‘Taxar, taxar, taxar não pode e não será nunca a saída’, diz documento da federação União Progressista
A federação União Progressista, formada por União Brasil e Progressistas, lançou nesta quarta-feira, 11, um manifesto com críticas às medidas arrecadatórias capitaneadas pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Os dois partidos estão no governo Lula, com três ministérios: Turismo, Esporte, Comunicações e Integração.
Em ato no salão verde da Câmara, o presidente do União, Antônio Rueda, disse que “a escalada de desequilibro fiscal criada pelo atual governo entrou numa rota sem saída”. “A cada novo rombo no orçamento, o governo sobrecarrega a sociedade e os que produzem com mais impostos”, continuou, ao ler o manifesto.
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“Taxar, taxar, taxar não pode e não será nunca a saída. É preciso cortar despesas. Ao invés de ostentar luxos sustentados pelo combalido bolso dos brasileiros, o governo deveria ser o primeiro exemplo de austeridade”, afirmou o dirigente do União Brasil, que continuou: “Imposto demais é veneno, não remédio.”
O documento afirma que os presidentes da União Progressista e seus líderes irão reunir as bancadas do Senado e da Câmara para decidir fechar questão contra qualquer proposta de aumento de impostos que não venha acompanhada de uma “vigorosa e crível lista de cortes a desperdícios na coluna de despesas”.
O manifesto destaca que são duas colunas do orçamento: receita e despesa. “Só aceitaremos examinar qualquer discussão fiscal se a coluna das despesas estiver no centro do debate”, conclui o texto assinado por Rueda e pelo senador Ciro Nogueira (PP/PI), presidente do Progressistas.
A usar a palavra, Nogueira defendeu que não se trata de um anúncio contra o governo: “Nós nunca – que se deixe bem claro, isso já foi comunicado ao próprio governo – nos furtaremos de sentar com o governo, como já nos sentados aqui com o ministro Haddad, que eu tenho consideração por ele, acho uma pessoa muito bem intencionada, mas divirjo radicalmente do nosso movimento econômico atual.”
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