Tarcísio e Ciro negam golpe e são poupados por Moraes e Gonet Senador e ex-ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (à esquerda), e governador do Estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas (à direita), posam ao lado do ex-presidente Jair Bolsonaro | Foto: Reprodução/Instagram SAÍRAM ILESOS

Tarcísio e Ciro negam golpe e são poupados por Moraes e Gonet

Governador de São Paulo e senador e ex-ministro de Bolsonaro foram ouvidos nesta sexta-feira (30) como testemunhas de defesa no processo da trama golpista

O Governador do Estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), testemunha de defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro no processo da tentativa de golpe, negou qualquer intenção, ou plano, de impedir a transição do governo e manter Bolsonaro no poder.

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Durante depoimento na manhã desta sexta-feira (30), Tarcísio confirmou que se encontrou com o ex-presidente algumas vezes após o segundo turno das eleições de 2022 para prestar solidariedade, mas disse que o ex-presidente nunca “mencionou qualquer tipo de ruptura”.

“Toda vez que eu ia a Brasília, eu visitava o Bolsonaro pela consideração que eu tinha”, afirmou Tarcísio. “Nesse período em que eu estive com o presidente nessa reta final, nas visitas que eu fiz, ele jamais tocou nesse assunto e não mencionou qualquer tipo de ruptura. Encontrei um presidente triste, resignado.[…] Esse assunto [de golpe] nunca veio à pauta.”

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O depoimento, que era visto como um “teste de fidelidade” ao ex-presidente, foi curto e sem questionamentos por parte do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, nem do Procurador-Geral da República (PGR), Paulo Gonet. Apenas a defesa de Bolsonaro fez perguntas a Tarcísio.

O senador Ciro Nogueira (PP-PI), que também depôs nesta sexta a favor de Bolsonaro e do ex-ministro da Justiça Anderson Torres, afirmou que o ex-presidente não tentou atrapalhar a transição do poder para o governo do atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e que o procedimento ocorreu “dentro da normalidade”.

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Ciro, que foi ministro da Casa Civil durante o governo Bolsonaro, foi nomeado para comandar a interlocução com a equipe de Lula em meio a greve dos caminhoneiros no final de 2022. Segundo ele, o ex-presidente estava “deprimido” e fragilizado por questões de saúde, por isso se recolheu no Palácio da Alvora e não participou da transição.

“Eu não precisa despachar com ele porque ele já tinha me dado o comando. A nossa equipe transmitiu todas as informações para a equipe de Lula, chefiada pelo [vice-presidente] Geraldo Alckmin”, disse o senador.

Nesta tarde, a partir das 14h, a Primeira Turma do STF dará continuidade à oitiva das testemunhas de defesa de Torres, Bolsonaro, do ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira e do general Walter Braga Netto. Todos são réus por tentativa de golpe de Estado.

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