Arquivos guerra - Canal MyNews – Jornalismo Independente https://canalmynews.com.br/tag/guerra/ Nosso papel como veículo de jornalismo é ampliar o debate, dar contexto e informação de qualidade para você tomar sempre a melhor decisão. MyNews, jornalismo independente. Wed, 12 Feb 2025 19:07:06 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.7.2 Helicópteros são atingidos e vias fechadas após confronto no Rio de Janeiro https://canalmynews.com.br/brasil/helicopteros-sao-atingidos-e-vias-fechadas-apos-confronto-no-rio-de-janeiro/ Wed, 12 Feb 2025 19:07:06 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=50851 Tiroteio também deixa 3 pessoas baleadas, situação ocorre na zona norte carioca

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Mais um dia de pânico no estado do Rio de Janeiro. Nesta quarta-feira (12), um tiroteio obrigou o fechamento da Avenida Brasil e da Linha Vermelha, na altura da Cidade Alta, nos dois sentidos. Durante o confronto, três pessoas foram baleadas.

Aliás, sobre os feridos, criminosos atingiram duas das três vítimas em um ônibus que passava pelo local. Socorristas levaram um dos feridos ao Hospital Getúlio Vargas, na Penha, Zona Norte, enquanto os outros dois seguiram para o Hospital Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias, na Baixada. Até o momento, as autoridades não divulgaram o estado de saúde deles.

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Todavia, além disso, os disparos também atingiram dois helicópteros da polícia, que precisaram fazer pousos forçados no Comando Naval da Marinha, na Penha. Uma das aeronaves, com dois impactos de bala, pertence ao Grupamento Aeromóvel (GAM) da Polícia Militar. Felizmente, os ocupantes não sofreram ferimentos graves, apesar do susto.

Motivo da operação no Rio de Janeiro

Tudo começou quando informações de inteligência indicaram que o traficante Álvaro Malaquias Santa Rosa, o Peixão, estava escondido em uma casa no Complexo de Israel. Diante disso, as polícias Civil e Militar foram acionadas para atuar em Parada de Lucas e Vigário Geral. Atualmente, Peixão está entre os criminosos mais procurados do Rio de Janeiro. Ele pertence a facção alto dominada Terceiro Comando Puro.

O Complexo de Israel reúne cinco comunidades: Cidade Alta, Vigário Geral, Parada de Lucas, Cinco Bocas e Pica-Pau. Juntas, essas regiões abrigam cerca de 134 mil pessoas. Durante a ação, criminosos também incendiaram barricadas em uma estação de trem, dificultando ainda mais a mobilidade na cidade.

Por questões de segurança, a própria Polícia Militar solicitou o fechamento da Avenida Brasil. “A Brasil está fechada por um protocolo de segurança”, explicou o porta-voz da PM, Maicon Pereira.

Além do bloqueio, diversas linhas de ônibus precisaram alterar seus trajetos. A SuperVia, responsável pelo transporte ferroviário no Rio de Janeiro, também se manifestou sobre o impacto do tiroteio na estação de Vigário Geral:

Nota da Supervia

“Em função de tiroteio nas proximidades da estação Vigário Geral, a circulação ficará entre Central do Brasil x Penha e Duque de Caxias x Saracuruna, sem a necessidade de troca de composição em Gramacho. As estações Penha Circular, Brás de Pina, Cordovil, Parada de Lucas e Vigário Geral encontram-se fechadas para embarque e desembarque. O intervalo no momento é de aproximadamente 30 minutos. Aguardamos o retorno das autoridades policiais para a normalização da operação e segurança de todos.”

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Brasileiro diz que situação é terrível e espera guerra total https://canalmynews.com.br/noticias/brasileiro-diz-que-situacao-e-terrivel-e-espera-guerra-total/ Tue, 01 Oct 2024 20:31:11 +0000 https://localhost:8000/?p=47249 Israel tem feito bombardeios massivos no sul do Líbano e sudoeste de Beirute; estima-se que os ataques dos últimos dias mataram cerca de 1 mil pessoas

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O empresário libanês naturalizado brasileiro Bassam Haddad, de 67 anos, contou que é “tensa e terrível” a situação em Beirute, a capital do Líbano, e que está na expectativa para ver se o conflito vai virar uma guerra total na região. Mesmo com a oferta de avião da Força Aérea Brasileira (FAB) para deixar o país, ele ainda não decidiu se vai voltar ao Brasil

“A situação está muito tensa e terrível, principalmente no sul do Líbano e no sul e sudoeste de Beirute, região que foi bombardeada bastante e onde continuam [os bombardeios]. A cada uma, duas ou três horas sempre tem um bombardeio. No nosso bairro, a gente escuta alguns bombardeios e não tem como trabalhar normalmente. Estamos na expectativa se que vai ter, ou não, uma guerra geral. Todo mundo está triste e chateado”, relatou o brasileiro.

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Desde o dia 25 de setembro, Israel tem feito bombardeios massivos no sul do Líbano e sudoeste de Beirute. Estima-se que os ataques dos últimos oito dias mataram cerca de 1 mil pessoas e que 1 milhão de habitantes deixaram suas casas, segundo agências das Nações Unidas (ONU). Na segunda-feira (30), as Forças Armadas de Israel anunciaram a invasão, por terra, do território libanês.

O libanês-brasileiro Bassam Haddad, em entrevista à Agência Brasil nesta terça-feira (1), afirmou que os bombardeios caem a cerca de 10 ou 15 quilômetros da sua casa. Além disso, não sabe se voltará ao Brasil por causa do trabalho e da família que vive no Oriente Médio.

“Pensar [em voltar ao Brasil] eu penso, tem minhas filhas que são brasileiras e minha ex-mulher que é gaúcha, mas estamos esperando uns dois ou três dias pra ver o que pode acontecer. É difícil largar tudo e ir embora, tem a empresa, a vida toda, minhas filhas trabalham, minha mãe é velhinha. Tem a família inteira aqui, não é fácil ir embora”, comentou.

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Bassam vive no norte de Beirute com as duas filhas que estudam e trabalham no país. Tem ainda um filho que vive em Porto Alegre (RS) e outro que estuda na Espanha. O libanês-brasileiro foi morar em São Paulo em 1983, quando se naturalizou brasileiro.

Ele deixou o Líbano por causa da guerra da década de 1980. Naquela época, Israel invadiu e ocupou o sul do Líbano e parte de Beirute. A ocupação israelense durou até o ano de 2000, quando o Hezbollah – criado nessa época – tomou o controle do sul libanês.

Famílias nas ruas

O empresário libanês-brasileiro viveu 15 anos no Brasil, mas já está há 26 anos de volta ao Líbano. Bassam Haddad contou que passou a maior parte do tempo dos últimos dias em casa e que sai apenas para comprar comida e tentar trabalhar nas regiões que não sofreram ainda bombardeios.

“Muita gente saiu de casa sem levar nada, apenas a própria roupa, e agora têm que arrumar moradia e alimentação. Não é fácil, tem famílias inteiras ficando na rua, famílias que tem casas e tiveram que fugir graças aos bombardeios israelenses. Os massacres de Israel bombardeiam civis, crianças e mulheres”, denunciou.

Israel alega que os bombardeios e a invasão do território são necessários para desmantelar o poder militar do grupo Hezbollah que, desde outubro de 2023, tem realizado ataques contra o norte de Israel em solidariedade à Faixa de Gaza e aos palestinos. O Hezbollah diz que os ataques só devem acabar quando Israel desocupar Gaza.

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Para o empresário, é falsa a narrativa de Israel de que eles apenas estão se defendendo. Ele entende que Tel-Aviv quer expandir suas fronteiras e subordinar os países vizinhos. Bassam defende que é o Exército Libanês, e não o Hezbollah, quem deve proteger o território do país. Porém, avalia que apenas o Hezbollah tem poder de fogo para se contrapor à Israel.

“O exército libanês não tem a força e não tem armas. Então, o Hezbollah foi obrigado a trazer e estocar armas, além de aceitar o apoio do Irã, para se defender de Israel. Os israelenses dizem que querem apenas eliminar o Hezbollah. Mas a gente não confia neles. Nós já tivemos experiência com eles. A gente sabe qual é o plano futuro deles. Eles querem que o povo que mora na região siga as ordens deles”, argumentou.

Assista abaixo ao Segunda Chamada de terça-feira (1º):

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Análise: Postura de Kamala Harris sobre a guerra em Gaza pode ser determinante na eleição https://canalmynews.com.br/opiniao/analise-postura-de-kamala-harris-sobre-a-guerra-em-gaza-pode-ser-determinante-na-eleicao/ Thu, 22 Aug 2024 19:08:49 +0000 https://localhost:8000/?p=46052 Michigan, estado que ajudou a eleger Trump em 2016, é o estado com a maior população de origem árabe nos Estados Unidos

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A postura da democrata Kamala Harris, candidata à presidência dos Estados Unidos, sobre a guerra na Faixa de Gaza, pode ser determinante para decidir a eleição, avaliou o jornalista Andrew Fishman, fundador do Intercept Brasil, durante participação no Segunda Chamada de quarta-feira (21). Na eleição de 2016, três estados americanos — Pensilvânia, Michigan e Wisconsin — inesperadamente votaram a favor de Donald Trump e deram vitória ao ex-presidente, com cerca de 80 mil votos. Michigan é o estado com a maior população de origem árabe nos EUA e, por isso, pode ser decisivo para definir o próximo presidente.

