O publicitário Washington Olivetto, ícone da publicidade brasileira, morreu neste domingo (13), no Rio de Janeiro, aos 73 anos. Segundo a assessoria de Olivetto, ele morreu por volta das 17h15 de pneumonia e choque séptico, que provocou a falência múltipla dos órgãos. Ao longo da carreira, ele produziu uma série de propagandas que marcaram o imaginário popular, como os famosos comerciais da Bombril.

Olivetto nasceu em 29 de setembro de setembro de 1951, em São Paulo. Influenciado pelo pai, um vendedor, se interessou pela publicidade logo no começo da juventude e iniciou o curso na Fundação Armando Álvares Penteado (Faap). Embora não tenha concluído a graduação, começou a trabalhar na área ainda muito jovem, aos 18 anos, quando foi contratado como redator em uma agência.

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Com poucos meses de trabalho, produziu um comercial para a Deca, conhecido como “O Pingo”. No filme, uma torneira fica pingando água por 21 segundos, até que um locutor anuncia que a empresa está lançando uma torneira com um mecanismo de vedação, e conclui: “Por isso, se a sua torneira Deca estiver vazando, é porque você simplesmente esqueceu de fechar”. Anos depois, em 1973, o comercial ganhou o Leão de Bronze no Festival de Publicidade de Cannes, o primeiro de sua carreira.

Ao longo da vida, tornou-se um dos publicitários mais premiados de todos os tempos. Conquistou mais de 50 Leões em Cannes e, em 2014, venceu o Clio Lifetime Achievement Award, um dos prêmios de maior prestígio da publicidade mundial. Também foi nomeado um dos 25 publicitários-chave do mundo pela revista britânica Media International e eleito duas vezes o publicitário do século pela Associação Latino-Americana de Publicidade.

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Olivetto venceu também prêmios nacionais, tendo sido o criativo mais premiado dos últimos 30 anos no festival Profissionais do Ano, organizado pela Rede Globo. Além disso, consagrou-se como o publicitário que produziu os únicos dois comerciais brasileiros presentes na lista dos 100 maiores do mundo de todos os tempos.

O primeiro, de 1987, é o filme “Primeiro Sutiã”, desenvolvido para a marca de roupa íntima Valisère. O segundo, de 1989, é o filme “Hitler”, em que o narrador conta feitos positivos do ditador nazista Adolph Hitler para a economia alemã, sem revelar de quem se tratava. Ao mostrar, então, Hitler, ele diz “é possível contar um monte de mentiras dizendo só a verdade”.

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Em 1978, aos 27 anos, criou um dos maiores símbolos da propaganda de TV nacional: o “garoto Bombril”, interpretado por Carlos Alberto Bonetti Moreno. Desde o fim da década de 1970, produziu inúmeras propagandas para a marca de esponja de aço. A campanha se estendeu por anos, com diversas versões e o mesmo ator.

Olivetto deixa a mulher, Patrícia Olivetto, e três filhos: Homero, Theo e Antônia. Informações sobre velório e sepultamento ainda não foram reveladas pelos familiares.