Eleição que vai definir os presidentes da Câmara e do Senado em 2021 também ajuda a travar andamento de reformas
por Rodrigo Borges Delfim em 18/12/20 09:35
O Congresso Nacional chega ao recesso de final de ano com uma série de pendências na pauta econômica. Além disso, 2021 chega também sob o embalo da eleição que vai definir os presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado, já em fevereiro.
Esse cenário já era esperado por Étore Sanches, economista da Ativa Investimentos, que falou sobre o atraso na agenda econômica e de reformas no Legislativo no Morning Call desta sexta-feira (18).
“Uma coisa está integrada com a outra. Antes das eleições municipais já falávamos da dificuldade da agenda econômica andar. E isso foi o que ocorreu”, ressalta.
O economista aponta ainda que a eleição para a presidência da Câmara e do Senado é outro elemento que ajuda a atravancar a agenda econômica. A LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias), por exemplo, só foi aprovada pelos parlamentares na última quarta-feira (16). E a paralisia dessas pautas atrapalha a criação de um ambiente mais propício para crescimento econômico do país.
“As reformas não são um caminho fácil, mas o país precisa executá-las. O gargalo fiscal é o que estrangula o Brasil. Mudar o Brasil fiscalmente e estruturalmente é fundamental”.
Sanches pondera que 2020 foi um ano totalmente atípico em razão da Covid-19 e das medidas extraordinárias tomadas para lidar com a pandemia.
No entanto, ele se soma a outros economistas e analistas que criticam a polarização criada em torno da vacina e aos seguidos atrasos que emperram o começo de um plano efetivo de imunização da população.
“O imbróglio da vacina é prejudicial no tocante à necessidade de celeridade da saída, pensando sempre primeiro na questão humanitária e na economia em um segundo momento. Agora temos a solução para a economia [a vacina] e as coisas estão custando a avançar. Nós precisamos dessa celeridade, o Brasil precisava estar junto do mundo nessa fronteira de vacinação para que a economia possa progredir”.
Na última quinta-feira, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu pela adoção de medidas restritivas para quem não se vacinar contra a Covid-19. Os ministros decidiram que a vacina é obrigatória, mas não pode ser forçada.
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