Ministério da Saúde diz que vacinação deve começar entre 20 de janeiro e 10 de fevereiro
por Hermínio Bernardo em 29/12/20 20:53
O Brasil registrou nesta terça-feira (29) o maior número de mortes diárias por Covid-19 em mais de três meses. Dados divulgados pelo Ministério da Saúde mostram que foram registradas 1.111 mortes. Este é o maior número desde o dia 15 de setembro, quando o registro foi de 1.113 vítimas fatais.
De acordo com o Ministério da Saúde, o número total de mortes chegou a 192.681, ficando atrás apenas dos Estados Unidos em quantidade de óbitos. Considerando o total de casos do novo coronavírus, o Brasil ocupa a terceira posição no mundo, atrás de Estados Unidos e Índia.
Em relação ao número de diagnósticos, o governo federal registrou mais de 58 mil novos casos só nesta terça-feira. O número total passa de 7,56 milhões.
No início da noite, o Ministério da Saúde declarou que a vacinação no país deve começar entre 20 de janeiro e 10 de fevereiro. O secretário-executivo da pasta, Élcio Franco, voltou a afirmar que, para essa previsão, é preciso que os fabricantes obtenham o registro das vacinas junto à Anvisa.
“O Ministério da Saúde tem feito a sua parte, fizemos o plano, estamos com a operacionalização pronta, nos preparando para esse grande dia, mas precisamos que os laboratórios solicitem o registro”, disse.
As declarações aconteceram após um posicionamento da Pfizer. A farmacêutica informou por meio de nota que a Anvisa pediu uma série de análises específicas para liberação emergencial da vacina no Brasil e que seguirá com o pedido de submissão contínua – isso quer dizer que vai apresentar os documentos durante os estudos.
O Ministério da Saúde rebateu e declarou que os documentos exigidos pela Anvisa são os mesmos pedidos pela FDA (Food and Drug Administration), agência reguladora dos Estados Unidos, onde a imunização já começou.
As campanhas de vacinação já começaram em 45 países, incluindo Estados Unidos, China, Rússia e União Europeia. Nesta terça-feira, a Argentina começou a imunizar a população com doses da Sputnik V. Na América Latina, México, Chile e Costa Rica também já começaram as campanhas.
O consórcio de veículos de imprensa também mostrou o maior número de casos desde o dia 15 de setembro. De acordo com o levantamento, feito junto às secretarias de saúde estaduais, o Brasil registrou 1.075 mortes nas últimas 24 horas, elevando o total para 192.716 desde o início da pandemia.
O maior registro desta terça-feira pode estar relacionado a dados represados durante o feriado de Natal, mas os números das últimas semanas comprovam o avanço do coronavirus no país após uma queda entre outubro e novembro.
Ainda restando dois dias, dezembro já registra o maior número de mortes desde setembro. Os dados do consórcio de imprensa mostram que são quase 19 mil mortes neste mês contra 13 mil em novembro e 16 mil em outubro. No mês de julho, o número foi de quase 33 mil, maior número desde o início da pandemia.
São Paulo continua sendo o Estado com mais casos (1,44 milhão) e mortes (46 mil). O Centro de Contingenciamento do Coronavirus de São Paulo divulgou uma carta na qual alerta para o crescimento da pandemia no Estado.
“A transmissão da doença retornou com força. O total de novos casos de coronavírus registrado no mês já é seis vezes maior do que em comparação à soma dos três primeiros meses da pandemia. O número de mortes é 60% superior ao total de vítimas fatais entre março e maio”, diz trecho da carta.
O documento também orienta o uso de máscara, álcool em gel e distanciamento social e reforça que festas, encontros sociais e aglomerações devem ser evitados neste momento.
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