“O Brasil sem dinheiro”, um documentário do MyNews Na montagem, o prato vazio e o bolso vazio, a metáfora das contas públicas do Brasil | Imagem: MyNews RAIO X DA CRISE

“O Brasil sem dinheiro”, um documentário do MyNews

Economistas ouvidos pelo canal relatam o cenário futuro de desespero financeiro e falta de dinheiro no caixa para despesas mínimas

Shutdow, colapso financeiro, apagão fiscal. São as projeções dos especialistas para a crise econômica que ronda o Brasil e está logo ali, nos próximos dois anos. O Canal MyNews foi buscar alguns dos principais nomes do país para discutir o tema, que rendeu o documentário “Raio X da crise, o Brasil sem dinheiro”, que será exibido na noite desta quinta (24/07), no cine Reag Belas Artes, às 20:30h, em São Paulo. Entrada franca. A duração é de 45 minutos. Uma produção com o apoio da Reag Investimentos.

“Sem dúvida alguma estamos caminhando para a pior crise fiscal que o Brasil já teve”, atesto Rogério Nagamine, pesquisador do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada).

Shutdown, é o risco

Os temas tratados pelos especialistas ouvidos pela jornalista Mara Luquet, CEO do Canal MyNews, são entorno da falta de recursos para pagamentos de despesas mínimas do Estado. É o risco do shutdown, quando não há orçamento para o mínimo do mínimo.

“A partir de 2027, pelas projeções do próprio governo, não haveria mais dinheiro para assumir os gastos previstos na lei, que têm que ser cumpridos e está na previsão das legislações que determinam gasto, receita etc. Não ter dinheiro para o custo mais básico é shutdown, colapso por falta de recurso financeiro”, afirmou Manoel Pires, economista da FGV (Fundação Getúlio Vargas).

Sem crise, com crise

Para Leonardo Rolim, ex-presidente do INSS, a expectativa é numa construção que passe pelo Congresso, a partir de medida provisória do governo que tenta ajustar minimamente essa conta.

“Sempre acreditei que é possível resolver os problemas sem necessariamente criar uma crise. Espero que o Congresso encontre uma solução”, afirmou Rolim.

Estrangulamento, outro nome feio

Diretor do IFI (Instituto Fiscal Independente), o economista Marcus Pestana faz um diagnóstico desanimador, para falar o mínimo, para o que está por vir nas contas públicas.

“Estamos diante de uma situação insustentável, que caminha para o estrangulamento pleno em 2027. Isso dito pelo próprio governo no orçamento de 2027, previsto no de 2026”, diz Pestana.

Arcabouço, acabou-se

Doutor em economia, e assessor parlamentar do PSol na Câmara, David Deccache há uma profunda crise na gestão orçamentária.

“Há uma incompatibilidade matemática entre os pisos da saúde e da educação e o limite de gastos do novo arcabouço. O mínimo constitucional da saúde, de 15%, e da educação, 18%, crescem numa taxa maior que a do orçamento geral”, conta Deccache.

Mais detalhes no vídeo

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