“Os membros da campanha de Kamala vêm dizendo que ela está lutando muito para que se alcance um cessar-fogo em Gaza, mas este não é o caso. É uma mentira. Ela não está diretamente envolvida nessas negociações”, disse Fishman, ressaltando que o desafio dos jornalistas, hoje, é “extrair o que a democrata representa”, uma vez que ela tem evitado dar entrevistas e estabelecer posicionamentos claros.

Leia mais: Por que enfrentar Kamala é o pior cenário para Trump?

“Os democratas estão dizendo há dez meses que estão empenhados nas negociações, mas nada acontece. Israel exige que o Hamas entregue tudo e assuma que perdeu a guerra. Isso não é cessar-fogo, é uma vitória absoluta”, acrescentou.

Na quarta-feira, o presidente dos EUA, Joe Biden, conversou com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, sobre negociações para um cessar-fogo e a libertação dos reféns em Gaza. Kamala também se juntou à conversa, que aconteceu em um momento crítico. No início desta semana, o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, declarou, em Israel, que esta pode ser a última oportunidade para um acordo.

Desde o início da guerra, em 7 de outubro de 2023, o Exército de Israel matou mais de 40 mil pessoas em Gaza, incluindo mais de 16 mil crianças, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (22) pelo Ministério de Saúde do Hamas. A cada hora, 15 pessoas, entre elas seis crianças, são mortas no enclave. No mesmo período, 35 pessoas são feridas, 42 bombas são lançadas e 12 edifícios são destruídos.

Veja o que disse Obama sobre Kamala Harris e por que ela está atraindo até republicanos:

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Lula merece todo o apoio https://canalmynews.com.br/colunistas/cid-benjamin/lula-merece-todo-o-apoio/ Fri, 23 Feb 2024 22:15:35 +0000 https://localhost:8000/?p=42503 Suas declarações ajudaram a isolar Israel, que hoje é o grande vilão da comunidade internacional

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Uma declaração do presidente Lula criticando o genocídio de Israel contra a população civil em Gaza provocou uma enxurrada de críticas da extrema-direita. Segundo alguns, ao usar a expressão “holocausto”, referindo-se às vítimas do massacre que está em curso, Lula “desrespeitou todos os judeus do mundo”. Lula merece todo o apoio.

Suas declarações ajudaram a isolar Israel, que hoje é o grande vilão da comunidade internacional. Faz uma guerra de extermínio contra outro povo, descumpre todas as resoluções da ONU, anexa territórios alheios pela força, pratica um apartheid e tem que ser vista como um pária internacional.

Indo adiante, sustento que é racismo um determinado agrupamento humano considerar-se um povo eleito por Deus, em detrimento dos demais. E isso é feito apoiado num texto religioso escrito há mais de dois mil anos! Como ficam os demais povos, não contemplados com esse “reconhecimento divino”?

Mas, falemos de “holocausto”, expressão que tanta polêmica tem causado. Assim como os sionistas se apropriaram da expressão “semita”, como se os palestinos também não o fossem, aparentemente fazem o mesmo com a palavra “holocausto”. Por isso, vale a pena nos determos em relação a ela.

“Holocausto” equivale a “shoah”, que em hebraico significa “destruição, ruína ou catástrofe”. A palavra tem sido usada para caracterizar a tentativa de extermínio de judeus pelos nazistas na primeira metade do século 20. Ela teve origem no Velho Testamento e significava o sacrifício de um animal, tendo início quando Abel levou um cordeiro como oferenda a Deus.

Antes do nazismo, “holocausto” já tinha também sido usado para designar massacres. Só a partir da Segunda Guerra Mundial o genocídio dos judeus passou a ser chamado de holocausto. Mas — é bom lembrar — mesmo nos tempos modernos, o extermínio de grupos humanos não começou com os nazistas.

Evidentemente, não tem qualquer sentido desenvolvermos uma comparação entre genocídios. A história da humanidade está recheada de matanças em grande escala. A falta de estatísticas confiáveis impede muitas vezes que se tenham números precisos. Mas se pode ter uma noção de grandeza.

Segundo a Enciclopédia Britânica, por exemplo, a população do Congo diminuiu de 20 ou 30 milhões para oito milhões de pessoas no fim do século 19, em virtude do extermínio promovido pelo rei Leopoldo II da Bélgica.

Entre 1915 e 1918, o Império Turco-Otomano promoveu um genocídio contra os armênios. Estimam-se em um milhão e meio de pessoas assassinadas, inclusive mulheres e crianças.

Em 1994, em Ruanda, cerca de um milhão de pessoas foram assassinadas durante pouco mais de cem dias.

Ainda maior foi a matança dos povos originários das Américas depois da chegada de Colombo. De novo esbarramos na falta de estatísticas confiáveis. Mas a estimativa é que tenham sido mortas 70 milhões de pessoas.

A expressão holocausto poderia ser usada nesses casos, ou em alguns deles? Ou estaríamos diante “apenas” de genocídios? Qual a diferença entre tragédias desses dois tipos?

Quando levanto essas questões não é para subestimar os crimes nazistas contra os judeus. É rigorosamente inaceitável o que ocorreu com eles. Mas também nos demais casos. E nem a matança de judeus, nem matança alguma, pode servir de atenuante para que descendentes das vítimas cometam crimes contra a humanidade.

Um ponto de partida é essencial para qualquer debate sério: a vida de uma criança judia vale tanto quanto a de uma criança da Palestina, da Armênia, do Congo, de Ruanda ou dos povos originários das Américas? Se houver acordo em torno a isso, podemos começar o debate. Caso contrário, não. Eu, pelo menos, me recuso a levar a sério interlocutores que não aceitem essa premissa.

Tampouco aceito que alinhamentos com base em critérios étnicos se sobreponham a uma postura humanista, norteando a defesa de A ou B. Quem quiser fazer isso, que o faça, mas não terá o meu respeito.

Os judeus são um povo que foi perseguido em vários momentos de sua história. São também um povo que já deu grandes contribuições à humanidade. Não merece ter conspurcada a sua história pelo comportamento assassino de Israel.

Por fim, uma última coisa.

Na sua justa denúncia dos crimes de Israel, Lula não pronunciou a palavra “holocausto”, que tanta celeuma causou e que, aparentemente, os sionistas pretendem monopolizar para os crimes de que foram vítimas.

Repito: Lula não pronunciou essa palavra.

Não sejamos desinformados (ou, pior, desonestos) no debate político.

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Netanyahu reage a fala de Lula sobre holocausto e convoca embaixador https://canalmynews.com.br/noticias/netanyahu-reage-a-fala-de-lula-sobre-holocausto-e-convoca-embaixador/ Tue, 20 Feb 2024 03:15:18 +0000 https://localhost:8000/?p=42448 Presidente brasileiro classificou as mortes em Gaza como genocídio

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Em entrevista coletiva durante viagem oficial à Etiópia, o presidente brasileiro classificou as mortes de civis em Gaza como genocídio, criticou países desenvolvidos por reduzirem ou cortarem a ajuda humanitária na região e disse que “o que está acontecendo na Faixa de Gaza com o povo palestino não existiu em nenhum momento histórico. Aliás, existiu quando Hitler resolveu matar os judeus”.

“Não é uma guerra entre soldados e soldados. É uma guerra entre um Exército altamente preparado e mulheres e crianças”, disse Lula.

Reação

Israel reagiu duramente às declarações de Lula. No domingo (18), o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse que a fala do presidente brasileiro equivale a “cruzar uma linha vermelha”.

“As palavras do presidente do Brasil são vergonhosas e graves. Trata-se de banalizar o holocausto e de tentar prejudicar o povo judeu e o direito de Israel se defender.”

O ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, pelas redes sociais, declarou Lula persona non grata em seu país.

“Nós não perdoaremos e não esqueceremos – em meu nome e em nome dos cidadãos de Israel, informei ao presidente Lula que ele é persona non grata em Israel até que se desculpe e se retrate por suas palavras.”

 

Alckmin diz que posição do presidente Lula é pela paz na Palestina

O vice-presidente, Geraldo Alckmin, disse nesta segunda-feira (19) que a posição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva é pela paz na Palestina. “O que ele defende é a paz. O que ele quer é a paz, que haja aí um cessar-fogo no sentido da busca pela paz”, enfatizou após participar de encontro na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

Alckmin comentou as declarações de Lula, que lembrou as mortes dos judeus na Segunda Guerra Mundial ao comentar sobre às mortes de palestinos, sobretudo mulheres e crianças, vítimas de ataques israelenses na Faixa de Gaza. “O que está acontecendo na Faixa de Gaza com o povo palestino não existiu em nenhum momento histórico. Aliás, existiu quando Hitler resolveu matar os judeus”, afirmou o presidente no último fim de semana.

O vice-presidente enfatizou ainda que, por diversas vezes, Lula condenou os ataques do Hamas contra a população civil de Israel em outubro do ano passado.

Em relação à colocação do presidente Lula, eu acho que é clara a sua posição. De um lado, deixou claro que a ação do Hamas foi uma ação terrorista, isso eu ouvi dele em vários pronunciamentos.

 

Governo chama embaixador do Brasil em Israel para consultas

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, chamou para consultas o embaixador brasileiro em Tel Aviv, Frederico Meyer, que embarca para o Brasil nesta terça-feira (20). Também foi convocado o embaixador israelense Daniel Zonshine para que compareça ainda nesta segunda-feira (19) ao Palácio Itamaraty, no Rio de Janeiro. 

