O governo federal negou acesso a dados referentes às visitas dos pastores Gilmar Santos (à direita de Bolsonaro na foto) e Arilton Moura (à esquerda) ao Palácio do Planalto. Com base na Lei de Acesso à Informação (LAI), o jornal O Globo afirmou, em reportagem publicada nesta quarta-feira (13), que solicitou a relação das idas dos pastores, supostamente envolvidos em um esquema de corrupção no Ministério da Educação (MEC), à sede do Executivo Federal.
O pedido foi negado pelo Gabinete de Segurança Institucional (GSI) cuja razão foi que a publicação das informações pode colocar em risco a vida de Bolsonaro.
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Os pastores Arilton Moura e Gilmar Santos foram apontados como pivôs do escândalo do MEC, revelado na segunda semana de abril.. De acordo com a agenda presidencial, os dois pastores foram ao menos três vezes ao Planalto. O GSI, entretanto, afirmou que os dados solicitados pelo jornal colocam dados pessoais em risco e que as informações sobre entradas e saídas no Palácio do Planalto cumprem “finalidade específica de segurança”.
No Palácio do Planalto, os visitantes devem se identificar na entrada e indicar qual gabinete ou escritório pretendem visitar. Por isso, há um registro das movimentações dentro do edifício. Normalmente é necessário que os responsáveis pela área visitada autorizem a entrada.
Gilmar Santos e Arilton Moura são investigados pela Polícia Federal por suspeita de cobrança de propina em troca da liberação de verbas do Ministério da Educação sob a gestão do ex-ministro Milton Ribeiro. Em áudios divulgados pela Folha de S. Paulo, Ribeiro afirma que prefeituras indicadas pelos pastores tinham prioridade na liberação de verbas do MEC.