Político do PSOL afirma que é necessário “ser mais preciso” nas qualificações ideológicas dos partidos brasileiros
por Redação em 23/06/21 21:55
Em uma coalizão pelo impeachment de Jair Bolsonaro (sem partido), cabem todos. Mas para “reconstruir o Brasil”, é preciso ter uma agenda econômica diferente, avalia Guilherme Boulos (PSOL) em entrevista ao MyNews. O segundo colocado nas eleições para a Prefeitura de São Paulo em 2020 avalia que Bolsonaro mudou a configuração da política brasileira ao vencer as eleições.
“[Com a vitória de Bolsonaro] quem era de direita, a direita tradicional brasileira, passa a ser chamada de centro, quem era centro, passa a ser chamado de esquerda e quem era esquerda passa a ser chamado de comunista, extremista, bolivariano, foi essa operação ideológica que Bolsonaro fez na régua brasileira”, diz Boulos no Quarta Chamada.
O político do PSOL destaca que DEM e PSDB, além de outros partidos que se dizem de centro, votam com o governo federal e a agenda econômica do ministro da Economia, Paulo Guedes, no Congresso Nacional.
“[Os partidos de centro] votaram com o Bolsonaro e com o Guedes, seja na reforma da previdência, seja na redução do auxílio emergencial quando estava em R$ 600, seja agora na privatização da Eletrobras, então esse é um ponto de demarcação. A esquerda vai ter que apresentar um projeto em 2022 que, além de buscar a unidade mais ampla para derrotar o Bolsonaro, também tem que apresentar uma proposta para reconstruir o Brasil e eu não vejo que a proposta para reconstruir o Brasil seja manter a mesma política econômica do Bolsonaro, que agravou a política do [Michel] Temer, que fez o Brasil voltar ao Mapa da Fome, que nos levou ao recorde de desemprego na série histórica do IBGE”, diz Boulos.
Comentários ( 0 )
ComentarEntre no grupo e fique por dentro das noticias!
Grupo do WhatsApp
Utilizamos cookies para oferecer melhor experiência, melhorar o desempenho, analisar como você interage em nosso site e personalizar conteúdo.
ACEITAR