Arquivos direita - Canal MyNews – Jornalismo Independente https://canalmynews.com.br/tag/direita/ Nosso papel como veículo de jornalismo é ampliar o debate, dar contexto e informação de qualidade para você tomar sempre a melhor decisão. MyNews, jornalismo independente. Tue, 04 Feb 2025 20:10:56 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.7.2 Lula entra na disputa de bones da esquerda x direita https://canalmynews.com.br/brasil/lula-entra-na-disputa-de-bones-da-esquerda-x-direita/ Tue, 04 Feb 2025 18:58:13 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=50645 Slogan 'O Brasil é dos brasileiros' foi sugerido pelo ministro da Secom, Sidônio Palmeira, mas rebatido por oposição

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Nesta terça-feira (04), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aderiu à moda do boné nas redes sociais. O tema gerou polêmica entre situação e oposição desde o último sábado (01), durante as eleições para Senado e Câmara dos Deputados em Brasília.

Aliás, o Randolfe Rodrigues e os ministros Alexandre Padilha (Relações Institucionais), Wellington Dias (Desenvolvimento e Assistência Social), Carlos Fávaro (Agricultura) e Camilo Santana (Educação) iniciaram a ação. Todos usaram o acessório.

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Direita responde aos aliados de Lula

Por outro lado, a direita respondeu com bonés verde e amarelo. Os itens traziam a frase “Comida barata novamente, Bolsonaro 2026”. Manifestantes seguraram carne embalada e gritaram “nem picanha, nem café”, criticando o aumento dos preços de alimentos. A inflação pressiona a gestão de Lula e prejudica sua popularidade.

CONFIRA: Randolfe: boné foi ideia de Padilha e ‘encaixa como uma luva para o momento’

O novo ministro da Secretaria de Comunicação, Sidônio Palmeira, sugeriu o slogan “O Brasil é dos brasileiros”. A ideia foi criar um contraponto aos bonés vermelhos “Make America Great Again”, usados por bolsonaristas recentemente.

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As eleições municipais de 2024 e as perspectivas do bolsonarismo: algumas breves ponderações https://canalmynews.com.br/politica/as-eleicoes-municipais-de-2024-e-as-perspectivas-do-bolsonarismo-algumas-breves-ponderacoes/ Fri, 01 Nov 2024 19:28:10 +0000 https://localhost:8000/?p=48159 Resultados do pleito evidenciaram a força da centro-direita e da direita em todo o país, enquanto o campo progressista foi fragorosamente derrotado

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Ao fim e ao cabo do processo eleitoral, ficam as questões de sempre: quem ganhou e quem perdeu? Quem saiu fortalecido e quem saiu enfraquecido? Como ficam os grandes “padrinhos” – Lula e Bolsonaro?

Os resultados foram, em quase todo o Brasil, de demonstração de força da centro-direita e da direita. Assim, o Presidente Lula, o PT e os partidos de esquerda — ou, se preferirem, do campo progressista — foram fragorosamente derrotados. Há, para muitos, a necessidade de uma profunda reflexão deste campo político objetivando compreender os fatos da realidade, sua agenda e sua conexão com a sociedade e o eleitorado que se apresenta mais conservador e menos propenso aos discursos característicos dos progressistas. Contudo, vamos, aqui, agora, tratar das perspectivas do bolsonarismo e, mais detidamente, de Jair Bolsonaro.

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O Partido Liberal (PL) de Bolsonaro foi a legenda que mais conquistou prefeituras dentre os 103 municípios com mais de 200 mil eleitores. O PL ganhou em 16 cidades e “fez” quatro capitais: Maceió, Rio Branco, Cuiabá e Aracaju. Pode-se, então, asseverar que isso fortalece Bolsonaro?

Obviamente que a presença do ex-presidente no PL é assaz importante, como foi, também, para o PSL (Partido Social Liberal) na ocasião da eleição na qual Bolsonaro foi eleito. Em 2018, ao concorrer e vencer a disputa presidencial, Bolsonaro catapultou o PSL, antes nanico, para um partido com vultuosos recursos do fundo partidário. Entretanto, buscando dominar o partido, acabou rompendo e governou o país desfiliado por um período e, em 2022, foi para o PL, tendo sido derrotado na busca da reeleição por Lula.

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Em sua trajetória, Bolsonaro foi filiado aos seguintes partidos: Partido Democrata Cristão (1989-1993); Partido Progressista Reformador (1993-1995); Partido Progressista Brasileiro (1995-2003); Partido Trabalhista Brasileiro (2003-2005), Partido da Frente Liberal (2005-2005), Partido Progressista (2005-2016), Partido Social Cristão (2016-2018), Partido Social Liberal (2018-2019); de 2019 até 2021 ficou sem partido; e, finalmente, Partido Liberal (2021- até agora). Neste sentido, tendo vida política tão diversa no âmbito dos partidos pelos quais passou, a pergunta pode ser feita: essas vitórias do PL nesta eleição devem-se somente a presença de Bolsonaro ou à articulação política realizada pelo presidente do partido, Valdemar da Costa Neto?

Há, por exemplo, aqueles que, na avaliação da força de Bolsonaro,  buscaram verificar como foram os resultados de seus ex-ministros ou de figuras importantes em seu governo no pleito em voga. Vejamos: Marcelo Queiroga, ex-ministro da Saúde, perdeu em João Pessoa; Gilson Machado, ex-ministro do Turismo, perdeu no Recife e Alexandre Ramagen, ex-chefe da Abin, foi derrotado no Rio de Janeiro.

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Há, ainda, a disputa direta com o Governador Ronaldo Caiado, na qual o candidato de Bolsonaro (Fred Rodrigues, do PL) foi derrotado em Goiânia pelo candidato (Sandro Mabel) apoiado pelo governador Caiado. Em que pese que  a direita e a centro-direita tenham “colorido”, hegemonicamente,  o mapa político do Brasil; no entanto, ao que tudo indica o extremismo bolsonarista e o próprio Bolsonaro saíram enfraquecidos.

Na cidade de São Paulo, um caso duplamente emblemático, apresenta dois personagens: Ricardo Nunes e Pablo Marçal. Ricardo Nunes (MDB), reeleito, teve o apoio do Governador Tarcísio de Freitas e ao longo da campanha foi, praticamente, desprezado por Bolsonaro. No discurso da vitória, Nunes referiu-se a Tarcísio como “líder maior” e um amigo que “lhe deu a mão na hora mais difícil”. Citou Bolsonaro en passant ao agradecer a indicação do vice. Recado mais claro não há.

