Aborde as diferenças entre os planos de previdência privada VGBL e PGBL, destacando tributação, declaração de renda, objetivos financeiros e flexibilidade de resgate.
por Harion Camargo em 23/10/23 11:48
A previdência privada é uma ferramenta financeira importante que muitas pessoas utilizam para planejar seu futuro financeiro, aposentadoria e objetivos de longo prazo. Dentro do universo da previdência complementar privada, dois tipos populares de planos são o VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre) e o PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre). Embora ambos tenham como objetivo acumular recursos para o futuro, eles têm características distintas que os tornam adequados para diferentes situações e perfis de investidores. Neste artigo, explicaremos as principais diferenças entre VGBL e PGBL para ajudar você a escolher o plano que melhor atende às suas necessidades.
Uma das diferenças mais significativas entre VGBL e PGBL é a forma como são tributados. Essa diferença ocorre no momento do resgate do investimento:
VGBL: No VGBL, a tributação incide apenas sobre os rendimentos obtidos. Isso significa que você pagará imposto apenas sobre os lucros quando resgatar o dinheiro investido. A alíquota de imposto segue a tabela regressiva, sendo menor para investimentos de longo prazo.
PGBL: No PGBL, a tributação ocorre sobre o montante total resgatado, ou seja, sobre o valor investido mais os rendimentos. Isso pode ser vantajoso para pessoas que fazem a declaração completa do Imposto de Renda, pois podem deduzir as contribuições ao PGBL do cálculo do imposto.
No Brasil, a previdência privada é tributada de acordo com dois regimes principais: o regime progressivo e o regime regressivo. Ambos os regimes se aplicam tanto ao VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre) quanto ao PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre).
Regime Progressivo:
No regime progressivo, a tributação da previdência privada é semelhante à tributação do Imposto de Renda de Pessoa Física (IRPF). Os valores resgatados são tributados de acordo com uma tabela de alíquotas progressivas que aumentam à medida que o valor do resgate aumenta.
O regime progressivo é mais vantajoso para aqueles que planejam resgatar valores menores, já que as alíquotas são mais baixas para quantias menores.
Regime Regressivo:
No regime regressivo, a tributação da previdência privada é baseada no tempo de acumulação do investimento. Quanto mais tempo o dinheiro fica aplicado, menor a alíquota de imposto a ser paga. As alíquotas do regime regressivo são as seguintes:
O regime regressivo é mais vantajoso para quem pretende manter o dinheiro investido por um período mais longo, uma vez que as alíquotas de imposto vão diminuindo com o tempo.
É importante mencionar que a escolha entre o regime progressivo e o regime regressivo é feita no momento da contratação do plano de previdência privada.
PGBL: O PGBL é recomendado para pessoas que fazem a declaração completa do Imposto de Renda e desejam aproveitar o benefício fiscal que permite deduzir as contribuições ao PGBL do imposto devido. No entanto, é importante ressaltar que, ao resgatar o valor investido, os impostos serão cobrados sobre o montante total.
VGBL: O VGBL é indicado para pessoas que buscam acumular recursos para objetivos de longo prazo, como a aposentadoria, e desejam otimizar a tributação sobre os rendimentos.
PGBL: O PGBL é adequado para aqueles que têm renda tributável elevada e desejam reduzir o valor do Imposto de Renda a pagar, desde que façam a declaração completa. Ele é útil para quem busca um benefício fiscal no presente, mas está disposto a pagar impostos sobre o valor total resgatado no futuro.
Ambos os planos podem oferecer flexibilidade de resgate, mas essa flexibilidade depende das regras específicas de cada contrato e instituição financeira. Alguns planos VGBL e PGBL permitem resgates parciais, enquanto outros podem ter restrições. Antes de contratar um plano, leia o regulamento do fundo.
Em resumo, a escolha entre VGBL e PGBL depende da sua situação financeira, perfil de investidor e objetivos de longo prazo. Antes de decidir, é fundamental considerar suas necessidades e consultar um profissional de finanças ou planejamento previdenciário para tomar a decisão mais adequada às suas circunstâncias pessoais. Ambos os planos de previdência privada têm suas vantagens, e a escolha certa pode ajudar a garantir a segurança financeira no futuro.
Harion Camargo, CFP®
Profissional com sólida formação acadêmica, vasta experiência no setor financeiro, e amplo leque de certificações, incluindo CFP, CFA Investment Foundations, entre outras. Atuou em diversas funções no Banco Bradesco e no Itaú Unibanco, adquirindo experiência em trading FX e investment advisory. Também teve passagens pela Valora Investimentos, Quasar Asset Management e Integral Investimentos. Atualmente, trabalha no mercado de capitais pelo Banco Mercantil e compartilha conhecimento em finanças através de palestras em universidades. Mestrando em Administração com foco em finanças no Mackenzie.
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