Segundo nota divulgada pelo Itamaraty, as medidas foram tomadas “diante da gravidade das declarações desta manhã do governo de Israel”. Mauro Vieira está no Rio de Janeiro para a reunião do G20.

Na manhã desta segunda-feira, o ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, voltou a criticar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva por suas declarações sobre operações israelenses na Faixa de Gaza e declarou Lula persona non grata no país.

A declaração de “persona non grata” é um instrumento jurídico reconhecido e utilizado nas relações internacionais. É uma prerrogativa que os estados têm para indicar que um representante oficial estrangeiro não é mais bem-vindo como tal em seu território.

Em entrevista coletiva durante viagem oficial à Etiópia, o presidente brasileiro classificou as mortes de civis em Gaza como genocídio e criticou países desenvolvidos por reduzirem ou cortarem a ajuda humanitária na região. “O que está acontecendo na Faixa de Gaza com o povo palestino não existe em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu quando Hitler resolveu matar os judeus”, disse Lula.


No Segunda Chamada desta segunda-feira, 19 de fevereiro de 2024, Afonso Marangoni e o comentarista político João Bosco Rabello recebem o mestre em relações internacionais Marcos Magalhães e o filósofo Joel Pinheiro para debater a repercussão do assunto. Confira:

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Lula: é preciso evitar que conflito entre Israel e Hamas se alastre https://canalmynews.com.br/brasil/lula-e-preciso-evitar-que-conflito-entre-israel-e-hamas-se-alastre/ Tue, 21 Nov 2023 15:01:07 +0000 https://localhost:8000/?p=41335 À Cúpula Virtual Extraordinária do Brics, ele afirmou que é preciso acompanhar com atenção a situação na Cisjordânia ocupada

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta terça-feira (21) que é preciso evitar que o conflito entre Israel e o grupo palestino Hamas se alastre para os países vizinhos. Ao participar da Cúpula Virtual Extraordinária do Brics, ele afirmou que é preciso acompanhar com atenção a situação na Cisjordânia ocupada.

“Devemos atuar para evitar que a guerra se alastre para os países vizinhos. É valiosa e imprescindível a contribuição do Brics, em sua nova configuração, junto a todos os atores em favor da autocontenção e da desescalada”, disse.

“Temos longa experiência nacional que reforça nossa fé na paz criada por justa negociação diplomática. Em segundo lugar, não podemos esquecer que a guerra atual também decorre de décadas de frustração e injustiça, representada pela ausência de um lar seguro para o povo palestino”, acrescentou.

Para o presidente, os assentamentos ilegais israelenses na Cisjordânia continuam a ameaçar a viabilidade de um Estado palestino. “O reconhecimento de um Estado palestino viável, vivendo lado a lado com Israel, com fronteiras seguras e mutuamente reconhecidas, é a única solução possível. Precisamos retomar com a maior brevidade possível o processo de paz entre Israel e a Palestina”.

Em agosto deste ano, na Cúpula do Brics, o bloco aprovou a entrada de seis novos países-membros: Argentina, Egito, Etiópia, Irã, Arábia Saudita e Emirados Árabes, alguns deles diretamente envolvidos no conflito no Oriente Médio. A nova configuração passa a valer a partir de janeiro de 2024.

Resolução da ONU
Para Lula, neste momento o desafio é fazer com que a trégua humanitária determinada por uma resolução da Organização das Nações Unidas (ONU) seja implementado imediatamente. No último dia 15, o Conselho de Segurança da ONU aprovou a primeira resolução relativa à atual crise humanitária na Faixa de Gaza. O texto foi apoiado pelo Brasil.

“Em várias ocasiões, reiteramos o chamado pela liberação imediata e incondicional de todos os reféns. No entanto, tais atos bárbaros não justificam o uso de força indiscriminada e desproporcional contra civis. Estamos diante de uma catástrofe humanitária. Os inocentes pagam o preço pela insanidade da guerra, sobretudo mulheres, crianças e idosos”, disse Lula, manifestando grande consternação diante do elevado número de mortos.

Após pouco mais de um mês de conflito, mais de 12 mil pessoas morreram, sendo 5 mil crianças. Há ainda 29 mil feridos e 3.750 desaparecidos. “Como bem disse o secretário-geral da ONU, Gaza está se tornando um cemitério de crianças”, acrescentou o presidente.

A resolução, com foco na proteção de crianças, foi proposta por Malta e aprovada com 12 votos a favor. Estados Unidos, Reino Unido e Rússia optaram pela abstenção. O texto pede a implementação de pausas e corredores humanitários urgentes e prolongados em toda a Faixa de Gaza por um número suficiente de dias, para que ajuda humanitária de emergência possa ser prestada à população civil por agências especializadas da ONU, pela Cruz Vermelha Internacional e por outras instituições humanitárias imparciais.

O conflito
No dia 7 de outubro, o Hamas, que controla a Faixa de Gaza, lançou um ataque surpresa de mísseis contra Israel, com incursão de combatentes armados por terra, matando civis e militares e fazendo centenas de reféns israelenses e estrangeiros. Em resposta, Israel bombardeou várias infraestruturas do Hamas, em Gaza, e impôs cerco total ao território, com o corte do abastecimento de água, combustível e energia elétrica.

A guerra entre Israel e Hamas tem origem na disputa por territórios que já foram ocupados por diversos povos, como hebreus e filisteus, dos quais descendem israelenses e palestinos.

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Brasileiros ficam fora da 5ª lista de autorizados a deixar Gaza https://canalmynews.com.br/brasil/brasileiros-ficam-fora-da-5a-lista-de-autorizados-a-deixar-gaza/ Tue, 07 Nov 2023 17:15:42 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=41091 Expectativa do Itamaraty é que os 34 brasileiros que aguardam autorização para deixar a Faixa de Gaza sejam incluídos na lista nesta quarta-feira (8)

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A 5ª lista com estrangeiros autorizados a deixar a Faixa de Gaza divulgada nesta terça-feira (7) não contemplou os brasileiros. A lista tem o nome de 605 estrangeiros e é formada por uma maioria de alemães (159), seguidos por nacionais da Romênia (104), da Ucrânia (102), do Canadá (80), da França (61), da Moldávia (51), das Filipinas (46), e do Reino Unido (2).

A expectativa do Itamaraty é que os 34 brasileiros que aguardam autorização para deixar a Faixa de Gaza sejam incluídos na lista nesta quarta-feira (8), segundo o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira. O chanceler brasileiro disse que o ministro das Relações Exteriores de Israel, Eli Cohen, deu garantias a ele que os brasileiros deixariam a zona de conflito até amanhã.

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A fronteira de Rafah, que liga o Egito à Faixa de Gaza, é o único local para entrada e saída de pessoas ou mercadorias no enclave palestino. Estrangeiros e palestinos feridos estão sendo autorizados a deixar Gaza desde a última quarta-feira (1º). Porém, a fronteira foi fechada no último sábado (4) depois que Israel bombardeou um comboio de ambulâncias com feridos que haviam sido autorizados a deixar o país. A fronteira só foi reaberta nessa segunda-feira (6).

Segundo o Itamaraty, a lista com estrangeiros autorizados a deixar a Faixa de Gaza é elaborada por autoridades egípcias e israelenses.

Os 34 brasileiros que aguardam autorização para deixar a Faixa de gaza estão abrigados nas cidades de Khan Younes e Rafah, próximas à fronteira com o Egito. Segundo o Itamaraty, o esquema de resgate prevê auxílio desde a saída da Faixa de Gaza – com equipes e ônibus de prontidão, medicamentos e alimentação – até o embarque no Aeroporto do Cairo, onde um aeroporto da Força Aérea Brasileira (FAB) os aguarda.

Devido ao cerco imposto por Israel à Faixa de Gaza, os brasileiros e as agências de ajuda humanitária têm relatado falta de água potável, eletricidade, alimentos e remédios no enclave palestino. Segundo a ONU, a ajuda humanitária autorizada a entrar é insuficiente para cobrir as necessidades de cerca de 2,2 milhões de pessoas.

Assista:

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Um mês de guerra: mundo vê escalada de violência no Oriente Médio https://canalmynews.com.br/internacional/um-mes-de-guerra-mundo-ve-escalada-de-violencia-no-oriente-medio/ Tue, 07 Nov 2023 14:13:02 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=41083 Mundo acompanha a escalada da violência na guerra no Oriente Médio e mobiliza-se para um cessar-fogo, sem sucesso até o momento

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Sem perspectiva de fim, a guerra entre Israel e o Hamas chega a um mês nesta terça-feira (7). São mais de 10 mil palestinos mortos, incluindo 4.104 crianças, na Faixa de Gaza, segundo o Ministério da Saúde de Gaza. Do lado israelense, cerca de 1,4 mil pessoas morreram, a maior parte civis, e 240 são mantidas reféns, segundo o governo de Israel.

Este já é o conflito mais grave em 75 anos de história e desde que Israel e o Hamas se enfrentaram por dez dias em 2021.

O mundo acompanha a escalada da violência na guerra no Oriente Médio e mobiliza-se para um cessar-fogo, sem sucesso até o momento.

Ataque do Hamas
No dia 7 de outubro, o Hamas deu início ao mais grave ataque já promovido contra os israelenses.

As ações, sem precedentes na história, foram realizadas por mar, ar e terra, envolvendo ataques a um festival de música, invasão de kibutzim, sequestro de reféns, deixando centenas de civis israelenses mortos e feridos.

