Denunciado pela PGR, ex-ministro será vice-líder do governo Deputado Juscelino Filho (União-MA) durante celebração dos 40 anos da redemocratização, em homenagem a Sarney, em São Luís, na última quinta | Foto: Evandro Éboli/MyNews NA CÂMARA

Denunciado pela PGR, ex-ministro será vice-líder do governo

Juscelino Filho , que deixou o governo após ação da PGR, vai trabalhar para manter União Brasil na base do governo, depois da recusa de Pedro Lucas virar ministro

Há pouco menos de três semanas, o deputado Juscelino Filho (União-MA) deixava o comando do Ministério das Comunicações após ter sido denunciado pela Procuradoria-Geral da República no inquérito de suspeita de corrupção relacionada a desvio de emendas parlamentares.

Vice-líder do Governo em Brasília

De volta ao mandato, Juscelino vai se tornar um dos vice-líderes do governo na Câmara, em meio a um estremecimento da relação do Palácio do Planalto com seu partido, após o deputado Pedro Lucas, líder do União, recusar sucedê-lo à frente da pasta. Seu nome chegou a ser anunciado pela ministra Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais).

Leia Mais: PGR denuncia Juscelino Filho por desvio de emendas

Foi o próprio Juscelino quem confirmou ao Canal MyNews que será um dos vice-líderes, como uma demonstração do apoio do partido a Lula, disse ele. A conversa com o parlamentar ocorreu na última quinta-feira, durante celebração dos 40 anos da redemocratização e dos 95 anos de José Sarney, no Convento das Mercês, em São Luís (MA).

“O União vai seguir como base do governo e vamos trabalhar para entregar todos os votos do partido aos projetos de seu interesse e do país”, contou Juscelino.

Perguntado qual a razão então para Pedro Lucas não ter aceitado sucedê-lo na pasta, Juscelino foi vago:

“Melhor perguntar a ele”.

Razões da denúncia 

O deputado contou que conversou com Lula, a quem disse ser muito grato e de quem se tornou amigo. Ao presidente, ele garantiu que não poupará esforços na aprovação das matérias. Juscelino é investigado de participação em uma organização criminosa, lavagem de dinheiro, corrupção passiva, falsidade ideológica e fraude em licitação.

Em nota, na época de sua saída do ministério, Juscelino disse que é inocente e declarou que o oferecimento da denúncia não implica em culpa e que ele não “pode servir de instrumento para o MP [Ministério Público] pautar o país”.

O nome de Juscelino ainda não consta na relação dos 20 vice-líderes do governo na página da Câmara dos Deputados na internet. Ele será o terceiro deputado do União a integrar essa lista, onde já estão Damião Feliciano (União-PB) e José Nelto (União-GO).

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