Diretor de empresa fiadora da Precisa presta depoimento. CPI suspeita de sócios ocultos envolvidos na compra da Covaxin
por Hermínio Bernardo em 25/08/21 20:35
A CPI da Pandemia ouviu nesta quarta-feira (25) Roberto Pereira Ramos, diretor-presidente do FIB Bank. Apesar do nome, não tem relação com banco porque a empresa não é certificada pelo Banco Central. Portanto, não poderia atuar como instituição financeira.
O FIB Bank é a empresa que ofereceu uma garantia de R$ 80 milhões no contrato da Precisa com o Ministério da Saúde na compra da Covaxin. Se a Precisa não cumprisse o contrato, o Fib Bank é quem pagaria, como uma espécie de fiador. Apesar disso, Roberto disse que não conhece Francisco Maximiano, o dono da Precisa.
Questionado sobre o faturamento do FIB Bank, Roberto disse que foi R$ 1 milhão no ano passado e está perto de R$ 650 mil nesse ano. No depoimento, Roberto disse que a empresa dele é pequena, que sofreu com a pandemia. Entretanto, o capital social da empresa é de R$ 7,5 bilhões, o que foi ironizado pelos senadores.
O presidente da empresa ainda apresentou um documento com data errada e não soube explicar muitas perguntas feitas. Os senadores chegaram a chamar a empresa de “banco da lorota”.
A comissão também apura se o fib bank teria um sócio oculto, que teria sido usado como laranja para as irregularidades nos contratos. Um dos sócios é um homem que mora em Alagoas, que não tem nenhuma ligação com a empresa. Ele já entrou na Justiça porque a assinatura foi falsificada e usada pelo FIB Bank. Por isso, ele não conseguiu pedir seguro-desemprego e FGTS quando foi demitido.
Na sessão, o relator da CPI, senador Renan Calheiros, ainda informou que incluiu mais 3 nomes na lista de investigados pela comissão: Roberto Ferreira Dias, ex-diretor de logística do Ministério da Saúde, Francisco Maximiano, diretor da Precisa, e Emanuel Catori, diretor da Belcher.
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