Eram 6h30 (horário local), um sábado, quando o Hamas disparou 5 mil foguetes, a partir da Faixa de Gaza, para atingir cidades israelenses, conforme notícias de agências internacionais. Lideranças do grupo afirmaram que a operação tem o propósito de “acabar com a última ocupação na Terra” e é uma resposta ao bloqueio imposto por Israel aos palestinos de Gaza, que já dura mais de uma década.

Por terra, homens armados se infiltraram no território israelense rompendo a cerca de arame farpado que separa Gaza e Israel.

Ofensiva israelense
Diante do ataque surpresa, Israel acionou as forças de segurança e declarou guerra, dando início à Operação Espadas de Ferro, com bombardeios intensos à Faixa de Gaza, onde ficam as bases do Hamas.

O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu disse que o grupo “pagará preço sem precedentes” e prometeu exterminar o Hamas.

Desde então, Israel tem disparado ataques aéreos diários à Gaza, estabeleceu bloqueio total – sem permissão para entrada de água, comida e combustível -, determinou que a população local, majoritariamente palestina, deixe o norte da região e se desloque para o sul; e convocou mais de 300 mil reservistas.

Neste momento, as forças de segurança afirmam ter cercado a cidade de Gaza e intensificam as ações terrestres.

Hamas reagiu, ameaçando executar um refém civil israelense a cada novo bombardeio em Gaza. O grupo permanece com contra-ataques a partir de túneis subterrâneos.

Crise humanitária
A escalada de violência do conflito passou a atingir hospitais, escolas e abrigos de refugiados em Gaza, ferindo e matando os civis mais vulneráveis, entre mulheres e crianças.

A região, onde vivem 2,3 milhões de pessoas – a maioria palestina – enfrenta grave crise humanitária. Organizações humanitárias internacionais e quem está no meio do conflito relatam a falta de água, alimentos, remédios, energia, internet e combustível.

Israel passou a autorizar a entrada de ajuda humanitária, em caminhões procedentes do Egito, em Gaza, porém especialistas argumentam que o volume é insuficiente.

Cessar-fogo
Desde o dia 7 de outubro, a comunidade internacional apela a um cessar-fogo imediato entre Israel e o Hamas para que os civis possam receber socorro e serem retirados da região do conflito. Observadores acusam Israel e o Hamas de crimes de guerra.

O Conselho de Segurança das Nações Unidas – formado pelos Estados Unidos, Rússia, China, França e Reino Unido – reuniu-se diversas vezes para definir qual ação tomar diante do conflito, mas não chegou a um consenso. Durante os 31 dias em que ficou à frente do Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU), o Brasil liderou tentativas de acordo entre os países-membros, mas as quatro propostas de resolução sobre o conflito foram rejeitadas.

Apesar da pressão internacional, Israel nega a possibilidade de encerrar os bombardeios na Faixa de Gaza e condiciona um cessar-fogo à libertação de todos os reféns pelo Hamas.

*Com informações das agências Reuters, Lusa e RTP.

Assista:

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Guerra na Era da IA: O Que Você Precisa Saber https://canalmynews.com.br/tecnologia/guerra-na-era-da-ia-o-que-voce-precisa-saber/ Mon, 23 Oct 2023 13:45:11 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=40782 Explore as implicações éticas e tecnológicas da inteligência artificial (IA) e da robótica na guerra marítima moderna, com foco em iniciativas como a Task Force 59 da Marinha dos Estados Unidos.

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Robótica e inteligência artificial (IA) não são mais elementos de ficção científica, mas sim componentes ativos na estratégia de guerra moderna, conforme os últimos noticiários que temos escutado diariamente. A Marinha dos Estados Unidos tem uma iniciativa chamada Task Force 59, que está usando robôs e IA para redefinir as regras do jogo no campo de batalha marítimo.

Não é só sobre vigilância e coleta de dados. Esses robôs têm o potencial de serem armados e entrar em ação, o que levanta questões éticas importantes. Quem seria responsável se um desses robôs autônomos cometesse um erro que resultasse em danos ou perda de vidas?

E não são apenas os Estados Unidos que estão nesse jogo. Países como a China também estão investindo pesado em tecnologia militar autônoma, tornando essa uma corrida global com implicações sérias para o futuro.

Imagine um cenário onde barcos e drones, totalmente sem tripulação humana, navegam pelos vastos oceanos do mundo. Isso já é realidade, e uma das iniciativas à frente dessa inovação é uma unidade especial da Marinha dos Estados Unidos.

Guerra IA

Imagem criada por Allex Ferreira & Midjourney

Essas embarcações e drones estão equipados com câmeras de alta resolução, radares sofisticados e até sensores subaquáticos que funcionam como “ouvidos”. A missão deles é clara: monitorar tudo e todos que estejam nas águas internacionais.

Segundo um artigo desse ano, a unidade alcançou sua capacidade operacional total e está trabalhando para criar um “oceano digital” de ativos conectados. Isso significa que cada parceiro e cada sensor coletam novos dados, adicionando-os a uma síntese inteligente de informações que funciona 24/7, desde o leito do mar até o espaço.

Guerra IA

Imagem criada por Allex Ferreira & Midjourney

Como sempre destaco nos meus textos sobre IA, não podemos falar de tecnologia avançada sem tocar na questão ética. Esses robôs, inofensivos enquanto coletam dados, têm um potencial bem mais sério: eles podem também ser programados para atacar. Estamos falando de máquinas que podem decidir sobre vida e morte.

A pergunta que sempre surge é: quem fica com a responsabilidade se algo sair dos trilhos? Como no caso do acidente envolvendo o carro da Tesla, se um desses robôs cometer um erro que custe vidas humanas, a culpa é de quem? Do programador? Do governo que deu o sinal verde? São questões que precisam ser debatidas agora, não quando for tarde demais.

Estamos entrando em uma nova era cheia de perguntas. Robôs e IA têm o poder de mudar a guerra como a conhecemos. Mas será que estamos prontos para as consequências? É uma pergunta que não tem resposta fácil, e talvez seja essa a questão. O que você acha? Estamos prontos para esse futuro, ou é um caminho que devemos pisar com mais cautela? Vamos abrir o debate.

Allex Ferreira, um artista visionário e fotógrafo, tem sido um pioneiro na intersecção de tecnologia e arte. Desde 2011, Allex tem explorado a tecnologia blockchain, sendo um dos primeiros adeptos do Bitcoin. Recentemente, voltou sua atenção para a inteligência artificial, integrando-a em seu trabalho artístico. Allex também contribui com escritos sobre blockchain, oferecendo uma perspectiva única sobre esta tecnologia revolucionária. Seja através da lente de uma câmera ou das últimas tendências tecnológicas, Allex sempre busca novas maneiras de unir tecnologia e arte.

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Na Espanha, Lula defende criação de um G20 da Paz https://canalmynews.com.br/politica/na-espanha-lula-defende-criacao-de-um-g20-da-paz/ Wed, 26 Apr 2023 14:39:22 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=37286 Presidente também vê contradição em críticas ao crescimento da China

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse, nesta quarta-feira (26), que a preocupação de alguns países com o crescimento econômico da China representa uma contradição aos princípios defendidos pelo Consenso de Washington, na década de 1980. O consenso é um conjunto de recomendações neoliberais visando o desenvolvimento econômico. Sobre a guerra entre Rússia e Ucrânia, o presidente brasileiro defendeu a criação de um G20 da Paz.

A afirmação foi feita durante encontro com o presidente espanhol, Pedro Sánchez, no Palácio da Moncloa, em Madri, na Espanha, após a assinatura de três memorandos de entendimento: sobre cooperações no Ensino Superior Universitário; entre os ministérios do Trabalho dos dois países; e uma carta de intenções na área de ciência, tecnologia e inovações.

“Quando vejo alguns países preocupados com o crescimento da China, fico me perguntando se a gente está lembrado do discurso que era feito nos anos 80, depois do famoso Consenso de Washington, quando se criou a ideia de que o mundo não teria mais problema se fosse globalizado. Mesmo as ministras mais jovens lembram de um discurso feito há 43 anos, de que a globalização era a saída para humanidade”, disse o presidente brasileiro.

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Lula acrescentou que, por conta do Consenso de Washington, “todas as megaempresas americanas investiram, não para desenvolver a China, mas para utilizar a mão de obra barata que a China oferecia naquele instante. Os chineses souberam tirar proveito do investimento. Mas quando o Trump foi candidato [à presidência dos EUA], começou a dizer que era preciso retirar as empresas que estavam na China. Já era tarde, porque a China já é a segunda economia mundial e possivelmente, no próximo ano, seja a primeira economia do mundo”, acrescentou.

O presidente brasileiro disse que o crescimento chinês se diferencia do de outros países pelo fato de ter ocorrido sem que o país passasse por guerra.

“Isso é uma demonstração de que somente com muita paz é possível você aproveitar o dinheiro produzido pelo povo para poder gerar emprego e bem-estar social. Por isso eu estou incomodado com a guerra que está acontecendo entre a Rússia e a Ucrânia. Ninguém pode ter dúvida de que nós brasileiros condenamos a violação territorial que a Rússia fez contra a Ucrânia. O erro aconteceu e a guerra começou. Agora não adianta ficar dizendo quem tá certo e quem tá errado. Agora o que precisa é fazer a guerra parar.”

Segundo Lula, só se discute um “acerto de contas” quando se para de dar tiros. “É assim nessa guerra e foi assim em todas as outras guerras. Mas nós vivemos um mundo muito esquisito, onde todos os membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU [Organização das Nações Unidas] são os maiores produtores e vendedores de arma do mundo. E são os maiores participantes de guerra do mundo”.

