Pelo terceiro dia voluntários fazem mutirão para retirar grande quantidade de piche e plástico das praias do mar de fora da ilha
por Redação em 15/08/21 18:06
Pelo terceiro dia consecutivo, voluntários de várias instituições, liderados pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade de Fernando de Noronha (ICMBio Noronha), fazem mutirão para retirar uma grande quantidade de piche (fragmentos de óleo artificial) e plástico da orla de Fernando de Noronha, em Pernambuco. O material foi retirado das praias do Leão, Caieras, Sueste, Atalaia e Abreu, praias voltadas para o Oceano Atlântico e não para o continente e, por isso a área é chamada de “mar de fora”. Ainda não se sabe a origem dos dejetos.
Na sexta-feira (13), cerca de 50 voluntários trabalharam em dois turnos e recolheram 500 quilos de material, que foi pesado e acondicionado para destinação correta. No sábado e neste domingo (15) a operação se repetiu – com o objetivo de limpar totalmente as praias do Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha.
Segundo postagem no Instagram de Carla Guaitanele, chefe do Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha, enquanto houver resíduos nas praias, haverá mobilização para realizar a limpeza.
Em setembro de 2019, cerca de cem locais em 46 municípios de oito estados da Região Nordeste foram atingidos por manchas de óleo cru – principalmente no litoral do Rio Grande do Norte. Na ocasião, moradores de diversas localidades se voluntariaram, sem qualquer equipamento especial, para retirarem com as próprias mãos o petróleo que atingiu praias, recifes de corais e várias espécies de animais.
A Petrobras chegou a dizer que o óleo não era compatível com o petróleo produzido no Brasil e, apesar de especulações de que o material fosse de um possível vazamento de um navio estrangeiro, entre outras suposições, a investigação não chegou a uma conclusão sobre o caso. Entre setembro e dezembro de 2019 foram recolhidas mais de 5 mil toneladas de óleo cru das praias nordestinas.
Já no mês de abril deste ano, nos estados do Rio Grande do Norte e da Paraíba, em diversos pontos do litoral, uma onda de lixo tomou conta das praias. Também de origem desconhecida – o material recolhido alcançou 46 toneladas. Desta vez, os dejetos se tratavam de lixo urbano – como embalagens plásticas e garrafas. Também não foi identificada a origem do material.
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