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Tarcísio, que apostou em Nunes desde o começo, termina maior; Bolsonaro, titubeante, saiu menor. Outro nome, em São Paulo, que traz medo ao bolsonarismo é Pablo Marçal (PRTB). Ele mostrou, claramente, que os votos do bolsonarismo não acompanham, sempre, as indicações de Bolsonaro — e que, derrotado por Lula e inelegível, o ex-presidente pode concretamente perder espaço e força no campo da direita e até do populismo da extrema-direita.

Não faz muito, tendo sua liderança questionada por jornalistas, Bolsonaro afirmou – em visita ao Senado —  não enxergar a hipótese de uma direita sem sua presença. Disse, ainda: “Já tentaram várias vezes, não conseguiram. Esses caras […] não sabem a linguagem do povo, isso é uma utopia, para muitos uma utopia. Toda vez que tentaram se arvorar como líder através de likes ou lacrações, [a direita] não chegou a lugar nenhum”. A declaração do ex-presidente tem sentido e é ligada aos fatos: sua força política é evidente e ele sabe disso, mas, na condição de ator político, ele parece desprezar ou minimizar outras lideranças que podem assumir protagonismo no jogo político.

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Partindo da afirmação de Bolsonaro, dois de seus possíveis herdeiros – Ronaldo Caiado  e Tarcísio de Freitas – não são figuras carismáticas (“não sabem a linguagem do povo”) e, nisso, Bolsonaro tem razão. Mas, no primeiro turno, em São Paulo, Pablo Marçal foi disruptivo e encaixou bem o discurso antissistema que caracterizou a ascensão de Bolsonaro em 2018. Marçal tem carisma, tem domínio das ferramentas digitais e tem recursos financeiros abundantes.

Se, em 2018, Bolsonaro foi um ator político que interpretou um papel canalizando inúmeras insatisfações da população; em 2024, Marçal foi ator e o próprio roteirista de sua candidatura, e com mais sofisticação intelectual que Bolsonaro. Ainda no campo da direita, há Nikolas Ferreira (PL), deputado federal por Minas Gerais. Ele se apresenta como uma liderança que domina o estilo de lacração e memes do populismo digital e muitos já o consideram um potencial nome para a disputa presidencial no futuro.

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Um outro aspecto que incomodou Bolsonaro, nestes dias que correm, foi o fato de que Arthur Lira (PP), presidente da Câmara dos Deputados, retirou o chamado PL da Anistia da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que pretende criar uma comissão especial para a tramitação desta proposta. Esse projeto de lei tem o objetivo de anistiar os envolvidos nos ataques às sedes dos Três Poderes no 8 de janeiro. Bolsonaro, especialmente, tem interesse neste projeto, já que, juridicamente, a decisão pode lhe favorecer. Ele é investigado no Supremo Tribunal Federal (STF) por ser um dos articuladores e principal interessado num golpe para evitar o início do governo Lula.

À guisa de finalização deste escrito, trago à tona uma conversa entre dois colegas professores. Um deles, indignado, dizia: “Eu assisti a um comentarista de política dizendo que Bolsonaro foi um dos grandes derrotados desta eleição, mas como pode se ele nem candidato foi?”. E o outro, incrédulo, respondeu: “Isso, como pode ser derrotado se nem concorreu?”. Nos meandros da política há vitórias de pirro que apequenam os atores políticos e derrotas que engrandecem os perdedores. Seja política ou moralmente.

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O Brasil virou um país de direita? https://canalmynews.com.br/politica/o-brasil-virou-um-pais-de-direita/ Thu, 24 Oct 2024 17:28:16 +0000 https://localhost:8000/?p=47901 Resposta para essa pergunta nos convida a refletir sobre o que está acontecendo com o cenário político brasileiro e nossa noção de extremos e centros

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O Brasil virou um país de direita? A resposta curta para essa pergunta é sim. A resposta longa e aprofundada convida a uma reflexão maior para entendermos o que de fato está acontecendo com o cenário político brasileiro e toda a nossa noção de esquerda, direita, extremos e centros.

As eleições municipais de 2024 trouxeram à tona a confirmação de que a direita ideológica no Brasil, que aqui chamarei de “nova” direita, cresceu bastante e vem acumulando triunfos nas urnas nos últimos dez anos.

Na lógica da resposta curta podemos afirmar que, nessas eleições, a direita e a centro-direita foram as grandes vencedoras da disputa. Historicamente, essa tendência é repetitiva em eleições municipais, pois a direita fisiológica possui, em sua sigla, uma maior variedade de partidos em comparação à esquerda.

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Uma das principais alavancas responsáveis pelo sucesso eleitoral da “nova” direita ideológica foi ser flexível o suficiente para jogar o jogo político, se juntando a partidos mais fisiológicos e de centro, como MDB e PSD. O PL é o partido que concretiza essa tendência, com candidatos ideológicos e fisiológicos, resultando num crescimento de mais de 50% nas prefeituras.

Por último, ao contrário do que foi previsto anteriormente, com exceção da cidade de São Paulo, as eleições municipais não foram uma repetição fiel das eleições de 2022 e seu respectivo fla-flu, caracterizado pela disputa entre Lula e Bolsonaro. Isso porque o foco no sucesso de eleições municipais está na resolução dos problemas locais. Quem passar uma maior credibilidade consegue a vitória nas urnas.

O apresentado acima é uma curta resposta para explicar a “foto” de um momento político. A análise mais longa e aprofundada, porém, nos convida a fazer uma reflexão de uma mudança social e de comportamento na sociedade brasileira, que vem garantindo um crescimento constante de uma “nova” direita, mais radical e mais apelativa, fruto de diferentes variáveis.

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A primeira variável que devemos analisar tem início por volta de 2016, com o Brexit e com a vitória de Donald Trump nos Estados Unidos. Esses acontecimentos concretizaram a ascensão de uma direita mais inflamada, que soube com muita perspicácia captar o que um eleitorado órfão de políticos queria ouvir. A onda da chamada “extrema direita” se alastrou pelo mundo — aqui tomo a liberdade de chamar de “nova” direita — soube condensar o conservadorismo silencioso em propostas políticas, conquistando sua própria marca e movimento, com líderes que souberam traduzir a mensagem ideológica em diversos idiomas.

Com primazia, esses líderes souberam dominar um idioma muito importante, o das redes sociais. A direita monopolizou a linguagem digital e obteve muito sucesso com isso. Soube traduzir exatamente o que o eleitor digital quer consumir, com mensagens rápidas, emocionantes, regadas de muita polêmica. O eleitor digital se move muito mais pela emoção do que pela razão. O exemplo concreto disso foi a vitória de Jair Bolsonaro, em 2018, e a ascensão explosiva do candidato à Prefeitura de São Paulo Pablo Marçal (PRTB), em 2024.

