Lula decidido ir ao STF pelo IOF, após discurso de ricos x pobres Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, ontem, durante a Cerimônia de Lançamento do Plano Safra da Agricultura Familiar 2025/2026, no Palácio do Planalto. Brasília - DF.

Foto: Ricardo Stuckert / PR

Lula decidido ir ao STF pelo IOF, após discurso de ricos x pobres

Recurso já está pronto, feito pela AGU, mas setores do governo ainda tentam demover o Palácio do Planalto da decisão

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva está decidido a recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) para voltar a manter vigente seu decreto de elevação do IOF (Imposto sobre Operações Financeira), derrubado semana passada pelo Congresso Nacional. A Advocacia-Geral da União (AGU) já está com recurso pronto para protocolar na Corte, ainda nesta terça-feira.

Setores do governo no Congresso, líderes da base, porém, ainda tentam conversar com o Palácio do Planalto para “discutir melhor” a adoção desse caminho. Temem que a judicialização pode abrir uma distensão sem precedente com o parlamento.

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Lula teria batido o martelo de buscar a Justiça após a solenidade no Planalto, ontem, com os pequenos agricultores, no qual o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, fez um forte discurso em defesa do presidente, atacou Jair Bolsonaro e cutucou o Congresso Nacional, acusado de defender privilégios do “andar de cima”, com os “jabutis” em projetos de lei. O próprio Haddad já se manifestou favorável ao governo recorrer ao STF para trazer de volta as novas alíquotas do IOF.

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Na mesma cerimônia, o presidente da República deu o tom e a senha de que poderia ir para um confronto com o Congresso ao declarar que irá continuar fazendo justiça social, “podem gritar, podem falar, mas chego o momento de fazer justiça pelo Brasil”.

O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), foi às redes sociais dizer que “morde e assopra”, referente às medidas do governo, mas passou um recado de assustado com a reação desse mesmo público da internet, que virou a cara para medidas corporativas do Congresso, como aumento da vaga de números de deputados de 513 para 531.

 

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