Na semana passada, Lindbergh Farias pediu ‘a intensificação urgente e em caráter imediato das ações de fiscalização e vigilância’ contra ex-presidente.
O ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes deu nesta segunda-feira, 25, cinco dias para a Procuradoria-Geral da República se manifestar sobre um pedido de reforço no policiamento na casa do ex-presidente Jair Bolsonaro feito à Polícia Federal pelo líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias.
O deputado solicitou em 22 de agosto “a intensificação urgente e em caráter imediato das ações de fiscalização e vigilância a cargo da Polícia Federal”. Segundo ele, chegaram ao conhecimento público e institucional informações sobre risco concreto de fuga de Bolsonaro, notadamente para a embaixada dos Estados Unidos – situada a aproximadamente dez minutos da casa do ex-presidente.
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“A obtenção de informações sobre um plano de fuga, somada à proximidade geográfica e à conjuntura política e investigativa, indica a necessidade de reforço urgente e imediato do policiamento ostensivo e discreto nas imediações do endereço residencial do investigado, bem como da manutenção e constante checagem do sistema de monitoramento eletrônico, de forma a assegurar a eficácia da medida cautelar.
Ao receber a solicitação do líder do PT, o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, enviou o pedido à Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal e ao Supremo. Também no dia 22, Lindbergh Farias enviou à Suprema Corte um pedido de prisão preventiva de Bolsonaro, sob a alegação de “concreto risco de fuga”.
Em coletiva de imprensa, o líder lembrou que o ex-presidente ficou dois dias na embaixada da Hungria e que foi encontrado um documento com pedido de asilo à Argentina. “Nós não descartamos a possibilidade de fuga do Bolsonaro, da casa dele para a embaixada dos Estados Unidos são 10 minutos”, po
“Para mim, ou a Justiça age agora, ou nós vamos abrir um caminho para ele querer criar um impasse e continuar a ficar aqui, em uma embaixada no Brasil, desmoralizando dia a dia as instituições, fazendo vídeos”, continuou e disse que a prisão domiciliar não está sendo suficiente no caso de Bolsonaro.