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Fux será relator de mandado de segurança contra presidente da CPMI

Caberá ao ministro decidir sobre ato de Arthur Maia que proibiu fotógrafo Lula Marques de trabalhar na comissão

por Afonso Marangoni em 05/09/23 18:12

Ministro do Supremo Tribunal Federal Luiz Fux | Foto: Carlos Moura/SCO/STF

O ministro do Supremo Tribunal Federal Luiz Fux foi sorteado relator de um mandado de segurança impetrado pelo fotógrafo Lula Marques contra o presidente da CPMI do 8 de janeiro, deputado Arthur Maia (União-BA).

A ação foi protocolada pelo advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, conhecido como Kakay, depois que o profissional da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) foi impedido de cobrir os trabalhos da comissão.

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Ao impetrar o mandado de segurança na semana passada, a defesa de Lula Marques destacou que a medida é “contra ato arbitrário, ilegal e inconstitucional” de Maia, “que cassou o direito de trabalhar do impetrante e o impediu de ter acesso às sessões da CPMI”.

“Mas a medida tem escopo muito mais amplo do que restabelecer os direitos de Lula Marques. É uma defesa da liberdade profissional mas, especialmente, da liberdade de imprensa e de expressão. A tese defendida interessa não só a todos os profissionais de imprensa mas, e sobretudo, à sociedade brasileira e ao fortalecimento do estado democrático de direito. Como pensar em debate público sem liberdade de imprensa e de expressão”, destacou Kakay.

O advogado pontuou ser sintomático que a medida de censura tenha se dado em uma CPI criada exatamente para investigar atos antidemocráticos. “Essa incoerência institucional merece o pronto repúdio da sociedade e da Corte Suprema”, finalizou.

Foto de celular de senador

Em 24 de agosto, Lula Marques fotografou a tela do celular do senador Jorge Seif (PL-SC) no dia em que Jair Renan Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro e assessor do parlamentar, foi alvo de uma operação da Polícia Civil do Distrito Federal.

Na ocasião, o fotógrafo registrou um diálogo entre Seif e a jornalista Amanda Klein, da RedeTV! e da Jovem Pan. Ela pergunta sobre a operação e o senador afirma que “refere-se a investigação e não condenação” e que as apurações são de data anterior a nomeação de Renan no seu gabinete.

Censura

A decisão do descredenciamento do fotógrafo foi repudiada pela Associação Brasileira de Imprensa (ABI). A entidade destacou que a medida “constitui não apenas censura ao trabalho do jornalista, o que por si só já fere a Constituição Cidadã”.

“Nem precisaríamos lembrar que fotos como a dele, registrando texto, mensagens e documentos, captados por câmeras fotográficas à revelia de quem os lia e/o manuseava, já ocorreram às dezenas ao longo da história contemporânea, sem que nenhum de seus autores sofresse punição como a que vem sendo imposta pelo presidente da CPMI”, lembrou a ABI.

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