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Saques da previdência precisam de planejamento para o dinheiro durar ao longo da vida

Aprenda a desacumular sua previdência privada de forma eficiente. Evite esgotar seus recursos cedo e assegure-se de cuidados na saúde na terceira idade. Novos formatos de renda trazem opções flexíveis de desacumulação. Saiba mais!

por Adriana Aguilar em 29/08/23 13:25

Tão importante como acumular dinheiro para a previdência privada, ao longo da vida, é preciso aprender fazer os saques corretamente, de modo que o dinheiro não acabe rapidamente a pessoa ainda tenha recursos para o momento de maior fragilidade com o avançar da idade.

Chamado de fase de desacumulação, a série de saques da previdência privada tem de ser planejada para a pessoa manter recursos até o último momento e ainda pagar menos imposto de renda.

O superintendente de Produtos da Brasilprev, Sandro Bonfim, explica que o recomendado é o uso por etapas do dinheiro acumulado na previdência privada, seja por meio de renda parcial ou renda vitalícia.

Acumular na Previdência

Tem gente que chega a acumular R$ 1 milhão, faz o saque de uma única vez e vai comprar imóvel, ajudar parentes, viajar e, em cinco anos, aos 70 anos, já não tem mais nada. “Essa pessoa vai viver por muito mais tempo. É a fase que vai mais precisar de cuidados na saúde”, explica Bonfim.

Na renda vitalícia, o dinheiro do plano de previdência é entregue para a seguradora e a pessoa passa a receber uma renda mensal até a morte. Segundo Bonfim, muitos não se sentem confortáveis em não ter mais a posse do dinheiro para entregá-lo à seguradora.

Então, qual é a melhor forma de desacumular? Especialistas do setor de previdência privada têm estudado novos formatos de renda.

Até o final deste ano, assim que aprovado pela Susep, vão entrar em vigor novos formatos, com novas formas de desacumular os recursos da previdência privada. Houve uma consulta pública sobre o assunto no final de 2022.

O objetivo é que a pessoa tenha a opção de converter em renda vitalícia apenas parte do dinheiro na previdência e deixar o restante no plano. Hoje, não tem essa possibilidade, explica Sandro Bonfim.

São os chamados ciclos de renda em que a pessoa converte parte do dinheiro acumulado em renda por um determinado prazo, por exemplo, 5 anos. Depois, ela pode fazer um novo ciclo de renda por mais 5 anos. Hoje, com 60 anos, a pessoa começa uma segunda carreira e não precisa de renda alta. Aos 70 anos, vai ter um outro objetivo com a renda atrelada a ele. Aos 80 anos, planeja-se outro ciclo para a desacumulação.

São soluções de desacumulação que estão sendo discutidas para o trazer benefícios em cada fase da vida da pessoa, diz o superintendente de Produtos da Brasilprev.

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