Logo no início do evento, Boulos lembrou que mais de 300 mil famílias não poderiam assistir ao embate porque estão sem energia elétrica em suas casas
por Sofia Pilagallo em 15/10/24 00:17
Guilherme Boulos (à esquerda) e Ricardo Nunes (à direita) participam do Debate na Band no 2º turno das Eleições 2024 | Foto: Reprodução/Band
O primeiro bloco do debate da TV Bandeirantes entre os candidatos à Prefeitura de São Paulo, na noite desta segunda-feira (14), foi marcado pela discussão sobre o apagão em São Paulo após o temporal que atingiu a cidade na noite de sexta-feira (11). Logo no início do evento, Guilherme Boulos lembrou que mais de 300 mil famílias não poderiam assistir ao embate porque estão sem energia elétrica em suas casas. Ele afirmou que ele próprio, morador do Campo Limpo, na zona sul, estava sem luz até o fim da tarde de domingo (13).
“Esse apagão tem dois grandes responsáveis: a Enel, que presta um serviço horroroso e o [prefeito] Ricardo Nunes”, disse Boulos, acrescentando que o prefeito não fez sequer “o básico”, como o manejo arbóreo da cidade. “Nós tivemos um apagão há menos de um ano [em novembro de 2023]. Estava ali, estava avisado, e nada foi feito de lá para cá. A cidade hoje está refém dessas duas incompetências: da Enel e do prefeito.”
Boulos acrescentou que, se eleito, não vai trabalhar só “na véspera da eleição”, mas ao longo de todo o mandato, garantindo recursos adequados para a poda de árvores e usando as tecnologias disponíveis para otimizar essa questão, como o monitoramento da saúde das árvores via satélite. Prometeu também melhorar o canal de atendimento telefônico da prefeitura, de modo que os pedidos de poda de árvore levem no máximo um mês para serem atendidos.
Em resposta aos ataques de Boulos, Nunes associou a tempestade de sexta-feira às mudanças climáticas que o mundo enfrenta e afirmou que a Prefeitura tem uma secretaria especial voltada para essa questão, “uma inovação dentre tantos outros governos do mundo”. Ele lamentou o apagão na cidade, evento que chamou de “muito triste”, e responsabilizou o governo federal pelo ocorrido.
“É inaceitável que o governo federal, que é quem detém a concessão, regulação e fiscalização [sobre a Enel] não tenha feito nada, e isso desde novembro do ano passado”, disse Nunes, acrescentando que, enquanto prefeito, entrou com três ações judiciais contra a Enel e se encontrou com autoridades, como o ministro Bruno Dantas, presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), para pedir a rescisão do contato. “Infelizmente não houve nenhuma ação, e a Enel continua atrapalhando nossa cidade.”
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