Segundo IBGE, mês de novembro registra aumento de 0,95%, mais alta variação para o período desde 2015. Setor de transportes ainda é o grande responsável pelo acréscimo nos preços
por Vitor Hugo Gonçalves em 10/12/21 17:41
O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medidor oficial da inflação no Brasil, ficou em 0,95% em novembro, 0,30 ponto percentual menor do que o verificado em outubro (1,25%). Apesar da queda, essa é a maior variação para o mês desde 2015, quando a alta contínuo dos preços foi de 1,01% – para efeito de comparação, em novembro do ano passado a variação mensal foi de 0,89%.
No acumulado de 12 meses, a inflação atinge o patamar de 10,74%, valor muito acima dos 3,75% estabelecidos como meta para o ano pelo Banco Central (BC) – a atual porcentagem é a maior para o período desde 2003. Já no acumulado de 2021, o IPCA concentra uma alta de 9,26%.
Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e possuem como referência as famílias com rendimento de um a 40 salários-mínimos, abrangendo dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília.
Sete dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE apresentaram alta nos preços durante o mês de novembro. A maior variação (3,35%) e o maior impacto (0,72 ponto percentual) vieram dos “Transportes”, puxados principalmente pelos preços dos combustíveis, em especial da gasolina (7,38%).
Altas também foram registradas nos preços do etanol (10,53%), do óleo diesel (7,48%) e do gás veicular (4,30%).
Os resultados aferidos em cada um dos setores foram:
Somado o resultado de novembro, a gasolina passou a acumular, em 12 meses, um aumento de 50,78%, o etanol de 69,40% e o diesel, 49,56%.
Dentro do conjunto “Habitação”, a maior contribuição, com 0,06 ponto percentual, veio da energia elétrica (1,24%). Desde setembro, a bandeira tarifária de escassez hídrica está em vigor, fator que acrescenta R$ 14,20 na conta de luz a cada 100 kWh consumidos.
No gás de botijão nova alta, dessa vez na ordem de 2,12% — nos últimos 12 meses o item já subiu 38,88%.
O instituto de pesquisa destacou que no grupo de alimentação e bebidas houve queda no leite longa vida (-4,83%), no arroz (-3,58%) e nas carnes (-1,38%).
No entanto, foram verificadas altas nos preços da cebola (16,34%) e do café moído (6,87%). O açúcar refinado (3,23%), o frango em pedaços (2,24%) e o queijo (1,39%) continuam a subir.
Para tentar conter o aumento contínuo dos preços, o Banco Central já realizou sucessivos aumentos na taxa básica de juros (Selic), e sinalizou que irá manter a tendência.
Na última reunião de 2021, ocorrida na quarta-feira (8), a taxa subiu de 7,75% para 9,25% ao ano, maior patamar desde julho de 2017.
A intenção ao subir os juros é de encarecer o crédito e desestimular a produção e o consumo, fazendo com que, de maneira forçada, os preços caiam. O efeito colateral negativo, contudo, é que essa tática segura o crescimento econômico do país.
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