Novo armamento seria resposta a ataque ucraniano com mísseis estadunidenses; no domingo (17), Biden autorizou o uso de armas de longo alcance contra a Rússia
por Camilla Lucena* em 22/11/24 19:22
Presidente da Rússia, Vladimir Putin (à esquerda), e Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky (à direita) | Foto: Reprodução
O presidente da Rússia, Vladmir Putin, confirmou na quinta-feira (21) que sua forças atingiram a cidade ucraniana de Dnipro com um novo míssil balístico hipersônico de médio alcance. Durante pronunciamento televisionado à nação, o presidente russo declarou que armamento foi apelidado de “Orenchnik” e que tinha como alvo um complexo militar-industrial ucraniano. Nesta sexta-feira (21), o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou que o míssil foi projetado como uma mensagem para o Ocidente.
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“A principal mensagem é que as decisões e ações imprudentes dos país ocidentais que produzem mísseis, fornecendo-os à Ucrânia e, posteriormente, participando de ataques ao território russo, não podem ficar sem uma reação”, disse Peskov durante coletiva com jornalistas em Moscou. “O lado russo demonstrou claramente suas capacidades, e os contornos de outras ações de retaliação, caso nossas preocupações não sejam levadas em conta, foram claramente delineados.”
A declaração do porta-voz foi uma referência ao primeiro ataque ucraniano com mísseis de longo alcance fabricados nos Estados Unidos e com mísseis de cruzeiro britânicos, realizado na terça-feira (19). Dias antes dos lançamentos, no domingo (17), o presidente norte-americano Joe Biden autorizou o uso dos projéteis. Há meses o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, pedia o levantamento da restrição.
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Frente aos ataques, Stáphane Dujarric, porta-voz do secretário-geral da ONU, afirmou que o conflito se encaminha para uma “nova escalada preocupante”. Em encontro com a imprensa na quinta-feira (21), Dujarric pediu para que os países envolvidos adotassem “medidas urgentes rumo à desescalada” e reforçou o apelo do secretário-geral, Antônio Guterres, por um fim da guerra dentro dos termos do direito internacional.
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