Emebedista afirmou que empresário não o procurou para oferecer apoio na reta final da disputa e que também não fará nenhum aceno nesse sentido
por Sofia Pilagallo em 09/10/24 12:39
Da esq. p/ dir: Pablo Marçal (PRTB), Ricardo Nunes (MDB), Tarcísio de Freitas (Republicanos) e Jair Bolsonaro (PL) | Fotos: Wikipédia/Wikipédia/Wikipédia/Wikipédia
O empresário e influenciador digital Pablo Marçal (PRTB), derrotado no primeiro turno das eleições municipais em São Paulo, afirmou, nesta quarta-feira (9), que não apoiará a candidatura do prefeito Ricardo Nunes (MDB), candidato à reeleição, no segundo turno do pleito. A declaração de Marçal vem depois de Nunes ter dito que Marçal não o procurou para oferecer apoio na reta final da disputa e que também não fará nenhum aceno nesse sentido.
“Diante das afirmações de Ricardo Nunes, comunico que não apoiarei sua candidatura neste segundo turno. A arrogância demonstrada não só por ele, mas também por Tarcísio de Freitas [governador de São Paulo], Jair Bolsonaro [ex-presidente], Eduardo Bolsonaro [filho de Jair], Silas Malafaia [pastor evangélico que apoia a candidatura de Nunes] e Valdemar Costa Neto [presidente do PL] inviabiliza qualquer tipo de apoio”, disse Marçal em nota enviada à imprensa.
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“Libero os 1.719.024 cidadãos paulistanos que confiaram na minha candidatura para votarem de acordo com suas convicções, princípios e ideologias. E que fique bem claro: se essa atitude arrogante resultar na entrega da prefeitura da cidade mais importante do hemisfério sul à extrema esquerda, a culpa não será minha. A arrogância precede a queda”, acrescentou.
Marçal afirmou que estaria “aberto ao diálogo” caso as pessoas citadas “reconheçam os erros cometidos” contra ele. Disse, ainda, que entrou na eleição para evitar a vitória do deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), possibilidade que, para ele, “se tornou uma certeza” diante da racha na direita em São Paulo.
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Segundo a última pesquisa Datafolha, divulgada na véspera da eleição, a maioria dos eleitores que se declaram bolsonaristas preferem Marçal (51%) a Nunes (34%), uma diferença de 17 pontos percentuais. Na sondagem anterior, divulgada em 27 de setembro, essa diferença era ainda maior, de 25 pontos percentuais. Marçal era o candidato de 55% dos bolsonaristas, ante 30% de Nunes.
Desde o resultado do primeiro turno das eleições municipais, Bolsonaro vem sendo atacado nas redes sociais por bolsonaristas que apoiavam Marçal na disputa em São Paulo. Eles o acusam de ter “traído” a direita, o chamam de “comunista” e ameaçam votar em Boulos por vingança. Diante desse cenário, a peça fundamental da campanha de Nunes seguirá sendo Tarcísio, conhecido por ser um bom gestor e aliado de primeira hora do prefeito.
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