Após dois dias de julgamento, o 4ª Tribunal do Júri do Rio de Janeiro considerou os ex-policiais culpados pelos crimes homicídio, tentativa de homicídio e receptação
por Agência Brasil, com apuração da Redação MyNews em 31/10/24 19:42
Élcio Queiroz (à esquerda) e Ronnie Lessa (à direita) são condenados pelo assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes | Foto: Brunno Dantas/TJRJ
Assassinos confessos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, os ex-policiais militares Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz foram condenados nesta quinta-feira (31), pelo 4º Tribunal do Júri do Rio de Janeiro. A juíza Lucia Glioche condenou Ronnie Lessa a 78 anos e 9 meses de reclusão, mais 30 dias-multa, enquanto Élcio de Queiroz foi condenado a 59 anos de prisão e 8 meses de reclusão, mais 10 dias-multa. Ambos também foram sentenciados a pagar pensão ao filho de Anderson até que ele complete 24 anos e indenizar as famílias das vítimas em R$706 mil reais.
O júri entendeu que eles são culpados de três crimes: duplo homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, emboscada e recurso que dificultou a defesa da vítima), tentativa de homicídio contra Fernanda Chaves (assessora de Marielle), que também estava no carro, e receptação do veículo usado no crime. Marielle e Anderson foram assassinados em 14 de março de 2018.
Ronnie e Élcio estão presos desde 12 de março de 2019. Eles fecharam acordo de delação premiada. Os acusados de serem mandantes dos crimes são os irmãos Chiquinho e Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ) e deputado federal, respectivamente. O delegado Rivaldo Barbosa, chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro na época do crime, é acusado de ter prejudicado as investigações. Os três estão presos desde 24 de março deste ano.
Por causa do foro, há um processo paralelo no Supremo Tribunal Federal (STF) que julga os irmãos Brazão e o delegado Rivaldo Barbosa. Também são réus no processo o ex-policial militar Robson Calixto, ex-assessor de Domingos Brazão, que teria ajudado a se livrar da arma do crime, e o major Ronald Paulo Alves Pereira, que teria monitorado a rotina de Marielle.
A motivação do assassinato de Marielle Franco, segundo os investigadores, envolve questões fundiárias e grupos de milícia. Havia divergência entre Marielle e o grupo político do então vereador Chiquinho Brazão sobre o Projeto de Lei (PL) 174/2016, que buscava formalizar um condomínio na Zona Oeste da capital fluminense.
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