Internacional

Diplomacia

Visita de Pelosi a Taiwan e morte do líder da Al Qaeda são destaques no noticiário internacional

Alexandre Uehara, professor de Relações Internacionais, comenta no Almoço do MyNews os prinicipais fatos geopolíticos desta primeira semana de agosto

por da Redação em 03/08/22 15:37

Dois fatos importantes marcaram a geopolítica nesta primeira semana de agosto: a visita de Nancy Pelosi a Taiwan e a morte do líder da Al Qaeda. O professor de Relações Internacionais Alexandre Uehara esteve no Almoço do MyNews e conversou com a jornalista Myriam Clark sobre esses dois episódios.

A morte do líder da AlQaeda, ele diz, mostra que o tema do terrorismo e da segurança norte-americana ainda é importante, apesar de ter ficado em segundo plano no noticiário devido à Pandemia. “O atentado de 11 de setembro de 2001 marcou de fato não só os Estados Unidos, mas as relações internacionais como um todo”, diz o professor. E essa perseguição à Al Qaeda e seus líderes mostra o temor que ainda existe em relação ao terrorismo, segundo ele.

Sobre a visita de Nancy Pelosi a Taiwan, Uehara, diz que tem algumas questões importantes a ser considerada. “Ela é do partido Democrata e tem uma postura contra a China por tudo o que o país representa”, diz ele. A falta de democracia na China é uma constante no discurso político de Pelosi. Outra questão, diz o professor , é que Taiwan tem sofrido ameaças há algum tempo em relação à China de uma anexação. “Na verdade a China já considera que Taiwan é território chinês então para a China não há nenhuma discussão em relação a isso”, diz ele. Do lado norte-americano existe a percepção de que há um governo com autonomia em Taiwan, apesar de não ser reconhecido diplomaticamente. “A Nancy Pelosi então está buscando dar este suporte, registrar que os EUA continua aliado a Taiwan e que vai defender Taiwan, a democracia e a autonomia de Taiwan”, explica.

Uehara explica que a relação da China, Taiwan e EUA é uma relação bastante complexa. Logo depois do final da Segunda Guerra Mundial a China passou por um conflito interno, uma guerra civil entre comunistas e capitalistas. Nesse conflito, Mao Tsé-Tung acabou saindo vitorioso e Chiang Kai-Shek, que era o presidente do governo Nacional da República da China, fugiu da China continental e se exilou em Taiwan, juntamente com o governo.

Durante algum tempo até a década de 70, Taiwan era reconhecido, inclusive com assento na ONU, como o país que representava a China. Porém, os EUA já no período de Guerra Fria achou por bem se aproximar da China para tentar fragmentar o bloco comunista. Ao trazer a China para sua linha de influência, os EUA passaram a reconhecer Pequim como representante internacionalmente da China.  “Os EUA continuaram comprometidos com Taiwan em defesa da sua autonomia, mas reconhecendo Pequim como governo chinês”, explica Uehara.

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