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Opinião

PERGUNTE AO KOTSCHO

‘PT falhou na formação de novas lideranças’, diz Ricardo Kotscho

Para o jornalista, não é à toa que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva está em seu terceiro mandato e, ao que tudo indica, deve concorrer a um quarto mandato em 2026

por Sofia Pilagallo em 15/07/24 18:57

Ricardo Kotscho responde a perguntas de internautas no Pergunte ao Kotscho desta segunda-feira (15) | Foto: Reprodução/MyNews

O Partido dos Trabalhadores (PT) falhou na formação de novas lideranças, afirmou o jornalista Ricardo Kotscho ao Pergunte ao Kotscho, exibido pelo Canal MyNews nesta segunda-feira (15). Para ele, não é à toa que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva está em seu terceiro mandato e, ao que tudo indica, deve concorrer a um quarto mandato em 2026. Embora nunca tenha se filiado ao PT, Kotscho acompanhou de perto o surgimento do partido, em 1980, e disse acreditar que o a sigla “se afastou de suas origens”.

“Isso [o fato de Lula ser a única grande liderança do PT] não é bom. Mostra que o partido se afastou do PT das origens, que eu vi nascer nas comunidades de base do sindicato e dos movimentos populares”, lamentou Kotscho, acrescentando que o PT foi o único partido que surgiu “de baixo para cima”. “Normalmente, os partidos são formados pelas elites e para as elites. O PT foi o contrário, mas se afastou disso.”

Leia mais: ‘PL antiaborto é parte de projeto político de poder com origem nos EUA’, diz historiador

Kotscho afirmou ainda que o Partido Liberal (PL), por exemplo, que é o partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, foi mais eficiente em formar novos líderes. Hoje, acrescenta, são os jovens que estão “engrossando as fileiras do bolsonarismo”, inclusive no meio universitário, fenômeno que era “impensável” algumas décadas atrás. Prova do que diz Kotscho é a influência de Nikolas Ferreira, de 28 anos, o deputado federal mais votado da história de Minas Gerais, com 1.492.047 votos.

Um estudo realizado pela agência internacional de pesquisa Glocalities, que abrangeu mais de 300.000 pesquisas em 20 países, incluindo o Brasil, apontou que o conservadorismo de fato cresceu entre a população mais jovem. Segundo o relatório, “sentimentos de desesperança, desilusão social e a revolta contra os valores cosmopolitas” são pistas que poderiam explicam o fenômeno. Os algoritmos das redes sociais têm ampliado a tendência ao atrair “jovens moderadamente conservadores para modelos e visões de mundo masculinos conservadores mais extremos e radicais”.

Assista abaixo ao Pergunte ao Kotscho desta segunda-feira (15):

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