“Fico, portanto, me perguntando se não cabe a nós, outros países que não são [membros] permanentes do Conselho de Segurança da ONU, fazermos uma mudança. Por que Brasil, Espanha, Japão, Alemanha, Índia, Nigéria, Egito, África do Sul não estão [como membros permanentes]? Quem determina atualmente são os vencedores da 2ª Guerra, mas o mundo mudou. Precisamos construir um novo mecanismo internacional que faça a coisa diferente. Acho que tá na hora da gente começar a mudar as coisas e tá na hora da gente criar um tal de G20 da Paz, que deveria ser a ONU”, acrescentou.

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A Otan, os EUA e a UE devem ‘começar a falar em paz’, diz Lula sobre guerra https://canalmynews.com.br/politica/a-otan-os-estados-unidos-e-a-uniao-europeia-devem-comecar-a-falar-em-paz-diz-lula-sobre-guerra/ Mon, 24 Apr 2023 12:26:08 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=37234 O Brasil, segundo ele, não quer se alinhar à guerra

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Em entrevista à agência de rádio e televisão de Portugal ( RTP), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que é fundamental que os países trabalhem em um plano de paz que consiga levar à mesa de negociação os líderes russos e ucranianos, com o apoio dos Estados Unidos, da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e da União Europeia (UE).

O presidente procurou esclarecer a posição brasileira em relação à guerra na Ucrânia afirmando que o Brasil não tem posição ambígua. “Eu não sei quem interpreta isso dessa forma. o Brasil tem uma posição clara: condena a Rússia por invadir o espaço territorial da Ucrânia, ponto”. Acrescentou que o país não quer “é se alinhar à guerra, o Brasil quer se aliar a um grupo de países que trabalhem para construir a paz”.

“Se toda a gente se envolve diretamente na guerra, a pergunta que eu faço é a seguinte: quem é que vai conversar sobre paz? Quem é que vai conversar com os governos que estão em guerra para discutir a paz? Quem é que vai dar esse passo?”, questionou Lula, reafirmando a importância de formar um grupo de países que trabalhe para por fim ao conflito.

“É preciso construir uma narrativa que convença Putin e Zelensky de que a guerra não é a melhor maneira para resolver os problemas. A Otan, os Estados Unidos e a União Europeia devem “começar a falar em paz e a discutir a questão”.

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Polêmica
O tema da guerra e declarações recentes do presidente provocaram polêmica nos dias anteriores à visita de Lula a Portugal. Lula disse que as pessoas têm direito de opinião em uma democracia e que ele se limita a cumprir uma visita a um país-irmão com quem o Brasil tem relações privilegiadas.

“Em Portugal, há também certa polarização com um lado mais extremista de direita com os outros partidos, mas eu não tenho nenhum problema, não vim aqui para entrar na polêmica com o Parlamento português. Vim para cumprir uma agenda e as pessoas não são obrigadas a gostar do Lula, não são obrigadas a gostar do presidente do Brasil”.

Período de prisão
Na entrevista à RTP, o presidente falou também sobre o período que passou na prisão após a condenação a nove anos e seis meses (mais tarde 12 anos e um mês) pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro na ação penal envolvendo um triplex no Guarujá, em São Paulo. Ele disse que foi um tempo de preparação para o regresso à vida política.

“Fui vítima da mais grave mentira já contada na política brasileira, uma tentativa de me tirar da eleição [presidencial], conseguiram me tirar da eleição”, lamentou o presidente. referindo-se ao processo de corrupção que determinou a sua detenção por um período de 17 meses, acrescentando que nesse período aproveitou para fazer um exercício de paciência, de consciência. “Para me preparar porque tinha muita certeza de que ia voltar a ser presidente da República, e eu tinha essa vontade porque era preciso consertar o Brasil”.

“O Brasil que tínhamos construído em três mandatos e meio do PT, com a maior inclusão social da história, tudo isso foi desmontado. Então, eu tinha de reconstruir isso e estou fazendo”, afirmou Lula.

Maioria parlamentar
O presidente admitiu a ausência de uma maioria parlamentar, mas destacou a importância da “arte de conversar” e da capacidade de extrair desse diálogo o que é melhor para o povo brasileiro. Para ele, o contrário dessa capacidade de negociar “é uma barbárie antidemocrática” em que se caminha para “um pensamento fascista e autoritário” típica dos negacionistas da política.

“Nós não podemos negar a política” porque “a política é a arte do exercício da democracia e é importante sermos capazes de negociar com os que pensam o contrário”.

Diálogo
Sobre a situação no Brasil, ele apontou o caminho do diálogo que combata a polarização e possa “fazer do brasileiro aquele povo generoso que sempre foi, que gosta de música, que gosta de futebol, que gosta de ser alegre, que gosta de ser educado e que perdeu isso por causa de um presidente fascista que governou o país durante quatro anos”.

Combate à fome
Segundo o presidente, seu grande projeto político baseia-se numa ideia simples, ainda que difícil de realizar: que todos os brasileiros possam fazer três refeições por dia.

Ao ser questionado sobre a forma como pretende acabar com a fome no Brasil, sendo que atualmente 33 milhões de pessoas se encontram nessa situação, ele disse que a questão é solucionar o problema do dinheiro – que é mal distribuído no orçamento. “Cuidar dos pobres é investimento, aumentar o salário mínimo é investimento”.

Sobre o perigo de aumentar a dívida, Lula lembrou o seu passado, em que provou que era capaz de fazer as coisas sem criar problemas. “Responsabilidade nós temos e vamos colocar em prática”, assegurou.

Com informações da RTP – Rádio e Televisão de Portugal.

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A farsa e a tragédia da guerra https://canalmynews.com.br/colunistas-convidados/a-farsa-e-a-tragedia-da-guerra/ Tue, 21 Mar 2023 14:07:06 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=36484 A farsa, hoje totalmente admitida, foi construída para que parecesse que a guerra era inevitável, mais do que isso, necessária

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O título deste artigo é óbvio. Qual das guerras travadas pela humanidade não foi construída sobre uma farsa? Afinal, trata-se de um evento essencialmente elaborado para que homens matem outros homens, seus semelhantes. Qual das guerras não ajudou a instaurar tragédias? Homens são mortos, às vezes em números inimagináveis. Depois delas o processo de tentativa de reconstrução é, quase sempre, tão doloroso quanto o seu desenrolar.

Entretanto, quero me concentrar na conhecida frase do filósofo alemão Karl Marx (1818-1893): “Hegel observa em uma de suas obras que todos os fatos e personagens de grande importância na história do mundo ocorrem, por assim dizer, duas vezes. E esqueceu-se de acrescentar: a primeira vez como tragédia, a segunda como farsa”. Esta frase figura em uma de suas mais importantes obras: O 18 de Brumário de Luís Bonaparte (São Paulo, Boitempo, 2011).
Há 20 anos, no dia 20/03/2003, estava em uma entrevista para o excelente jornalista Roberto Cabrini em uma emissora de TV, discutindo exatamente a possibilidade de uma guerra contra o Iraque. Já era noite avançada.

Quando estava saindo Cabrini me perguntou se acontecesse alguma coisa ele poderia me chamar, mesmo que fosse de madrugada. Eu concordei e me retirei. Quando cheguei em casa fui chamada para retornar: a Guerra do Iraque, com a invasão de seu território começara, mesmo sem o apoio da ONU. Assim, principalmente os EUA e a Inglaterra, através de seus próceres, respectivamente George Walker Bush e Tony Blair, deram início à farsa e à tragédia.

A farsa, hoje totalmente admitida, foi construída para que parecesse que a guerra era inevitável, mais do que isso, necessária. O Iraque, através de Saddam Hussein, possuiria armas de destruição em massa e seria, portanto, um perigo que precisava ser contido.

Os que viveram aqueles tempos hão de se lembrar do Secretário de Estado dos EUA, o respeitado – até aquela data – general reformado Colin Powell, em fevereiro de 2003, em um discurso na ONU, segurando um pequeno frasco em suas mãos – seria do tamanho usado para conter antraz – afirmando que o Iraque enganara os inspetores nucleares e as armas de destruição em massa existiriam. Farsa armada, construção do pretexto para a guerra. A guerra se desenrolou e as tais armas nunca foram encontradas. Não existiam, como cansara de afirmar o governo iraquiano.

O general teve tempo para se arrepender. Abandonou o partido republicano de Bush e, depois, apoiou Barak Obama. De nada adiantou, a tragédia já havia se instaurado.

As tropas estadunidenses só se retiraram do país em 2011 deixando um saldo de aproximadamente 200.000 mortos (cerca de 120.000 civis iraquianos) e muitas denúncias de atrocidades. São bastante conhecidas as denúncias de torturas de prisioneiros. As mais notórias foram as do presídio de Abu Ghraib, envolvendo abuso físico e sexual, tortura, estupro e assassinato.

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Tudo isso em nome da defesa da democracia. Além de proteger o mundo contra as armas de destruição em massa, os invasores também estariam livrando o povo do Iraque de um governo sanguinário e devolvendo o país à liberdade, detendo a opressão.

Depois de uma acirrada procura Saddam Hussein foi encontrado, preso, julgado e morto. Em frente às câmeras. A população mundial pode acompanhar sua morte, enforcado do mesmo modo como acompanhara as imagens de soldados americanos, quando da invasão, derrubando sua estátua em Bagdá.

