O verão trouxe um problema conhecido dos portugueses. A combinação entre seca, altas temperaturas e incêndios colocou o país em estado de alerta desta segunda-feira (11) até a próxima sexta-feira (15), quando a temperatura pode chegar aos 45 graus.
Segundo a agência pública de notícias de Portugal, a RTP, até o momento, os incêndios deixaram 29 feridos entre civis e bombeiros. A administração Interna de Portugal anunciou que os focos devem continuar se alastrando nos próximos dias.
O ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, disse que a situação de alerta “poderá ser prolongada caso seja necessário” e “não exclui a adoção de outras medidas que possam resultar na permanente monitorização da situação”.
Apesar dos incêndios florestais serem comuns no verão, esta é a primeira vez que o governo decreta o chamado estado de contingência, um estado de alerta que permite que a defesa civil mobilize todos os meios de que o país dispõe para combater os incêndios.
Além disso, o governo português acionou o Mecanismo Europeu de Proteção Civil, uma espécie de pedido de socorro para a União Europeia. Dois aviões espanhóis foram enviados para combater o fogo.
No nordeste do país, a província de Trás-os-Montes sofre com a seca. As barragens já estão com baixo nível de água e o risco de corte no abastecimento é cada vez maior. Região agrícola e de criação de animais, os produtores estão com dificuldade de manter lavouras e criações em condições mínimas. A previsão é que a situação fique ainda pior nos meses de agosto e setembro.
Governo português pediu ajuda para a União Europeia para combater o fogo. Foto: Portal dos Bombeiros Portugueses
O calor também castiga os espanhóis que em julho enfrentaram a maior onda de calor desde 1981, com temperaturas acima de 40 graus. Julho está seguindo o mesmo ritmo. Neste domingo (10), foram registrados 43 graus na região de Sevilha, no Sul do país. O motivo é uma frente de ar quente vinda do norte da África. As altas temperaturas devem se manter até o fim da semana.