Presidente afirmou que o governo não gasta mais do que arrecada e que tem feito investimentos bem empregados, sobretudo em educação e saúde
por Sofia Pilagallo em 26/06/24 10:04
Lula concede entrevista ao UOL no Palácio do Planalto, na manhã desta quarta-feira (26) | Foto: Reprodução/UOL
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, na manhã desta quarta-feira (26), que o governo não vai mexer no salário mínimo. Isso inclui a garantia do Benefício de Prestação Continuada (BPC) — auxílio que fornece às pessoas com deficiência e idosos um salário mínimo por mês — e da aposentadoria. Em entrevista ao UOL, ele disse que continuará aumentando o salário mínimo de acordo com o crescimento do PIB. Segundo Lula, ainda este ano, o governo deve articular uma nova política tributária, o que colocará o Brasil em outro patamar de desenvolvimento.
“Quando se aumenta o salário mínimo, é preciso sempre colocar [na conta] a reposição inflacionária para manter o poder aquisitivo. O crescimento do PIB é exatamente para isso, para o governo distribuir entre os mais de 200 milhões de brasileiros. E eu não posso penalizar a pessoa que ganha menos”, disse.
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Questionado se o Brasil gasta mais do que arrecada, Lula afirmou que o país está aquém nesse quesito do que a média das nações da Organização para Cooperação e Desenvolvimento (OCDE), a exemplo dos Estados Unidos, da China e do Japão. Ele disse que o governo tem empregado muitos recursos na área da educação e da saúde, o que ele não considera um gasto, e sim um investimento. Para o presidente, o dinheiro do Estado precisa ser bem empregado em políticas de inclusão social para que haja um crescimento efetivo.
“No Brasil, habitualmente, não se faz política social. Quando muito, se faz um vale gás. E nós queremos fazer política de inclusão social que permitam às pessoas crescerem. O que nós precisamos é fazer um gasto bem feito, bem utilizado, e acho que isso vem acontecendo”, declarou.
“Estamos fazendo agora uma análise dos gastos, vendo onde tem gasto exagerado, que não deveria ter, pessoas que não deveriam receber que estão recebendo. Isso com muita tranquilidade, sem levar em conta o nervosismo do mercado”, acrescentou.
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