Para acrescentar mais dramas a essa tragédia o país vivenciou, entre 2006 e 2008 uma guerra civil que opôs os três principais grupos do país: muçulmanos xiitas, muçulmanos sunitas e curdos. Além disso, entre 2014 e 2017, uma parte do território iraquiano foi ocupado pelo grupo do Estado Islâmico, com o corolário de violências conhecidas.
Eleições têm acontecido, mas sem que isso represente pacificação, desenvolvimento e, muito menos, melhoria das condições da população.

O riquíssimo país, um dos maiores produtores de petróleo, convive com a miséria e com o caos diário dos cortes de energia e das falhas no abastecimento.

20 anos depois é necessário que o mundo se debruce sobre essa tragédia sem fim. Ao lembrar essa data que nos afastemos, de uma vez por todas, das interferências externas em problemas internos. Se há uma solução para esses problemas somente a população local pode encontrá-la.

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Com milhares de mortos e refugiados, guerra na Ucrânia completa um ano https://canalmynews.com.br/internacional/com-milhares-de-mortos-e-refugiados-guerra-na-ucrania-completa-um-ano/ Fri, 24 Feb 2023 13:03:39 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=36096 Especialistas ajudam a entender o que está por trás do conflito

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Rússia e Ucrânia completam nesta sexta-feira (24) um ano de conflito. Milhares de vidas foram ceifadas, milhões de pessoas tiveram de deixar suas casas para tentar a vida em outros países e milhões de crianças abandonaram as escolas. Verdades e mentiras são espalhadas não apenas pela internet, mas também por fontes oficiais.

Para se ter uma ideia do desencontro de informações, o número de mortos varia, dependendo da fonte, de cerca de 7 mil, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), a mais de 300 mil, de acordo com fontes militares consultadas por mídias europeias.

Em meio a todo esse cenário de dúvidas e incertezas, a Agência Brasil buscou com especialistas e intelectuais referências que possibilitem aos leitores entender o que está, de fato, por trás do conflito.

Professor do Instituto de Relações Internacionais da Universidade de Brasília (UnB), Roberto Goulart Menezes explica que o embate vai muito além de duas nações, o que de certa forma lembra a antiga Guerra Fria, na qual os Estados Unidos (EUA) e a União Soviética se enfrentavam indiretamente, na busca por ampliar áreas de influência em diferentes regiões do planeta.

“Podemos denominar o conflito como uma guerra por procuração, após a Rússia ter violado a soberania territorial e o direito internacional, quando invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022”, diz o professor. Segundo ele, ao enfrentar a Ucrânia, a Rússia tem um embate “contra a Otan [Organização do Tratado do Atlântico Norte] e contra a principal liderança do grupo: os Estados Unidos, embora não estejam diretamente atuando no conflito”.

“O que está acontecendo, na realidade, não é guerra da Ucrânia. É guerra na Ucrânia. É uma guerra do Ocidente contra a Rússia”, afirma o diretor do Instituto de Politicas Públicas e Relações Internacionais da Universidade Estadual Paulista (Unesp), professor Hector Luis Saint-Pierre.

Temores
Para os especialistas, a situação atual se deve, entre outros fatores, ao temor de avanço da Otan nos países próximos à fronteira com a Rússia, bem como ao receio de avanço de tropas russas em territórios de países vizinhos.

“O ponto inicial foi de expansão da Otan em direção às fronteiras da Rússia. Durante o governo de George Bush, entre 2001 e 2009, os EUA vinham desenvolvendo, por meio da Otan, uma espécie de escudo espacial para tentar neutralizar boa parte dos armamentos da Rússia que pudessem ser utilizados contra países europeus”, afirma Menezes.

A hostilidade, lembra o professor, só cresceu nos últimos 20 anos. “A Rússia até chegou a ter uma parceria especial com a Otan”, mas a situação mudou, sobretudo a partir de 2014, quando invadiu e anexou a Crimeia.

Menezes lembra ainda que o argumento reiteradamente utilizado pelo presidente russo, Vladimir Putin, foi de que, com a expansão da Otan em direção aos países do antigo Leste Europeu, a Ucrânia estava prestes a se tornar membro permanente do grupo liderado pelos EUA.

“Só que a Rússia considera que a Ucrânia na Otan significa a Otan em fronteiras russas, o que inclui o temor de nuclearização do território ucraniano”, completou o professor da UnB.

Para ele, o fato é que a Rússia invadiu a Ucrânia e não esperava a reação do país e o apoio da opinião pública que está recebendo, além do apoio militar. Desde então, as relações entre Otan/EUA e Rússia tem degringolado cada vez mais”, acrescentou ao classificar a Rússia como “agressora”.

Presidente deposto
Na avaliação do diretor da Unesp, Saint-Pierre, um fator relevante para a situação atual foi o fato de a Ucrânia ter sofrido um golpe de Estado em 2014, após a destituição do presidente eleito Viktor Yanukovych, em meio aos violentos protestos da chamada “Revolução da Dignidade”, iniciada na capital Kiev.

O presidente deposto refugiou-se na Rússia, em meio à acusações de ser responsável pela morte de manifestantes. Foi então instalado um governo interino, com o apoio de grupos de direita. Nas eleições seguintes, em maio de 2014, foi eleito Petro Poroshenko, um político favorável à aproximação da Ucrânia com o Ocidente.

“O golpe de 2014 foi contra um governante eleito que não pretendia entrar na Otan. Por isso, foi golpeado e destituído. A partir daí, foi montada uma estrutura de avanço contra toda cultura russa, na Ucrânia e a na Crimeia, onde está boa parte da base naval russa”, argumentou.

Segundo Saint-Pierre, esse “golpe de Estado” teve o apoio financeiro dos Estados Unidos, “conforme declarado, inclusive, por parlamentares no próprio Congresso norte-americano”. O apoio financeiro acabou por “armar até grupos neofascistas, além de financiar laboratórios de guerra biológica”.

De acordo com Menezes, há, de fato, desde a independência da Ucrânia, a atuação de grupos neonazistas no país. “O Regimento Azov [milicia paramilitar] sempre foi controverso, pois foi fundado por ultranacionalistas e neonazistas ucranianos e atua na Região Leste do país. Mas isso é diferente de afirmar que toda a Ucrânia é fascista ou neonazista, como às vezes dizem os que tentam justificar a agressão”.

Risco nuclear
“O fato é que com sua independência, em 1991, a Ucrânia era o terceiro país no mundo em número de ogivas nucleares, com cerca de 1,9 mil dessas armas. Um acordo em 1994, envolvendo países europeus e os EUA, acabou resultando na transferência das ogivas à Rússia, com a concordância da própria Ucrânia, temendo um acidente nuclear ou mesmo a utilização ilegal desses armamentos por parte de grupos que não fossem do Estado ucraniano”, acrescentou Menezes.

O processo de negociação para a transferência das ogivas incluía garantias de que os limites fronteiriços seriam respeitados. Tratados foram assinados garantindo, de um lado, o respeito às fronteiras e, de outro, o não avanço da Otan nos países do Leste Europeu.

“Naquele momento, o que Putin exigia era plausível, que era o reconhecimento dos pactos tratados. No entanto, a própria Angela Merkel [então chanceler da Alemanha] reconheceu que nunca pensaram em cumprir os pactos, e que eles eram para dar tempo de a Ucrânia se armar e se preparar para criar uma resistência”, detalha Saint-Pierre.

O país então surpreendeu ao eleger presidente, em 2019, um outsider do mundo político: Volodimir Zelensky, um comediante que usava os próprios personagens durante a campanha eleitoral.

O então candidato adotou discursos antissistema, em uma campanha basicamente virtual, por meio de redes sociais. A liderança nas pesquisas de opinião e a eleição foram possíveis graças à rejeição da população a políticos tradicionais do país.

Crimeia
Tanto a Rússia quanto a Ucrânia reivindicavam a região da Crimeia, considerada estratégica pelo seu posicionamento geográfico. A disputa pelo território acentuou ainda mais a crise que já vinha crescendo entre os dois países.

“Os dois países faziam parte da União Soviética, que foi dissolvida em 1991. Antes disso, em 1956, o então presidente da União Soviética era ucraniano: Nikita Krushev, que, na época, cedeu o território da Crimeia para a Ucrânia”, explica Menezes.

Do ponto de vista russo, no entanto, a Crimeia teria muito mais vínculos históricos com a Rússia do que com a Ucrânia.

Em março de 2014, o Parlamento da Crimeia aprovou a entrada do país na Federação Russa – decisão que posteriormente foi aprovada pela população local, em referendo cujo resultado sofreu contestações devido a uma suposta “falta de monitoramento por terceiros”. Mesmo diante de questionamentos, a Crimeia oficializou pedido de adesão à Rússia.

Nesse contexto, o presidente deposto e exilado Yanukovych solicitou à Rússia que usasse forças militares para ajudar o povo ucraniano a “estabelecer a legitimidade, a paz, a lei e a ordem”. Putin, então, obteve, no Parlamento, autorização para assumir o controle da Crimeia.

Sebastopol
O interesse pela região envolve, em especial, o controle do Porto de Sebastopol, que além de valor histórico e turístico, tem localização estratégica, uma vez que é a principal base para a frota russa no Mar Negro, possibilitando acesso direto ao Mediterrâneo.

O porto é bastante utilizado para o transporte de gás natural, bem como para o escoamento de produção, em especial de “recursos minerais metálicos, energéticos e grãos”, disse Menezes.

“Se somarmos a incorporação da Ucrânia aos territórios de Donetsk, Donbass [no Leste ucraniano] e de outras áreas coladas a essas províncias, já temos cerca de um quinto do território ucraniano tomado à força pela Rússia”, acrescenta o professor.

