sexta (3). Governador Paulo Câmara (PSB) anunciou auxílio financeiro para desabrigados e desalojados, além de pensão para famílias das vítimas.

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A última pessoa desaparecida devido às chuvas no Grande Recife, em Pernambuco, foi localizada nesta sexta-feira (3). Com isso, o número total de mortos subiu para 128. Nesta sexta, o governador pernambucano Paulo Câmara (PSB) anunciou em entrevista coletiva que o estado deve conceder pensão para famílias das vítimas, além de auxílio financeiro para pessoas que ficaram desabrigadas e desalojadas. 

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O corpo da última pessoa desaparecida, identificada como Mércia Josefa do Nascimento, de 43 anos, foi encontrado no município de Camaragibe. Com isso, o Corpo de Bombeiros informou que encerrou as buscas por vítimas do desastre. De acordo com o órgão, ela ficou soterrada depois que uma barreira deslizou no dia 28 de maio.

Para os desalojados e desabrigados, o governo de Pernambuco informou que o auxílio deve ser de R$ 1.500, pago em parcela única. Já no caso das famílias de pessoas que morreram, Câmara não deu detalhes sobre o valor da pensão. A previsão, segundo ele, é que esse pagamento ocorra em junho. 

“Estamos decretando luto oficial de três dias […] e encaminhando à Assembleia Legislativa um projeto de lei que concede pensão especial aos familiares das vítimas desse desastre do último sábado. O governo do estado enviou outro projeto concedendo auxílio de R$ 1.500 às pessoas que tiveram ou desalojamento ou desabrigamento, ou seja, que tiveram perdas materiais em virtude dessas chuvas e das enchentes”, disse.

Segundo Câmara, a previsão do estado é que mais de 80 mil famílias recebam o auxílio orçado em R$ 123 milhões aos cofres do estado. No Recife, o prefeito João Campos (PSB) informou que deve conceder um auxílio extra, pagando um acréscimo de R$ 1 mil para cada família que for beneficiada com o valor do estado. Segundo ele, serão utilizados R$ 15 milhões para esse fim. 

Mais chuvas

Nesta sexta (3) voltou a chover forte em Pernambuco, causando mais estragos nas cidades. No Recife, diversas ruas ficaram alagadas.

A Defesa Civil do Recife confirmou dois deslizamentos de barreiras: um no Córrego da Areia, em Nova Descoberta, na Zona Norte da capital, e um no bairro de Jardim São Paulo, na Zona Oeste da cidade. Ainda segundo o órgão, não houve registro de vítimas ou feridos. 

O desastre causado pelas chuvas no Grande Recife foi o segundo maior da história do estado em termos de contabilização do total de vítimas. Até esta sexta (3), 9.302 pessoas estão desabrigadas e 31 municípios estão em situação de emergência.

 

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‘Política habitacional e de drenagem urbana não se faz de um dia pro outro’, diz urbanista https://canalmynews.com.br/cidades/politica-habitacional-e-de-drenagem-urbana-nao-se-faz-de-um-dia-pro-outro-diz-urbanista/ Thu, 02 Jun 2022 13:49:21 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=28949 Para o professor da UFMG Roberto Andrés, situações como a de Recife tem relação direta com a inação dos governos que precisam repensar as cidades para conviver com eventos extremos.

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Ao sobrevoar Pernambuco ainda arrasada pelas fortes chuvas dos últimos dias que deixaram mais de 90 mortos e mais de seis mil desabrigados, o presidente Jair Bolsonaro se esquivou da responsabilidade: “Infelizmente, essas catástrofes acontecem. Um país continental tem seus problemas”. A crise climática, porém, já não permite que a chuva seja a única culpada e situações como essa, insistem cientistas, serão – e estão sendo – cada vez mais frequentes.

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Urbanista e professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Roberto Andrés lembra que o que aconteceu na Região Metropolitana do Recife nesta semana não é nenhuma novidade nas cidades brasileiras, que sofrem com a falta de um trabalho estruturado de política habitacional e de drenagem urbana. A própria capital pernambucana é apontada pelo IPCC [Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima] como a 16ª cidade do mundo mais ameaçada pela emergência climática e pelo avanço do nível do mar.

Evitar tragédias, defende, “demanda de fato um trabalho estruturado de médio e longo prazo, realocação de famílias que estavam em áreas de risco, políticas habitacionais efetivas”, deixado de lado pelas últimas administrações. O solo das cidades ficou muito impermeabilizado nos últimos anos por causa do nosso modelo viário que “dedica o espaço público ao asfalto”, explica. E o resultado direto disso é a intensificação e a gravidade das enchentes.

O urbanista lembra ainda a indissociável questão social relacionada às chuvas em Pernambuco e em outros estados brasileiros em que quem sofre mais são os mais pobres, moradores das periferias. “Se nós quisermos reduzir o impacto da crise climática, isso não ocorre sem olhar social e sem tentar corrigir as injustiças territoriais históricas que continuaram no nosso território, de modo que os mais pobres sempre pagaram a conta.”

Confira abaixo os principais trechos da entrevista.

Sobe para 44 o número de mortes registradas em Pernambuco

Reprodução / Twitter

O Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais) emitiu um boletim geo-hidrológico na última quarta em que alertou para o “risco alto” de chuvas intensas e de deslizamentos na região metropolitana do Recife. Mesmo com o alerta, a prefeitura da capital pernambucana só acionou o plano de contingência na sexta. Essa situação em Pernambuco e em Recife, especialmente, poderia ter sido evitada?

O que ocorreu no Recife nesta semana não é nenhuma novidade nas cidades brasileiras. O risco de tragédias como essa vem sendo apontado por organizações que acompanham a crise climática, por institutos meteorológicos, faz tempo. Como você colocou, o Cemaden já havia apontado na quarta-feira (25) o risco de tragédias ocorrerem e a cidade demorou a colocar o seu plano de contingência para funcionar de modo que diversas pessoas foram impactadas. Agora é possível evitar completamente os impactos? Isso já é mais difícil. Demanda de fato um trabalho estruturado de médio e longo prazo, realocação de famílias que estavam em áreas de risco, políticas habitacionais efetivas. É algo que vinha sendo feito na cidade de Recife na gestão do João Paulo Lima e Silva (PT) [prefeito da capital entre 2001 e 2008] e que nos últimos anos não foi continuado. Política habitacional adequada e política de drenagem urbana adequada não se faz de um dia para o outro. É possível remediar, reduzir os impactos com planos emergenciais de proteção a pessoas que estão em áreas de risco em momentos de grandes chuvas e nesse sentido, tanto no trabalho mais estrutural, quanto no trabalho mais urgente, os governos em Pernambuco e no Recife parecem ter sido menos ágeis do que deveriam para proteger a população.

Recife é uma cidade cortada por canais. Isso não deveria atenuar a situação?

A impermeabilização do solo urbano continua sendo um problema relevante em diversas cidades brasileiras, inclusive nas cidades com canais como Recife. Eles representam uma parte ínfima do território. A grande área das cidades está majoritariamente impermeabilizada de modo que, quando a água cai, ela escorre pelas bacias com muito mais velocidade e aí chega nos canais, nos córregos, etc. De fato a gente tem três problemas principais que se somam neste momento. Um é a grande impermeabilização do solo, que faz com que a água corra rapidamente pros fundos de vale. Outro é a crise climática, que faz com que as chuvas sejam cada vez mais fortes e intensas. E por fim temos as pessoas morando em áreas de risco. Nas beiras de córregos ou em morros muito íngremes, áreas com risco de deslizamento o que faz com que essas sejam as primeiras vítimas quando os impactos vêm.

O IPCC aponta que Recife está entre algumas das cidades mais impactadas pela crise climática no mundo e a cidade talvez não esteja fazendo o trabalho necessário para reduzir esses impactos. Como eu dizia, em gestões anteriores a política habitacional já foi mais efetiva no sentido de realocação de pessoas em áreas de risco, de prover novas moradias para essas pessoas. Depois essas políticas foram se enfraquecendo e hoje a cidade tem muitas e muitas pessoas em áreas de risco. A cidade precisa, sim, trabalhar de forma estrutural para de um lado aumentar a drenagem urbana e reduzir o impacto da a velocidade da chegada das águas nos fundos de vale e também com políticas habitacionais para que as pessoas morem em áreas seguras.

Roberto Andrés, urbanista e professor da Universidade Federal de Minas Gerais. Ao fundo está a Serra do Curral, área ameaçada pela mineração no estado. Foto: Arquivo pessoal

Estamos caminhando para um planeta cada vez mais quente, como mostram os dados mais recentes do IPCC. Quais seriam os principais riscos enfrentados pelas cidades brasileiras com esse aquecimento?

