NFT de “Charlie Bit My Finger”, sucesso da internet, foi leiloado por mais de R$ 4 milhões
por Juliana Causin em 25/05/21 15:32
No último domingo (23), um clássico da internet foi vendido por US$ 760 mil (cerca de R$ 4 milhões) em um leilão de obras digitais NFTs: o vídeo caseiro “Charlie Bit My Finger”. O meme que mostra o bebê britânico Charlie mordendo o dedo de seu irmão, Harry, é sucesso na web há 14 anos, com mais de 883 milhões de visualizações no YouTube.
Após o leilão, a família de Charlie e Harry anunciou que o vídeo vai ser removido do YouTube e o comprador do NFT se tornará “o único dono deste adorável pedaço da história da internet”.
Assim como “Charlie Bit My Finger”, outras peças que são parte da história das redes já foram vendidas como NFTs. Em março, Jack Dorsey, fundador do Twitter, vendeu seu primeiro tuíte por US$ 2,9 milhões. Em fevereiro, um investidor anônimo comprou por US$ 590 mil o gif “Nyan Cat”. Há algumas semanas o NFT da foto “Disaster Girl” foi comprado por US$ 500 mil.
O que são as NFTs?
O NFT é a sigla para token não-fungível ou non-fungible token, em inglês. A tecnologia permite adquirir e validar a propriedade de arquivos digitais, a partir de um código de computador. De forma prática, o NFT é uma espécie de chave, um token, que garante a validade de um arquivo digital e sua autenticidade.
No caso de “Charlie Bit My Finger”, “Nyan Cat” ou “Disaster Girl”, os compradores dos NFTs não recebem o gif ou o vídeo do ‘meme’, mas o arquivo original da imagem e as linhas do NFT. Como são únicos, os códigos servem como um certificado de posse aos donos do token.
Obras de arte do futuro?
Como ativo não-fungível, o mercado de NFT funciona como o mercado de obras de arte: cada peça é única. Mesmo que existam cópias ou replicações de uma pintura, por exemplo, nenhuma delas tem o mesmo valor da obra original.
“Você trocaria a Monalisa [pintura do século XVI de Leonardo da Vinci] pelo o que? Esse é o tipo de ativo não-fungível. Isso sempre existiu, como uma obra de arte. Agora, faz-se isso de uma maneira digital”, explica o educador financeiro Leandro Benincá, da Messem.
“Pensa em como os seus pais ou avós se sentiram quando começaram a usar caixa eletrônico. A gente está se sentindo agora como eles se sentiam no passado”, afirma ele, em entrevista ao Dinheiro Na Conta. “Talvez a gente ainda nem consiga enxergar o quanto esse negócio pode evoluir”, diz. Para Benincá, a tecnologia do NFT pode se consolidar como a tecnologia usada na negociação de obras digitais – sejam vídeos, áudios ou imagens.
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