Economia
Professor de Relações Internacionais do Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais (Ibmec), Ricardo Caichiolo explica que o conflito entre Rússia e Ucrânia resultou em “modificação significativa no cenário geopolítico mundial”, o que, segundo ele, acabou por se refletir, também de forma significativa, na economia mundial, “com aumento dos preços de forma generalizada”.

“Praticamente o mundo inteiro passa por um processo inflacionário em suas economias internas, com aumentos nos preços de alimentos e do petróleo”, disse. “E a questão energética está muito sensível, principalmente na Europa, que ainda passa por um inverno, com problemas no fornecimento de gás que vinha da Rússia”, afirmou, referindo-se ao corte no fornecimento de gás russo para a Europa.

Brasil
O Brasil também sentiu os efeitos da guerra em sua economia. “Obviamente fomos e continuamos impactados pelo conflito”, diz Caichiolo.

“Houve aumento da inflação e, então, medidas foram tomadas, como aumento significativo da taxa de juros, o que causa impacto negativo no aumento da produção e no desenvolvimento das atividades econômicas dentro do país”.

“Em termos geopolíticos, o Brasil, ao longo do governo anterior [o de Jair Bolsonaro], se manteve com discurso relativamente neutro e, em alguns momentos, sinalizando apoio à Rússia para a garantia de envio de fertilizantes”, acrescentou, referindo-se à movimentação do então presidente em favor do interesse do agronegócio brasileiro.

Na opinião de Roberto Menezes, da UnB, “o Brasil não é neutro nesse conflito”. “O então presidente Jair Bolsonaro inclusive tomou o lado do mais forte, que é o da Rússia. Fomos muito comedidos quando era para condenar a invasão do território ucraniano. Tanto é que Bolsonaro não esteve na Ucrânia. Ele poderia ter saído da Rússia e ido à Ucrânia naquele momento em que a guerra não havia começado ainda. Mas preferiu sair de Moscou e foi direto à Hungria encontrar-se com seu aliado da extrema direita, Viktor Orbán”.

Governo Lula
Já o governo Lula, segundo Menezes, adotou posição de condenação do conflito, mas mantendo “equidistância, exatamente para defender [a instituição de] um clube da paz”. Lula tem defendido publicamente a criação de um grupo, formado por países não envolvidos na guerra, para mediar uma saída pacífica para o conflito.

“O que ele está defendendo não é um voluntarismo do Brasil, mas que a diplomacia volte ao primeiro plano nesse conflito. E que, pela via diplomática, envolvendo países como Índia, Turquia, México, Indonésia e China, tenhamos pelo menos a possibilidade de abrir uma mesa de negociação entre Rússia e Ucrânia”, afirmou.

Menezes diz acreditar que o Brasil possa, de fato, ter um papel que vá além de mediador, “podendo contribuir, enquanto potência média, para, pelo menos, tentar equalizar alguns pontos, tanto da Rússia quanto da Ucrânia”, com a ajuda do grupo.

Ele lembrou que o Brasil optou por não enviar armamentos. “Isso mostra a posição do país, até este momento diplomático, de reiterar aquilo que fez em 1991 na Guerra do Golfo, quando o então presidente Fernando Collor manifestou posição contrária à guerra. Em 2003, na Guerra do Iraque, e agora, no atual conflito, Lula adotou a mesma posição”, complementou.

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Governo brasileiro prorroga concessão de visto para refugiados ucranianos https://canalmynews.com.br/brasil/governo-brasileiro-prorroga-concessao-de-visto-para-refugiados-ucranianos/ Tue, 30 Aug 2022 13:50:36 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=33400 Nova medida vale até 3 de março de 2023

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O governo federal prorrogou a concessão de visto temporário e autorização de residência aos ucranianos que deixaram o país europeu por causa da guerra. A portaria interministerial, assinada pelos ministros da Justiça, Anderson Torres, e das Relações Exteriores, Carlos França, foi publicada hoje (30) no Diário Oficial da União.

A portaria anterior, que autorizou a acolhida humanitária dos ucranianos, é de março deste ano e perderia a validade amanhã (31). Com a nova medida, os pedidos de visto e residência podem ser feitos até 3 de março de 2023.

O visto temporário beneficia aos nascidos na Ucrânia e aos apátridas afetados ou deslocados pela situação de conflito armado na Ucrânia, país que foi invadido pela Rússia em fevereiro. De acordo com a portaria, essa providência não inviabiliza outras medidas que possam ser tomadas pelo governo federal em benefício dessas pessoas.

O visto terá validade de 180 dias. Com ele, os ucranianos que chegam ao Brasil fugidos da guerra podem solicitar uma autorização de residência que vale por dois anos. Caso um cidadão ucraniano já esteja no Brasil, independente da guerra que se desenrola em sua terra natal, e queira pedir autorização de residência, também poderá fazê-lo. O prazo previsto também é de dois anos.

Após sua chegada ao Brasil, o refugiado tem 90 dias para iniciar o processo de reconhecimento da condição de apátrida junto ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, por meio do sistema SisApatridia.

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A solicitação do visto depende da apresentação de documento de viagem válido, formulário de solicitação de visto preenchido, comprovante de meio de transporte de entrada no território brasileiro e atestado de antecedentes criminais. Esse último deverá ser expedido na Ucrânia. Caso não seja possível, deve ser feita uma declaração de ausência de antecedentes criminais em qualquer país.

Já o pedido de autorização de residência deve ser feito à Polícia Federal, também em um prazo de até 90 dias após o ingresso do refugiado no Brasil. Para isso devem ser apresentados o documento de viagem, ainda que a data de validade esteja expirada, a certidão de nascimento ou de casamento, ou certidão consular e a declaração de ausência de antecedentes criminais no Brasil e no exterior, nos últimos cinco anos anteriores à data de requerimento de autorização de residência.

Antes do fim do prazo de dois anos de residência temporária, o imigrante poderá requerer à Polícia Federal autorização de residência com prazo de validade indeterminado. Nesse caso, ele deve renunciar à condição de refugiado. Também é requisito que não tenha se ausentado do Brasil por período superior a 90 dias a cada ano migratório, que tenha entrado e saído do território nacional exclusivamente pelo controle migratório brasileiro, que não apresente registros criminais no Brasil e no exterior e que comprove meios de subsistência.

O governo brasileiro garante aos refugiados o livre acesso ao trabalho no Brasil.

Veja as últimas notícias sobre a guerra na Ucrânia no Petit Journal:

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A grande vitória da guerra https://canalmynews.com.br/voce-colunista/a-grande-vitoria-da-guerra/ Mon, 07 Mar 2022 14:17:44 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=25493 Em uma situação de pura miséria moral que a guerra escancara, a única solução é o protagonismo racional do ser humano.

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A miséria moral talvez tenha sido a grande vitoriosa da guerra. O show de horrores descortinado nos últimos anos deixaria qualquer pessimista ou niilista orgulhoso. Sinto-me observando as previsões mais sombrias concretizado-se. O argumento  do ser humano como sujeito racional caiu por terra. Neste momento, se a razão fosse um colete à prova de balas, o sujeito que estivesse dependendo dela estaria sangrando.

O ser humano, quando colocado em teste por uma pandemia, mostrou-se negacionista. Números expressivos de pessoas demonstraram preferência à morte do que à ciência. Quando Putin surge para tomar posse de um pedaço de Terra e  bombardear civis, estrangeiros vão à Terra saqueada para falar sobre as mulheres pobres e seus sorrisos.

As mortes geradas por essas situações poderiam ter sido evitadas ou amenizadas pelo uso da razão. Veja, se a população em massa compartilhasse a crença na ciência, seguindo as instruções dos médicos e principalmente apoiado medidas sanitárias, não teríamos o número de mortes que temos hoje no país por conta da pandemia.

Se o diálogo fosse uma defesa forte e utilizado por líderes da união europeia, talvez a guerra teria sido evitada. Não acredito que a guerra tenha começado de um dia para outro como os bombardeios começaram. Faltaram líderes defendendo o diálogo e o bom senso. Faltaram líderes menos maniqueístas e com mais espírito de união.  Faltou o uso da razão.

O ser humano precisa deixar suas infantilidades de lado e se tornar protagonista diante das adversidades de nossos tempos. Ele precisa ser um protagonista racional.

Fala-se que o homem é composto pelo nada em seu miolo há suas experiências e projeções que o modelam. Talvez essa visão seja muito otimista. Talvez o homem seja um animal irracional que aprendeu a criar armas, a acumular posses e causar dor.

*As opiniões das colunas são de responsabilidade do autor e não refletem necessariamente a visão do Canal MyNews

Quem é Felipe Gabriel Schultze?

Bacharel em direito, licenciado em história, especialista em direito pela Academia Brasileira de Direito Constitucional (ABDConst) e mestrando em ciências da educação.


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O mundo de olho no Afeganistão https://canalmynews.com.br/herminio-bernardo/mundo-de-olho-no-afeganistao/ Fri, 13 Aug 2021 23:07:20 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/mundo-de-olho-no-afeganistao/ Talibã conquista territórios e avança, enquanto tropas dos Estados Unidos deixam o Afeganistão

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O Talibã se aproxima da capital do Afeganistão, Cabul. Nesta semana, os combatentes do grupo fundamentalista islâmico tomaram Ghazni, importante cidade a 150 quilômetros de Cabul

Duas cidades consideradas essenciais têm registro de confrontos entre talibãs e força do governo, e devem ser tomadas nos próximos dias: Herat, da terceira maior cidade do país, e Kandahar, que é considerada sagrada pelos talibãs.

