Recém-chegado na política, ao contrário dos adversários, candidato à Prefeitura de São Paulo pelo PRTB aposta em diferentes estratégias para se manter na liderança
por Camilla Lucena* em 25/09/24 16:57
Cila Schulman, Marcelo Tognozzi e Alexandre Paolinelli participam do Segunda Chamada | Foto: Reprodução/MyNews
O candidato à Prefeitura de São Paulo Pablo Marçal (PRTB) é um experimento político a que assistimos ao vivo. Foi o que afirmou a jornalista Cila Schulman, CEO do Instituto de Pesquisa Ideia, durante participação no Segunda Chamada. Recém-chegado na política, ao contrário dos adversários, ele aposta em diferentes estratégias para se manter na liderança.
No debate da última sexta-feira (20), promovido pelo SBT, Marçal adotou tom moderado, quase apaziguador, e chegou a pedir perdão ao eleitorado paulistano pelos sucessivos ataques direcionados a adversários. Três dias depois, na segunda-feira (23), voltou a provocar os oponentes em debate realizado pelo Flow News.
Para Cila, em geral, adotar uma mudança de estratégia com a campanha já está em andamento não costuma trazer bons resultados. “O importante é você estudar sua estratégia e executá-la ao longo da campanha”, disse. “Ficar ‘indo e vindo’ [mudando de abordagem] deixa o eleitor muito confuso, ele não consegue saber em quem acreditar.”
O consultor de marketing político Marcelo Tognozzi, que também participou do programa, endossou a fala de Cila. Para ele, uma mudança de estratégia em meio à campanha raramente traz êxito. Apesar disso, reconhece que Marçal se viu obrigado a reagir diante do mau desempenho nas últimas pesquisas.
A última rodada de pesquisa do Instituto Datafolha, divulgada em 19 de setembro, reforçou a tese de que o empate triplo entre Marçal, Ricardo Nunes (MDB), Guilherme Boulos (PSOL) se desfez. Enquanto Nunes e Boulos avançaram e agora aparecem com 27% e 26% das intenções de voto, respectivamente, Marçal se isolou em terceiro, com 19% das intenções de voto. No levantamento anterior, divulgado em 5 de agosto, o prefeito tinha 22% das intenções de voto, atrás do deputado do PSOL, com 23%, e ao lado do influenciador, com 22%.
“Ele [Pablo Marçal] tomou uma cadeirada não só do [José Luiz] Datena (PSDB), mas também do eleitor porque exagerou na mão e começou a cair nas pesquisas”, declarou o consultor de marketing político Marcelo Tognozzi. “E ele está perdendo o voto entre os homens, que são os eleitores preferenciais dele. Acho que o Pablo Marçal deu uma desequilibrada.”
*Sob supervisão de Sofia Pilagallo
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