Análise: Resultado insatisfatório da COP29 põe pressão sobre o Brasil, país-sede da COP30

O resultado insatisfatório da 29ª edição da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), em 2024, coloca pressão sobre o Brasil, país-sede da edição da conferência da ONU deste ano, a ser realizada entre os dias 10 e 21 de novembro deste ano. Foi o que afirmou a jornalista Edilene Lopes, colunista da Rádio Itatiaia, durante participação em uma das edições especiais do Segunda Chamada exibidas no final do ano.

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Segundo Lopes, que participou presencialmente da cobertura do evento, em Baku, a expectativa da COP29 era arrecadar trilhões de dólares para financiar as atividades de contenção das mudanças climáticas. No entanto, a conferência terminou com uma nova meta de financiamento climático de apenas US$ 300 bilhões (cerca de R$ 1,8 bilhões) anuais até 2035.

“O Brasil tem uma posição confortável até então [graças a sua posição de liderança na transição energética]”, avaliou. “A partir da COP30, a situação pode ficar muito complicada se o Brasil não conseguir fazer uma COP que traga algum resultado efetivo.”

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Para a jornalista, a pressão sobre o Brasil para aprovar uma meta que será cumprida internacionalmente é maior do que a responsabilidade logística de sediar a COP30. A conferência será realizada em Belém, que vem passando por obras e restaurações para atender as necessidades dos futuros visitantes.

Na opinião de Denise Rothenburg, jornalista do Correio Brasiliense e da Rede Vida, que também participou do programa, a COP30 será uma grande vitrine do Brasil para o mundo. A partir do evento, acredita, as falhas do país se tornarão mais evidentes.

“Finalmente as pessoas verão de perto a floresta [Amazônica] e a degradação urbana do Brasil”, disse. “Estive em Belém há um mês e fiquei impressionada. Ainda não dá para dizer que vai estar tudo preparado para realizar a COP.”

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*Sob supervisão de Sofia Pilagallo