Já estamos vivendo esses riscos e a gente vai vê-los potencializados. De um lado, as enchentes. Nas nossas cidades a gente enquadrou os rios, construindo nas bordas dos rios, não respeitou a margem, a área das cheias e hoje com as chuvas cada vez mais intensas, os eventos climáticos extremos, a gente tem também um acentuamento das enchentes e inundações que tiram vidas, destroem imóveis. Por outro lado, temos essas chuvas extremas que geram deslizamentos e mortes, a perda de moradias. Tantas tragédias como a gente viu em Recife nesta semana, em Petrópolis e tantas cidades brasileiras nos últimos anos. Há ainda esse impacto do calor. A gente já tem cidades que são ilhas de calor, que são alguns graus mais quentes do que o entorno delas, e com o aquecimento do planeta isso tende a ficar mais acirrado. E aí são impactos na saúde coletiva, né? Idosos, pessoas que morrem mesmo de calor. Isso vem aumentando nos últimos anos. Essas são três situações que ficam muito agudas com a crise climática e que as cidades precisam se adaptar para mitigar.

Que mudanças urbanas são necessárias para que as cidades não ampliem, mas mitiguem a crise climática?

Essa é uma questão porque as cidades estão nas duas pontas da crise climática. De um lado, as cidades são responsáveis por grande parte das emissões que geram a crise climática. Segundo a ONU Habitat, 60% dessas emissões são geradas nos centros urbanos. No Brasil, a gente tem essa situação mais específica em que a Amazônia é um grande foco de emissões. No entanto, não é que as nossas cidades emitam menos. É que a destruição da Amazônia emite muito e precisamos interromper a destruição da floresta amazônica. Quando isso acontecer as cidades passam a ser o principal emissor também no Brasil.

 

As cidades são grandes emissoras, isso é ligado ao modelo de mobilidade urbana, o automóvel tá muito na raiz disso, mas também a como produzimos energia, como tratamos o lixo. As duas coisas estão ligadas justamente porque são também os automóveis e a demanda de espaço pelos automóveis que ocupa muito espaço da cidade e que tira o espaço da beira do rio, que tiram o espaço que a gente deveria dedicar a drenagem urbana, para que a água das chuvas se infiltre no solo e não corra rapidamente. O solo das cidades ficou muito impermeabilizado nos últimos anos por esse modelo viário de dedicar o nosso espaço público ao asfalto. E com isso a gente intensifica a gravidade das enchentes. Uma coisa alimenta outra. A quantidade de tráfego motorizado gera muitas emissões e também transforma o território da cidade de modo a tornar o impacto da crise climática mais grave. Eu costumo dizer que o automóvel, esse modelo de mobilidade, é um certo pivô da crise climática nas cidades. Enquanto a gente não puder rever esse modelo a gente não consegue nem reduzir as emissões nem mitigar os seus impactos.

Há como pensar as metrópoles brasileiras sem carro ou sem essa centralidade do carro?

A gente tem um passivo grande a resolver até chegar nesse ponto, mas já deveríamos trabalhar com essa meta. As cidades brasileiras cresceram enormemente durante o século 20, principalmente no período da ditadura cívico militar. Entre 1940 e 1980 a população vivendo em cidades no Brasil passou de 12 milhões para 80 milhões de pessoas. Quer dizer, multiplica por 7 a população urbana em quatro décadas e esse crescimento foi feito não na base de um trabalho de planejamento e infraestrutura, mas na base do laissez faire [do francês deixe estar].

São cidades de pouca densidade e muito espraiadas territorialmente, de modo que elas têm uma demanda muito maior de deslocamento. A gente precisa de uma revisão dessas cidades, desse modo de ocupação, criando cidades mais densas em torno de corredores no transporte público, para poder reduzir a demanda por automóvel. A gente reduz a demanda por automóvel melhorando a qualidade do transporte público, melhorando a qualidade da mobilidade ativa – calçadas, ciclovias –, integrando esses dois elementos, transporte público e mobilidade ativa, e também revendo o modo de ocupação do território de modo a fazer cidades mais densas.

Em São Paulo há uma discussão grande em torno do adensamento ou não do centro, com uma parcela grande da população que faz longos deslocamentos diariamente para trabalhar e/ou estudar na área central. 

A gente vivenciou nas últimas décadas o esvaziamento dos centros urbanos. Inclusive por essa degradação ambiental dos centros. Foi um ciclo vicioso. Tivemos a explosão de frota de automóveis desde os anos 1960, que cresceu enormemente depois que a indústria automobilística foi instalada no país. Então veio a ditadura militar e vieram as obras que foram adaptar as cidades a essa explosão de frotas, o minhocão em São Paulo é um marco desse período. E tudo isso, essa explosão de frota, poluição, grandes viadutos, avenidas, etc, tornou os centros degradados. Então houve uma fuga dos grandes centros a partir dos anos 60, em outras cidades dos anos 1970 e 1980, que fez com que hoje você tivesse uma quantidade muito grande de espaço ocioso, apartamentos vazios, terrenos vazios, nos centros que são as áreas mais providas de infraestrutura. Reocupar esses centros, principalmente com política de habitação social, é um mecanismo importante para conseguir trazer pessoas que hoje moram nas bordas da cidade, deslocando, gastando duas, três horas por dia, em transporte público, para regiões em que estão servidos de infraestrutura, de emprego, comércio, escola, etc, e que permitem que essas pessoas tenha uma redução de demanda de deslocamento.

Fortes chuvas dos últimos dias deixaram mais de 90 mortos e mais de seis mil desabrigados na região. Foto: TV Brasil

No fim do ano também tivemos fortes chuvas com grande quantidade de mortos na Bahia. No começo do ano foi a vez de Minas Gerais, depois São Paulo. As mortes no geral se concentraram em espaços da periferia, com moradias mais precárias. Qual é a relação entre essas moradias precárias e esses desastres?

É o nosso modelo perverso. Ao deixarmos que a população pobre não fosse servida por política habitacional, o Brasil tolerou desde todo o século 20 e até hoje, que os mais pobres – e há muito uma segregação racializada, a gente sabe bem – fossem fazer seus bairros em loteamentos informais, irregulares, sem infraestrutura adequada ou até mesmo ocupando áreas que não tiveram nenhum loteamento. Porque aquela pessoa não tem outra alternativa e essa foi a maneira dela se inserir numa cidade onde ela tem oportunidades. Mas isso faz com que essas pessoas fiquem mais vulneráveis aos eventos climáticos extremos. Se nós quisermos reduzir o impacto da crise climática, isso não ocorre sem olhar social e sem tentar, vamos dizer assim, corrigir as injustiças territoriais históricas que perpetraram e continuaram no nosso território, de modo que os mais pobres sempre pagaram a conta. O problema é que agora a conta vai aumentar com a crise climática e esses desastres também. Se nós tivermos uma perspectiva social, para um governo de esquerda ou para a esquerda do Brasil, a reforma urbana é urgente.

Vemos várias áreas da periferia de Pernambuco muito afetadas. Podemos falar em racismo ambiental por parte do poder público tanto na capital quanto em outros desastres recentes relacionados às chuvas que tem acontecido pelo país?

Os mais impactados pela crise climática são os mais pobres. Porque são os mais pobres que foram morar nas encostas íngremes com risco de deslizamento, nos fundos de vale, na beira dos rios que agora estão sofrendo com as enchentes. A gente ocupou as cidades brasileiras sempre deixando o risco para a população mais pobre. E agora o impacto climático, a crise climática, cobra esse preço sobretudo dessa população. O termo racismo ambiental é adequado porque, principalmente no Brasil e em muitos lugares, essa segregação social é operada pela racialização. De modo que os grupos que ficaram à margem do estado, que foram morar em territórios precários, tem um corte racial que permitiu inclusive que a nossa sociedade organizasse essa segregação. Isso foi visto historicamente no Brasil como algo um pouco natural. É urgente que a gente desnaturalize a desigualdade territorial se não quisermos seguir repetindo essa dinâmica de racismo ambiental e de maiores impactos na população mais pobre e majoritariamente negra.

Num texto para a revista Piauí, você fala que é possível enxergar a história das metrópoles brasileiras como uma versão micro territorial da crise climática que hoje vivemos em escala planetária. Poderia elaborar melhor essa ideia?

Como nós lidamos com o meio ambiente nas cidades ao longo do século 20 no Brasil. Vamos pensar já desde quando se começou a difundir o automóvel nas cidades, a partir de São Paulo, a partir dos anos 1920, 1930, depois com a explosão a partir dos anos 60. Os impactos que vieram, de poluição do ar, sonora, congestionamentos, foram sempre renegados, como se eles não fossem importantes, ou como se eles fossem solucionáveis no futuro por alguma tecnologia que iria vir. Se pensava, ‘isso aqui é o progresso, isso é necessário. Vamos continuar vendendo automóvel mesmo, construir viaduto, alargar avenida’. Quer dizer, nunca foi colocado em questão o modelo, né? Esse modelo foi tomado como se ele fosse bom. E vamos nos aprofundando na tentativa de soluções para isso que só agravam o problema. Vamos construir mais viaduto, vamos cobrir os fios, encaixotar, aumentar o asfaltamento das ruas, criar mais impermeabilização do solo, aumentando as enchentes, aumentando a gravidade disso, e atraindo mais ao automóvel, porque ao fazer isso você diminui a qualidade da vida do pedestre, do transporte público etc. Então você induz a mais automóvel.

