“Lula é tão misógino e antidemocrático quanto Bolsonaro”, diz Tiago Mitraud

Tiago Mitraud – Foto: Paulo Sergio/Câmara dos Deputados

Mesmo entre os últimos colocados nas pesquisas eleitorais, a chapa formada por Felipe D’Avila e Tiago Mitraud afirma ser a única comprometida com uma 3ª via. Para falar sobre a candidatura, Mara Luquet recebeu no Café do MyNews desta quarta-feira (21/09) Mitraud, deputado federal por Minas Gerais e candidato a vice-presidente pelo Partido Novo.

Ao ser questionado sobre quem gostaria de enfrentar em um eventual segundo turno, ele foi direto: “Não estamos aqui para escolher adversários. Nosso papel é enfrentar quem quer que seja. O que estamos vendo é que está mais consolidada a ida do ex-presidente Lula. Seria muito bom ter mais três semanas (no caso do segundo turno) para lembrar às pessoas o mal que o governo do PT causou ao país. O quanto os governos Lula e Dilma foram corruptos. As pessoas esqueceram disso, assim como em 2018 fecharam os olhos para o histórico de Bolsonaro, na ânsia de derrotar o petismo. Agora as pessoas estão esquecendo do que foi o petismo, na ânsia de derrotar o Bolsonaro”, disse o deputado.

Mitraud não economiza críticas aos outros candidatos: “É preciso lembrar que não apenas Bolsonaro tende ao autoritarismo, como o PT também. Os governos do PT corromperam a democracia brasileira, com todo esquema de corrupção, de compra de votos no Congresso e de ingestão de dinheiro público na sustentação da base do próprio governo. E na questão da misoginia, Lula também é misógino. Outro dia ele falou que ‘se quer bater em mulher, vá bater em outro lugar‘, como se fosse aceitável bater em mulher em qualquer lugar do mundo. Mais recentemente, relacionou o trabalho das mulheres a algo puramente doméstico. No passado, falando do perfil das mulheres do PT, fez uma alusão de cunho sexual. Então, aqueles brasileiros que não querem um presidente machista ou autoritário, não podem também ter como presidente o Lula”.

“Muita gente ainda pensa em votar em um, como forma de rejeição ao outro. Pensam em qual vai ser o mal menor. Nesses episódios de machismo do candidato petista, as pessoas passam pano. Quando é o Bolsonaro, é machismo. Quando é o Lula, dizem que foi uma gafe. Estão minimizando os riscos à democracia com o Lula, porque o medo do Bolsonaro continuar é muito maior”, concluiu o candidato.