A base eleitoral para a ascensão da “nova” direita possui alguns aspectos importantes na sua sustentação. O principal deles é o seu fiel seguidor, ou melhor, eleitor. Na Europa, esse eleitor são os excluídos economicamente e culturalmente do sistema liberal democrata e dos valores progressistas. Eles não se viam representados por políticos que não conseguiam falar sua língua. Essa horda de órfãos foi captada pela “nova” direita, que soube trazer pautas que chamaram a atenção deste eleitorado, por exemplo, contra a imigração desenfreada.

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No Brasil a “nova” direita tem sua base de sustentação com o eleitor mais evangélico, que cresceu 61% nos últimos 10 anos e agora corresponde a 30% da população brasileira. O eleitor evangélico tem uma filosofia de pensamento protestante, associada ao empreendedorismo e ao conceito de “self-made”, ou seja, a ideia de que se você se esforçar, conseguirá atingir seus objetivos.

Esse ideal vem ganhando bastante adeptos entre as populações de periferia. A eleição de 2024 em São Paulo ilustra esse fenômeno muito bem, com o aumento do voto na direita nas periferias da cidade, enquanto a esquerda saiu-se bem no centro, com o eleitor mais rico. Pablo Marçal foi a personificação desse discurso e o popularizou entre o eleitor mais pobre.

Nas duas últimas décadas, a esquerda monopolizou o discurso político com mais proeza e apelo. Não por acaso, o PT foi o partido que mais elegeu presidentes na recente história do país. O Brasil, porém, é um país mais conservador em termos de valores. Isso, por si só, já dá um “empurrãozinho” para um maior sucesso da direita. Mas tem outro aspecto em jogo: a esquerda se perdeu no discurso, perdeu o apelo com as classes mais pobres. No primeiro turno de 2024, por exemplo, o PSOL não elegeu nenhum prefeito.

O eleitor quer soluções mais pragmáticas para seus problemas, com líderes revolucionários. O discurso do “estado resolve seu problema” não é mais tão interessante, pois se sabe que não resolve. A esquerda precisa urgentemente renovar seu discurso e renovar seu posicionamento nas redes sociais, um rebranding total. Precisa ser mais inflamada e trazer novas lideranças competitivas. O maior erro foi concentrar as fichas em apenas um nome, Lula, que condensa o certo cansaço da esquerda brasileira.

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‘Esquerdomachos querem ser eleitos para ficar nesse lugar de privilégio, no centro do mundo’, diz Márcia Tiburi ao MyNews https://canalmynews.com.br/brasil/esquerdomachos-querem-ser-eleitos-para-ficar-nesse-lugar-de-privilegio-no-centro-do-mundo-diz-marcia-tiburi-ao-mynews/ Wed, 17 Jul 2024 18:52:39 +0000 https://localhost:8000/?p=44870 Para filósofa e escritora, a esquerda tradicional está ruindo por ser antiquada e cansativa, e grupos que defendem pautas do interesse das minorias, como o MST, deveriam ter mais espaço na política

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Os “esquerdomachos” querem ser eleitos para se manter nesse lugar de privilégio, no centro do mundo, afirmou a filósofa e escritora Márcia Tiburi em entrevista ao MyNews. O privilégio, nesse caso, não se resumiria a ter poder e dinheiro, mas sim ocupar uma posição em que são adorados, bem tratados e servidos pelas mulheres. Para ela, esses homens, assim como outros, são narcisistas e precisam ter o ego amaciado para se sentirem validados.

“Esquerdomachos funcionam por narcisismo, assim como os direitomachos. Eles querem ser eleitos para se manter nesse lugar de privilégio. E não é só o privilégio de ter poder e dinheiro, é o privilégio de ficar no centro do mundo, sendo adorado, bem tratado, tendo aquela mulher que vem servir o cafezinho e fazer massagem nos pés”, diz. “Isso faz parte da formação subjetiva dos homens, é um lugar especial que eles continuam querendo ter.”

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Na visão de Márcia, a esquerda tradicional, “dos esquerdomachos”, está ruindo por ser antiquada e cansativa. Por isso, pessoas identificadas com o progressismo deveriam se preocupar em “criar uma base mais profunda para a democracia no Brasil”, com o fortalecimento de grupos que defendam pautas do interesse das minorias, como o Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST).

Atualmente, Márcia acredita que a esquerda carece de grandes líderes. A exceção é o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o único político capaz de derrotar a extrema direita em uma eleição. Outros nomes do partido, como o ministro Fernando Haddad, são capacitados, mas não tem o mesmo estofo político.

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“As pessoas amam o Lula porque é um paizão, um cara simples, amoroso, fácil de entender. O Haddad é um excelente político, uma excelente pessoa, mas ele não tem isso. O Lula é evidentemente um homem do povo. Ele vem daquele lugar e sabe lidar com aquela gente”, ressalta Márcia, que é filiada ao Partido dos Trabalhadores (PT).

A fala de Márcia ecoa o posicionamento do jornalista Ricardo Kotscho, que respondeu a perguntas de internautas no Pergunte ao Kotscho de segunda-feira (15). Na ocasião, ele afirmou que o PT falhou na formação de novas lideranças. Não por acaso Lula está em seu terceiro mandato e, ao que tudo indica, deve concorrer a um quarto mandato em 2026. Embora nunca tenha se filiado ao PT, Kotscho acompanhou de perto o surgimento do partido, em 1980, e disse acreditar que o a sigla “se afastou de suas origens”.

“Isso [o fato de Lula ser a única grande liderança do PT] não é bom. Mostra que o partido se afastou do PT das origens, que eu vi nascer nas comunidades de base do sindicato e dos movimentos populares”, lamentou Kotscho, acrescentando que o PT foi o único partido que surgiu “de baixo para cima”. “Normalmente, os partidos são formados pelas elites e para as elites. O PT foi o contrário, mas se afastou disso.”

Assista abaixo à entrevista da filósofa e escritora Márcia Tiburi ao MyNews:

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Saiba quem é J.D. Vance, vice de Trump que foi crítico do ex-presidente no passado https://canalmynews.com.br/internacional/saiba-quem-e-j-d-vance-vice-de-trump-que-foi-critico-do-ex-presidente-no-passado/ Tue, 16 Jul 2024 17:46:46 +0000 https://localhost:8000/?p=44797 Companheiro de chapa do ex-presidente dos Estados Unidos entrou para a Marinha e serviu ao país no Iraque antes de se formar em direito, ciências políticas e filosofia

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O candidato republicano e ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump escolheu na segunda-feira (15) J.D. Vance, de 39 anos, para ser o vice-presidente de sua chapa à Casa Branca. Vance, um senador republicano pelo estado de Ohio, é graduado em direito pela Universidade de Yale e em ciências políticas e filosofia pela Universidade Estadual de Ohio. Ele é autor de um livro best-seller, a autobiografia Era uma vez um sonho, que virou filme indicado ao Oscar.

Vance nasceu e foi criado em Middletown, Ohio. Ele entrou para a Marinha dos Estados Unidos serviu ao país no Iraque antes de ir para a faculdade e obter seus três diplomas universitários. Trabalhou também como capitalista de risco no Vale do Silício. Muitos acreditam que a motivação por trás da nomeação de um candidato tão jovem é a relação dele com esse setor da economia dos EUA.

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Apesar de hoje ser um trumpista radical, Vance era um republicano anti-Trump em 2016, quando o ex-presidente ganhou a eleição. Ele chamou o ex-presidente de “perigoso” e “inapto” para o cargo e criticou o discurso racista do republicano, dizendo que ele poderia ser o “Hitler americano”. Mas tudo mudou em 2021, quando Vence e Trump se conheceram, e depois se aproximaram.

O empresário Kevin Roberts, presidente do grupo de reflexão política de viés conservador Heritage Foundation, se referiu a Vance como uma voz líder para o movimento conservador em questões importantes, incluindo uma mudança em relação à política externa intervencionista, economia de mercado livre e “cultura americana em geral”. Os democratas o chamam de extremista, citando posições provocativas que tomou, mas depois recuou, como o apoio a uma proibição nacional do aborto após 15 semanas durante sua campanha para o Senado.

Em sua autobiografia, Era uma vez um sonho, Vence retrata sua juventude conturbada e contexto familiar cheio de conflitos. Ele e a irmã mais velha foram criados pela mãe, que sofria com o vício em drogas, e pelos avós maternos. No texto, ele apresenta a avó, apelidada de Mamaw, como sua grande salvadora, pois “seu amor e disciplina o mantiveram no caminho certo”.

Assista abaixo ao trecho do Segunda Chamada de segunda-feira (15) e saiba mais sobre J.D. Vance:

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Deserto de ideias https://canalmynews.com.br/colunistas-convidados/deserto-de-ideias/ Wed, 07 Feb 2024 04:26:14 +0000 https://localhost:8000/?p=42299 A polarização no Brasil não é entre esquerda e direita, mas sim entre progressistas de diversas matizes e trogloditas

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A discussão sobre o crescimento econômico é realmente complicada. Engana-se quem acha que o problema é um debate polarizado entre esquerda e direita. A polarização no Brasil não é entre esquerda e direita, mas sim entre progressistas de diversas matizes e trogloditas. É um deserto de ideias.
Deveria ocorrer uma aliança dos lúcidos (de tendências diversas) versus os neandertais. Estes, na infinitude da sua respectiva pequenez, se agrupam por instinto. Já os lúcidos , apesar de lúcidos, as vezes ficam presos as suas respectivas matilhas.
O embate no Brasil de hoje não é simplesmente entre comunistas (se é que ainda existem nos termos definidos no século XIX) e liberais; o embate hoje é progressistas (de diversos matizes) e os trogloditas.
Há 90 anos uma elite esclarecida criou a USP, agora o objetivo desse grupo que estamos chamando de neandertais é destruir a USP.
Crescimento econômico tem a ver com produtividade e esta com a educação.
E como a educação é tratada pelos neandertais? Como mercadoria para obtenção de lucro e não como direito para a construção da cidadania e, por conseguinte, como melhora do padrão de vida com o crescimento econômico.
Entre comunistas e liberais são poucos que demonstram lucidez. O resto é um deserto de ideias.

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Partido Miliciano, o sujeito oculto da política nacional https://canalmynews.com.br/politica/politica-com-bosco/partido-miliciano-o-sujeito-oculto-da-politica-nacional/ Mon, 29 Jan 2024 23:49:52 +0000 https://localhost:8000/?p=42221 Ao permitir a fusão de interesses distintos com uma pauta de valores comum apenas na aparência, a direita corre o risco de associar sua imagem – e suas biografias individuais – a temas que são caros apenas aos milicianos. E comprometer-se com uma associação criminosa infiltrada no parlamento

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Apenas 12 dos 28 partidos e federações que disputaram as eleições de 2022 conseguiram alcançar a cláusula de desempenho fixada pela Emenda Constitucional 97, de 2017. De lá para cá, somente essas 12 legendas têm acesso ao Fundo Partidário e ao tempo de propaganda gratuita de rádio e televisão.

As novas regras em vigência desde 2018 impuseram às 16 legendas que não alcançaram o critério de desempenho três alternativas de sobrevivência – a fusão, incorporação ou federação com aquelas que obtiveram melhor desempenho nas urnas.

Bom para a política, esse enxugamento deu mais nitidez ideológica ao sistema partidário, com prevalência da corrente conservadora. Porém, nessa contabilidade partidária o sujeito oculto é o Partido Miliciano, infiltrado na direita como um cavalo de Tróia.

Camuflado em legendas majoritárias, serve-se do dinheiro público destinado ao desenvolvimento das atividades partidárias para alavancar sua estratégia de ampliação territorial. Como fez no Rio, a partir da Assembleia Legislativa.

Essa turma abraça as pautas conservadoras, embora pouco ou nada lhe importem os valores religiosos e morais da direita tradicional. O faz pela conveniência de atrair essa direita para temas próprios que aparentam similaridade ideológica.

Importa-lhes não aprimorar a política antidrogas e materializar um braço parlamentar do crime, blindando-se no bolsonarismo para impedir a ação dos poderes constituídos e consolidar-se como um poderoso grupo paramilitar a serviço de um estado paralelo, cujo comando divide com o tráfico.

Ao permitir a fusão de interesses distintos com uma pauta de valores comum apenas na aparência, a direita corre o risco de associar sua imagem – e suas biografias individuais – a temas que são caros apenas aos milicianos. E comprometer-se com uma associação criminosa infiltrada no parlamento.

É quando, por exemplo, a bancada do agronegócio defende a política bolsonarista de armar cada morador de Copacabana, quando o que lhe importa é garantir o direito de defender suas propriedades no campo.

Nesse contexto se inserem as recentes operações de busca e apreensão nos gabinetes parlamentares dos deputados Alexandre Ramagem e Carlos Jordy, cada um, a seu modo, flagrado em crimes contra o Estado.

Ambos são os únicos beneficiados , nesse momento, pela mobilização da direita contra o STF em decorrência do episódio. A soberania do Legislativo, nesse caso, é mero pretexto para acobertamento de ambos.

O presidente da Câmara, Arthur Lira, e o do Senado, Rodrigo Pacheco, parecem já entender esses riscos. Evitaram dar repercussão às operações da PF contra Ramagem e Jordy. Mas se tornaram alvo indiscriminado da direita, novamente contaminada pelos interesses milicianos.

A carga sobre ambos para que comprem a briga contra o STF aumentou e levou Pacheco a abdicar de seu estilo mineiro e polido para desancar o presidente do PL, Valdemar da Costa Neto, que o chamara publicamente de “frouxo” por não agir contra Alexandre de Moraes.

O que mobiliza a direita contra o STF não é a mesma causa que mobiliza a milícia. Esta pretende neutralizar o STF para escapar da prisão; aquela pretende limitá-lo à interpretação da Constituição e impedi-lo de ultrapassar a fronteira entre o intérprete da Constituição e o legislador.

Tem-se que o agronegócio não precisa dos milicianos para enfrentar sua batalha com o STF, como estes precisam da direita para materializar a guerra contra o Judiciário, em nome da liberdade para delinquir. A direita pode resolver suas contendas pela via política; as milícias, não.

O experiente advogado de muitos políticos, de diferentes matizes ideológicas, Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, calcula em duas dezenas os parlamentares já alcançados pelas investigações que culminaram com o 8 de janeiro e que estão no mesmo roteiro de Jordy e Ramagem.

A ex-deputada Joice Hasselmann que, bem ou mal, transitou pela intimidade do bolsonarismo, concorda com esse cálculo, desde que ele se refira apenas aos ex-integrantes do PSL. “No macro, é bem mais”, diz ela. A tirar por ambos, vem mais encrenca aí no roteiro de operações judiciais contra parlamentares.

O STF dobrou a aposta e realizou uma operação de busca e apreensão contra o vereador Carlos Bolsonaro na extensão das investigações sobre a Abin paralela – a rede de espionagem política ilegal comandada por agentes de inteligência a serviço do governo Bolsonaro. Não daria esse bote se não estivesse já respaldado por informações seguras e ainda sigilosas.

Até 2019, a milícia era um fenômeno de alcance e ação estaduais. O ciclo Bolsonaro lhe deu escala nacional e se a direita conservadora, mas democrática, continuar a trata-la como igual, estará se associando à ideologia do crime e contribuindo decisivamente para que o Congresso Nacional se torne, em pouco tempo, uma Alerj federal.

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Receita infalível para se tornar um colunista neocon de sucesso https://canalmynews.com.br/balaio-do-kotscho/receita-infalivel-para-se-tornar-um-colunista-neocon-de-sucesso/ Thu, 18 Jan 2024 17:56:41 +0000 https://localhost:8000/?p=41986 Fundamental é ser contra o governo, principalmente se for de esquerda. Nem o Vaticano deve ser poupado

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Para começar, é preciso ter diploma, qualquer um, para se diferenciar dos simples mortais. Vivemos a época dos especialistas em qualquer assunto. Não há mais lugar para genéricos autodidatas como Cláudio Abramo e Mino Carta.

Você pode ser sociólogo, filósofo, geógrafo, diplomata, médico, advogado, mas tem que ser um “ista” em qualquer área do conhecimento humano. Importante é sempre deixar claro que você não é jornalista, um ofício menor, para não ser obrigado a se ater à verdade factual e poder viajar à vontade nas tuas verdades absolutas.

Fundamental é ser contra o governo, principalmente se for de esquerda. Nem o Vaticano deve ser poupado. É preciso sempre combater o perigo “comunista”. Fazer cara de mau também ajuda, mas se permite um sorriso irônico e um balançar de cabeça vez ou outra, quando você discorda dos menos dotados de saber e inteligência.

Em qualquer plataforma, recomenda-se ser sempre contra o senso comum, duvidar da ciência, colocar minhoca na cabeça da plateia, confundir para depois explicar, criar polêmica, causar. Cancelar e humilhar quem pensa diferente também é recomendável. Gera leitura, cliques e audiência, o combustível do sucesso. É só ver o exemplo do inacreditável Javier Milei, que começou falando abobrinhas como colunista neocon de economia na TV e virou presidente da República, repetindo as mesmas ideias, que agora está colocando em prática.

O primeiro case de sucesso desta fauna foi o “filósofo” Olavo de Carvalho, que hospedou suas colunas em grandes jornais, não esqueçamos, antes de se tornar guru do nascente bolsonarismo, escola que também chegou ao poder. A ele se seguiram várias contrafações, até de jornalistas, mas quem brilhou mais foram os novos filósofos, que fazem cara de inteligência superior até para dar boa noite.

Outra dica infalível é fazer citações eruditas de autores desconhecidos para mostrar como os mortais que debatem com eles são ignorantes. Seja num programa do “mainstream” dos canais de notícias, num podcast ou no Domingão do Huck, repita sempre os mesmos bordões, não importa o assunto.

Faz parte do receituário naturalizar os autocratas mais bizarros e  os crimes contra a humanidade, levantando questões de semântica e semiótica, que ninguém vai entender, mas a plateia do papel ou da telinha achará bonito.

Ser um colunista neocon de sucesso não é para qualquer um. Tem que ter “feeling” para o negócio, pois é disso que se trata, e uma tremenda cara de pau para agradecer os aplausos. O que era um nicho de mercado nos tempos de Paulo Francis, outro precursor, virou tendência no preenchimento de vagas de novos colunistas, com preferência para os neocon.

Rubem Braga, coitado, não teria a menor chance nesse nicho.

Vida que segue.

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Ataque de histeria https://canalmynews.com.br/dialogos/ataque-de-histeria/ Thu, 18 Nov 2021 20:42:23 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/ataque-de-histeria/ A entrada de Sergio Moro no cenário político acarretou a reação dos extremistas de direita e de esquerda e dos viciados em dinheiro público, espalhados por todo espectro político/ideológico, que têm medo do combate à corrupção

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A entrada de Sergio Moro no cenário político acarretou a reação dos extremistas de direita e de esquerda e dos viciados em dinheiro público, espalhados por todo espectro político/ideológico, que têm medo do combate à corrupção.

O medo é da imagem do ex-juiz, que trouxe a única esperança de combate ao roubo do erário no Brasil. Eles fazem de conta não enxergar que a proposta é de um projeto de Brasil, um projeto de país, logicamente com um capítulo dedicado a estancar a roubalheira de recursos públicos.

Carlos Alberto Santos Cruz
Carlos Alberto Santos Cruz. Foto: Isac Nóbrega (PR)

Mas Sergio Moro é muito mais do que isso. Na sua apresentação, abordou amplo espectro de assuntos e mostrou determinação e confiabilidade. Por isso, a ansiedade dos extremistas virou ataque de histeria, porque extremistas são todos iguais. Do bolchevismo ao bolsonarismo.