Há uma certa fantasia de que vai vir uma solução tecnológica que vai resolver aquele problema. Enquanto ela não vem você continua ali convivendo com o problema e eles vão se agravando. De alguma maneira foi um processo similar que a nossa sociedade viveu e vive com a crise climática. Nós fomos vendo o problema do aquecimento do planeta, os cientistas alertaram, e a sociedade continuou, a humanidade continuou, na sua inércia suicida, como se aquele problema não demandasse mudança de hábitos e sempre com essa fantasia que continua aí, inclusive, de que nós vamos ter alguma solução tecnológica miraculosa que deve resolver essa questão.

Ou, como alguns têm pensado, que nós vamos ter alguma solução tecnológica miraculosa que vai permitir que alguns poucos fujam do problema. Até essa fuga a gente já viveu nas cidades brasileiras. A partir da degradação ambiental dos centros e da violência, que veio em seguida nos anos 70, 80, a gente viveu uma fuga das elites para os condomínios. Hoje essas elites querem fugir para outros planetas com seus foguetes, as elites do planeta todo. Mas o movimento é o mesmo. É como se você fosse para um outro lugar, deixa o problema lá, e eu não vou me importar mais com ele.

política habitacional

“Os mais pobres sempre pagaram a conta. O problema é que agora a conta vai aumentar com a crise climática e esses desastres também”, afirma Andrés. Foto: TV Brasil

No começo da semana, Bolsonaro falou que “Infelizmente, essas catástrofes acontecem. Um país continental tem seus problemas”, ao sobrevoar Recife. Em 2020, o ex-prefeito de Belo Horizonte Alexandre Kalil disse algo parecido ao afirmar que “a água vem do céu, não vem de incompetência administrativa” e que, “em desastres, não há responsabilidades” após ser cobrado pelas mortes após fortes chuvas na capital mineira. Até que ponto as administrações públicas podem ser cobradas pelos eventos extremos?

Não faltam gestores públicos que colocam a culpa nas vítimas. As gestões municipais têm muito a fazer. Elas precisam lidar com esse problema. A chuva pode ter surpreendido quem não estuda o tema, mas isso não te tira a responsabilidade de conhecer esse tema. As chuvas serão mais fortes a cada ano. O gestor público tem que lidar com isso, que é uma informação já muito comprovada, muito evidente, do nosso debate científico, de que as chuvas serão mais intensas, que o calor será mais intenso, e que portanto precisamos mudar as cidades. E como podemos mudar as cidades? A gente precisa primeiro fazer política habitacional direito, para que não tenhamos mais pessoas morando em situação de risco. Segundo, a gente tem que fazer uma política de mobilidade urbana baseada no transporte público e na mobilidade ativa para redução de automóvel nas cidades mesmo, para reduzir emissões e essa demanda de espaço. Terceiro, a gente tem que fazer uma política de drenagem urbana que conviva com a vida cotidiana. Não é possível pensar que a drenagem urbana vai ser sempre aquelas grandes bacias que se faz. Uma grande obra de engenharia de centenas de milhões de reais que degrada a região em torno dela, e que vai resolver só uma parte do problema, porque em outros rios, outras partes da bacia, o problema continuará. É o que a gente chama de drenagem difusa. A gente precisa que a água entre no território em cada rua, em cada parte da bacia. Em praças, que a gente tenha sistemas de drenagem com jardins drenantes, a gente tenha cisternas instaladas nos prédios. Isso pode ser feito. As prefeituras podem, por exemplo, criar um modelo de incentivo no IPTU para cobrar que todos os imóveis tenham um sistema de drenagem próprio, da água penetrar no solo, e para incentivar se eles desenvolverem bem esse sistema. Os municípios tem muita a fazer. O que não é não fazer nada e depois falar que foi pego de surpresa.

Em outros países a discussão sobre a necessidade de adaptação à emergência climática já está bem mais avançada. O Brasil, apesar de ter um Plano Nacional de Adaptação às Mudanças Climáticas,  pouco fez a respeito. 

De fato, o Brasil está muito mal. A gente tem um governo que praticamente nega esse problema, que está entregando a Amazônia para o garimpo ilegal, para os desmatadores. Um governo que vai legar para as gerações futuras um grande problema e a gente tem que superar esse governo destruidor da nossa vida futura. O governo de Jair Bolsonaro, que é um governo do garimpo, do desmatamento, da destruição da Amazônia, de negar que problema existe. Aí a gente passa por um outro passo que é, se conseguirmos ter um governo de esquerda, e espero que tenhamos, que esse governo passe a priorizar tanto a adaptação quanto à mitigação, e que a gente coloque esses temas na ordem do dia.

A gente passou por muito tempo dentro do nosso campo político, progressista, das esquerdas, considerando como se tivesse uma contraposição entre o problema social e o problema ambiental. ‘Não vou lidar com problema ambiental porque o foco, o mais importante, é o social.’ No entanto, o que a gente vê é que os mais impactados pela crise climática, pelo problema ambiental, são os mais pobres. Então o problema ambiental é social e é preciso que a gente dê a ele a importância que ele tem. Você reduzir emissões ou cuidar da cidade ou fazer uma política habitacional digna ou cuidar do transporte público é tão importante quanto o Bolsa Família. É tão importante quanto o programa de cisternas no semiárido. É essa essa visão que eu acho que a gente ainda tá precisando fazer um esforço para consolidar dentro do nosso campo da esquerda.

Na semana passada, o Comitê Municipal de Mudanças Climáticas e Ecoeficiência de Belo Horizonte aprovou documento em que se opõe à autorização para que a Taquaril Mineração S.A (Tamisa) explore a Serra do Curral, que é um assunto que você tem acompanhado de perto. Quais os impactos ambientais da exploração da serra? E como projetos como eles se encaixam no âmbito de emergência climática? Não é só Belo Horizonte que sofre com essas tentativas de exploração das suas áreas verdes.

São diversos impactos, né? Temos ali um ecossistema, uma fauna e uma flora muito ricos. Belo Horizonte está numa região de transição entre o Cerrado e a Mata Atlântica. Há um vale nessa região da Serra do Curral, com uma mata muito bonita, com mais de 40 espécies, inclusive várias ameaçadas de extinção. Temos diversos impactos tanto nesse ambiente de nascentes quanto nas espécies, animais que vivem ali. E a gente tem muitos impactos que não são necessariamente ambientais nesse sentido. Por exemplo, o risco hídrico.

No contexto de crise do clima a gente tem alguns problemas. Um deles é um aquecimento muito grande, principalmente das áreas urbanas. Temperaturas muito altas, temperaturas extremas. E essa destruição de área verde no entorno da cidade contribui para aumentar essa ilha de calor que é a metrópole. Além disso, a gente tem outro problema, que é o problema desse século, que é a escassez hídrica. A gente não deveria se dar o direito de soterrar e destruir nascentes, rebaixar o lençol freático, colocar em risco a segurança hídrica, reduzir a quantidade de água potável circulando nas bacias como a mineração faz. Para dar somente dois exemplos de impactos ambientais muito relevantes em relação à crise climática que os projetos minerários trazem.

Conteúdo originalmente publicado na Agência Pública e reproduzido em parceria com o MyNews.

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Chuvas no Grande Recife: número de mortes confirmadas sobe para 106 https://canalmynews.com.br/cidades/chuvas-no-grande-recife-numero-de-mortes-confirmadas-sobe-para-106/ Wed, 01 Jun 2022 00:19:32 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=28946 Chuvas no Grande Recife causaram estragos e provocaram morte de ao menos 106 pessoas confirmadas até esta terça-feira (31).

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O número de mortos após as chuvas na Região Metropolitana do Recife chegou a 106 confirmados nesta terça-feira (31), de acordo com a Secretaria de Defesa Social do estado. De acordo com as autoridades, ainda há ao menos dez desaparecidos.

Ao longo da última semana, as chuvas no Grande Recife causaram deslizamentos e enchentes em vários pontos da capital pernambucana, em cidades vizinhas e em municípios da Zona da Mata. Segundo a Central de Operações da Coordenadoria de Defesa Civil de Pernambuco (Codecipe), há, até o momento, 6.198 pessoas desabrigadas, número que foi alcançado após as chuvas moderadas registradas nas primeiras horas desta madrugada.

