Política

PRONUNCIAMENTO

Sob pressão, Jair Bolsonaro discursa em rede nacional

Durante pronunciamento na noite desta quarta-feira (3), presidente exaltou o PIB brasileiro e voltou a criticar o isolamento social

por Sara Goldschmidt em 03/06/21 13:37

Foram cinco minutos defendendo as vacinas, destacando o avanço do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro e justificando que esse avanço aconteceu porque o governo federal estimulou as pessoas a não ficarem em casa. Este é o resumo do pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro na noite desta quarta-feira (3), em rede nacional de rádio e TV. O discurso sobre a vacina mudou, mas as críticas ao isolamento social permanecem desde o início da pandemia, em março do ano passado.

Durante os mesmos cinco minutos, ouviu-se protestos em todo o Brasil. Os panelaços soaram forte.

Presidente Jair Bolsonaro discursa em rede nacional de rádio e TV na noite de ontem
Presidente durante o discurso em rede nacional de rádio e TV na noite de ontem

Pressionado pela CPI da Covid-19, pelas manifestações de rua do último fim de semana e pelo calendário divulgado pelo governador de São Paulo, João Dória – seu rival político -, informando de que o Estado irá vacinar toda a população adulta até o dia 31 de outubro, o presidente anunciou o pronunciamento no fim da tarde de ontem.

O tom do discurso, que foi ao ar às 20h30min, não repercutiu bem, sobretudo pela promessa de que toda a população estará vacinada até o fim de 2021. Até agora, passado cerca de um ano e meio do início da pandemia, o ritmo de vacinação é lento no Brasil. Segundo dados do consórcio de veículos de imprensa com informações das secretarias de Saúde, até esta terça-feira (02), 10,6% dos brasileiros (22,6 milhões de pessoas) tinham recebido duas doses de vacina, necessárias para assegurar a imunização.

Após o pronunciamento, os senadores que integram o G7 da CPI da Covid-19, divulgaram uma nota pública. Nela, eles ressaltam que “a inflexão do presidente da República celebrando vacinas contra a Covid-19 vem com um atraso fatal e doloroso.” E complementa: “um atraso de 432 dias e a morte de quase 470 mil brasileiros, desumano e indefensável.” O G7 é formado pelos senadores Omar Aziz (PSD/AM), presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede/AP), vice-presidente, Renan Calheiros (MDB/AL), relator da Comissão, Otto Alencar (PSD/BA), Humberto Costa (PT/PE), Alessandro Vieira (Cidadania/SE) e Rogério Carvalho (PT-SE). Também assinam o documento os senadores Tasso Jereissati (PSDB/CE) e Eduardo Braga (MDB/AM)

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