Arthur e Abraham anunciaram no domingo live que seria cheia de ‘revelações’ sobre ameaças feitas pelo presidente. Para o ex-ministro do MEC, Bolsonaro foi ‘sequestrado’ pelo centrão .
por Julia Melo em 25/04/22 10:36
Presidente Jair Bolsonaro ao lado do ex-ministro da Educação Abraham Weintraub. Foto: Antonio Cruz (Agência Brasil)
O ex-ministro da Educação Abraham Weintraub e seu irmão, Arthur Weintraub, afirmaram no domingo (24) que o presidente Jair Bolsonaro (PL) ameaçou tirar seus empregos caso o ex-ministro não recuasse da ideia de concorrer ao governo de São Paulo. A acusação foi feita numa live.
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Abraham é diretor-executivo do conselho do Banco Mundial, posição que assumiu logo após deixar o Ministério da Educação em junho de 2020. Já o seu irmão, ex-assessor da Presidência da República, é secretário de Segurança Multidimensional da Organização dos Estados Americanos (OEA).
Arthur Weintraub contou na transmissão que Bolsonaro ligou para ele entre novembro e dezembro de 2021 e fez a ameaça. Na ligação, o presidente teria dito: “vocês podem ficar aí por vários anos. Mas não voltem. Sumam, saiam da internet”.
Os irmãos participaram da live acompanhados do ex-Itamaraty Ernesto Araújo, do ex-assessor do MEC Victor Metta e do blogueiro conhecido por um site anti-vacina Paulo Eneas.
A live, transmitida no canal Reação Conservadora, foi anunciada pelos irmãos nas redes sociais no começo do domingo. Eles falaram que revelariam no vídeo quais ameaças teriam sofrido do presidente.
Chega de mentiras. Hoje às 21h vamos contar tudo. pic.twitter.com/inokLovXr2
— Arthur Weintraub (@ArthurWeint) April 24, 2022
Ernesto Araújo e Abraham Weintraub eram os principais representantes da ala ‘ideológica’, também chamada de ‘olavista’, do governo Bolsonaro. No início da gestão, a disputa principal era entre os olavistas e os militares, mas ambos os lados perderam espaço para membros de partidos do centrão. Araújo e Weintraub saíram do governo em meio a crises que provocaram.
Na conversa, Abraham Weintraub também disse que o centrão é o responsável pela mudança de Bolsonaro ao longo do mandato: “Bolsonaro foi sequestrado e acho que está sendo chantageado por esse pessoal [o centrão] com ameaças de prisão, como eu fui”.
Mas Abraham não deixou de culpar o presidente pela situação do governo e afirmou que quem anda com bandido ou vira bandido ou é estraçalhado. Segundo ele, quando deixou o MEC, chegou a aconselhar Bolsonaro para ele não roubar.
Os irmãos Weintraub também mencionaram a briga com o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que xingou a dupla quando eles se pronunciaram contra o indulto dado ao deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ). Isso foi, segundo eles, o estopim para fazer as revelações.
Apesar de tudo que foi pontuado, Abraham Weintraub disse que vai votar em Bolsonaro nas eleições deste ano, mas somente por falta de alternativa.
Abraham é pré-candidato ao governo de São Paulo e seu irmão, Arthur, ao Senado pelo estado. Ambos são do partido Brasil 35.
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