Os locais que apresentaram maiores volumes de chuva foram Goiana, na Zona da Mata Norte (65 mm) e Cabo de Santo Agostinho (63 mm), Paulista (35 mm) e Recife (30 mm), todas na Região Metropolitana.

De acordo com a Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac), a previsão para as próximas horas é de “chuvas rápidas ao longo do dia, com volumes moderados, tanto na região metropolitana do Recife como na Mata Norte”.

Em comunicado, a Defesa Civil afirmou que, por conta das condições do solo, podem acontecer novos deslizamentos.

Já são 24 os municípios com situação de emergência decretada: Recife, Olinda, Jaboatão dos Guararapes, São José da Coroa Grande, Moreno, Nazaré da Mata, Macaparana, Cabo de Santo Agostinho, São Vicente Ferrer, Paudalho, Paulista, Goiana, Timbaúba, Camaragibe, São Lourenço da Mata, Abreu e Lima, Araçoiaba, Igarassu, Aliança, Glória do Goitá, Vicência, Bom Jardim, Limoeiro e Passira.

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Sobe para 56 o número de mortes registradas em Pernambuco https://canalmynews.com.br/cidades/sobe-para-56-o-numero-de-mortes-registradas-em-pernambuco-vigilancia-em-saude-do-estado-aponta-70-obitos-urbanista-explica-culpa-nao-e-das-chuvas/ Sun, 29 May 2022 18:22:28 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=28714 Vigilância em Saúde do estado aponta 70 óbitos. Urbanista explica: ‘culpa não é das chuvas’.

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Região metropolitana do recife sofre com chuva e deslizamentos

Região metropolitana do recife sofre com chuva e deslizamentos. Foto: Prefeitura do Recife

 

 

 

Pelo menos 56 pessoas morreram vítimas de desabamentos e deslizamentos de terra ocorridos após as fortes chuvas que atingem o Estado de Pernambuco.

O Ministério do Desenvolvimento Regional informa que há ainda 56 desaparecidos, 25 feridos, 3.957 desabrigados e 533 desalojados.

Vídeos divulgados em redes sociais mostram alagamentos, casas desabando, lama encobrindo vidas, falta de infraestrutura e de saneamento básico. Um levantamento da Vigilância em Saúde, rede abastecida por técnicos e agentes locais, aponta que há pelo menos 70 mortes.

Ainda que os índices pluviométricos tenham sido maiores do que em outros anos, a arquiteta e urbanista Raquel Rolnik, professora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, explica que a culpa pela tragédia na vida das pessoas não é das chuvas. “Na verdade, a gente está falando de um modelo de ocupação do solo que não garante a possibilidade das pessoas se assentarem em locais razoáveis. Tem uma intensidade de chuva mais forte? Tem, e isso está piorando ainda mais essa situação. Mas a culpa não é das chuvas”.

Para o arquiteto e urbanista Milton Bloter, da Universidade Federal de Pernambuco, “seria muito fácil, para não dizer leviano, culpar as chuvas pela tragédia das pessoas. As chuvas são sazonais, se repetem periodicamente na região metropolitana do Recife. Esta tragédia é fruto da ausência de políticas de habitação e de investimentos de infraestrutura adequada”. Bloter presidiu o Instituto da Cidade do Recife – Engenheiro Pelópidas Silveira, órgão municipal responsável pelo urbanismo e planejamento estratégico da cidade. Segundo ele, temos cidades extremamente excludentes e a porção da cidade mais excluída é a que mais sofre nesse período das chuvas. Bloter explica que não há oferta de áreas urbanizadas dotadas de infraestrutura, mobilidade e acesso a trabalho. “As pessoas não ocupam as áreas de risco porque querem e sim porque não têm onde morar”.

Segundo Bloter, o problema das enchentes no Recife foi amenizado, na década de 70, com um sistema de barragens de contenção. Mas, ao mesmo tempo, naquele período, a urbanização dentro da própria cidade tratava os riachos urbanos como se fossem águas de drenagem superficial. “Temos verdadeiros riachos urbanos enterrados na cidade e frequentemente eles estão entupidos, cheios de lixo. E aí vem o outro lado da tragédia, que é a parte de culpabilizar a população. Mas é uma população que não tem acesso à educação e tem um serviço público precário de coleta de lixo”, diz. Bloter ressalta o volume imenso de lixo que é descartado nos cursos d’água, gerando entupimento dos canais e canaletas, o que contribui para provocar enchentes e desabamentos pela cidade toda.

Na manhã deste domingo (29), em entrevista coletiva, o ministro do Desenvolvimento Regional, Daniel Ferreira, contabilizou 44 óbitos, 56 desaparecidos, 25 feridos, 3957 desabrigados e 533 desalojados. Um grupo de ministros está no Estado e fez um sobrevoo pelas regiões mais afetadas. Ferreira estava acompanhado dos ministros Carlos Brito, do Turismo, Ronaldo Bento, da Cidadania e Marcelo Queiroga, da Sáude. A região entre Recife e Jaboatão dos Guararapes foi a localidade mais afetada ao lado do Jardim Monte Verde, no bairro do Ibura, na zona sul da capital.

Ministros do governo federal fazem coletiva de imprensa após sobrevoarem áreas atingidas pelas chuvas em Pernambuco

Ministros do Governo Federal fazem coletiva de imprensa após sobrevoarem áreas atingidas pela chuva em Pernambuco. Foto: Ministério do Desenvolvimento Regional

“Embora tenha parado de chover agora a gente tá com chuvas fortes previstas para os próximos dias. Então a primeira coisa é manter as medidas de autoproteção,” disse Daniel Ferreira, ministro do Desenvolvimento Regional. “Telefonei para o governo do Estado aqui de Pernambuco e para o prefeito de Recife. Porque, mesmo o governo do estado e o município tendo as defesas civis muito bem estruturadas, são dessas reconhecidas nacionalmente, uma chuva dessa magnitude causa estrago em qualquer município do Brasil”, disse Ferreira.

O ministro falou dos trâmites para liberação de recursos federais para auxiliar as autoridades no enfrentamento da situação. Segundo ele, a primeira etapa é o reconhecimento federal dos decretos de emergência emitidos pelos entes públicos locais: governo do estado e prefeituras. Depois disso é preciso que o reconhecimento federal da situação e publicação no Diário Oficial da União. Só depois disso é que o governo federal libera recursos para a primeira de três etapas: socorro e assistência humanitária. “São recursos para kits de higiene, limpeza, colchões, cestas básicas, combustível e alimentação para equipes de resgate”” disse Ferreira.

Na quintafeira (26), a Defesa Civil já tinha emitido alerta para o risco de chuvas intensas no litoral do Nordeste até este domingo (29). Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), os estados da Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Sergipe e Alagoas estão sendo os mais afetados.

Bolsonaro vai a Pernambuco nesta segunda (30)

O presidente Jair Bolsonaro publicou no Twitter, neste domingo (29), que vai ao Recife na segunda-feira (30) para “melhor se inteirar da tragédia”. “O nosso governo disponibilizou, desde o primeiro momento, todos os seus meios para socorrer aos atingidos, aí incluído as Forças Armadas”, escreveu Bolsonaro.

 

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Defesa Civil alerta para risco de chuva intensa no litoral do Nordeste https://canalmynews.com.br/cidades/defesa-civil-alerta-para-risco-de-chuva-intensa-no-litoral-do-nordeste/ Thu, 26 May 2022 15:28:11 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=28667 Estados de Pernambuco e Alagoas devem ser os mais atingidos no sábado (28) e domingo (29).

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A Defesa Civil emitiu alerta para o risco de chuvas intensas no litoral do Nordeste até o domingo (29). Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), os estados da Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Sergipe e Alagoas serão os mais afetados. Desde a terça-feira (24), as chuvas já vem causando estragos em diversas regiões.

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“Diante da previsão de grande acumulado de chuvas, o Centro Nacional de Gerenciamento de Risco e Desastres (Cenad) já entrou em contato com as defesas civis estaduais e municipais e segue monitorando o cenário e o registro de possíveis ocorrências”, informou a Defesa Civil.

A previsão, feita na quarta-feira (25) pelo órgão, é de que os estados de Pernambuco e Alagoas podem ser os mais atingidos. Em razão da situação, o Inmet emitiu alerta de perigo específico para estes estados, devido à possibilidade de forte volume de chuvas.

O alerta de perigo vale para o leste alagoano, os agrestes alagoano e pernambucano, a Zona da Mata de Pernambuco, e a região metropolitana do Recife. São esperadas chuvas que podem acumular de 50 a 100 mm/dia. Há risco de alagamentos, deslizamentos de encostas, transbordamentos de rios,

Em Pernambuco, foram registradas, nos últimos dias, ocorrências de deslizamentos de terra em sete municípios. Até o momento, duas pessoas morreram e uma está desaparecida em Olinda. Outras duas pessoas ficaram levemente feridas na cidade de Camaragibe.

