Nesta sexta (7), partidos da base governista apresentaram pedido de suspensão contra cinco deputados do PL
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), afirmou, nesta sexta-feira (8), que Congresso Nacional deveria cassar os mandatos de senadores e deputados evolvidos na obstrução dos trabalhados legislativos ao invés de abrir o processo de impeachment do ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal (STF).
Durante agenda oficial no Acre, o petista se referiu diretamente ao senador Sérgio Petecão (PSD-AC) em comentário crítico à oposição.
“Petecão, por favor, não assine o pedido de impeachment do Alexandre de Moraes. ELe está garantido a democracia. Quem deveria ter impeachment é esse grupo de deputados e senadores que ficam tentando fazer greve para não permitir que funcione a Câmara e o Senado, verdadeiros traidores da pátria”, disse Lula.
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), que também se manifestou sobre o tema, afirmou que está avaliando as imagens do plenário para decidir se haverá punições para parlamentares que ocuparam a Mesa Diretora. Segundo ele, não é possível “concordar” com a obstrução.
“Não tenho a menor dúvida que a oposição extrapolou tudo aquilo que poderia ser o limite do razoável”, afirmou Motta. “Não podemos concordar com o que aconteceu, precisamos ser pedagógicos nessa situação.”
Partidos da base governista, PT, PSOL e PSB, apresentaram, nesta sexta-feira (7), pedido de suspensão sumária, por seis meses, dos mandatos de cinco deputados do PL que participaram da obstrução dos trabalhos legislativos da Câmara dos Deputados entre terça-feira (5) e quarta-feira (6).
As ações, assinadas pelos líderes Lindbergh Farias (PT), Pedro Campos (PSB) e Talíria Petrone (PSOL), foram apresentadas à Mesa da Casa contra Júlia Zanatta (PL-SC), Marcel van Hattem (PL-RS), Marcos Pollon (PL-MS), Paulo Bilynskyj (PL-SP) e Zé Trovão (PL-SC). Todos são citados por quebra de decoro parlamentar.
“A ação foi premeditada, coordenada e executada com o intuito de obstaculizar o regular exercício do Poder Legislativo, valendo-se do uso de força física, correntes, faixas, gritos e objetos simbólicos como adesivos na boca, compondo uma encenação de “censura” que distorce e subverte o debate democrático”, diz trecho da petição protocolada contra Paulo Bilynskyj.
Segundo os autores das petições, o episódio configura “uma tentativa de subversão da ordem institucional, com grave violação da separação de Poderes e dos princípios democráticos que sustentam o sistema representativo”.