Não se deve confundir o extremista com o eleitor normal, que tem as suas preferências, sejam elas quais forem. Eles, os extremistas, tampouco se confundem com potenciais adversários políticos que, de maneira racional e civilizada, mantêm suas disputas em ambiente de respeito e diálogo, possibilitando a construção de entendimentos.

Alguns extremistas reagem para continuar com acesso direto ao dinheiro público, o que atualmente é facilitado. Outros, para manter a impunidade ou por fanatismo. E alguns até por tudo isso. Mas todos escondem seus objetivos com o embuste das narrativas ideológicas ou, como surgiu agora, com a preocupação com os pobres!

O incentivo ao fanatismo é um dos problemas nacionais. Ele não está só criando problemas entre familiares e destruindo amizades. O fanatismo aprofunda a divisão do país, gera violência e incentiva o crime. Por enquanto, apenas aqueles crimes classificados no Código Penal como calúnia, difamação e injúria.

O fanatismo, atualmente se valendo dos recursos de mídia, emprega a tática usada pelos totalitarismos de esquerda e direita para manipular a opinião pública: o culto à personalidade, a substituição de discussão de ideias por ataques pessoais e o assassinato de reputações.

O fanatismo é irracional e se alimenta dele mesmo. Aceita e até promove o aparelhamento das instituições. Os fanáticos, independentemente da categoria profissional, do nível cultural, se comportam como uma seita.

O presidente da República que aí está venceu uma eleição legítima e assumiu, trazendo consigo a esperança de realizações (como todos os presidentes). Beneficiou-se do sentimento anti-PT (criado pelo próprio PT) e sequestrou o discurso de combate à corrupção.

No entanto, despreparado e irresponsável, traiu as expectativas, traiu os eleitores e traiu o que disse na campanha. É o símbolo da traição pessoal e institucional. Traiu o Brasil da mesma forma que, no dia 8 de setembro, traiu aqueles que acreditaram na fanfarronice alardeada no dia 7. Mais um descarado embuste político!

O presidente entregou os recursos públicos e a chave do cofre para comprar apoio e dificultar a responsabilização. Contentou-se em ficar só com o microfone, a moto, o jet sky e o avião para continuar o show.

O desrespeito foi estabelecido no país. Desrespeito pessoal, funcional e institucional. Mesmo as Forças Armadas, apesar da qualidade de seu pessoal (de soldado a general), da cultura profissional e da qualidade dos seus comandantes em todos os níveis, também sofrem os desgastes decorrentes do comportamento irresponsável, demagógico, populista e mal intencionado de quem tem a obrigação de respeitá-las e prestigiá-las. Felizmente, as Forças Armadas são sólidas na sua disciplina e na sua estrutura hierárquica e têm uma forte relação de confiança mútua com a sociedade.

As pessoas fanatizadas, sejam elas de qualquer categoria profissional, grau de escolaridade e grupo social, aceitam qualquer imoralidade e qualquer justificativa. Acreditam que o Hugo Chávez brasileiro é o “salvador da pátria” contra o comunismo, algo que ele ouviu falar mas não sabe do que se trata. O importante é a manipulação da opinião pública.

Os extremistas acreditam que o Brasil, agora sim, tem um líder “conservador-patriota-de direita”. Conservador de que?

A resposta a essa pergunta é até cômica. Patriota é quem une o país e promove o respeito e o aperfeiçoamento das instituições e não um representante da escória política cujo linguajar é chulo e inaceitável. Patriotas são todos os cidadãos de bem nesse país. Populista não é de direita nem de esquerda. É simplesmente populista. Assim como Lula destruiu a esquerda, Bolsonaro está destruindo a direita.

Os fanáticos, orientados por uma indústria de notícias falsas (fake news) sem escrúpulos, não hesitam em transformar o Brasil em um campo de ataques pessoais. Acabou a discussão de ideias.

Para manipular a opinião pública, usam sempre os mesmos chavões como globalistas, melancias, comuno-isentões ou, simplesmente, comunistas, sem dispensar o “recurso intelectual máximo” do palavrão. Tentam transferir para outros uma das características principais do seu “salvador da pátria” – a traição.

Tudo isso resulta da idiotização produzida pelo fanatismo e da tática criminosa copiada dos modelos totalitários. Haja vista os fanáticos que se auto promoveram à categoria de super-heróis de WhatsApp, de guardiões da pátria, de proprietários do patriotismo, das cores e dos símbolos nacionais (que são de todos os brasileiros), fazendo uso deles para o seu maniqueísmo, seus devaneios e demagogia.

A existência de meia dúzia de extremistas que acreditam em ideologias ultrapassadas não é o problema do Brasil. Esses representantes ideológicos, anacrônicos, serão inexpressivos e neutralizados pela sociedade, pela evolução e pelo progresso. O problema do Brasil é a fome, o desemprego, a desunião, a indecente desigualdade social, a imoralidade dos privilégios, o populismo, a qualidade do serviço público, a Educação, a Saúde, a Justiça, a desunião, o desrespeito, e também, é claro, a histórica e profunda cultura de fraude e corrupção. Infelizmente, o fanatismo também já pode ser acrescentado nessa lista.

O Brasil não pode ficar entre o dilema de uma polarização que só vai trazer prejuízos para o país. Temos opções fora dessa polarização inútil e altamente prejudicial. O Brasil não está condenado a essa mediocridade.

Nosso país tem jeito e a política pode ser séria. Existem muitos políticos sérios. Não precisamos desse show de baixo nível, quase que diário, de mensalão, de orçamento secreto, de festa de viciados em dinheiro público.

O ataque de histeria de pessoas e de grupos do tipo proprietários do patriotismo, guardiões da pátria, e super-heróis de WhatsApp, é sintoma positivo da presença de Sergio Moro e de outras opções no cenário político. É o começo do fim da polarização.

Eu vou apoiar Sérgio Moro nesse projeto. Um projeto para melhorar a vida dos brasileiros através da união nacional, do respeito e do aperfeiçoamento institucional.


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Ainda sou de esquerda https://canalmynews.com.br/voce-colunista/ainda-sou-de-esquerda/ Sat, 09 Oct 2021 16:02:33 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/ainda-sou-de-esquerda/ Atualmente, os debates em torno do posicionamento político “direita” ou “esquerda” são acompanhados da justificativa que a esquerda falhou e só nos resta a direita

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Atualmente, os debates em torno do posicionamento político “direita” ou “esquerda” são acompanhados da justificativa que a esquerda falhou e só nos resta a direita. Primeiramente, tal falha é relativa e, “segundamente”, se conformar com a direita por conta das falhas dos seus opositores é aceitar o erro, incondicionalmente. Espero me fazer entender neste breve artigo.