Ontem, a Defesa Civil do Recife informou que, de terça (24) a quarta-feira (25), foram registradas chuvas que chegaram a 258 mm em algumas partes da cidade, quase 80% do total previsto para todo o mês de maio, que é de 328,90 mm.

Famílias desabrigadas

Até o momento, cerca de 65 famílias estão desabrigadas e 12 famílias desalojadas. As desabrigadas foram acolhidas em equipamentos comunitários, nos bairros da Linha do Tiro, Coqueiral, Várzea e Campina do Barreto, enquanto que as famílias desalojadas estão em casas de amigos e parentes.

Para o atendimento à população de rua, a prefeitura decidiu que o atendimento oferecido no Abrigo Noturno Irmã Dulce passará a funcionar 24h, e não apenas no período da noite.

Em Alagoas, o governador Paulo Dantas, disse que vai editar um decreto de situação de emergência devido às fortes chuvas que atingem o estado desde a noite de terça-feira (24). De acordo com o governo do estado, é grande o número de desabrigados nos municípios.

Em Maceió, capital do estado, na noite desta quinta-feira, foram registradas 28 ocorrências, a maioria por deslizamentos de terra, mas sem vítimas. Em 72h, já são 168 ocorrências atendidas; 75 família desalojados, das quais, 5 estão em abrigo municipal.

A previsão é de continuidade das chuvas. Os pluviômetros registraram 145 mm nas últimas 24h e 289 mm em 72h.

A orientação para os moradores das regiões afetadas é buscar informações nas defesas civis locais. Além disso, é importante ficar atento aos alertas enviados por meio de SMS, TV por assinatura e pelas redes sociais da Defesa Civil Nacional (@defesacivilbr) e do Inmet (twitter: @inmet_ | Instagram: @inmet.oficial). Em caso de emergência, a Defesa Civil pode ser acionada no telefone 199 e os bombeiros, no 193.

“A Defesa Civil Nacional solicita que a população cadastre os telefones celulares, por meio do envio de mensagens de texto para o número 40199, com o CEP da região onde mora, para passar a receber alertas por SMS”, informou o órgão.

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Sabesp não divulga testes que comprovam contaminação da água em 132 cidades brasileiras https://canalmynews.com.br/cidades/sabesp-nao-divulga-testes-que-comprovam-contaminacao-da-agua-em-132-cidades-brasileiras/ Tue, 10 May 2022 15:06:10 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=28277 Em São Paulo, Diadema, Santos e no Guarujá, testes apontaram substâncias químicas fora do limite em três anos seguidos.

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O Estado de São Paulo tem uma das maiores empresas de abastecimento do mundo, com 28,6 milhões de pessoas atendidas, e a que mais realiza testes para medir a qualidade da água no Brasil. A Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) tem a missão de ser “referência mundial na prestação de serviços de saneamento”. Em suas ações de comunicação, porém, a empresa omite problemas na qualidade da água que deveriam ser divulgados aos consumidores.

Entre 2018 e 2020, contaminantes foram encontrados na água que saiu da torneira de 132 cidades paulistas abastecidas pela Sabesp. As substâncias químicas excederam o valor máximo permitido pelo Ministério da Saúde, órgão que define um parâmetro de controle, acima do qual há risco à saúde humana.

No período analisado, a empresa paulista fez 235 mil testes para medir a qualidade da sua água, dos quais 759 encontraram substâncias fora do padrão. Isso representa 0,3% de todos os testes feitos pela empresa no Estado.

Apesar do percentual geral em São Paulo ser baixo, para avaliar o risco é preciso olhar para as cidades onde houve violação, em especial para os locais onde a população bebeu água com contaminantes repetidamente. Na capital, substâncias foram identificadas acima do limite 13 vezes nos sistemas Guarapiranga, Cantareira, Alto Tietê e Rio Claro — que, juntos, abastecem cerca de 17 milhões de pessoas.

As substâncias acima do limite na cidade foram os ácidos haloacéticos, os trihalometanos e o antimônio, todas elas classificadas como “possivelmente cancerígenas” pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Os resultados foram acessados pela Repórter Brasil no Sistema de Informação de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano (Sisagua), banco de dados gerido pelo Ministério da Saúde. As informações fazem parte do Mapa da Água, ferramenta de jornalismo de dados que permite consultar substâncias acima do limite em cada cidade do país entre 2018 e 2020. O mapa traz ainda as classificações internacionais de risco para cada produto.

A Sabesp afirma que os testes revelados pelo Mapa da Água sobre a cidade de São Paulo são “casos pontuais” e como tal não indicam um problema. “O histórico das medições aponta a conformidade com os padrões de potabilidade e a qualidade da água fornecida pela Sabesp”. Dessa forma, “nenhum tratamento adicional se torna necessário no momento” além de “não demandar medidas corretivas nem alertas para a população”. Leia as respostas da Sabesp na íntegra.

Contaminação contínua

Os casos em que a mesma substância violou o padrão ao menos uma vez nos três anos analisados ocorreu em 36 cidades paulistas, entre elas Diadema, Santos, Ubatuba, Guarujá e Lorena. Em todo o país, a contaminação contínua foi identificada na água de 82 cidades, e a Sabesp é responsável pelo abastecimento de água em 45% delas.

Especialistas alertam que o consumo durante meses ou anos caracteriza a maior chance de risco para a população. “Três anos seguidos tomando água acima do padrão indica que a população está exposta à substância carcinogênica além do limite de risco ‘aceitável’”, afirma Fábio Kummrow, professor de toxicologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Kummrow explica que, como o consumo acontece em pequenas doses e de modo gradual, não há sintomas imediatos. Ou seja, não há como a origem da doença ser identificada pelos serviços de saúde.

O maior problema nas águas da Sabesp começa no tratamento, quando o cloro ou outros desinfetantes se misturam com substâncias que já estão na água, como algas e esgoto, gerando os “subprodutos da desinfecção”.

O maior número de testes acima do limite na capital se deu justamente em reservatório que recebe despejo de esgoto sem tratamento: a represa Guarapiranga, responsável pelo abastecimento de cerca de 4,8 milhões de moradores da região metropolitana. As áreas de preservação ambiental que margeiam a represa são palco de ocupações irregulares onde não há coleta ou tratamento.

Esgotos clandestinos e o descarte impróprio ficam mais visíveis no meio do ano, quando as chuvas diminuem e os níveis do reservatório ficam baixos. Quando a temperatura aumenta, ocorre ainda a proliferação de algas. Esses elementos levam à formação dos subprodutos no tratamento.

Cercada de moradias sem coleta de esgoto, o sistema de tratamento da represa Guarapiranga registrou o maior número de casos acima do limite permitido da capital paulista (Foto: Sabesp/Divulgação)

Oito testes realizados no sistema Guarapiranga, entre 2018 e 2020, apontaram a presença de dois subprodutos acima do limite. Os ácidos haloacéticos e os trihalometanos apareceram fora do padrão em 17% dos testes realizados nesse sistema. Ambos são classificados como “possivelmente cancerígenos” pela Agência Internacional de Pesquisa em Câncer, órgão da OMS. Outros possíveis efeitos a longo prazo são problemas nos rins, fígado e sistema nervoso.

Desde os anos 1970, cientistas conhecem os riscos dos subprodutos. Segundo artigo publicado na revista Environmental Pollution, há dois métodos para evitá-los: remover da água as substâncias que podem reagir com o cloro ou trocar o cloro por tratamento com radiação UV ou ozônio, entre outros métodos alternativos. Mas ambas as mudanças trazem custos adicionais.

O problema é um desafio importante para a cidade de São Paulo, onde os dados do Atlas Esgotos, elaborado pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico, mostram que 32% do esgoto não tratado é jogado diretamente em rios e represas – alguns desses são os mesmos de onde sai a água que será tratada para consumo.

Falta de transparência

Questionada pela reportagem se a empresa faz esse trabalho de separar o esgoto da água antes do tratamento, a Sabesp respondeu de forma genérica: “cada manancial possui características diferentes e, assim, cada estação de tratamento de água é projetada para ser capaz de tratar a água de seu respectivo manancial”.

A empresa nega a importância dos testes acima do limite ao afirmar que monitora a qualidade da água com base no histórico, usando uma “média móvel” dos resultados.

Por meio de nota, o Ministério da Saúde confirma o uso do histórico como um dos critérios para avaliação, contudo afirma que “violações ao padrão devem ser interpretadas como um evento perigoso e desencadear uma investigação”. Nesses casos, a empresa deve “comunicar imediatamente à autoridade de saúde pública municipal e informar à população abastecida, em linguagem clara e acessível, a detecção de situações de risco à saúde ocasionadas por anomalia operacional ou por não conformidade na qualidade da água, bem como as medidas adotadas”.

