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Lula emplaca Lewandowski para comandar o Ministério da Justiça

Nome favorito do presidente para o cargo terá seu anúncio oficial nesta quinta-feira (11), logo após reunião para acertar detalhes

por Alice Rabello em 11/01/24 00:30

Foto: Rosinei Coutinho/STF

“Só não será ministro se não quiser”, antecipou o jornalista político João Bosco Rabello em mais de uma ocasião no Canal MyNews. Dito e feito.

O ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski aceitou o convite do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), na noite desta quarta-feira (10/1), para comandar o Ministério da Justiça e Segurança Pública. O magistrado ocupará cargo na pasta no lugar de Flávio Dino, que assumirá cadeira na Corte. 

A expectativa pelo nome de quem ocuparia o cargo no Ministério da Justiça e Segurança Pública vinha causando alvoroço no meio político desde a indicação de Dino para o STF. Entre os vários nomes cotados, estavam principalmente o do advogado-geral da União, Jorge Messias, e o do secretário-executivo da pasta, Ricardo Cappelli – sobre ele, as apostas já tinham esfriado nas últimas semanas. 

O nome de Cappelli foi, inclusive, pivô de discordâncias nos últimos dias: ele ocupa o cargo de secretário-executivo e o ministro Lewandowski pediu carta branca para escolher a própria equipe, com o argumento da confiança. É uma condição do magistrado a autonomia para nomeações na pasta. Ocorre que Cappelli não tem vontade de ser remanejado para outro cargo, como a Secretaria Nacional de Segurança Pública, por exemplo. 

Tudo certo, mas nada certo. O que está na agenda política nesse sentido de definições, é o encontro de Flávio Dino com Ricardo Cappelli nesta quinta-feira (11), pela manhã. E fica aí a dica de bolão: o que será de Cappelli?

Confira programa que foi ao ar dia 14 de dezembro de 2023, com Afonso Marangoni e análise do comentarista político João Bosco Rabello:


Quem é Ricardo Lewandowski

Começando pelos fatos mais recentes, para refrescar memórias, o ministro Ricardo Lewandowski se aposentou de sua cadeira no Supremo pela idade, 75 anos, em abril de 2023. Entrou no Supremo indicado pelo presidente Lula e depois sucedido na cadeira pelo advogado Cristiano Zanin. 

Durante os 17 anos de Suprema Corte, relatou temas de relevância, como a vacinação obrigatória e restrições civis para quem não se imunizasse durante a pandemia da covid-19 e a política de cotas raciais nas universidades, por exemplo. Ao final de sua gestão, presidiu o processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff no Senado.

Responsável pela implantação das audiências de custódia durante sua gestão na presidência do Conselho Nacional de Justiça, seu ingresso no Ministério da Justiça levanta possibilidades de mudanças de um tema caro para o governo em 2024, o sistema prisional no Brasil. Ou seja, segurança pública.

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