General toma posse na Petrobras e promete “previsibilidade” nos preços de combustíveis NOVO PRESIDENTE

General toma posse na Petrobras e promete “previsibilidade” nos preços de combustíveis


O general Joaquim Silva e Luna tomou posse nesta segunda-feira (19) na presidência da Petrobras. O militar assume o comando da petroleira no lugar do economista Roberto Castello Branco, demitido em fevereiro deste ano depois de atritos com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em razão da política de reajuste de preços dos combustíveis.

Em seu discurso de posse, o general defendeu a continuação do programa de venda de ativos da Petrobras e disse que pretende trazer “previsibilidade” ao reajuste de preços dos combustíveis, sem mudar a política de paridade internacional. 

Em tom apaziguador, o militar destacou que vai buscar trabalhar com os desafios da empresa “conciliando interesses de consumidores e acionistas”.  O discurso fez as ações da empresa dispararem mais de 7% no Ibovespa — os papéis ordinários encerraram o pregão com ganhos de 5,03%, a R$23,79.

Para William Nozaki, coordenador-técnico do Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Ineep), é possível encontrar maneiras de aliar a política de paridade de preços internacionais (reajuste de acordo com variação do câmbio e preço internacional do petróleo) com maior previsibilidade de ajustes. Uma das alternativas, segundo ele, seria a criação de fundos que servissem para amortecer as altas dos preços.

“Há, sim, alternativas para lidar com essa política de preços. Os países que são grandes produtores de petróleo e que praticam essa política de paridade lançam mão de instrumentos como fundos de estabilização e outros que amortecem esses reajustes que com frequência são repassados ao consumidor final”, avalia o pesquisador em entrevista ao Dinheiro na Conta.

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