Ex-presidente falou com os jornalistas após operação e instalação da tornozeleira; as medidas cautelares não o impede de conceder entrevistas
Entre as medidas cautelares impostas pelo Supremo Tribunal Federal a Jair Bolsonaro não está a proibição de conceder entrevistas. Após a instalação da tornozeleira eletrônica, o ex-presidente conversou com os jornalistas, negou que planejava fugir do Brasil e falou que o processo que viveu hoje é de “suprema humilhação”, numa referência à Corte.
Bolsonaro afirmou que responde a novo inquérito, no que está inserido seu filho, Eduardo Bolsonaro. Para o pai, o filho não está nos Estados Unidos conspirando contra as instituições brasileiras.
“Se fosse fazer isso estaria no Irã, e não no Congresso dos Estados Unidos”, disse.
Bolsonaro disse que, diante dessas medidas, não irá mais a almoços agendados com alguns embaixadores. Ele está proibido também de se encontrar com essas autoridades estrangeiras.
“Tenho mais contato com embaixadores do que o ministro das Relações Exteriores (Mauro Vieira)”.
O ex-presidente disse que, desde que deixou o governo, está mais na imprensa do que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
“Desde que saí do governo só dá eu na mídia. Lula só sai quando fala besteira”.
Em defesa de seu filho Eduardo, o pai afirmou que não foi ele quem “taxou ninguém”, sobre a ameaça de Trump em aumentar para 50% a tarifa de produtos brasileiros.