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General Braga Netto é preso no Rio de Janeiro por tentativa de golpe de Estado

Segundo a Polícia Federal (PF), ex-ministro da Defesa estaria atrapalhando as investigações, 'na livre produção de prova durante a instrução do processo penal'

por Agência Brasil em 14/12/24 11:43

Então ministro da Defesa, Walter Braga Netto, participa da cerimônia de Lançamento de Novas Entregas do Programa Renda e Oportunidade | Foto: José Cruz/Agência Brasil - 25.03.2022

A Polícia Federal (PF) prendeu, na manhã deste sábado (14), o ex-ministro da Defesa e general Walter Braga Netto, um dos alvos do inquérito que apura a tentativa de golpe de Estado no país após as eleições de 2022. Ele estaria atrapalhando as investigações, “na livre produção de prova durante a instrução do processo penal”. Braga Netto foi preso no Rio de Janeiro.

A PF realiza buscas na casa do general, em Copacabana. Os agentes cumpriram ainda mandado de busca e apreensão na residência do coronel Peregrino, assessor de Braga Netto.

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Os mandados de prisão preventiva, busca e apreensão foram expedidos pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF). Braga Netto será entregue ao Comando Militar do Leste e ficará sob custódia do Exército.

O general foi candidato a vice-presidente em 2022 na chapa com Jair Bolsonaro. Antes, ocupou os cargos de ministros da Casa Civil e da Defesa na gestão de Bolsonaro. Em 2018, comandou a intervenção federal na segurança do estado do Rio de Janeiro.

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Em relatório enviado ao STF, no mês passado, a Polícia Federal apontou que Braga Netto teve participação concreta nos atos relacionados à tentativa de golpe de Estado e da abolição do Estado Democrático de Direito, inclusive na tentativa de obstrução da investigação. Na ocasião, a PF indiciou o militar e mais 36 acusados, entre eles o ex-presidente Jair Bolsonaro.

A Polícia Federal (PF) apurou ainda que uma das reuniões realizadas para tratar do plano golpista para impedir a posse e matar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice, Geraldo Alckmin, e o ministro Alexandre de Moraes foi realizada na casa do general Braga Netto, no dia 12 de novembro de 2022.

Nas investigações do inquérito do golpe, divulgadas em novembro, a polícia afirmou ter na mesa do coronel Peregrino, na sede do Partido Liberal (PL), um esboço de ações planejadas para a denominada “Operação 142”. O nome dado ao documento faz alusão ao artigo 142 da Constituição Federal que trata das Forças Armadas e que, segundo a PF, era uma possibilidade aventada pelos investigados como meio de implementar uma ruptura institucional após a derrota eleitoral do então presidente Bolsonaro. O documento encerra o texto com frase “Lula não sobe a ramba”.

A Agência Brasil tenta contato com a defesa de Braga Netto.

Entenda como Braga Netto pode estar envolvido em investigação da PF sobre golpe e kids pretos:

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