Questionada pela reportagem, a Sabesp não informou quais medidas foram tomadas para corrigir os problemas nos casos em que os testes detectaram substâncias acima do limite na capital. A empresa também não respondeu aos pedidos para a reportagem acessar os dados completos do histórico e o cálculo da “média móvel”, ferramentas citadas pela empresa. “Não temos como precisar a partir de que ano adotamos a média móvel para essa avaliação interna e não temos como disponibilizar as médias móveis dos anos solicitados [2018, 2019 e 2020] pois esse critério não era formalmente estabelecido antes da publicação da nova portaria [de 2021]”, afirmou a companhia por meio de nota.

Pirapora do Bom Jesus: água poluída com arsênio

Os esgotos não tratados da capital prejudicam ainda outros municípios. O caso mais famoso é o da cidade de Pirapora do Bom Jesus, cortada pelo Rio Tietê, que recebe toda a água poluída pelo esgoto e indústrias de São Paulo. Há mais de 30 anos, imagens de espumas de até 3 metros vindas do rio ganharam a imprensa.

Contudo, não é só com as espumas gigantes que a população de Pirapora sofre. Dados do Sisagua mostram a presença de urânio, ácidos haloacéticos, chumbo e arsênio acima do limite, sendo que esse último aparece por 3 anos consecutivos. A substância é classificada como cancerígena pela OMS, e seu consumo prolongado na água aumenta o risco para câncer de pele, pulmão, bexiga e rins.

Para a Sabesp, todos os casos de violação na água da cidade são pontuais, não tendo a necessidade de informar a população. Sobre a presença contínua do arsênio, a empresa diz que o problema “resulta da mistura de 90% de água recebida do Sistema Integrado Metropolitano com 10% proveniente de poços, que têm a presença natural de Arsênio, fruto da dissolução de rochas e minérios no lençol freático. Essa diluição garante a potabilidade, de modo que a presença desse parâmetro na água se mantenha dentro dos limites da Portaria de Potabilidade”. Em nota, a empresa conclui que “a água fornecida ao município de Pirapora de Bom Jesus atende à legislação, não havendo necessidade de informes à população local”.

A Vigilância Sanitária da cidade também afirmou que os testes apontados pelo Mapa da Água “referem-se a casos pontuais em 2018, não apresentando novas ocorrências no monitoramento até a presente data.” E complementou, usando as mesmas palavras que a Sabesp, para responder sobre a contaminação contínua por arsênio.

Confira na íntegra as respostas da Vigilância de Pirapora e do Ministério da Saúde.

Secretaria de saúde de São Paulo minimiza casos

A responsabilidade por fiscalizar as empresas de abastecimento é das secretarias municipais de saúde. Na capital, não é diferente. A secretaria paulistana confirma que a companhia usa o histórico de dados para avaliar a qualidade da água, mas a pasta afirma que “não teve acesso” ao cálculo. Ou seja, o órgão fiscalizador não tem informação suficiente para realizar o seu trabalho.

Sobre os testes fora do padrão, a secretaria de saúde minimizou o problema: “alguns foram encontrados ligeiramente acima do valor máximo permitido”. Nesses casos, segundo a pasta, a Vigilância acionou a empresa e o problema foi resolvido. O órgão também disse que os valores que excedem o máximo permitido “são extremamente pequenos e não representam riscos à saúde”.

Questionada sobre qual o critério usado para definir o que considerou “ligeiramente acima” ou “extremamente pequeno”, a pasta respondeu que “todos os valores apresentados com algarismos na ordem de centésimos, milésimos ou menores são arredondados e apresentam-se como satisfatórios”.

Essa tolerância para arredondar casas decimais não está prevista na regulação brasileira, afirma o professor do departamento de Hidráulica e Saneamento da Universidade de São Paulo Luiz Daniel. “Se definiram o valor máximo permitido, tem que ser sempre atendido”.

O problema da água contaminada com substâncias químicas acima do limite e da falta de transparência na comunicação aos consumidores atinge todo o Brasil. Em termos proporcionais, as empresas de abastecimento que mais tiveram problema com a qualidade da água foram a Cesan no Espírito Santo (6,8%) e a Cagece no Ceará (5,1%).

Após a publicação, o chefe de divisão de tratamento da Cesan André Lima procurou a reportagem e afirmou que houve um “equívoco no lançamento dos dados” em alguns municípios do Espírito Santo. Ele negou problemas com metais pesados, mas reconheceu subprodutos do tratamento acima do limite. Lima afirmou que a empresa substituiu o cloro por outro oxidante.

Em nota enviada pela Cagece, a empresa do Ceará também informou que vem realizando estudos para substituir as substâncias químicas utilizadas no tratamento da água, mas minimizou o risco das substâncias detectadas. “Há uma sugestão, mas não há provas de que tais compostos possam contribuir na incidência de certos tipos de câncer”, afirma a nota da empresa. (Leia as respostas na íntegra da Cagece).

Empresas que fizeram menos de mil testes nos três anos analisados não entraram na arte. Baixe aqui os dados completos de todas as empresas.

Leia mais sobre a qualidade da água em todo o Brasil.

Esta reportagem faz parte do projeto Por Trás do Alimento, uma parceria da Agência Pública e Repórter Brasil para investigar o uso de Agrotóxicos no Brasil. A cobertura completa está no site do projeto.

Conteúdo originalmente publicado na Agência Pública e reproduzido em parceria com o MyNews.

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Santa Catarina declara estado de emergência em 27 municípios após fortes chuvas https://canalmynews.com.br/cidades/santa-catarina-declara-estado-de-emergencia-em-27-municipios-apos-fortes-chuvas/ Sun, 08 May 2022 18:16:51 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=28245 Temporais deixaram ao menos três mortos e mais de 7 mil desalojados. De acordo com Defesa Civil, mais de 44 mil pessoas foram afetadas.

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Municípios catarinenses decretaram situação de emergência após fortes chuvas que tem atingido o estado desde a primeira semana de maio. Até a tarde deste domingo (8), 27 cidades declararam situação de crise.

De acordo com a Defesa Civil, ao menos três pessoas morreram em decorrência das chuvas, duas em São Joaqui e uma em Urubici. Elas foram arrastadas pela correnteza das águas ao tentar passar de carro em áreas inundadas, segundo o órgão.

Segundo boletim divulgado no sábado (7), mais de 7 mil pessoas já estavam desalojadas e outras 500 desabrigadas.

Os municípios em situação de emergência em Santa Catarina são: Tubarão, Orleans, Forquilhinha, Urubici, Maracajá, Araranguá, São Joaquim, Lages, Laurentino, Alfredo Wagner, Rio Rufino, Taió, Anitápolis, Monte Carlo, Videira, Macieira, Rio das Antas, Tangará, Rio do Oeste, Anitápolis, Lauro Muller, São Martinho, Armazém, Gravatal, Braço do Norte, Grão Pará e Capivari de Baixo.

Ainda segundo a Defesa Civil, ao todo mais de 44 mil pessoas foram afetadas pelas chuvas em 121 municípios catarinenses. Duas prisões também foram inundadas pela água. Mais de 700 presos tiveram que ser transferidos. Nessa transferência, 12 presos fugiram, mas sete já foram recapturados, segundo a Polícia Civil do estado.

Para a segunda-feira (9), a previsão do tempo indica que os próximos dias serão de sol.

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Seis horas de chuvas intensas causam tragédia em Petrópolis e deixam ao menos 104 pessoas mortas https://canalmynews.com.br/cidades/seis-horas-de-chuvas-intensas-causam-tragedia-em-petropolis/ Wed, 16 Feb 2022 15:40:17 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=24040 Situação na cidade é “quase de guerra”, segundo o governador do Rio de Janeiro, Claudio Castro. Temporal arrastou morros e causou inundações em todo município, que decretou estado de calamidade pública.

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As fortes chuvas que atingiram Petrópolis durante a terça-feira (15) causaram destruição e a morte de ao menos 104 pessoas, em números atualizados nesta quinta-feira (17). A cidade fica na região serrana do Rio de Janeiro e registrou na data uma quantidade de chuva maior do que a previsão para todo o mês de fevereiro. Eram esperados 238 milímetros para os 28 dias do mês, mas durante seis horas foram registrados 259 milímetros. 

A cidade decretou estado de calamidade pública sob estágio de crise, nível mais alto de alerta para o município. A Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros ainda não têm a quantidade exata de desaparecidos, mas o Ministério Público do RJ estima que ao menos 35 pessoas não foram localizadas.

Até a manhã desta quinta, 24 pessoas haviam sido resgatadas nas buscas. As informações da manhã da quarta (16) apontavam que pelo menos 301 pessoas estão desabrigadas. Há pontos de apoio distribuídos pela cidade. 

