Moderação nas tarifas comerciais trouxe alívio ao mercado cambial, mas bolsa de valores não seguiu tendência positiva e registra sua primeira queda
por Agência Brasil, com informações da Reuters em 23/01/25 14:54
Nota de US$ 100,00 dólares | Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
A moderação nas tarifas comerciais prometida pelo novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, trouxe alívio ao mercado cambial. O dólar recuou para abaixo de R$ 6, alcançando o nível mais baixo desde o final de novembro. Por outro lado, a bolsa de valores não seguiu a mesma tendência positiva e registrou sua primeira queda após três altas consecutivas.
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O dólar comercial encerrou n quarta-feira (22) vendido a R$ 5,946, com recuo de R$ 0,085 (-1,4%). A cotação caiu durante toda a sessão e passou a operar abaixo de R$ 6 a partir das 10h50. Na mínima do dia, por volta das 14h, chegou a R$ 5,91.
A moeda norte-americana está na menor cotação desde 27 de novembro. Em 2025, a divisa tem queda de 3,79%.
O mercado de ações teve um dia mais volátil. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 122.972 pontos, com queda de 0,3%. O indicador alternou altas e baixas durante toda a sessão, mas consolidou a tendência de baixa perto do fim da tarde, puxado por mineradoras.
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Sem notícias relevantes na economia brasileira, o dólar foi influenciado pelo mercado internacional. A ausência de anúncios de elevação de tarifas comerciais para a América Latina pelo presidente Donald Trump beneficiou os países emergentes. O novo presidente norte-americano anunciou uma sobretaxa de 10% para os produtos da China e de 25% para os do México e do Canadá a partir de 1º de fevereiro.
Além da falta de menções à América Latina, os percentuais abaixo do esperado diminuíram as pressões sobre a inflação norte-americana. Isso diminui a necessidade de o Federal Reserve (Fed, Banco Central dos Estados Unidos) congelar ou elevar os juros neste ano. Durante a campanha eleitoral, Trump prometeu tarifas mais altas sobre os produtos chineses.
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Taxas de juros menos altas em economias avançadas beneficiam países emergentes, como o Brasil. Isso porque os juros elevados da economia brasileira atraem capitais financeiros, reduzindo a pressão sobre o dólar e a bolsa.
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