Quando há um embate de forças contrárias, nos contorcionismos políticos, por vezes, não ficamos do lado dos nossos naturais opositores. Não porque não concordemos com eles em determinados aspectos, mas por força de anulá-los, pensando nas passadas e futuras divergências. Há muito de emotividade em jogo, não é? Apoiá-los em determinado momento implica fortalecê-los para que em outro momento ele nos ataque. Triste contingência da convivência humana. Mas não vamos refletir aqui sob tal paradigma. Vamos pensar no plano das ideias.

Continuo sendo de esquerda - artigo Você Colunista

Dicotomizar parece ser uma postura inerente ao processo cognitivo, combinado a nossa necessidade social de se alinhar, de ser aceito em determinado grupo, animais gregários que somos. Desde sempre, neste sentido, se opuseram tradição e ruptura, clássicos e modernos, capitalistas e socialistas, conservadores e liberais; liberais e comunistas. Isto que entendemos por pós-modernidade é a consciência da necessidade do convívio dos contrários, uma simbiose, combinada ao desejo de nós localizarmos nos moldes da tradicional dicotomia. Complexo, eu sei.

O triste, prosaico, patético, nunca “demasiadamente humano”, trágico é quando a esquerda perde suas raízes utópicas e desgraçadamente se transforma em direita e, talvez, agudize as contradições da mais nefasta direita. Um abatimento profundo nas nossas mais profundas aspirações do ser, não é? Aliás, a esquerda nasceu da direita, foi uma resposta à tentativa de permanência de notórias injustiças.

Sempre houve, muito antes da Revolução Francesa – momento político em que se evidenciou o discernimento entre as duas bandeiras – dominadores e dominados. A esquerda nasceu da luta contra tal dominação e acontece destas coisas que só a dialética da realidade explica: os revolucionários liberais da Revolução Francesa mereceram, posteriormente, a adequada oposição do socialismo marxistas, em nome das contradições que surgiram.

Marx mesmo falava do herói burguês num determinado momento da história do capitalismo, no processo de defesa da utopia comunista, não é? O que eu quero dizer: burgueses foram esquerda em um momento e direita em outro. Historicamente, a humanidade, a esquerda, lutando contra o poder injusto abraçou a causa de permanência no poder e essencialmente se corrompeu.

A história dos sindicatos é bem representativa disto. Os sindicatos, resumindo aqui brutalmente o processo, nasceram da mais inominável exploração humana, durante a Revolução Industrial. Foram, pois, extremamente salutares à humanização das relações humanas, mas fecharam-se numa burocracia de poder, como todos conhecemos, e pecaram muito neste processo: perderem suas raízes históricas da luta de classes.

A utopia comunista de Marx previa três estágios, depois do esgotamento do fôlego do capitalismo: (1) a luta (revolução); (2) a ditadura do proletariado e (3) a sociedade sem classes, o comunismo. A coisa não aconteceu com ele previa.

A revolução não foi mundial como profetizou preliminarmente Marx, mas ficou restrita à extinta União Soviética e se perdeu na ditadura do proletariado, nunca alcançando o terceiro estágio, reduzindo-se, pois, a governos totalitários. Ora, a esquerda perdeu sua essência, perdeu a utopia que essencialmente a nutria, mas, desgraçada e erroneamente, tornou-se símbolo do posicionamento esquerdista, até seu justificável esfacelamento, juntamente com a simbólica derrubada do muro de Berlim.

Hoje parece que vivemos sob a hegemonia do capitalismo, mas não é bem assim, porque a utopia não morreu e as contradições das relações sociais ainda são escandalosas e suscitam um posicionamento crítico que, aliás, é meu lugar social. Pois é, ainda sou esquerda.

Trailer do filme “O Jovem Karl Marx” (Raoul Peck, 2017)/Reprodução/Redes Sociais

Quem é Dante Gatto?

Dante Gatto é doutor em Letras pela UNESP de Assis/SP e professor da Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT)

* As opiniões das colunas são de responsabilidade do autor e não refletem necessariamente a visão do Canal MyNews


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Partidos de Oposição convidarão centro-direita para protestos unificados contra governo Bolsonaro https://canalmynews.com.br/politica/partidos-de-oposicao-convidarao-centro-direita-protestos-contra-governo-bolsonaro/ Thu, 09 Sep 2021 01:50:45 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/partidos-de-oposicao-convidarao-centro-direita-protestos-contra-governo-bolsonaro/ Manifestações multipartidárias contra o governo Bolsonaro devem acontecer em 3 de outubro e em 15 de novembro

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Os partidos que compõem a oposição ao governo Jair Bolsonaro (sem partido) organizarão dois atos unificados, nos meses de outubro e novembro, para protestar contra o governo Bolsonaro e as recorrentes ameaças de golpe que têm sido realizadas pelo presidente e por seus simpatizantes. PT, PSB, PSol, PDT, PCdoB e Rede irão convidar o MDB, o PSD, o PSDB e o DEM para se juntarem a duas manifestações. A primeira deve ser realizada em 3 de outubro, em referência à promulgação da Constituição de 1988 (5 de outubro), e o segundo será em 15 de novembro – quando se comemora a Proclamação da República.

“É preciso impedir o sequestro das datas e dos símbolos nacionais que os bolsonaristas estão empreendendo. Os bolsonaristas sequestraram o dia da Independência do Brasil”, afirmou o deputado federal Alessandro Molon (PSB-RJ), em entrevista ao Quarta Chamada, no Canal MyNews. Molon lembrou que no próximo dia 12 de setembro está marcada uma manifestação organizada pelo Movimento Brasil Livre (MBL), também contra o governo Bolsonaro.

Bolsonaro discursou em manifestação no 7 de setembro de 2021
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) discursou em manifestação realizada em Brasília no 7 de setembro, quando fez ameaças ao STF e ao ministro Alexandre de Moraes/Foto: Foto: Marcos Corrêa/PR

Apesar de reconhecer que não há tempo hábil para articular a participação dos movimentos de esquerda para o ato do dia 12 – haja vista existirem divergências políticas com o MBL, que foi um dos maiores apoiadores do golpe contra a presidente Dilma Rousseff (PT), que culminou com o impeachment, em 31 de agosto de 2016 – Molon acredita na possibilidade de construir atos que reúnam todos os partidos e militantes contra o governo Bolsonaro, em datas futuras.

“Bolsonaro é o senhor do caos. Ele aposta no caos e no confronto. É preciso lembrar que pesquisas apontam que para cada brasileiro que apoia o governo, existem dois que são contra. Dá pra construir para outubro um anto que unifique todo mundo, porque vai dar conforto a todos [os grupos para participarem] já na convocação”, analisou o deputado federal.