Corpo de Bombeiros trabalha nas buscas por sobreviventes dos deslizamentos. Foto: Reprodução (Corpo de Bombeiros do RJ)

As imagens dos deslizamentos de terra e inundações são impressionantes. Até a madrugada da quarta foram registradas 189 ocorrências de deslizamentos. Na queda do Morro da Oficina, no bairro do Alta da Serra, 80 casas foram atingidas. 

O centro da cidade também foi devastado pelas enchentes após o transbordamento de um rio. Na noite da terça, após a diminuição do nível da água, os corpos das vítimas começaram a aparecer nas vias públicas. Na Rua do Imperador foram encontradas 12 pessoas sem vida.

Após a trégua da chuva, a cidade amanheceu em meio ao cenário de destruição revelado pela diminuição das inundações. Barrancos desmoronados, casas e carros destruídos, ruas cobertas de lama e busca pelos desaparecidos. 

Histórico

Localizada na região Serrana do Rio de Janeiro, Petrópolis tem um quinto de sua área sob alto risco. A cidade já vivenciou desastres como esse no passado, como em 2011, quando o volume de chuvas na região vitimaram 918 pessoas. Na data, as precipitações também causaram estragos nas cidades de Nova Friburgo, Teresópolis, Sumidouro e São José do Vale do Rio Preto.

Apesar do histórico, a edição desta quinta da Folha de São Paulo apontou que a gestão do governador do estado do Rio Cláudio Castro (PL) só utilizou 47% do orçamento de 2021 previsto para prevenção e resposta a desastres. A apuração foi feita no Portal da Transparência.

Medidas

O governador do Rio de Janeiro, Claudio Castro (PL), anunciou na terça o envio de oito ambulâncias e dez aeronaves para auxiliar nos resgates e atendimentos médicos, além de maquinário para auxiliar na limpeza. O governador cancelou sua agenda pública e chegou à cidade ainda na terça.

Da Rússia, o presidente Jair Bolsonaro (PL) tuitou sobre Petrópolis. Disse que, após saber dos danos que as fortes chuvas causaram, ligou para o ministro do Desenvolvimento Regional Rogério Marinho e para o ministro da Economia Paulo Guedes.

Bolsonaro afirmou que apesar de distante ele e sua equipe continuam “empenhados em ajudar ao próximo” e prestou condolências aos familiares das vítimas. O ministro Rogério Marinho deve chegar à Petrópolis na sexta-feira (18), de acordo com o governador do Rio.

Tweets de Jair Bolsonaro (PL) sobre tragédia. Imagem: Reprodução (Twitter)

O prefeito de Petrópolis, Rubens Bomtempo (PSB), anunciou, na quarta, a criação de uma central para reunir as máquinas e materiais necessários para a limpeza da cidade.  Segundo ele, o objetivo é “devolver normalidade à cidade”. Ele pediu, em um vídeo publicado no Instagram, para que as pessoas evitem sair de casa porque a cidade perdeu toda a mobilidade urbana. 

Outra questão que preocupa é o acesso à água potável. O secretário de Estado da Defesa Civil, Leandro Monteiro, afirmou que a água mineral pode ser o maior desafio para enfrentar após o temporal.

Solidariedade 

Nas redes sociais, uma mobilização foi iniciada para ajudar os moradores da cidade. O streamer e comentarista esportivo Casimiro Miguel anunciou numa live desta terça à noite que doou R$ 30 mil para entidades que estão ajudando a mitigar os efeitos da tragédia.

Casimiro ganhou relevância em 2021 pelas lives que faz durante a madrugada em que comenta esportes, games, realities e assuntos do cotidiano. Ano passado, o carioca ganhou o prêmio de Personalidade do Ano no Prêmio eSports Brasil. 

Os presidenciáveis Ciro Gomes (PDT) e Sergio Moro (Podemos) prestaram solidariedade às vítimas. Ambos falaram sobre a necessidade de cobrar o poder público para evitar esse tipo de ocorrência. 

 Algumas personalidades também demonstraram apoio a Petrópolis. O ator Bruno Gagliasso compartilhou o PIX da entidade SOS Serra, que também foi publicado pela ex-BBB e cantora Juliette. As atrizes Tatá Werneck e Maísa deram RT em publicações com a campanha da mesma entidade.

 

No canal do MyNews você acompanha imagens que mostram a destruição causada pelo temporal. 

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Festas de carnaval em Pernambuco são canceladas, mas prévias já arrastaram centenas de pessoas https://canalmynews.com.br/cidades/carnaval-em-pernambuco-e-cancelado-2022/ Thu, 10 Feb 2022 14:40:07 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=23598 Nas últimas semanas, circulam imagens nas redes sociais de prévias carnavalescas com centenas de pessoas sem máscaras e distanciamento social. Na quarta (9), começaram a valer novas regras para eventos no estado.

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As festividades de carnaval em Pernambuco foram canceladas e novas restrições para o público em eventos foram definidas pelo governo estadual. As regras começaram a valer na quarta-feira (9), mas até o domingo (6) prévias carnavalescas com centenas de pessoas eram realizadas no estado. 

De acordo com o governo de Pernambuco, entre o período de 25 de fevereiro e 1º de março deste ano foram proibidos eventos de qualquer tipo, em espaços públicos ou privados, com ou sem comercialização de ingressos.

As novas regras, já em vigor no estado, definem que o público máximo nos eventos realizados até o dia 24 de fevereiro seja de 500 pessoas para espaços abertos e de 300 pessoas para ambientes fechados. Até a terça-feira (8), a regra válida era de três mil participantes para eventos ao ar livre e mil para eventos fechados. 

As novas medidas foram divulgadas em entrevista coletiva cedida pelo Secretário Estadual de Saúde André Longo, na tarde da segunda-feira (7). “Só abrir leitos e adotar medidas restritivas não será suficiente para diminuirmos a aceleração viral e as contaminações. É preciso a compreensão, a sensibilidade e a adesão de toda a sociedade”, afirmou o secretário.

No dia 2 de fevereiro deste ano, Pernambuco bateu o recorde de casos do novo coronavírus desde o início da pandemia da Covid-19, em março de 2020. Ainda no início de janeiro, as prefeituras das cidades do Recife e de Olinda cancelaram as festas para os quatro dias de folia.

O site de monitoramento do novo coronavírus mantido pelo governo estadual aponta Pernambuco como o estado brasileiro com a terceira maior taxa de letalidade por Covid-19 do país, com 2,9% de mortes entre os infectados pela doença.

Secretário de Saúde de Pernambuco, André Longo, em entrevista cedida na segunda-feira (7). Foto: Hélia Scheppa (SEI)

Em paralelo ao aumento dos casos, foram celebradas as tradicionais prévias de carnaval, em conformidade com o antigo Plano de Convivência com a Covid-19. O plano estabelecia que era possível a realização de eventos privados, onde todas as pessoas deveriam estar vacinadas com ao menos duas doses e testadas com resultado negativo.

Carnaval particular  

Uma semana após ter concluído o isolamento depois de contrair a Covid-19 pela segunda vez, o estudante de engenharia da computação, João Victor Albuquerque, de 24 anos, vestiu um abadá vermelho e amarelo e saiu em direção à mais seleta prévia de carnaval do Recife. 

O título fica a cargo do valor do ingresso, que chegou a custar R$ 600 na porta do evento. A festa aconteceu no dia 29 de janeiro, três dias antes de Pernambuco bater o recorde de  confirmações diárias da Covid, com 7.806 infectados. 

Produzido pela Carvalheira, o bloco surgiu em 2007 como uma reunião de amigos do mesmo colégio da Zona Sul do Recife e costumava desfilar pelas ruas do bairro de Boa Viagem, área nobre da capital pernambucana, com cordão de isolamento, open bar premium e ampla equipe de segurança. 

A essência da prévia, de acordo com um dos empresários responsáveis, Jorge Peixoto, é manter o evento como uma comemoração que reúna os amigos. Diferente de outros eventos produzidos pela marca, como o Carvalheira na Ladeira, que acontece durante os quatro dias de carnaval e tem passaporte completo com valor de R$ 2,2 mil, o Fika Trankili tem pouca divulgação nas redes sociais da produtora. 

Prévia carnavalesca Fika Trankili realizada pela Carvalheira a Região Metropolitana do Recife. Foto: Reprodução (Carvalheira)

Em 2022, a prévia aconteceu na Arena Pernambuco, estádio localizado em São Lourenço da Mata, na Região Metropolitana do Recife. Acompanhado de outros três amigos, João Victor contratou um motorista para levá-lo ao local, mas o evento também disponibilizou um transfer no valor de R$ 50 para pegar os foliões nos principais shoppings centers da capital e conduzi-los até o endereço. 

De acordo com o que previa o decreto do Plano de Convivência com a Covid-19, todos os participantes de eventos ao ar livre com até três mil pessoas precisavam apresentar um teste negativo para a doença. Também era necessário comprovar a vacinação contra o novo coronavírus com as duas doses aplicadas para menores de 55 anos e com o adicional da dose de reforço para o público a partir dessa idade.

A regra válida era a de testagem do tipo RT-PCR feita até 72 horas antes ou teste antígeno coletado nas 24 horas anteriores. João Victor fez o exame do tipo antígeno em um dos pontos gratuitos disponibilizados pela prefeitura do Recife, que precisa ser agendado pela internet e foi sido alvo de relatos de congestionamento e falta de horários para marcação. Na primeira semana de fevereiro, a gestão municipal informou que a disponibilização é de 9 mil testes diários para a população. 

Para os participantes da prévia de carnaval, no entanto, foi possível desembolsar R$ 80 e realizar o teste na hora, na porta do evento, em um centro de testagem exclusivo. O valor oferecido pela produtora foi abaixo daquele pago pela população geral nas farmácias da capital pernambucana, já que de acordo com uma pesquisa realizada pelo Procon Recife na terceira semana de janeiro, os preços encontrados no comércio variam de R$ 99 a R$ 200.  

“Eu fiquei com a sensação de que estava meio vazio para as festas desse estilo. Tinha muito espaço sem gente e ficou uma concentração pequena em comparação ao que a gente costuma ver nos eventos do Carva, tipo a festa de Natal. Mas mesmo assim foi bem animado e seguiu o padrão das festas que eles fazem”, contou o estudante. 

Carnaval de rua

No dia seguinte ao Fika Trankili, imagens de uma aglomeração no centro histórico de Olinda circularam nas redes sociais e causaram revolta entre os internautas. Em um dos vídeos gravados, os foliões cantavam o emblemático Hino do Elefante, frevo símbolo do carnaval olindense.

Aglomeração registrada em Olinda em vídeo compartilhado nas redes sociais. Foto: Reprodução (Instagram)

Entre as dezenas de pessoas presentes estava o vendedor de bebidas Leonardo Santos, de 39 anos. Nos dias úteis de janeiro e fevereiro ele trabalha na orla da praia do Bairro Novo, em Olinda, ajudando na barraca do tio. Já durante os finais de semana, Leonardo segue em direção às ladeiras da cidade alta e vende água, cervejas, refrigerantes e energéticos ao público que se encontra geralmente em frente às sedes dos tradicionais blocos e agremiações de carnaval. 

“É nessa época que a gente consegue fazer o dinheiro que vai manter nossa vida nos meses que tem pouca gente na praia.[…] Até começar com a pandemia, era no carnaval que a gente conseguia ganhar [dinheiro] para chegar até o fim do ano”, relatou Leonardo. 

Para conseguir os mesmos R$ 730 (incluindo os valores de ingresso, teste de Covid e transporte) que um único folião pôde ter que desembolsar para participar do Fika Trankili, Leonardo contou que precisaria trabalhar um final de semana inteiro e torcer para ter um bom movimento. “No domingo que o povo ficou criticando, consegui vender bem. Já no final de semana seguinte a polícia estava mais nas ruas, não teve tanto movimento assim”, disse o vendedor.  

Nas ladeiras, a Polícia Militar dispersa as aglomerações em uma operação conjunta com a Guarda Municipal e o Corpo de Bombeiros. Por meio de nota, a gestão municipal informou que a operação é padrão e, nas sextas e nos sábados, tem início às 19h e, no domingo, às 17h, encerrando, nos três dias, à meia-noite. 

Após a repercussão das imagens, o prefeito de Olinda Professor Lupércio (SD) decretou a proibição de música ao vivo e do uso de equipamentos de som mecânico nos finais de semana na cidade

No domingo (6), uma festa privada dentro da Pousada Quatro Cantos, cuja diária custa a partir de R$ 385, chamou a atenção dos pedestres que passavam pelo bairro do Carmo, no Sítio Histórico da cidade. Jogos de luzes, pessoas bebendo na sacada do local e estrutura de som foram gravados em imagens que também circularam nas redes sociais. 

Imagem do Bloco do Seu Antônio, realizado no sábado (5), na Zona Norte do Recife. Foto: Reprodução (WhatsApp)

Já na capital pernambucana, uma outra prévia carnavalesca privada, o Bloco do Seu Antônio, com ingressos que custaram até R$ 480, reuniu centenas de pessoas no sábado (5), entre elas o estudante João Victor. Os foliões ansiavam pelos shows dos artistas Gusttavo Lima, Zé Vaqueiro e Banda Eva.

“Em comparação ao Fika Trankili, o Seu Antônio foi uma loucura, vibe de carnaval mesmo. Ali eu vi que tinha muita gente. E a gente sabe que ninguém fica de máscaras nesse tipo de lugar […] Mas na entrada também pediram o teste e o comprovante da vacina”, afirmou João Victor. Mais uma vez, o estudante contou que fez o exame em um dos cinco locais gratuitos disponibilizados pela prefeitura do Recife. 

Para os eventos que estão autorizados até o dia 24 de fevereiro, incluindo aqueles realizados em teatros, cinemas, circos e jogos de futebol, a regra válida em todo o estado segue a do esquema vacinal completo com duas doses e o teste negativo para a doença.

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Barragem de rejeitos de minério de ferro transborda e invade estrada https://canalmynews.com.br/cidades/barragem-de-rejeitos-de-minerio-de-ferro-transborda-e-invade-estrada/ Sat, 08 Jan 2022 22:24:40 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=22830 Barragem de minério de ferro transbordou neste sábado. A lama invadiu a BR 0-40, estrada que liga BH ao Rio de Janeiro. O transbordamento aconteceu pouco antes das 11h da manhã

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Uma barragem de rejeitos de minério de ferro da empresa mineradora Vallourec transbordou no sábado (8), na cidade de Nova Lima, região metropolitana de Belo Horizonte. A lama invadiu a BR 0-40, estrada que liga BH ao Rio de Janeiro. A rodovia federal foi inundada e o trânsito interrompido. 

De acordo com o Corpo de Bombeiros, o transbordamento foi causado pelo excesso de chuvas e a barragem não rompeu. A empresa mineradora também confirma a informação, diz que “não se trata de rompimento”. O transbordamento aconteceu pouco antes das 11h da manhã. De acordo com a empresa responsável, “equipes estão atuando no local e, em breve, mais informações serão repassadas”. Uma pessoa que transitava pelo local foi atingida, socorrida e passa bem. Os passageiros dos carros que estavam na estrada quando a lama desceu não ficaram feridos. Seis casas foram evacuadas por precaução. A Agência Nacional de Mineração e órgãos ambientais estaduais avaliam as condições da barragem. A Polícia Rodoviária Federal recomendou evitar viagens porque a situação das rodovias é “grave” e tende a piorar. 

“Em decorrência da quantidade de água das chuvas que foram direcionadas para este local (dique), ocorreu o transbordamento dessa estrutura. É uma estrutura que, para padrões de mineração, de barragens, é considerada pequena. ESsa água acabou atingindo a região da BR-040, que permanece fechada”” disse o porta voz do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, tenente Pedro Aihara. 

Fortes chuvas atingem o estado de Minas Gerais desde o fim do ano passado. Em Brumadinho, também na região metropolitana de Belo Horizonte, a prefeitura monitora o nível do Rio Paraopeba. De acordo com a Defesa Civil estadual, o período chuvoso já deixou seis mortos e fez com que pelo menos 16 mil pessoas deixassem suas casas. Mais de 120 municípios estão em estado de emergência.

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Subvariante da Delta está circulando em Belém, alerta secretaria https://canalmynews.com.br/cidades/subvariante-da-delta-esta-circulando-em-belem-alerta-secretaria/ Sat, 23 Oct 2021 17:47:41 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/subvariante-da-delta-esta-circulando-em-belem-alerta-secretaria/ Secretaria Municipal de Saúde de Belém confirma a circulação da subvariante que não é detectada pelo PCR

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A Secretaria Municipal de Saúde de Belém (Sesma) confirmou que uma subvariante da cepa Delta, chamada de AY.33, do novo coronavírus, está circulando na capital do Pará. O alerta foi feito na sexta-feira (22).

De acordo com a pasta, o vírus não é detectado por testes rápidos e pelos protocolos padrões de RT-qPCR. A secretaria ainda afirmou que qualquer pessoa que apresentar sintomas compatíveis com Covid-19 deve manter isolamento social por 14 dias.

Teste para identificação a Covid-19 realizado pela Fiocruz
Secretaria informou que a subvariante não é detectada pelo PCR ou testes rápidos.
(Foto: Itamar Crispim/Fiocruz)

A Sesma também informou que a circulação da subvariante ocorreu após análises feitas em setembro, quando parte do material colido em pacientes sintomáticos do coronavírus foi enviado para o laboratório de Genética Humana e Médica do Instituto de Ciências Biológicas da Universidade Federal do Pará (Ufpa).

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