Vantagem de Lula aumentou para 16 pontos percentuais. Rejeição ao presidente Jair Bolsonaro alcança 61%
por Hermínio Bernardo em 17/08/21 20:42
A pesquisa XP/Ipespe divulgada nesta terça-feira (17) mostra um crescimento das avaliações negativas do governo Bolsonaro. Ao mesmo tempo, a intenção de voto do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva continua em alta.
No cenário de primeiro turno, Lula (PT) tem 40% das intenções de voto. A vantagem subiu para 16 pontos percentuais para o segundo colocado, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que agora aparece com 24%.
Na sequência estão Ciro Gomes (PDT), com 10%, e Sérgio Moro (sem partido), com 9%. O ex-ministro Luiz Henrique Mandetta (DEM) e o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), têm 4% cada. Lula também lidera a pesquisa num segundo cenário, com o governador de São Paulo, João Doria (PSDB) no lugar de Eduardo Leite, com 5%; Datena (5%) e Rodrigo Pacheco (1%).
Nos cenários de segundo turno, Lula ampliou a vantagem e vence todos os demais candidatos. Contra Bolsonaro, a diferença subiu de 14 para 19 pontos percentuais (51% a 32%). O ex-presidente Lula também derrotaria Moro (49% a 34%), Ciro Gomes (49% a 31%) e Eduardo Leite (51% a 22%).
Já o presidente Jair Bolsonaro perde em todas as simulações de segundo turno. Além de Lula, a pesquisa questionou cenários: Bolsonaro (33%) X (35%) Eduardo Leite; Bolsonaro (34%) X (38%) Mandetta; Bolsonaro (32%) X (44%) Ciro Gomes; Bolsonaro (30%) X (36%) Moro; Bolsonaro (35%) X (37%) João Doria (PSDB).
Na pesquisa espontânea – quando não são oferecidas opções de voto para as pessoas escolherem – Lula aparece com 28% das intenções, enquanto Bolsonaro tem 22%.
A pesquisa XP/Ipespe também mostrou uma alta rejeição de Jair Bolsonaro. O levantamento aponta que 61% disseram que não votariam de jeito nenhum no atual presidente, enquanto 23% declararam que votariam com certeza. No caso de Lula, a rejeição é de 45%, enquanto 38% votariam com certeza.
A pesquisa também mostrou um aumento da rejeição ao governo Bolsonaro. Enquanto 54% avaliam a gestão como ruim e péssima, 63% dizem reprovar a forma como Bolsonaro governa o Brasil. Apenas 23% consideram o governo bom ou ótimo – pior resultado desde o início da gestão.
O cientista político Antonio Lavareda explica que o quadro eleitoral do presidente Bolsonaro é muito difícil.
“Nós temos uma avaliação mais crítica da leitura pública do governo Bolsonaro desde o início do ano. Um governante precisa reverter, ou sinalizar uma capacidade de reversão, até o final do ano anterior à eleição. É muito difícil reverter quadros assim no ano eleitoral. Fazer isso em 2022 será muito difícil para o presidente. É possível reverter, mas não será fácil”, afirmou.
Foram realizadas mil entrevistas entre os dias 11 e 14 de agosto. A margem de erro é de 3,2 pontos percentuais para mais ou para menos.
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