Segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), este é o menor índice da série histórica da PNAD Contínua
por Agência Brasil em 27/12/24 10:54
O desemprego no Brasil registrou uma queda significativa no trimestre encerrado em novembro, atingindo 6,1%, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Este é o menor índice da série histórica da PNAD Contínua, iniciada em 2012. A taxa representa uma redução de 0,5 ponto percentual (p.p.) em relação ao trimestre de junho a agosto (6,6%) e de 1,4 p.p. comparada ao mesmo período de 2023 (7,5%).
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Atualmente, cerca de 6,8 milhões de brasileiros estão em busca de emprego, o menor número desde o trimestre encerrado em dezembro de 2014. No último trimestre, 510 mil pessoas deixaram a desocupação, enquanto a comparação anual aponta uma redução de 1,4 milhão no contingente de desempregados.
O índice atual está 8,8 pontos abaixo do recorde de 14,9%, registrado no trimestre encerrado em setembro de 2020, no auge da pandemia de covid-19. O número de pessoas desempregadas também caiu 55,6% em relação ao pico de 15,3 milhões, registrado no início de 2021.
A população ocupada alcançou 103,9 milhões, estabelecendo um novo recorde no país. Desde o menor patamar da série histórica, registrado em agosto de 2020 (82,6 milhões), houve um crescimento de 25,8%, com a incorporação de 21,3 milhões de pessoas ao mercado de trabalho.
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O setor privado atingiu um marco histórico, com 53,5 milhões de trabalhadores empregados, dos quais 39,1 milhões possuem carteira assinada. No setor público, o contingente de trabalhadores chegou a 12,8 milhões. O nível de ocupação também foi recorde, com 58,8% da população em idade ativa empregada.
Adriana Beringuy, coordenadora de Pesquisas Domiciliares do IBGE, destacou a relevância do crescimento: “O ano de 2024 caminha para novos recordes no mercado de trabalho, impulsionado tanto pelo aumento no emprego formal quanto informal”.
A taxa de informalidade caiu ligeiramente, atingindo 38,7%, o equivalente a 40,3 milhões de trabalhadores. Em relação ao trimestre anterior (38,8%) e ao mesmo período de 2023 (39,2%), houve uma leve redução.
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O crescimento da ocupação foi impulsionado por setores como Indústria (2,4%, ou mais 309 mil trabalhadores), Construção (3,6%, ou mais 269 mil) e Administração Pública, Educação e Saúde (1,2%, ou mais 215 mil). Serviços Domésticos também apresentaram alta de 3%, com a criação de 174 mil vagas. No total, as atividades econômicas adicionaram 967 mil trabalhadores no trimestre.
Na comparação anual, sete dos dez setores pesquisados apresentaram crescimento, com destaque para o Comércio (3,6%, ou mais 692 mil pessoas) e Administração Pública e Saúde (4,4%, ou mais 790 mil). Já o setor agrícola teve retração de 4,4%, com a redução de 358 mil vagas.
O rendimento real médio habitual foi de R$ 3.285, estável no trimestre, mas com crescimento de 3,4% no ano. A massa de rendimento atingiu o recorde de R$ 332,7 bilhões, um aumento de 7,2% em relação ao mesmo período do ano passado.
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A PNAD Contínua, conduzida pelo IBGE, é considerada a principal pesquisa sobre força de trabalho no Brasil, cobrindo 211 mil domicílios em 3.500 municípios. A coleta presencial foi retomada em julho de 2021, após um período de entrevistas realizadas por telefone devido à pandemia.
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