Talibã conquistou territórios após retirada das tropas americanas. Foto: Wkimedia commons

O Talibã já controla cerca de dois terços do território e em ganhado espaço após a decisão dos Estados Unidos de retirar as tropas do Afeganistão.

A agência Reuters afirma que serviços de inteligência dos Estados Unidos acreditam que a capital Cabul será tomada em 90 dias.

A rede Al Jazeera informou que o governo afegão fez uma proposta ao Talibã para que haja uma divisão de poder, se a violência acabar. O porta-voz do Talibã declarou que o grupo não vai dividir o poder com uma autoridade que não reconhece.

No ano passado, os talibãs fecharam um acordo com as forças americanas para um cessar-fogo e se comprometeram a discutir um acordo de paz.

A guerra do Afeganistão, considerada a mais longa dos Estados Unidos, durou quase 20 anos e teve início com os ataques terroristas de 11 de setembro. O presidente americano, Joe Biden, determinou que todas as tropas devem se retirar do país até o fim de agosto.

Para falar da literatura do Afeganistão, um destaque é o escritor Khaled Hosseini. Ele se tornou um best seller com “O caçador de pipas”, mas hoje destaco outra obra dele. Em “O silêncio das montanhas”, Hosseini traz a história dos irmãos Pari e Abdullah e narra os fatos políticos que aconteceram no país entre 1949 e 2010. O livro fala da pobreza no país, da guerra na década de 1980 e outros pontos da história recente.

“Dizem que a gente deve encontrar um propósito na vida e viver este propósito. Mas, às vezes, só depois de termos vivido reconhecemos que a vida teve um propósito, e talvez um que nunca se teve em mente.”


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Quase 20 anos depois, Biden anuncia o fim da guerra no Afeganistão https://canalmynews.com.br/herminio-bernardo/quase-20-anos-depois-biden-anuncia-o-fim-da-guerra-no-afeganistao/ Sat, 10 Jul 2021 18:06:05 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/quase-20-anos-depois-biden-anuncia-o-fim-da-guerra-no-afeganistao/ Considerada a guerra mais longa dos EUA, conflito teve início após ataques de 11 de setembro de 2001

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O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou que vai retirar todos os soldados americanos e encerrar a guerra no Afeganistão no dia 31 de agosto.

Esta é a mais longa guerra com envolvimento dos Estados Unidos. O missão militar já dura quase 20 anos.

Biden já havia declarado que retiraria todos os militares até o dia 11 de setembro, quando se completa 20 anos do ataque terrorista contra as torres gêmeas do World Trade Center.

Democrata Joe Biden, presidente eleito dos EUA.
Democrata Joe Biden, presidente eleito dos EUA. Foto: Gage Skidmore (Domínio Público).

O presidente americano declarou que se trata de uma “guerra invencível”, sem solução. E, durante um pronunciamento, questionou: “Quantos mais milhares de filhos e filhas americanos vocês querem colocar em risco?”

A oposição de Biden criticam a medida e afirmam que há um temor de que o grupo terrorista Talibã volte a dominar o Afeganistão, como no período dos atentados de 2001.

A sugestão literária desta semana é “O Vulto das Torres”, de Lawrence Wright. A obra conta como Osama bin Laden organizou um grupo para cometer o ataque. O livro mostra a relação entre o saudita bin Laden e o egípcio Al-Zawahiri, o número 2 da Al-Qaeda.

O livro mostra que o governo dos Estados Unidos poderia ter ter evitado o atentado se houvesse uma cooperação entre CIA e FBI.

“Um atendia à necessidade do outro. Zawahiri precisava de dinheiro e contatos, coisas que bin Laden dispunha em abundância. Bin Laden, um idealista dedicado a causas, buscava um rumo, que Zawahiri, um propagandista tarimbado, forneceu. Não eram amigos, mas aliados. Cada um acreditava poder usar o outro, e cada um foi impelido numa direção que nunca pretendeu tomar”.

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Cessar-fogo entre Israel e Hamas entra em vigor https://canalmynews.com.br/mais/cessar-fogo-entre-israel-e-hamas-entra-em-vigor/ Fri, 21 May 2021 12:45:22 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/cessar-fogo-entre-israel-e-hamas-entra-em-vigor/ Em 11 dias, conflito deixou ao menos 244 mortos, sendo 232 palestinos e 12 israelenses

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O cessar-fogo entre Israel e Hamas entrou em vigor nesta sexta-feira (21). O acordo foi mediado pelo Egito após 11 dias de conflito.

Palestinos vão às ruas para comemorar o acordo de cessar-fogo entre Israel e Hamas.
Palestinos vão às ruas para comemorar o acordo de cessar-fogo entre Israel e Hamas. Foto: Reprodução (Redes Sociais).

A interrupção dos ataques entrou em vigor às 2h da manhã no horário local – no horário de Brasília, 20h de quinta-feira.

O Hamas já havia aceitado o cessar-fogo, mas o governo de Israel resistia enquanto os bombardeios continuavam.

Na noite de quinta-feira (20), o governo de Israel divulgou um comunicado anunciando que aceitava o cessar-fogo, mas fala que a paz pode ser temporária.

“A ala política enfatiza que a realidade concreta determinará a continuação da campanha”, afirma o comunicado.

Pressão internacional

Havia pressão da comunidade internacional por esse cessar-fogo. Além do Egito, a União Europeia também pedia o acordo. A França chegou a divulgar uma resolução da ONU em que cobrava uma pressão maior dos Estados Unidos nas negociações. O governo francês apoiou o acordo proposto pelo Egito, que também teve a participação da Jordânia.

Os Estados Unidos são aliados de longa data de Israel. Segundo a Casa Branca, o presidente Joe Biden teve várias conversas com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, enquanto o governo do Egito mantinha contato com o Hamas.

Em 11 dias, pelo menos 244 pessoas morreram, sendo 232 na Faixa de Gaza e 12 em Israel.

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Conflito entre Israel e Palestina https://canalmynews.com.br/herminio-bernardo/conflito-entre-israel-e-palestina/ Fri, 14 May 2021 23:41:21 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/conflito-entre-israel-e-palestina/ Literatura nos traz a Cidade Santa que é o centro de disputas históricas

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A recente onda de violência entre Israel e Hamas já matou mais de 100 pessoas. O último balanço, desta sexta-feira (12), aponta que são 127 vítimas, sendo 119 palestinos e 8 israelenses. Ao menos 31 crianças morreram e quase mil pessoas ficaram feridas.

O conflito da última semana começou no mês passado. Houve o Ramadã, o período sagrado para os muçulmanos que fazem jejum e rezas. Houve conflitos e tensão entre árabes e judeus em áreas palestinas dentro de Israel como em Jerusalém Oriental, a parte palestina da cidade que é ocupada por Israel.

Grupos extremistas de Israel protestaram e realizaram passeatas em áreas de maioria palestina. Em resposta, o Hamas disparou foguetes da Faixa de Gaza. E, como consequência, Israel iniciou bombardeios.

Destruição na Faixa de Gaza após bombardeio israelense. Foto: redes sociais
Destruição na Faixa de Gaza após bombardeio israelense. Foto: redes sociais

As forças israelenses enviaram tropas para a região que faz fronteira com a Faixa de Gaza. O objetivo é atacar o Hamas, grupo palestino político e armado que comanda a Faixa de Gaza, que é considerado como terrorista pelo governo israelense.

É preciso entender a História para compreender e analisar a questão entre palestinos e israelenses. A partir disso, ouvimos e contextualizamos suas diferentes histórias. Para isso, a recomendação é Karen Armstrong, uma das principais autoras de livros envolvendo religiões.

Em “Jerusalém – uma cidade e três religiões”, Karen narra a história da cidade que é considerada santa para judeus, cristãos e muçulmanos. Ela conta dos primeiros habitantes até os conflitos atuais, que parecem não ter solução.

“Em ambos os lados do conflito a religião está se tornando cada vez mais belicosa. A apocalíptica espiritualidade dos extremistas que propõem atentados suicidas, explodindo santuários alheios ou desalojando outras pessoas, seduz uma pequena minoria, mas engendra ódio em maior escala. Ambos os lados endurecem após uma atrocidade, e a paz se torna uma perspectiva mais distante.”

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Segunda Guerra Mundial fora da Europa https://canalmynews.com.br/herminio-bernardo/segunda-guerra-mundial-fora-da-europa-2/ Wed, 07 Apr 2021 17:58:25 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/segunda-guerra-mundial-fora-da-europa-2/ Aprendemos sobre as invasões nazistas à França e ao Leste Europeu, mas a questão é muito maior

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O drama na Síria https://canalmynews.com.br/herminio-bernardo/literatura-em-fatos-o-drama-na-siria/ Mon, 29 Mar 2021 19:02:15 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/literatura-em-fatos-o-drama-na-siria/ Só para membros: Israel acelera ataques a alvos iranianos na Síria. Guerra no país causa problemas políticos, econômicos e principalmente humanitários

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Dez anos de guerra na Síria https://canalmynews.com.br/herminio-bernardo/literatura-em-fatos-dez-anos-de-guerra-na-siria/ Mon, 29 Mar 2021 18:59:30 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/literatura-em-fatos-dez-anos-de-guerra-na-siria/ Só para membros:Conflito completa uma década sem perspectivas de chegar ao fim e crise humanitária sem precedentes

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