México e Colômbia também solicitaram acesso aos documentos antes de se pronunciar sobre o pleito, realizado no último domingo (28)
por Camilla Lucena* em 30/07/24 16:25
Amanda Klein participa do Segunda Chamada de segunda-feira (29) | Foto: Reprodução/MyNews
Diplomatas do Itamaraty afirmaram que o Brasil não está isolado em sua decisão de esperar a divulgação das atas de votação da eleição na Venezuela, realizada no último domingo (28), para emitir um parecer. México e Colômbia também solicitaram acesso aos documentos antes de se pronunciar. Os três países estão em contato, mas não há previsão de divulgação de uma nota conjunta.
Para os diplomatas, a demora do Brasil em emitir um parecer sobre o resultado da eleição, marcada por acusações de fraude, não prejudica a imagem do país como líder da América Latina. Para eles, o país estaria “em boa companhia”. A opinião da jornalista Amanda Klein, que participou do Segunda Chamada de segunda-feira (29), é de que os países escolheram se esquivar. “Não reconheceram o resultado do pleito, mas também não condenaram.”
Na visão da jornalista, a situação na Venezuela provocou uma rixa no Mercosul. Ao mesmo tempo em que há países “em cima do muro”, outros, como a Bolívia, reconheceram a vitória eleitoral de Maduro. Outros, ainda, a exemplo da Argentina, Paraguai e Uruguai, questionaram o resultado e colocaram em xeque a transparência da eleição.
Nove países da América Latina, além do Mercosul, pediram uma reunião de emergência com a Organização dos Estados Americanos (OEA), que, segundo Amada Klein, foi marcada para esta quarta-feira (31). Argentina, Costa Rica, Equador, Guatemala, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana e Uruguai exigiram uma “revisão completa dos resultados com presença de observadores independentes”.
Assista abaixo ao Segunda Chamada de segunda-feira (29):
*Sob supervisão de Sofia Pilagallo
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