Durante o programa Café do MyNews desta quinta-feira, o deputado Alessandro Molon falou sobre o uso dos R$ 3 bilhões do orçamento paralelo
por Sara Goldschmidt em 14/05/21 12:19
O deputado federal Alessandro Molon, do PSB do Rio de Janeiro, tem atuado de forma incisiva para esclarecer possíveis casos de corrupção do governo de Jair Bolsonaro. Ou como ele próprio faz questão de ressaltar, do “desgoverno Bolsonaro”. Molon é um dos autores do pedido de investigação por improbidade administrativa na Procuradoria Geral da República do Distrito Federal, contra o ministro Rogério Marinho, por conta do orçamento paralelo, o Tratoraço, ou Tratolão. Ele também pede no Tribunal de Contas da União a suspensão dos pagamentos.
Conforme explicou o deputado à jornalista Juliana Braga, durante entrevista ao programa ‘Café do MyNews‘ desta quinta-feira, o pedido de investigação não foi feito no próprio Congresso porque “a denúncia envolve muitos parlamentares, envolve indicação. De recursos públicos, para a compra de equipamentos, com suspeita de superfaturamentos, desvio de dinheiro, atendendo a pedido de parlamentares. Isso tudo feito sem nenhuma transparência.” Dessa forma, houve a decisão de pedir ao Ministério Público Federal e ao Tribunal de Contas da União, que são órgãos externos ao poder legislativo.
No caso do TCU, foi pedida a apuração e a suspensão dos pagamentos aos envolvidos “porque é nosso dinheiro, e não é pouco dinheiro: são R$ 3 bilhões. Esse dinheiro teria dado pra comprar 58 milhões de doses da Pfizer, quase os 70 milhões de doses que o governo federal recusou.” – ressaltou o deputado. E acrescentou: “Será que Bolsonaro recusou a compra das vacinas pra usar esse dinheiro pra tentar montar, com esse expediente, com esse esquema, uma base no Congresso? Foi pra isso que ele recusou a compra das vacinas?”
A questão ambiental também está na lista de prioridades do deputado Alessandro Molon. Recentemente, ele apresentou um pedido de abertura de CPI para investigar os crimes ambientais cometidos na gestão do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles. Segundo ele, já são mais de 100 assinaturas.
“As denúncias contra Ricardo Salles são muitas, e são muito graves. E são denúncias de crimes e atos lícitos que serão de difícil reversão. Ricardo Salles é o pior ministro do Meio Ambiente da história do Brasil, na verdade é um antiministro do Meio Ambiente.” – desabafou Molon.
Na lista de crimes da pasta apresentados por ele estão o favorecimento de madeireiros ilegais, a proteção de garimpeiros ilegais e a perseguição ao delegado da Polícia Federal do Amazonas. “Já ouve pedidos do Ministério Público, do Tribunal de Contas da União, de medidas contra ele [Ricardo Salles], mas até agora nada aconteceu. De forma que neste caso, a nossa aposta é numa CPI.” – concluiu.
Ao ser questionado por uma telespectadora do programa sobre sua relação com o deputado federal Marcelo Freixo (PSOL-RJ), e se há algum diálogo com o PSOL para uma chapa de Centro-Esquerda para o governo carioca, Alessandro Molon disse que tem conversado muito com Freixo, “tanto para articular as nossas ações aqui na Câmara dos Deputados, quando ao desgoverno Bolsonaro. Eu sou líder da Oposição, ele é líder da minoria, temos trabalhado em diálogo, em conjunto, em parceria, de forma articulada, todos os dias.”
E confirmou sobre a possibilidade de uma candidatura progressista: “Deputado Marcelo Freixo me disse que cogita lançar-se como pré-candidato, eu reagi muito positivamente a esta notícia da possível candidatura dele. Então é, sim, uma forte possibilidade que ele seja candidato, e que caminhemos juntos.”
Mas ressaltou que tudo “é ainda muito embrionário, muito inicial”.
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