Tarcísio vem passando por crises desde a eleição e tem evitado a imprensa, diz jornalista

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), vem passando por crises de reputação desde as eleições e tem evitado falar com a imprensa. Foi o que afirmou a jornalista Beatriz Manfredini, repórter da Jovem Pan, que participou do Segunda Chamada de quarta-feira (4).

A primeira crise ocorreu em 26 de outubro, dia do segundo turno das eleições municipais, quando, durante coletiva de imprensa, Tarcísio afirmou, sem apresentar provas, que a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) teria orientado voto no então candidato à Prefeitura Guilherme Boulos (PSOL). A segunda se deu em 22 de novembro, quando o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), padrinho político do governador de São Paulo, foi indiciado por tentativa de golpe de Estado.

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Agora, Tarcísio vem enfrentando nova crise. Nos últimos dias, dois casos de violência policial em São Paulo chamaram a atenção pela brutalidade dos crimes e ganharam destaque no noticiário. O primeiro ocorreu em 3 de novembro, mas só veio à tona na última semana. Nesse dia, um policial à paisana atirou pelas costas de um homem de 26 anos e o matou com 11 tiros, logo depois que o suspeito foi flagrado roubando produtos de limpeza de um supermercado, na zona sul de São Paulo.

Quase um mês depois, na madrugada de segunda-feira (2), um policial militar foi flagrado jogando um homem do alto de uma ponte, também na zona sul de São Paulo. A vítima é um motociclista de 25 anos que teria fugido de uma abordagem da PM. Ele foi ajudado por moradores do entorno e sobreviveu.

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“Tarcísio tem vindo de uma onda de crises que foram aumentando e respingando no colo dele”, afirmou Beatriz. “Desde aquela época [da primeira crise] não há clima para falar com a imprensa. Nas agendas, ele faz um pequeno pronunciamento, mas não abre para perguntas. Faz o pronunciamento e vai embora. Há uma tentativa de evitar que ele fale muito ali sem pensar.”

Segundo Beatriz, “várias pessoas” ligadas a Tarcísio comentaram sobre uma reunião de emergência que o governador teria convocado na tarde de terça-feira (3), após os casos terem ganhado grande repercussão na imprensa e nas redes sociais. A reunião contou com o comandante da Polícia Militar de São Paulo (PMESP), coronel Cássio Araújo, e outros agentes do alto escalão da corporação.

O propósito do encontro teria sido promover um “alinhamento” sobre as punições aos policiais envolvidos nos casos. Tarcísio teria pedido “punições exemplares” e falado em dar exemplo para o restante dos agentes frota.

Casos recentes em São Paulo põem em xeque preparo da PM e geram revolta: