O Partido Social-Democrata (SPD), representado por Olaf Scholz, foi o grande vencedor da acirrada disputa eleitoral alemã. Com cerca de 25,7% dos votos, a sigla derrotou a União Cristã Democrata (CDU), legenda de Angela Merkel, por 1,6 ponto percentual de vantagem – a CDU teve margem de 24,1% no pleito.
Os verdes, de Annalena Baerbock, ficaram em terceiro lugar (14,8%), seguidos pelo Partido Democrático-Liberal (FDP, com 11,5%), AfD (10,3%) e A Esquerda (4,9%). Devido à evidente fragmentação, tendo em vista que nenhum dos partidos conquistou a maioria no Parlamento, os próximos dias serão de intensas negociações para formalizar uma coalização de governo e escolher próximo chanceler. Até a finalização dos acordos, Merkel continuará atuando como primeiro-ministro do país.
Apelidado de “Scholzomat”, um trocadilho com seu nome e a palavra ‘automat’ (‘automático’ em tradução livre), sugerindo que o político seria mais parecido a uma máquina do que a um ser humano, o parlamentar de 63 anos é membro do SPD desde 1975, sendo eleito pela primeira vez para o Bundestag, o Parlamento alemão, em 1998. Conhecido publicamente pelo pragmatismo, Scholz já foi ministro do Trabalho e prefeito de Hamburgo.
Desde 2018 atua como ministro das Finanças. Seguindo suas tendências centristas, afirmou aos correligionários que os alemães votaram no SPD porque desejam realizar uma renovação no governo.