Presidente do União Brasil, Luciano Bivar sinalizou no fim de abril que não estava contente com o ritmo e incertezas das negociações com MDB, PSDB e Cidadania.
por Redação em 05/05/22 12:45
Luciano Bivar é deputado federal (União-PE) e presidente do União Brasil. Foto: Michel Jesus (Câmara dos Deputados)
O presidente do União Brasil (UB), Luciano Bivar, anunciou na noite da quarta (4) que o partido não faz mais parte das conversas com MDB, PSDB e Cidadania em torno de uma candidatura única para a terceira via. Bivar confirmou a sua pré-candidatura à presidência da República numa “chapa pura”, ou seja, sem a participação de outro partido.
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Ele já havia sinalizado, no final de abril, a vontade de deixar as negociações com o grupo político porque as conversas não estavam avançando no ritmo que ele gostaria. O líder do partido prometeu divulgar no dia 4 de maio a decisão final.
No vídeo do anúncio, o agora presidenciável afirma que o União Brasil esperou “até o último momento para fazer uma coligação com outros partidos” mas a parceria não se concretizou porque as outras siglas não têm a mesma “unidade que tem o União Brasil”. Com isso, não teria restado outra alternativa senão a de sair com uma “chapa pura”.
“Por que sair com uma chapa pura? Porque a gente não aceita, eu me recuso a aceitar os extremos que estão aí estabelecidos”, afirmou Bivar.
Mensagem do presidente nacional do União Brasil, Luciano Bivar. pic.twitter.com/B3R4FvCDfp
— União Brasil 44 (@uniaobrasil44) May 5, 2022
Segundo a Folha de S.Paulo, a divulgação do vídeo não foi acordada com a executiva do partido, foi um movimento do próprio presidente da sigla. Existem discordâncias dentro do partido em relação a algumas questões dessa chapa própria.
Uma ala originada do DEM, sigla que formou o União após fusão com o PSL, defendia que era necessário aguardar e avaliar até junho se a candidatura independente seria a melhor alternativa. E, diante disso, acompanhar as pesquisas eleitorais para ver o desempenho.
Caso Bivar conseguisse em torno de 1% às vésperas da campanha eleitoral, o partido deveria assumir neutralidade ou apoiar outra alternativa a Lula e a Bolsonaro.
De acordo com o Estadão, o Palácio do Planalto ameaçou retirar os cargos apadrinhados por integrantes do partido caso o União apoiasse a terceira via.
Nenhum nome foi anunciado para compor a chapa como vice-presidente. Internamente, existe a defesa de que Luciano Bivar escolha uma mulher para atrair votos do eleitorado feminino e cumprir a cota de 30% destinada às mulheres no fundo eleitoral. Mas, por enquanto, nada está oficializado. O nome do ex-juiz Sergio Moro também é defendido para compor a candidatura.
Do grupo do qual fazia parte com o PSDB, Cidadania e MDB, o União Brasil era importante principalmente pela enorme fatia de fundo eleitoral e de tempo de televisão nas propagandas eleitorais.
Os partidos fixaram o dia 18 de maio para comunicar quem deve ser o candidato único. Mas parte do União Brasil não acredita que esse prazo se cumpra. Simone Tebet, pré-candidata do MDB, e João Doria, nome do PSDB, seguem articulando suas campanhas individuais.
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