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crise no mercosul

Brasil assume Presidência do Mercosul em meio à divisão do bloco

Brasil e Uruguai defendem mudanças nas regras enquanto Argentina e Paraguai são contra

por Hermínio Bernardo em 08/07/21 19:43

O Brasil assumiu nesta quinta-feira (8) a presidência do Mercosul numa reunião de cúpula realizada virtualmente. A Presidência estava com a Argentina e agora o Brasil preside o bloco por seis meses.

O encontro foi marcado críticas e divisões no bloco. Nesta quarta-feira (7), o Uruguai anunciou que vai iniciar negociações com países de fora do bloco. O governo uruguaio já tinha feito a proposta de mudar as regras para que os membros do bloco possam negociar sozinhos com países de fora do Mercosul.

O Uruguai tem o apoio do Brasil. A Argentina discorda e tem o apoio do Paraguai.

Ministro da Economia Paulo Guedes afirma que governo deve apresentar novidades relacionadas aos programas sociais nos próximos dias.
Ministro da Economia Paulo Guedes afirma que governo deve apresentar novidades relacionadas aos programas sociais nos próximos dias. Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom (Agência Brasil).

No discurso, o presidente Jair Bolsonaro criticou o presidente argentino, Alberto Fernández. Bolsonaro disse que os últimos seis meses não corresponderam às necessidades e se manifestou a favor da posição uruguaia.

“O semestre que encerramos deixou de corresponder às expectativas e necessidade de modernização do Mercosul. Deveríamos ter apresentado resultados concretos nos dois temas que mais mobilizam nossos esforços recentes: a revisão da tarifa externa comum e a flexibilidade para negociação comerciais com parceiros externos”, declarou Bolsonaro.

O presidente argentino criticou a iniciativa do Uruguai e a posição brasileira. Fernández defendeu as atuais regras do bloco.

“Cremos que o caminho é o cumprir o tratado de Assunção. Negociar juntos com terceiros países ou blocos e respeitar a figura do consenso, com base na tomada de decisões em nosso processo de integração”, disse Fernández.

A professora de Relações Internacionais da Unifesp Regiane Bressan explica que o bloco está estagnado e que a crise pode levar a um retrocesso das relações econômicas do Mercosul.

“Geralmente, as instituições latino-americanas não anunciam o seu fracasso, mas elas vão entrando em um estado de inércia. Elas se mantem vivas, mas pouco ativas. O Mercosul vivenciou um pouco desse estado nos últimos anos, sobretudo em uma agenda política e social que nós assistimos no início do século quando governo progressistas tomaram posse e avançaram em uma agenda diversificada. O que a gente vê agora é uma estagnação em várias esferas: uma divergência política e ideológica entre os membros, conflitos comerciais e dificuldade da manutenção da agenda conquistada no inícios do século”, explicou.

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