“Congresso precisa ser um problema para quem quer dar um golpe”, considera Molon

Para Alessandro Molon o pronunciamento do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) sobre as ações e discursos de Bolsonaro no dia 7 de setembro foi muito “aquém do necessário”. “Era preciso que a Casa dissesse que basta dessa escalada autoritária. Afinal de contas, as ameaças foram feitas na frente do Congresso Nacional, para tentar intimidar o Judiciário e anunciar um golpe. Hoje era um dia para o presidente da Câmara ter dito ‘Basta! Não assistiremos inertes essa escalada’”, apontou o deputado, acrescentando que, acima de todos o partidos, na condição de presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira representa toda a Casa.

Molon também discordou da afirmação de Arthur Lira, quando afirmou que “uma democracia vibrante se faz com atos como os de ontem”. “Defender o fechamento do STF não é uma defesa válida na democracia. [o presidente da República] Não pode fazer o que fez. A pauta de quem defende o fechamento do Congresso Nacional é inaceitável. O congresso precisa ser um problema para quem quer dar um golpe”, finalizou.

Quarta Chamada conversou com o deputado federal Alessandro Molon (PSB-RJ) sobre reações ao dicurso antidemocrático de Jair Bolsonaro no 7 de setembro

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Há denominador comum para impeachment de Bolsonaro, diz cientista político sobre carreatas https://canalmynews.com.br/politica/ha-denominador-comum-para-impeachment-de-bolsonaro-diz-cientista-politico-sobre-carreatas/ Mon, 25 Jan 2021 17:58:08 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/ha-denominador-comum-para-impeachment-de-bolsonaro-diz-cientista-politico-sobre-carreatas/ Movimentos de esquerda e direita ainda não se uniram, mas expressam uma mesma reivindicação quanto ao atual presidente

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Carreata contra o presidente Jair Bolsonaro em São Paulo
Carreata em São Paulo pede o impeachment de Jair Bolsonaro.
(Foto: Guilherme Gandolfi/Fotos Públicas)

O último final de semana (dias 23 e 24) foi marcado por protestos contra Jair Bolsonaro (sem partido), que aconteceram em pelo menos 21 capitais brasileiras e o Distrito Federal. Os atos, representados de maneira geral por carreatas, criticaram a postura federal frente à pandemia, além de exigirem a volta do auxílio emergencial e o impeachment do presidente.

Os movimentos políticos de esquerda Frentes Brasil Popular e Povo sem Medo, com apoio da Central Única dos Trabalhadores (CUT), convocaram manifestações para o sábado (23). Já no domingo (24), as organizações de direita Movimento Brasil Livre (MBL) e Vem Pra Rua foram responsáveis pela ordenação das ações – as expressões contrárias à administração federal foram registradas em 45 cidades.

Para o cientista político Rodrigo Prando, as divergências ideológicas entre os movimentos devem se portar como dimensões de um segundo plano, a fim de unificarem os interesses em comum, viabilizando o progresso nacional por intermédio da soberania popular.

“Não sejamos ingênuos: dentro de cada carreata, cada grupo ou cada partido existe líderes com interesses muito peculiares, particulares. No entanto, parece que a maioria, dentre os que estão protestando, tentam unificar o discurso de defesa da democracia”, esclareceu Prando.

Referindo-se à base eleitoral sólida do presidente, compositora de 30% de seus votos, o cientista político afirma que “é obvio que não dá para pensar que duas carreatas distintas, uma no sábado e outra no domingo, significará uma coalização em 2022 contra o governo Bolsonaro. Mas há um denominador comum, isto é, defender a democracia e explicitar que a gestão e escolhas do Bolsonaro – e dos bolsonaristas – têm gerado uma situação extremamente ruim para o país”.

As manifestações ocorrem em um momento no qual a popularidade de Bolsonaro apresenta forte queda, identificada por três pesquisas de opinião – Datafolha, Exame/Ideia e XP/Ipespe.

Os resultados das três pesquisas coincidem com uma piora na percepção da atuação de Bolsonaro para enfrentar a pandemia de Covid-19. O caos na saúde no Amazonas, somadas aos atropelos internos e diplomáticos quanto às vacinas ajudam a alavancar a reprovação ao presidente e seu governo.

No entanto, também segundo a pesquisa Datafolha que apontou queda na popularidade de Bolsonaro, 53% dos entrevistados opinam que a Câmara dos Deputados não deveria abrir um processo por crime de responsabilidade contra o presidente.

Carreata em São Paulo pelo impeachment de Jair Bolsonaro, puxada por MBL e Vem Pra Rua
Carreata em São Paulo pelo impeachment de Jair Bolsonaro, puxada por MBL e Vem Pra Rua.
(Foto: Twitter/Vem Pra Rua)

Cisma partidária

Na manhã desta segunda-feira (25), em um encontro com apoiadores na frente do Palácio da Alvorada, Bolsonaro ironizou o tamanho das carreatas ao responder um apoiador que disse ser de Campo Grande (MS) – única declaração a respeito dos movimentos que ocorrem no final de semana. “Campo Grande? Eu vi uma carreata monstro lá de uns 10 carros contra mim”, afirmou, sorrindo.

Durante a conversa, o presidente disse novamente que decidirá, até março, se continua com o projeto de criação do partido ‘Aliança pelo Brasil’ ou se optará pela filiação à uma sigla já existente.

“É muita burocracia, é muito trabalho, certificação de fichas, depois passa pelo TSE [Tribunal Superior Eleitoral] também. O tempo está meio exíguo para gente. Não vamos deixar de continuar trabalhando, mas vou ter que decidir. Não é por mim, não estou fazendo campanha para 22”, falou.

Prando explica que a palavra partido “significa também assumir uma posição. Então, temos que pensar qual é o elemento denominador de tudo isso, quem é o adversário a ser batido.” Retornando aos protestos separados por princípios políticos, mas similares quanto ao propósito, o cientista citou que “é impossível imaginar que partidos não levem suas bandeiras, também existe a livre manifestação do pensamento: as pessoas estão angustiadas, há uma sucessão de equívocos, todos decididos pelo governo ao longo da pandemia”.

“Uma sociedade hiper conectada está com seus fios desencapados, e um curto-circuito pode mudar o humor da população […] Cada um tem de se posicionar e se manifestar de acordo com a sua consciência e convicções. Durante muito tempo, nas redes sociais, os bolsonaristas foram vigorosos, com um discurso que calou muita gente por medoAgora, as redes não são apenas dessa base, existe uma reação online e nas ruas”, complementou Prando.

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